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Game of Thrones - 6ª Temporada - [TÓPICO OFICIAL] - [COM SPOILER DOS LIVROS]

albanibr

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Depois desse final (de boxta), a cena do Bran agradecendo o Greyjoy por protege-lo e ele correndo pra morte certa fica ainda mais bonita!



fico imaginando o ajudante do Bran tendo que empurrar ele acima aqueles degraus todos kkkkk
 

Don Toreno

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Que piada. Desculpa esfarrapada de quinta categoria, como esperado de um fanboy lunático. Quer dizer então que a culpa do final ter sido uma m**** não é de um roteiro porcamente escrito, da falta de respeito com 7 seasons de character development, da total destruição das principais plot lines do show, das soluções preguiçosas e sem sentido de um script que não respeita o próprio universo criado pela série, a culpa não é de nada disso... Mas sim da gente que tava com o hype alto demais? HAHAHAHA, vai pro circo, mano! Cirque du Soleil tá te perdendo! Quer dizer então que o GRANDE VILÃO da série não é o roteiro de nível criança do fundamental, mas sim o hype dos telespectadores?? E eu que entrei pra assistir esse lixo de season finale com hype 0, mas mesmo assim achei a temporada um lixo puramente por não ser um lunático e conseguir enxergar os erros gravíssimos de roteiro, como fica? Muitos aqui antes da season começar assim como eu declararam que estavam com baixas expectativas mas mesmo assim odiaram esse final, como fica?



É essa passagem de pano que deu margem pra esses dois bostas tacarem o f**a-se e escreverem qualquer m****. Afinal, todos iam assistir e alguns iam até defender, pra que se dar ao trabalho de fazer algo minimamente decente?

É como o @Chris Redfield jr falou:

Porra, exato.
 


Darkx1

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Eu não acho que o hype foi culpado de nada, falar isso é ignorar o monte de plot porcaria que criaram e jogaram aos ventos.

Todo o lance do Jon ser um Targaryen foi inutil na falta de uma palavra melhor. Isso é imperdoável.



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overoad

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cngi31n6saz21.jpg

Nessa aí o Jon, no meio do caminho, deve ter pensado:
- Quer saber? Bateu uma baita vontade de comer um churrasquinho, não sei por quê... Vou ali na branquinha comprar e depois falo com a Dany...



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Flavio Branford

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Eu tb não curti o final mas achei que a Daenerys sendo morta pelo Jon aceitável, até pensei q o Tyrion fosse matar ela mas teria q ser o Jon mesmo e eu gostei dele voltando pra Patrulha da Noite....o Jon nasceu para ser o Lord Commander do Castle Black kkkk
Bran realmente foi uma decepção total como personagem....mas eu gostei que no final os Starks dominaram Westeros por inteiro!
Deveria ter um spin-off da Arya se aventurando pelo mundo!

E um dia eu pensei que GoT fosse desbancar Os Sopranos como a melhor série de todos na minha opinião....até a temporada passada eu pensava assim mas não....no geral e principalmente por pecar demais nessa ultima temporada GoT é inferior a Os Sopranos.
 

Joey Tribbiani

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Nessa aí o Jon, no meio do caminho, deve ter pensado:
- Quer saber? Bateu uma baita vontade de comer um churrasquinho, não sei por quê... Vou ali na branquinha comprar e depois falo com a Dany...



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Talvez um cocozinho de leve.
 

Darkx1

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Nessa aí o Jon, no meio do caminho, deve ter pensado:
- Quer saber? Bateu uma baita vontade de comer um churrasquinho, não sei por quê... Vou ali na branquinha comprar e depois falo com a Dany...



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Pior é na hora de montagem ninguém falar que isso não faz sentido nenhum.

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Wein

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Engraçado que quando a Daniela morreu eu não senti nada... só fiquei triste pelo Drogon mexendo nela.

A Arya podia ter ensinado umas paradas pra ela, sobreviveu a várias facadas no estomago ainda caindo num canal de agua suja, a Dany morre instantanemante com uma só, lamentável.

A série morreu pra mim quando o NK foi morto, nem me importava mais com o trono.
 

Skull Kid

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Matéria do Super Interessante, sobre as ultimas temporadas e por que muitos odiaram e muitos amaram.
Texto PERFEITO!

Pontos importantes:
Nos acostumamos por seis longas temporadas a personagens extraordinariamente bem construídos e repletos de nuances. Quem eles eram e como suas personalidades se moldavam era a principal matéria-prima de Game of Thrones. Os plot twists, nesse sentido, eram até secundários – só aconteciam porque o momento dos personagens assim permitia.
Mas a verdadeira mudança era mais profunda que isso. Sem querer soar maquiavélico demais, o fim se tornou mais importante que os meios… Numa série que se tornou hors concours em construir esses “meios”. Como Silverman coloca brilhantemente: “Uma série cujo grande tema era o peso do passado passou a ser sobre o espetáculo do presente”.

Resultado: a sensação do público foi de que a narrativa passou por cima dos personagens, ao invés de caminhar com eles.

George R. R. Martin sempre avisou que o final de As Crônicas de Gelo e Fogo seria agridoce. O que ele provavelmente não desconfiou é que a série – que ultrapassou os livros e encerrou a saga primeiro – terminaria descrita por 99,9% dos fãs (e do elenco) como uma decepção completa.

Fato é que Game of Thrones mudou muito da 7ª temporada em diante. Muita gente percebeu a mudança, mas não sabia exatamente como descrevê-la. Até que surgiu uma voz no meio do ruído que soube explicar exatamente o que aconteceu. Daniel Silverman, um filósofo fã de sagas de fantasia, criou uma thread no Twitter capaz de cravar exatamente o que está na raiz desse estranhamento.

Como muitos fãs já desconfiam, boa parte dessa diferença está na maneira como os roteiristas deram seguimento à história no momento em que ela ultrapassou os livros de Martin, e parou de ser adaptada em cima de uma narrativa já escrita.

A responsabilidade pela decepção geral, portanto, acaba caindo no colo de David Benioff e Daniel B. Weiss, os showrunners, principais autores da série para a TV. Mas Silverman, de uma maneira bastante racional, deixa claro que não existe nada de intrinsecamente ruim na maneira como os produtores trabalharam. Ela só foi radicalmente diferente do tipo de narrativa com a qual os fãs se acostumaram por 6 temporadas.

Vamos às diferenças?

Primeiro, Silverman explica que, na hora de começar a escrever uma história, um autor pode escolher alguns estratégias diferentes. Ele pode escolher ser um “plotter”, uma espécie de esquematizador de enredo. Antes de colocar qualquer palavra no papel, ele cria um esqueleto da história… Baseado no capítulo final.

Ou seja: um escritor, como plotter, sabe exatamente como quer que a história termine. Ele tem um gran finale claro em mente, e aí trabalha de trás para frente para entender o que os personagens precisam fazer para atingir aquele final.

Benioff e Weiss agiram como plotters de Game of Thrones. Eles sabiam qual era o final que queriam – e sabiam que parte desse final tinha sido estabelecido por Martin lá atrás, quando ele começou a escrever a saga.

Houve um momento bastante específico em que os produtores criaram o esqueleto que levaria até os últimos capítulos: no final da 6ª temporada. Eles decidiram, ali, que a série teria mais 13 episódios, divididos em 2 temporadas. E que ao final desses 13 episódios, eles precisavam atingir o fim que estabeleceram, a qualquer custo.

Saíram dali com um checklist de onde os personagens chegariam e pelo que teriam que passar. E só aí foram escrever as temporadas.

O problema

Não existe absolutamente nada errado com essa forma de abordar uma narrativa, é claro. Colocar a ênfase no final da história pode ter um resultado positivo. Mas se é assim, porque foi tudo tão decepcionante?

Bem, é que existe uma segunda forma de tratar a narrativa, como Silverman explica. De um lado você tem um autor plotter. De outro, você tem o que ele chama de “pantser”, um autor que tem uma ideia geral de onde quer chegar, mas que segue a narrativa segundo o tipo de personagem que ele criou.

George R. R. Martin é esse tipo de escritor: ele tinha pontos principais da história delineados, mas, a partir do momento em que ele criou e amadureceu seus personagens, ele deixa que a personalidade desses personagens guie todas as suas ações. Uma ação só é colocada no papel se ela faz sentido com relação a quem aquele personagem é, e ao momento que ele está vivendo.

Martin, inclusive, constuma dizer que criar a saga foi como cultivar um jardim. Ele plantou seus personagens como se fossem sementes. Regou cada um deles. E, então, seu enredo passou a ser pautado por essas “plantas”, e a forma como elas naturalmente se desenvolvia.

(Uma pequena digressão: a origem do termo “pantser” vem da expressão, também em inglês, “flying by the seat of his pants”. Ela se refere aos pilotos no início da aviação, que por vezes voavam sem muitos equipamentos de auxílio, só sentindo as condições de voo e da aeronave. Eles dirigiam por “feeling”, mais ou menos como os autores pantsers fazem em suas histórias).

Bem, escritores como Martin descobre as histórias conforme as escrevem, apenas de também terem em mente um esqueleto da história. Eles sabem onde querem chegar, mas priorizam como vão chegar neste final.

Voltando, então, a Game of Thrones: o que surpreende, de fato, não são os destinos finais dos personagens, em si. Os produtores não imaginaram esses finais sozinhos – tem o dedo de George R. R. Martin ali também. Mas a prioridade de Weiss e Benioff era chegar neste final. Enquanto Martin prioriza como esse final é construído.

A mesma narrativa, com o mesma final, poderia ter sido profundamente mais satisfatória – e é isso que esperamos dos livros, no dia em que eles forem finalmente publicados.

Existem vantagens e desvantagens tanto na perspectiva de Weiss e Benioff quanto na de Martin. Os plotters geralmente chegam a finais surpreendentes. Mas seus personagens, como diz Silverman, acabam ficando mais duros, e bem menos realistas. Por isso, a surpresa acaba sendo insuficiente para satisfazer quem acompanha a série.

Do outro lado, George R. R. Martin vive o principal problema de escrever como um “pantser”: às vezes, a história trava. Em alguns momentos, pode ficar difícil fazer com que os personagens avancem na narrativa sem que isso pareça artificial. Martin se recusa a criar atalhos artificiais para seus personagens – o que tornou seus livros extremamente complexos de escrever conforme a saga se aproxima do final.

E o que dá para concluir de tudo isso?

A grande conclusão aqui é que não há problema em ser um plotter. Nem em ser um pantser. Só que essas duas formas de roteirizar uma história não se misturam muito bem.

Nos acostumamos por seis longas temporadas a personagens extraordinariamente bem construídos e repletos de nuances. Quem eles eram e como suas personalidades se moldavam era a principal matéria-prima de Game of Thrones. Os plot twists, nesse sentido, eram até secundários – só aconteciam porque o momento dos personagens assim permitia.

Até a 6ª temporada, os roteiros buscavam as coisas mais surpreendentes que poderiam ocorrer com aqueles personagens, considerando o que eles tinham vivido até ali, e a consciência própria que essas personas já tinham desenvolvido. A prioridade, portanto, não era o que acontecia. Era como acontecia.

Da 7ª temporada em diante, essas prioridades se invertem. Os roteiristas tinham um objetivo final, e cada capítulo era um passo dado em direção a esse objetivo. Com poucos capítulos disponíveis à frente, a narrativa acelerou muito – coisa que os fãs rapidamente perceberam.

Mas a verdadeira mudança era mais profunda que isso. Sem querer soar maquiavélico demais, o fim se tornou mais importante que os meios… Numa série que se tornou hors concours em construir esses “meios”. Como Silverman coloca brilhantemente: “Uma série cujo grande tema era o peso do passado passou a ser sobre o espetáculo do presente”.

Resultado: a sensação do público foi de que a narrativa passou por cima dos personagens, ao invés de caminhar com eles.

Para encerrar, deixamos aqui a thread original, com alguns exemplos extras dos diferentes desafios que Martin encontrou enquanto pantser, e da lógica dos produtores ao escolher como escreveriam o final.



E este vídeo de Emilia Clarke, atriz que interpretou Daenerys Targaryen, imitando sua própria reação quando leu o roteiro final.


Link:
 

RedKnight

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Final b*sta do carai, mas acho que todos já tavam esperando que ia ser lixeira pura mesmo.
Massa que as pedras parecem ter caido somente onde Jaime e Cersei estavam, que tosqueira, se eles tivessem ficado perto da cabeça do dragão tavam inteirinhos :kkk
Jon Snow os roteiristas deram uma verdadeira aula de como jogar completamente no lixo um personagem que deveria ser o foda, pqp. Pelo menos terminou com Ghost perto, só não foi totalmente cuzão por isso.
Única coisa que achei interessante no final foi Tyrion ser o único Lannister que restou, pra quem era sempre desprezado, humilhado, etc, foi até legal. O resto foi só m****.
 
Ultima Edição:

geissler

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Fato é que Game of Thrones mudou muito da 7ª temporada em diante. Muita gente percebeu a mudança, mas não sabia exatamente como descrevê-la. Até que surgiu uma voz no meio do ruído que soube explicar exatamente o que aconteceu. Daniel Silverman, um filósofo fã de sagas de fantasia, criou uma thread no Twitter capaz de cravar exatamente o que está na raiz desse estranhamento.

Como muitos fãs já desconfiam, boa parte dessa diferença está na maneira como os roteiristas deram seguimento à história no momento em que ela ultrapassou os livros de Martin, e parou de ser adaptada em cima de uma narrativa já escrita.

A responsabilidade pela decepção geral, portanto, acaba caindo no colo de David Benioff e Daniel B. Weiss, os showrunners, principais autores da série para a TV. Mas Silverman, de uma maneira bastante racional, deixa claro que não existe nada de intrinsecamente ruim na maneira como os produtores trabalharam. Ela só foi radicalmente diferente do tipo de narrativa com a qual os fãs se acostumaram por 6 temporadas.

Vamos às diferenças?

Primeiro, Silverman explica que, na hora de começar a escrever uma história, um autor pode escolher alguns estratégias diferentes. Ele pode escolher ser um “plotter”, uma espécie de esquematizador de enredo. Antes de colocar qualquer palavra no papel, ele cria um esqueleto da história… Baseado no capítulo final.

Ou seja: um escritor, como plotter, sabe exatamente como quer que a história termine. Ele tem um gran finale claro em mente, e aí trabalha de trás para frente para entender o que os personagens precisam fazer para atingir aquele final.

Benioff e Weiss agiram como plotters de Game of Thrones. Eles sabiam qual era o final que queriam – e sabiam que parte desse final tinha sido estabelecido por Martin lá atrás, quando ele começou a escrever a saga.

Houve um momento bastante específico em que os produtores criaram o esqueleto que levaria até os últimos capítulos: no final da 6ª temporada. Eles decidiram, ali, que a série teria mais 13 episódios, divididos em 2 temporadas. E que ao final desses 13 episódios, eles precisavam atingir o fim que estabeleceram, a qualquer custo.

Saíram dali com um checklist de onde os personagens chegariam e pelo que teriam que passar. E só aí foram escrever as temporadas.

O problema

Não existe absolutamente nada errado com essa forma de abordar uma narrativa, é claro. Colocar a ênfase no final da história pode ter um resultado positivo. Mas se é assim, porque foi tudo tão decepcionante?

Bem, é que existe uma segunda forma de tratar a narrativa, como Silverman explica. De um lado você tem um autor plotter. De outro, você tem o que ele chama de “pantser”, um autor que tem uma ideia geral de onde quer chegar, mas que segue a narrativa segundo o tipo de personagem que ele criou.

George R. R. Martin é esse tipo de escritor: ele tinha pontos principais da história delineados, mas, a partir do momento em que ele criou e amadureceu seus personagens, ele deixa que a personalidade desses personagens guie todas as suas ações. Uma ação só é colocada no papel se ela faz sentido com relação a quem aquele personagem é, e ao momento que ele está vivendo.

Martin, inclusive, constuma dizer que criar a saga foi como cultivar um jardim. Ele plantou seus personagens como se fossem sementes. Regou cada um deles. E, então, seu enredo passou a ser pautado por essas “plantas”, e a forma como elas naturalmente se desenvolvia.

(Uma pequena digressão: a origem do termo “pantser” vem da expressão, também em inglês, “flying by the seat of his pants”. Ela se refere aos pilotos no início da aviação, que por vezes voavam sem muitos equipamentos de auxílio, só sentindo as condições de voo e da aeronave. Eles dirigiam por “feeling”, mais ou menos como os autores pantsers fazem em suas histórias).

Bem, escritores como Martin descobre as histórias conforme as escrevem, apenas de também terem em mente um esqueleto da história. Eles sabem onde querem chegar, mas priorizam como vão chegar neste final.

Voltando, então, a Game of Thrones: o que surpreende, de fato, não são os destinos finais dos personagens, em si. Os produtores não imaginaram esses finais sozinhos – tem o dedo de George R. R. Martin ali também. Mas a prioridade de Weiss e Benioff era chegar neste final. Enquanto Martin prioriza como esse final é construído.

A mesma narrativa, com o mesma final, poderia ter sido profundamente mais satisfatória – e é isso que esperamos dos livros, no dia em que eles forem finalmente publicados.

Existem vantagens e desvantagens tanto na perspectiva de Weiss e Benioff quanto na de Martin. Os plotters geralmente chegam a finais surpreendentes. Mas seus personagens, como diz Silverman, acabam ficando mais duros, e bem menos realistas. Por isso, a surpresa acaba sendo insuficiente para satisfazer quem acompanha a série.

Do outro lado, George R. R. Martin vive o principal problema de escrever como um “pantser”: às vezes, a história trava. Em alguns momentos, pode ficar difícil fazer com que os personagens avancem na narrativa sem que isso pareça artificial. Martin se recusa a criar atalhos artificiais para seus personagens – o que tornou seus livros extremamente complexos de escrever conforme a saga se aproxima do final.

E o que dá para concluir de tudo isso?

A grande conclusão aqui é que não há problema em ser um plotter. Nem em ser um pantser. Só que essas duas formas de roteirizar uma história não se misturam muito bem.

Nos acostumamos por seis longas temporadas a personagens extraordinariamente bem construídos e repletos de nuances. Quem eles eram e como suas personalidades se moldavam era a principal matéria-prima de Game of Thrones. Os plot twists, nesse sentido, eram até secundários – só aconteciam porque o momento dos personagens assim permitia.

Até a 6ª temporada, os roteiros buscavam as coisas mais surpreendentes que poderiam ocorrer com aqueles personagens, considerando o que eles tinham vivido até ali, e a consciência própria que essas personas já tinham desenvolvido. A prioridade, portanto, não era o que acontecia. Era como acontecia.

Da 7ª temporada em diante, essas prioridades se invertem. Os roteiristas tinham um objetivo final, e cada capítulo era um passo dado em direção a esse objetivo. Com poucos capítulos disponíveis à frente, a narrativa acelerou muito – coisa que os fãs rapidamente perceberam.

Mas a verdadeira mudança era mais profunda que isso. Sem querer soar maquiavélico demais, o fim se tornou mais importante que os meios… Numa série que se tornou hors concours em construir esses “meios”. Como Silverman coloca brilhantemente: “Uma série cujo grande tema era o peso do passado passou a ser sobre o espetáculo do presente”.

Resultado: a sensação do público foi de que a narrativa passou por cima dos personagens, ao invés de caminhar com eles.

Para encerrar, deixamos aqui a thread original, com alguns exemplos extras dos diferentes desafios que Martin encontrou enquanto pantser, e da lógica dos produtores ao escolher como escreveriam o final.



E este vídeo de Emilia Clarke, atriz que interpretou Daenerys Targaryen, imitando sua própria reação quando leu o roteiro final.


Link:


Boa refexão. Destaco o trecho abaixo:

Mas a verdadeira mudança era mais profunda que isso. Sem querer soar maquiavélico demais, o fim se tornou mais importante que os meios… Numa série que se tornou hors concours em construir esses “meios”. Como Silverman coloca brilhantemente: “Uma série cujo grande tema era o peso do passado passou a ser sobre o espetáculo do presente”.

Resultado: a sensação do público foi de que a narrativa passou por cima dos personagens, ao invés de caminhar com eles.


É bem isso. Maionese desandou de vez depois da 6º temporada, onde decidiram terminar a série em 13 episódios e atropoleram tudo para chegar no final. Deu no que deu.
 

Anayama

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Mas ela já tinha dado indícios que era cruel. Na conversa entre Jon e tyrion o anão fala algo assim "ela fez isso e aquilo e nós aplaudimos porque eles eram homens ruins". E agora ela fez com inocentes. Ou seja, ela poderia a qualquer momento. Há outro diálogo do varys onde ele diz que todo targaryan que nasce o destino joga uma moeda, onde ele pode ser louco ou não.
Ainda defendendo a transformação ridícula da Dany Mad Queen? Deixo aqui 1 comentário e 1 vídeo que explicam passo a passo como essa mudança na personagem foi horrivelmente retratada na série, de modo a não fazer sentido nenhum:

"Daenerys? Yup, a forced and rushed plot line. Listen, I have no problems with a "dark" Daenerys. I don't. There definitely was foreshadowing. But foreshadowing is NOT character development. There was ZERO indication that she would murder and massacre innocents. For every time she foreshadowed "burning cities to the ground" she also countered it with clearly stating that she would not target innocents. Sorry, but this season leaves a bitter taste in a avid fan's mouth. In Breaking Bad, you could see Walter's descent into a villain and he gets his due justice at the end. You can rewatch Breaking Bad and pick on the clear development. Not here in Game of Thrones."

 

Guirdo

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WTF?

Stannis era o sucessor legal do Usurpador que tomou o trono da legítima família real Targaryen. Seria como se alguém depusesse Dom Pedro II, se tornasse o novo Imperador e depois os filhos de Pedro reivindicassem a coroa.

A casa Baratheon tinha um elo sanguíneo com a casa Targaryen, foi usando esse elo que o Robert validou o seu reinado, era (também) por isso que ele queria matar a Dany na primeira temporada, aí os baratheons seriam os herdeiros legítimos da coroa.

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RedKnight

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E só lembrando que o não mais honrado Jon foi mandado para a Patrulha, para não ter mais filhos e morrer lá, como bem lhe disse Tyrion antes da sua libertação.

Mas Jon chega ao Castelo Negro e descumpre a pena prolatada pelo Rei Bran, e liga f**a-se! Nem um patrulheiro questiona! Ele pega os selvagens e vai embora para os cafundós do Além da Muralha.

Vejam a preguiça da escrita! A desídia dos roteiristas!

Era muito melhor eles destinarem o Jon ao exílio, em vez da "Patrulha da Noite", pois isso quebrou a logicidade das regras da Patrulha.

Jon: "Vou ficar na patrulha da noite e não ter filhos o carai, vou embora pro norte com os selvagens, e ainda pego uma ruiva pra mim" :kkk
 

RedKnight

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CEO da Disney elogia D&D & GoT, animado por Star Wars de D&D



Eles vão merecer as chicotadas que receberão quando Star Wars for lançado.


Essa trilogia aí já adianto que se eu for assistir será só o piratão, e ainda com vídeo acelerado pra terminar logo o filme.
 

sebastiao coelho neto

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Ainda defendendo a transformação ridícula da Dany Mad Queen? Deixo aqui 1 comentário e 1 vídeo que explicam passo a passo como essa mudança na personagem foi horrivelmente retratada na série, de modo a não fazer sentido nenhum:

"Daenerys? Yup, a forced and rushed plot line. Listen, I have no problems with a "dark" Daenerys. I don't. There definitely was foreshadowing. But foreshadowing is NOT character development. There was ZERO indication that she would murder and massacre innocents. For every time she foreshadowed "burning cities to the ground" she also countered it with clearly stating that she would not target innocents. Sorry, but this season leaves a bitter taste in a avid fan's mouth. In Breaking Bad, you could see Walter's descent into a villain and he gets his due justice at the end. You can rewatch Breaking Bad and pick on the clear development. Not here in Game of Thrones."


Eu não disse que a transformação dela foi bem feita, mas que tinha indícios que o público podia perceber e Tyrion exemplificou bem.

Eu acho até que nos próximos livros isso vai ser bem mais explicado e se a temporada tivesse seus 10 episódios a loucura dela poderia ser melhor desenvolvida
 

Flavio Branford

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Com o Jon sendo Lord Commander de novo e não podendo ter filhos então os Targaryen estarão extintos? A Casa Targaryen vai morrer com o Jon...
 

RedKnight

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Bran, o Quebrado
O reino que precisar de dinheiro e for pedir enquanto ele for rei tá fudido :ksafado
 

Bisnaga Louca

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Isso aqui discorda de você:
claganebowl.0.jpg


Focaram mais nesse fanservice do c***lho que no episódio inteiro.
Foi bom? Foi.
Porem focaram mais nele que em outras partes por puro fanservice.
Essa foi a unica coisa se se salvou nesse temporada.
Até porque ferrar com o plot de uma luta mano a mano é impossivel.
 

MalleoBH

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Uma tristeza o que fizeram com a série. Quantas produções almejam o que GoT conquistou? Para no fim esse dois produtores rusharem tudo por um novo, e certamente multi milionário, contrato. Sacanagem com todos envolvidos.
 
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