Caramba, o post trouxe o Goris de volta, gostei que agora vai ser um debate de nível maior.
Infelizmente não vou trazer argumentos novos. De repente a turma escreveu de forma agressiva e fez parecer algo que não era.
Pegando outro argumento que já usaram, tal qual o do Yage, vou falar da caridade com chapéu alheio.
Ano passado, entre tantas notícias ruins, lembro de 3 em especial.
Uma professora, evangélica, decidiu que era correto ensinar um velho desprezado pela sociedade local, um ex presidiário, a ler e escrever.
Todos os finais de semana ela ia no sítio dele e o ensinava. Ela estava super orgulhosa por ele estar aprendendo a ler e escrever e todas as coisas boas que isso lhe traria, mesmo que na velhice.
Acabou que o ex presidiário, preso por estupro, escrevia em seu diário como queria transar com ela, como ela era gostosa... No fim ele a subjugou, amarrou, estuprou e matou.
Noutro caso, uma estudante de uma república de mulheres ajudou uma dupla de mendigos. Eles se comoveram tanto (nas palavras deles) que decidiram que se ela dava comida e atenção a eles, ela deveria querer transar com eles, entraram na casa e a estupraram.
Finalmente (minto, esse é de antes do ano passado) um jovem médico acolhia crianças carentes das ruas e buscava as fazer voltar a escola, ou simplesmente dava abrigo pra elas na época de frio e tal. Tinha videogames, comidas, conversas.
Um dia ele levou dois garotos pra um passeio e um deles, de olho na bicicleta, o empurrou sobre um precipício. Morreu na queda.
"Góris, você acha que as pessoas não devem ajudar umas às outras? Não imaginava isso de você!"
Não, não é isso. Se há centenas de casos todos os anos de pessoas que apunhalam pelas costas as pessoas que as ajudam, há igualmente casos de pessoas que aproveitam a oportunidade e melhoram suas vidas, as das pessoas que os ajudaram e até passam adiante a ajuda.
O que vale pensar é que essas pessoas
escolheram arriscar suas vidas. E morreram ou foram estupradas, ou os dois, por sua crença.
São pessoas que vc pode achar que agiram errado, mas que fizeram o que achavam certo.
Agora, tem pessoas que o nível de comprometimento é "Quero que outra pessoa cuide de ensinar o ex-presidiario a ler, os mendigos a comerem e terem atenção e os meninos de rua a terem um lar" mas que seja outra pessoa.
Imigrantes ilegais trazem problemas. Querer eles nas cidades dos outros é ótimo. Qual seria o problema então do Trump mandar pra cidade deles? Ah, aí não pode? Porque mandar a mãe de outra pessoa ensinar estuprador é Ok, mas ter sua própria mãe ensinando não?
Ou seja, o argumento do pessoal não tá é errado (nem certo), é apenas diferente do que vc acha certo, mas isso não torna o argumento deles pior que o seu.
Eu entendo seu pensamento, não concordo mas entendo. Só acho que vc tbm deveria entender o pensamento de quem pensa diferente e não considerar ele errado ou malvado ou o que for.