Dois errados, a meu ver. O caso não é digno de textão em rede social. É algo comum, até. Muita gente pensa como essa garota.
Inclusive já discuti com pessoas que usam o argumento de "não fui contratado pra isso" quando um chefe pede algo minimamente diferente do papel do cara. Muita gente acha isso certo. Se eu fui contratado pra ser contador, por exemplo, não preciso me sujeitar a vir final de semana pra ajudar a configurar um sistema. Ou descarregar um equipamento novo. Ou fazer um inventário de bens. E essas pessoas depois vão reclamar que não são valorizadas.
Ninguém é promovido por fazer muito bem exatamente e apenas aquilo pelo qual foi contratado (sim, pode haver exceções). Se você faz muito bem apenas aquilo para o qual foi contratado, e nunca demonstrou que sabe fazer bem outras coisas e está disponível pra isso, que chefe lhe promoveria? Se você mostra fazer bem apenas o que deve fazer, merece ficar nessa função. Deixa a promoção para quem mostrou que consegue ir além sem ser cobrado e exigido.
Ao menos, é assim que promovo as pessoas de meu setor. Óbvio que não se exige que a pessoa se mate pelo trabalho, ou que deva trabalhar 10h por dia de segunda a sábado. Mas dizer "não sou pago/contratado pra isso" é a coisa mais mesquinha possível, quando o pedido é algo razoável.
E essa garota, se realmente existiu, é trouxa demais. Qual o problema de ser entrevistada final de semana? Vai morrer? Inclusive, muitos empregos exigem atividade final de semana. Não me parece ser algo coerente preferir passar uma oportunidade porque a pessoa tem por princípio descansar no domingo.
