@Queiroga' e
@Kobaia , muito bons posts, ainda bem que eu saio desse fórum em feriados e fins de semana (trabalhei sexta-feira da Paixão e Sábado de Aleluia até meio dia, por isso apareci aqui), e depois fui traçar gordas carnes em família em lembrança à Ressurreição, porque várias coisas que eu iria dizer em resposta ao que me quotaram acabaram sendo confirmadas ou refutadas por posts de ambos, me poupou tempo
Só algumas coisas:
1) Havia editado a tabela inserida na demografia americana do Switch antes de ser quotado, porque coloquei a da Nintendo sem querer, que é mais Early, e cujas faixas ocidentais não eram diretamente comparáveis às japonesas. Vai essa aí do CivicScience, que tem teste do quiquadrado, com p<0.001, o que significa dizer, em estatística, que, se a mesma pesquisa fosse repetida mil vezes, o mesmo resultado seria encontrado em 999 vezes, o que torna pouco provável que o achado se deva ao acaso. Acho que é de 2018, embora o cabeçalho confuso
2) A minha observação sobre a demografia japonesa do PS4 poder ser interpretada como mais variada gerou quotes que se deveram à ausência de entonação de voz.
O que eu quis dizer é que dá pra triturar os números, e dividir assim:
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (18-): 20%
ADULTOS JOVENS (20-30 anos): 30%
ADULTOS PRODUTIVOS (30-40): ~25%
MADUROS E SENIS (40+): ~20%
Variada, né? É isso que fizeram com a do Switch, pra dizê-la diversa, ou separaram em "adultos e crianças", ou em faixas arbitrárias. Mas nada disso importa, o que dá pra dizer é que, panoramicamente falando, a demografia do Switch é mais infantil e feminina, e a do PS4 é mais madura e masculina, leiam meu post anterior
3) Esse gráfico aqui:
...me é muito estranho. Entrei no Statista pra conferir, mas ele está atrás dum paywall de 700 euros/ano. Gostaria de saber se consideraram o Público Switch como Home Console, explicaria a maior fração de crianças, caso contrário, eu pessoalmente acredito fortemente que a pesquisa carece de critério, certamente foi feita uma pergunta-clausura, cuja resposta vai dar sempre um "sim".
Exemplo:
- "Do You Play Videogames on a Home Console?"
...se fosse feita à minha esposa, a resposta é "sim". Ela jogou o primeiro Level de Sonic Mania há uns dois anos, e Carly and The Reaperman por 30 minutos em coop comigo, e foi só. Ela estaria incluída, erradamente, nesse gráfico acima. Da mesma forma, eu logei nos Lixos do Mario Kart Run e do Run Sackboy em meu celular, e responderia um "sim" à pergunta "Do You Play Videogames on a Mobile?". Retorno então à questão da contaminação de dados, especialmente quanto ao público feminino das pesquisas ocidentais. Minha mulher é Console Gamer pela maioria dos questionários do Oeste, pffff. Isso vale pra qualquer pesquisa. Acredito na impressão pessoal do Kobaia.
Dito isso, só pra fechar o tópico, até porque tem novo Media Create na Página 1, se todo mundo concorda que o público japonês é mais jovem e feminino, então ok, porque eu li por aí que seriam semelhantes, e por isso fiz o post da página 2.
Vou separar algumas citações que concordo, pra finalizar:
O que iniciou a discussão lá atras foi que o amigo comentou que antes de AC o público era composto de homens e mais velhos, mais ou menos igual ao Ocidente, e que a variedade de hoje veio com ele e o Ring Fit, o que eu discordei e discordo.
Exato, foi assim que começou
É bem isso, o jogo trouxe bastante público, mas de forma distribuida, numa proporção até parecida com a que tinha antes, quiçá até deu uma diminuída na faixa das crianças primárias pelo volume de adolescentes que veio em massa.
É o que eu disse, trabalhamos com as informações que temos, Early, e supomos que a demografia mudou drasticamente pós AC, ela cabe dentro dos gráficos Precoces, e não deve ter acrescentado muito em cada faixa madura, sequer nas femininas, mas gostaria de ver gráficos atualizados, e ficaria feliz em mudar de opinião (Público Switch é mais infantil no Japão, se comporta como qualquer público portátil) caso aparecesse algum dado concreto. O argumento de números absolutos do Queiroga é muito interessante, mas temos que nos ater a duas questões: crianças de 9 anos crescem de 2018 pra 2019, e passam a compor a primeira faixa da pesquisa do Mitsui. Indivíduos de 19 viram a 20 ano seguinte. Etc. E assim a coisa anda.
no Ocidente ... a criança ... parece ter orgulho de jogar jogos pra adultos. Já se cria uma cultura de desmerecer as coisas desde cedo.
Boa, grt. Completo informando que COD é um game midcore, com público-alvo adulto atingido, demografia dele é mais envelhecida que a da Nintendo no Japão, vemos crianças jogando esses games, mas por esse fenômeno aí que você citou, que é real. Jogos infantis continuam tendo esse público-alvo, a despeito de contaminações culturais. É como crianças que compravam Playboy. Eu fui uma. O fórum, especialmente a fanbase Nintendo, tem dificuldade em entender/aceitar isso.
o público japonês médio ser muito menos hardcore.
Essa é base de tudo. Quando se entende esse fato, toda a cadeia de argumento desenrola-se mais docemente. Tenho zero dúvidas quanto a isso, vide a lista de Best Sellers atual. Donde a preferência por portáteis, logradouros de games muito mais casuais (até porque é difícil se envolver com um jogo hardcore on the go, com poucas exceções).
Nem sempre foi assim, um dia, houve um mercado de títulos hardcore pujante no Japão, o êxodo de softs que atuam nesse filão em direção ao Ocidente (Namco, Square, From, Sega) é real, tem esse causa, embora possam querer, não sei por que, desmentir esse evento fartamente registrado.
Só existe uma escapatória pra se superar a marca de 10 mi de consoles vendidos no Japão atual: ser portátil, e ter Pokémon e Mario Kart etc.
É preciso que as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo, qualquer outro arranjo resulta em fracasso de meta, incluindo a própria Nintendo, essa vai pior que a Sony em Home, vende 5 milhões de consoles em média desde que o PS1 roubou uma grossa fatia de seu público, não importando Mario, Zelda, Mario Kart, Pikachu, Splatoon, AC ou o que seja. Fora um Acute Hit, não tem muito o que possa ser feito, esperta foi a Nintendo, que viu isso antes de todo mundo, e unificou seus públicos num form factor só