existe uma hierarquia
- os que fazem o conteúdo e
- os que consomem o conteúdo, no meio do caminho existe o marketing para impulsionar as pessoas que por natureza nunca querem consumir nada supérfulo.
Quando a Nintendo fez o wii, ela fez. Essa é a unica verdade, alguns tiveram de engolir outros não, mas para a nintendo o povo do ''não'' é irrelevante (que ironicamente são os fãs de longa data) aí novos consumidores se criam e alguns dos velhos se adaptam (não tem para onde correr, nesse caso uma nintendo alternativa), tudo isso funciona como uma especie de peneira temporal, onde pessoas vão saindo por N motivos e outras vão entrando, ela vai fazendo o que quer já que está numa posição de poder , como ela pode criar o conteúdo el ao faz e nós podemos rejeitar ou consumir, mas nunca expressar ou influir.
As empresas não tomam decisões pensando em nós, principalmente no sentido de nos beneficiar, quase sempre querem nos foder, tomam com base em números nem que para isso se transforme toda no meio do caminho chegando a ponto de ir a favor do que até alguns anos era contra. exemplo simples supondo que a empresa identifique que há chances reais de atrair mulheres para a plataforma, entenda, nesse exemplo que eu estou dando as mulheres são a minoria, então a empresa contra (a maioria) vai imprimir jogos cada vez mais apelativos a audiência feminina. pergunta se o povo que só jogo open world, é um paradoxo o povo gosta por que tem ou tem porque gosta.
O que menos a Nintendo fez foi desagradar o seu público no Wii.
Quem supostamente você coloca como os que vetaram o Wii, foram na realidade os que vetaram o Nintendo 64 e o Game Cube. Não eram os fãs legítimos da Nintendo.
Pra quem continuou acreditando na Nintendo, teve depois do sem sal Game Cube (e digo por conta do fato do console ter recebido vários jogos incompletos), dois Mario Galaxy, o retorno do Mario 2d aos consoles, retorno de Donkey Kong, 2 Zeldas além de outros jogos.
Só porque ela não agradou aquele cara que teve um Snes no passado e depois partiu para consoles da Sony ou da Microsoft, não quer dizer que a Nintendo não entregou algo efetivamente bom para os seus fãs.
O Wii foi uma decisão sábia da Nintendo no sentido de que representou justamente o reencontro da empresa com os seus fãs, algo que estava perdido na geração anterior. No Gamecube a Nintendo mais tentou agradar outros públicos do que o seu próprio público. O videogame tinha que ter apoio massivo das thirds porque o sonista queria. Mas o sonista não vai comprar um videogame da Nintendo só porque agora tem apoio das thirds, vai de Ps2 mesmo. Por isso que é uma estratégia tão errada.
E por isso que Nintendo ignora o que muito "fã" diz. Porque nem são fãs propriamente. Na realidade não faz muito sentido quando alguém simplesmente pede coisas como: "eu queria que o próximo videogame da Nintendo fosse mais parecido ou até mesmo idêntico a um da Sony". A Nintendo só vai te responder, tá, mas então porque você não compra um console da Sony? E provavelmente esse consumidor já tem um console da Sony mesmo.
Muitas pessoas não colocam as coisas dessa maneira, mas sempre que comentam sobre decisões da Nintendo e comparam com decisões tomadas pela Sony, no fundo, é o que estão dizendo. Por exemplo, Nintendo errou nos cartuchos, Sony acertou nos CDs. O Nintendo 64 ter um CD não mudaria nada para essas pessoas, porque aí outro iria falar: tá, o N64 tem CD também, mas só o Ps1 tem Gran Turismo. Porque não se trata do N64 ter tido ou não CD, mas se trata de que ele era diferente em alguma coisa, e essa diferença seria destacada para justificar uma diferença de escolha. Isso se tornou evidente quando a Nintendo fez lá o Game Cube com drive óptico e chiaram do mesmo modo. Podia ser um DVD normal, iriam falar: po, mas videogame roxo não dá. E aí a cada concessão que você faz no final das contas você deixa de ser a Nintendo.
Porque o ponto é esse, esse consumidor que você fala que um dia já foi fã e que a empresa o deixou de agradar, na realidade é um consumidor que tomou como referência do que é bom o que outra empresa faz. E não há nada de errado nisso, são apenas gostos diferentes. O que é errado é querer a Nintendo agradar o cara que tomou tudo o que a Sony faz no mercado de videogames como uma referência, um modelo, de como lidar com esse negócio. Porque pra essa pessoa, só o que a Sony faz importa.
E as estatísticas (deste tópico e outras) estão aí para provar justamente isso.