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Mostra Ecos - 7ª Edição [+Melhor lançamento do ano!]

JoeFather

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Fala gente que gosta de ler!
De madrugada eu leio o próximo conto liberado, com muito prazer!
Abs.,
 

Guastinha

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Acabei de ler Segredos

É um conto bem redondinho. Sem firulas, que dizer, tem muito pouca gordura. A historia é bem interessante e envolvente. O plot é lento mas bem construído e o autor conseguiu criar em mim expectativa e curiosidade, acredito que seja um dos requisitos necessários para manter o leitor até o final.

Não tem muita coisa para falar a não ser elogiar. Me agradou muito. Nos spoilers comentários mais precisos sobre o texto:

A historia já começa no flashback certo? Você termina o texto com o César dentro da cadeia, relatando sua experiência em um livro, porem você inicia a historia já dentro do livro. Na primeira leitura eu fiquei um pouco perdido, do tipo, onde ele estava e para onde foi, mas prestando atenção não tem problema. O problema que vejo nesta parte é que você começa com uma memória muito trivial. Ele esta relatando ali um evento que determinou o fim da vida dele, e ele inicia dizendo que odeia o nariz. Isso não atrapalha o texto, mas você perde a oportunidade de uma reflexão. Sobre a morte, sobre a vingança, amizade, enfim, você podia até começar dizendo onde o César esta e que aquilo ali é um relato.

Mais para frente, quando César esta com Osvaldo sob a mira do revolver, ele questiona sobre as testemunhas do André e Oswaldo diz que não havia ninguém na rua, mas logo depois ele fala sobre o vídeo, ou seja, existia sim uma testemunha. Mas no calor do momento o César não percebeu que Osvaldo se contradiz.

Como disse antes, gostei de tudo em seu texto. A historia é redondinha é bem escrita, o plot agradou e você conseguiu prender a minha atenção para a resolução daquela situação. Porem o seu final ficou um pouco piegas com aquele papo de livro. Achei desnecessário aquela parte que ele diz que gostava de escrever, que vai ser um escritor póstumo, etc...

Sei que é a forma dele contar a sua historia, o seu relato, mas em minha opinião de m****, poderia ter sido mais sucinto e terminado sem aquela linguicinha ali.

Parabéns pela sua historia. Surpreendeu com um texto de diálogos bem encaixados e boas passagens sem deixar o leitor perdido.[/spoiler]
 

AresBlackfire

Ei mãe, 500 pontos!
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Acabei de ler Segredos

É um conto bem redondinho. Sem firulas, que dizer, tem muito pouca gordura. A historia é bem interessante e envolvente. O plot é lento mas bem construído e o autor conseguiu criar em mim expectativa e curiosidade, acredito que seja um dos requisitos necessários para manter o leitor até o final.

Não tem muita coisa para falar a não ser elogiar. Me agradou muito. Nos spoilers comentários mais precisos sobre o texto:

A historia já começa no flashback certo? Você termina o texto com o César dentro da cadeia, relatando sua experiência em um livro, porem você inicia a historia já dentro do livro. Na primeira leitura eu fiquei um pouco perdido, do tipo, onde ele estava e para onde foi, mas prestando atenção não tem problema. O problema que vejo nesta parte é que você começa com uma memória muito trivial. Ele esta relatando ali um evento que determinou o fim da vida dele, e ele inicia dizendo que odeia o nariz. Isso não atrapalha o texto, mas você perde a oportunidade de uma reflexão. Sobre a morte, sobre a vingança, amizade, enfim, você podia até começar dizendo onde o César esta e que aquilo ali é um relato.

Mais para frente, quando César esta com Osvaldo sob a mira do revolver, ele questiona sobre as testemunhas do André e Oswaldo diz que não havia ninguém na rua, mas logo depois ele fala sobre o vídeo, ou seja, existia sim uma testemunha. Mas no calor do momento o César não percebeu que Osvaldo se contradiz.

Como disse antes, gostei de tudo em seu texto. A historia é redondinha é bem escrita, o plot agradou e você conseguiu prender a minha atenção para a resolução daquela situação. Porem o seu final ficou um pouco piegas com aquele papo de livro. Achei desnecessário aquela parte que ele diz que gostava de escrever, que vai ser um escritor póstumo, etc...

Sei que é a forma dele contar a sua historia, o seu relato, mas em minha opinião de m****, poderia ter sido mais sucinto e terminado sem aquela linguicinha ali.

Parabéns pela sua historia. Surpreendeu com um texto de diálogos bem encaixados e boas passagens sem deixar o leitor perdido.

Obrigado, cara. Que bom que gostou!
Muito obrigado pelos elogios e pelas críticas!

Sim, a história começa já tendo acontecido e sendo relatada por ele da cadeia, mas só revelo no final. Queria que o leitor tivesse a impressão de que estava acontecendo naquele momento e no final mostrar que não. Até deixo um pouquinho implícito que não se trata de um relato em tempo real aqui e ali, mas em suma foi essa a intenção.

Sim, eu só coloquei uma característica inútil nele, poderia ter começado o conto de outra forma, mas no momento que estava começando a escrever estava sem ideias e com a rinite atacada, sofro muito com ela no frio, muito mesmo. Estava tão de saco cheio dela e do meu nariz, que realmente odeio diga-se de passagem, porque ele é batatinha, possuo problemas respiratórios (leia sinusite, bronquite, rinite e tudo o mais com "ite" que existir, somado ao fato de que não tenho olfato por causa deles, então basicamente ele não serve pra nada), que resolvi escrever isso. A partir daí as ideais começaram a fluir. Processo criativo é uma coisa curiosa, não? Kkkkkkk!

Sim, realmente ele é um pouco piegas, qual escritor não é ao menos um pouquinho, rsrs! Dá um desconto pro cara po, ele tá deprimido! E ele não deixou um livro, mas sim esse conto escrito à mão. Ele estava fazendo esse relato pro povo da cadeia ler. E a frase que ele cita que ouviu foi uma frase que eu mesmo ouvi de um tiozão super simpático autor de poesia que conheci na frente do MASP e comprei um livro dele pra dar uma força, hehe! E o cara realmente é bom na poesia, me surpreendi.

Apenas um adendo: O Osvaldo diz que não havia ninguém na rua e realmente não havia, se reparar no trecho que ele fala da filmagem irá notar que o cara filmou da janela do sobrado. Então realmente não tinha ninguém na rua. E como o mesmo não queria envolvimento no caso como foi solicitado por ele, o Osvaldo não queria citá-lo.

Valeu pela análise!

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Ultima Edição:

AresBlackfire

Ei mãe, 500 pontos!
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Li o Quem tem um não tem nenhum do @fsaraujo (sim eu leio tudo fora de ordem) e

Gostei do texto, bem escrito, bem estruturado, mas tive que fazer um pouco de força pra compreender algumas coisas, me senti meio perdido em alguns pedaços até começar realmente a pegada sci-fi. Achei bem profundo, bem filosófico, aquela coisa que nos faz pensar, na ética, em trazer alguém morto de volta, até onde você iria pela sua felicidade, para suprir o vazio deixado no peito por uma pessoa insubstituível... Gosto desse tipo de coisa.
No mais acredito que todos os pontos negativos já foram abordados pelo San com maestria, não há nada que eu possa acrescentar. No geral um conto muito bom! Faça mais sci-fi!

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fsaraujo

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Li o Quem tem um não tem nenhum do @fsaraujo (sim eu leio tudo fora de ordem) e

Gostei do texto, bem escrito, bem estruturado, mas tive que fazer um pouco de força pra compreender algumas coisas, me senti meio perdido em alguns pedaços até começar realmente a pegada sci-fi. Achei bem profundo, bem filosófico, aquela coisa que nos faz pensar, na ética, em trazer alguém morto de volta, até onde você iria pela sua felicidade, para suprir o vazio deixado no peito por uma pessoa insubstituível... Gosto desse tipo de coisa.
No mais acredito que todos os pontos negativos já foram abordados pelo San com maestria, não há nada que eu possa acrescentar. No geral um conto muito bom! Faça mais sci-fi!

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Vlw pela leitura.:kjoinha
Só não sei se vou escrever sci-fi pra ecos 8...:viraolho

Pegas essas reviews, ou parte delas, e cola nos comentários do wp. Até quinta temos que nos manter no top 100.:kjoinha
 

Agito

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Li JONAS do @JoeFather e:

Brother, seu texto começou muito bem, acho que qualquer um que já tenha passado pela experiência de um amor platônico pode se identificar com o drama do protagonista. O Jonas pode até ser um cara boa pinta e com uma vida instável, mas quando chegou na parte em que ele se abriu com ela eu já pensei "porra o vacilão se fudeu, vai morrer na friendzone" e foi aí que a identificação com ele foi diminuindo até que eu começasse a ficar incomodado. Veja bem, existe uma escala entre amor de verdade, paixão e obsessão e o Jonas está entre as ultimas duas, a única razão de dele existir é a Paty, logo ele ficar falando o tempo todo dela, chorando por ela se torna meio piegas. Sem falar que pelas minhas contas, ele termina a história com 45 anos (19+ 13 + 13) e nesse meio tempo ele não amadurece em nada, esperava que pelo final da história ele tivesse uma visão mais madura do que é amor, principalmente depois de ter tido a oportunidade de ter vivido esse amor.

Todo o mistério em torno do Dr. Barros ficou bacana, não precisava entrar em detalhes sobre quem ele era ou por quê de suas ações, acho que isso faz parte do que torna ele interessante como personagem. Aquele final em que ele aparece na distância cantarolando ficou muito bacana.

Para ser sincero, gostaria de ter visto mais da Paty para saber se ela era realmente essa pessoa incrível que o Jonas vê, pois sendo ele um apaixonado alucinado que não enxerga os defeitos do ser amado, ficava com minhas dúvidas se ela realmente uma boa pessoa, afinal sabia que o cara estava louco por ela e mesmo assim mantinha ele por perto.

Ah acabei dando uma viajada forte aqui pensando no que eu poderia fazer de diferente se eu tivesse uma chance de voltar aos meus 19 anos com a cabeça que tenho hoje, putz... Evitaria tantas falhações :ksnif

Sobre a parte escrita, acredito que em uma próxima revisão você consiga dar uma boa enxugada no seu texto deixando ele mais curto e dinâmico. Vc já leu Sobre Escrita do Stephen King? Ele dá uma put* aula sobre edição, vale muito a pena, se quiser posso te mandar o PDF por MP. Mas de qualquer jeito, vc escreve muito bem e sabe fazer bom uso das metáforas, as partes de narração ficaram excelentes. Os diálogos precisam de uma lapidada para soarem um pouco mais naturais (Ex. Naquela parte em que o Jonas pergunta se o Dr. Barros é "homosexual", acho que ninguém fala assim, pelo menos não em um clima mais informal, acho que o mais como seria um "ele é v****/gay?)

Olhando como um todo, vc tem uma boa história nas mãos que só precisa ser lapidada para ficar excelente.
 

JoeFather

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Li JONAS do @JoeFather e:

Brother, seu texto começou muito bem, acho que qualquer um que já tenha passado pela experiência de um amor platônico pode se identificar com o drama do protagonista. O Jonas pode até ser um cara boa pinta e com uma vida instável, mas quando chegou na parte em que ele se abriu com ela eu já pensei "porra o vacilão se fudeu, vai morrer na friendzone" e foi aí que a identificação com ele foi diminuindo até que eu começasse a ficar incomodado. Veja bem, existe uma escala entre amor de verdade, paixão e obsessão e o Jonas está entre as ultimas duas, a única razão de dele existir é a Paty, logo ele ficar falando o tempo todo dela, chorando por ela se torna meio piegas. Sem falar que pelas minhas contas, ele termina a história com 45 anos (19+ 13 + 13) e nesse meio tempo ele não amadurece em nada, esperava que pelo final da história ele tivesse uma visão mais madura do que é amor, principalmente depois de ter tido a oportunidade de ter vivido esse amor.

EU: Esse lance de construir um personagem é algo meio complicado, principalmente se ele foi inspirado em você mesmo, digo e explico melhor quando escrever "a história da história", o que farei, provavelmente amanhã. A questão de ser piegas, da falta de amadurecimento do personagem, entre outros detalhes, por mim é visto como natural, pois eu tenho uma regra muito importante para escrever: não existe regras! Queria que o cara demonstrasse seu sofrimento de forma bem clara, mas sem que se tornasse uma pessoa desequilibrada ao extremo, para chegar a fazer algum tipo de bobagem. Na questão do exagero de sofrimento em relação ao amor não correspondido, tive alguns exemplos de pessoas que extrapolaram até um pouco mais do que o Jonas, não é o meu caso, sou muito mais pé no chão, sofri pra caramba por amor, mas o meu amor próprio é muito maior e por isso sempre segui em frente tranquilamente. Na questão do amadurecimento com 45 anos, hoje estou com 47 (daqui uns dias 48, quero bolo kkk), e também conheço alguns iguais que ainda se portam como "adolescentes velhos", também aí não vejo uma regra a ser seguida.


Todo o mistério em torno do Dr. Barros ficou bacana, não precisava entrar em detalhes sobre quem ele era ou por quê de suas ações, acho que isso faz parte do que torna ele interessante como personagem. Aquele final em que ele aparece na distância cantarolando ficou muito bacana.

EU: Na história original, que envie para avaliação para participação na ECOS, o texto era maior e havia a narrativa de passagens deste doutor em 3ª pessoa. Gostei da ideia de retirar estas partes para atiçar a curiosidade sobre o personagem em questão. Ocorre que não consegui diminuir mais a participação dele, pois eu tenho uma mania de querer colocar lógica nas coisas, por mais que ela não devesse existir. Gosto tanto deste personagem que, se tudo der certo, na 9º edição da ECOS, vou trazer a terceira história relacionada ao Jonas, que contará somente como surgiu esse personagem, toda a lógica (se é que ela existe) atrás de sua criação, e que escrevi muito tempo depois desta primeira parte.

Para ser sincero, gostaria de ter visto mais da Paty para saber se ela era realmente essa pessoa incrível que o Jonas vê, pois sendo ele um apaixonado alucinado que não enxerga os defeitos do ser amado, ficava com minhas dúvidas se ela realmente uma boa pessoa, afinal sabia que o cara estava louco por ela e mesmo assim mantinha ele por perto.

EU: Essa é uma perspectiva ousada e interessante que explorei bem pouco no Jonas II, que caso o pessoal da ECOS achei interessante, sairá na 8ª Edição, não havia mesmo cogitado essa ideia de dar mais "vida" sobre a personagem em questão, até por que a narrativa se passa em primeira pessoa. Contudo, existe a última parte desta história que quero escrever, para encerrar definitivamente esse meu vínculo com o Jonas, seria a quarta e última parte, e nela posso seguir esse seu excelente conselho e colocar no papel o que foi que de fato o Jonas viu para amá-la tanto assim.

Ah acabei dando uma viajada forte aqui pensando no que eu poderia fazer de diferente se eu tivesse uma chance de voltar aos meus 19 anos com a cabeça que tenho hoje, putz... Evitaria tantas falhações :ksnif

EU: Cara, essa é a viagem por trás da história, já viajei muito nesta espaçonave do tempo. Inclusive escrevi um pensamento sobre isso em 2009, leia: http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/1946913]E se pudéssemos voltar no tempo...[/I]

Sobre a parte escrita, acredito que em uma próxima revisão você consiga dar uma boa enxugada no seu texto deixando ele mais curto e dinâmico. Vc já leu Sobre Escrita do Stephen King? Ele dá uma put* aula sobre edição, vale muito a pena, se quiser posso te mandar o PDF por MP. Mas de qualquer jeito, vc escreve muito bem e sabe fazer bom uso das metáforas, as partes de narração ficaram excelentes. Os diálogos precisam de uma lapidada para soarem um pouco mais naturais (Ex. Naquela parte em que o Jonas pergunta se o Dr. Barros é "homosexual", acho que ninguém fala assim, pelo menos não em um clima mais informal, acho que o mais como seria um "ele é v****/gay?)

EU: Sinceramente eu não quero lapidar mais essa história, a não ser que no futuro eu vá fazer um livro só, contendo todas as partes dentro. Eu sei que a minha maneira de escrever não é das melhores, já me disseram isso, que segue regras de escrita, esquemas, mas eu não sou um cara culto e tal, não tenho nível universitário, deveria ter feito Letras quando pude para aprimorar minha escrita, mas ao mesmo tempo gosto do jeito que eu escrevo, o faço com bastante erro mas com muito amor.

Olhando como um todo, vc tem uma boa história nas mãos que só precisa ser lapidada para ficar excelente.

EU: Muito obrigado cara pelos seus comentários, dicas, pela sua sinceridade, por ler o conto e por ter viajado na maionese retornando ao passado tal o maluco do Jonas conseguiu (será mesmo que conseguiu?). Creio que a história cumpriu o seu objetivo, nos levou a pensar, refletir, argumentar e a querer melhorar, e este é o melhor sentido que existe no todo.
Muito obrigado pela leitura e comentários sinceros, meu caro @Agito, respondi dentro do próprio spoiler acima.

Terminei de ler Rio 2099, mas quando vim comentar, achei essa postagem do Agito e resolvi responder, e o meu tempo disponível cessou, então comento esse "contão" depois, que diga-se de passagem, ficou formidável.
Abs.,
 

Guastinha

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Acabei de ler Dominó

Não sei se pode ser chamado de conto. É mais um relato, um panorama, um comentário sobre um instante na situação macro e micro de um país.

O autor inicia o texto relatando situações de cotidiano como uma chuva e a interação das pessoas em detalhes bem próximos como um copo de café frio mas no parágrafo seguinte ele esta discutindo política internacional com a situação de uma imigração. Aí começa a falar sobre política e disputa eleitoral e sugere até mesmo um escândalo quando cita uma secretaria e depois volta para o micro ao falar de um jovem que perde sua oportunidade de emprego, pois não está vestido adequadamente. Por fim discute as opções de um possível eleitorado e um futuro que parece ser ainda mais sombrio. Mas tudo bem raso e distante.

É bem escrito, mas aparece do nada e para o nada vai. Parece mais uma introdução um breve prólogo para situar o leitor.

Li duas vezes e tentei buscar alguma referência alguma analogia com a situação do nosso pais, mas não encontrei nada. Acho que foi só uma breve viagem do autor.
 

JoeFather

Bam-bam-bam
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Fala gente que gosta de ler e escrever, como vão?
Como disse, li o espetaculoso conto do amigo @Guastinha...
Em geral eu vou lendo e fazendo anotações, algumas correções (que já envie para o amigo @fsaraujo), mas esse conto foi diferente, nem precisei anotar nada!
O conto, muito bem escrito do início ao fim, retrata o apocalipse que prevejo para o Rio de Janeiro se nada for feito de imediato, para conter a guerra civil que toma conta de diversos locais do Estado.
Achei interessantíssima a ideia de colocar um cara da paz para fazer a narrativa da história e que, sem sombras de dúvidas alguma, fundamentou de forma brilhante a sua necessidade de portar uma arma de fogo, que deixou de ser, dentro do enredo, uma exceção, para um objeto obrigatório, em si tratando de questões de segurança.
O autor conseguiu dar voz e explicar minuciosamente, num conto longo e em nenhum momento cansativo, diga-se de passagem, todas as etapas que transformaram o Rio que conhecemos hoje em sua versão ainda mais violenta do futuro, começando com a formação dos condomínios com suas próprias regras excludentes, o efeito das armas de forma legal na mão das pessoas civis, o comparativo entre o passado e o futuro sendo contado por quem o presenciou, o surgimento de uma nova e destrutiva droga para competir com as já existentes e legalizadas, culminando com o surgimento dos grupos de extermínio, tudo isso com um pano de fundo alicerçado em ações desastrosas do Governo, como vista grossa, leis mal feitas, olho grande somente nas receitas e, claro, nossa grande conhecida corrupção.
É um conto que, sem sombras de dúvidas, como a maioria dos que encontrei nessa Edição da ECOS, vou compartilhar, pois esse especificamente tem todos os ingredientes que uma boa história precisa, pois literalmente possui um começo, meio e fim, aqui do nosso maravilhoso Rio de Janeiro.
Penso eu que o retrato pintado pelo @Guastinha infelizmente tem tudo para se tornar um dia realidade, caso aqueles que detêm o poder não comecem a fazer uma verdadeira reviravolta em todo o sistema existente atualmente. Vou além, como costumo frequentemente dizer: quando as pessoas de bem se tornarem minoria numa sociedade, eis que as leis deverão ser invertidas, legalizando o que é imoral, pois a maioria será aquela que ditará as regras. Se eu estiver vivo nesse dia, e claramente fizer parte da minoria, muito provavelmente não fugirei dos meus princípios, muito provavelmente me vestirei do espírito de Carlos Eugênio.
Em suma, um conto que faz pensar, refletir sobre as falhas humanas e o costume exacerbado das autoridades em brincarem com assuntos sérios e que um dia podem se voltar contra eles mesmos...
Abs.,
 

JoeFather

Bam-bam-bam
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Fala gente que gosta de ler e escrever...
Eis:
Duas partes selecionadas do texto:
"Não era o que acontecia comigo, não que eu não estivesse perdido, apaixonado, nada disso, é que existia um pequeno obstáculo entre nós, pequeno, porém para mim intransponível. Ela era casada..."
Isso resume o perfil do personagem no conto: vivia um amor impossível, de acordo com seus princípios.
"Quem nunca sonhou em ter uma segunda chance para consertar todas as bobagens que fez durante a vida? Acredito até que a resposta seria TODOS. Mas e se a pergunta fosse um pouco diferente, do tipo “Quem conseguiu ter uma segunda chance?” Aí você que me responda, pois nessa situação só conheço a mim mesmo e não tenho mais certeza se é felizmente ou não."
E esse parágrafo define a linha do enredo que o personagem seguiu, tendo a oportunidade de retornar no tempo.
Jonas foi inspirado em mim mesmo, quando em 2000, após ficar sozinho por 2 anos depois da separação de minha segunda esposa, acabei por me apaixonar por uma amiga casada. Ela de fato vivia problemas em seu relacionamento conjugal, não chegamos a ter um caso, primeiramente por que eu tenho um amor próprio maior do que qualquer paixonite aguda e também por que ela dizia ter condições de solucionar as problemáticas vividas entre quatro paredes. Nós dois nos enganamos: ela se divorciou anos depois e eu, que não queria mais saber de nenhum relacionamento, sério ou não, afinal foram dois casamentos e dois filhos, um de cada relação, e não queria deixar mais nenhum filho no mundo, sem um pai presente, acabei por encontrar uma pessoa muito especial que caiu de paraquedas na minha cabeça e isso já faz 14 anos, estamos felizes, tenho mais uma filha de 9 anos, a Nicole grilo tampinha que adora, como eu, matemática e português.
Mas é lógico, como alguém que gosta de escrever, fui motivado pela paixão a redigir um texto e esse conto, que é um dos meus preferidos, acabou saindo da minha cabeça, de uma forma extremamente natural. Brincar com as palavras algumas vezes faz bem para o nosso coração e escrever Jonas fez muito bem para mim na época. A musa inspiradora, minha amiga casada, quando passamos daquela fase de "risco iminente de adultério" e retornamos para a amizade, acabou lendo o texto e gostou do que viu, na verdade sentiu-se lisonjeada de ter inspirado a história. Até hoje somos amigos, ela viu a pessoa descente que existia atrás de um carinha que, ela poderia até pensar na época, só estaria a fim de se aproveitar da situação, e esse amadurecimento de nossa amizade foi um legado importante desta antiga paixão.
Sobre a forma de como escrevi Jonas, soando piegas e antiquado, no fundo é um retrato de mim mesmo, pois assim sempre o fui, não existe por que esconder, até por que gosto exatamente da pessoa que eu sou, que eu me tornei, com todas as minhas qualidades e defeitos e, aprendi muito cedo que a gente só consegue amar de verdade quando aprendeu antes a amar a si próprio. Não me inspirei em nenhum autor para escrever o conto, não conscientemente, segui a minha linha de raciocínio e fui colocando no papel.
As referências mais importantes que o personagem tem comigo são o amor pela família e o respeito pelo relacionamento alheio. As datas utilizadas no conto também fazem uma grande referência a mim mesmo, pois nasci em 22 de setembro, o dia no conto que o personagem ganhou de presente um início de relacionamento com a Pati do passado e também o dia no futuro que o Dr. Barros desfez (ainda não sei se foi ele mesmo) toda aquela magia e colocou novamente tudo nos eixos.
Como eu disse, Jonas é um dos contos que mais aprecio, pela grande verdade que ele conta de mim mesmo e por ter sido inspirado num sentimento real. Gostei tanto de o ter escrito que acabei fazendo uma continuação, mais curta e mais precisa, talvez usando um pouco mais de um ingrediente que eu adoro, que é o suspense, e que os amigos poderão conferir, caso saia na 8ª edição da ECOS. E gostei tanto do personagem Dr. Barros, do enigma que o envolvia e envolve, que a minha mania de tentar encontrar ou fundamentar uma lógica para tudo acabou gerando um pequeno livro falando sobre a origem deste personagem, que também tentarei disponibilizar nas próximas edições da ECOS.
O que posso dizer é que a história de Jonas não chegou ao fim, falta uma última parte que ainda não escrevi e quem sabe o faça agora, que estou revivendo esse enredo. Posso até por um fim no personagem, mas escrever é como ter um filho, portanto Jonas sempre estará guardado carinhosamente dentro de mim.
Abs.,
 
Ultima Edição:

fsaraujo

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Update ecos 7
@JoeFather
Lançamos o seu conto:

https://www.wattpad.com/305434763-mostra-ecos-7ª-edição-jonas
A ecos 7 desde ontem saiu do ranking de contos, mas deixei pra avisar isso hoje. Acho que isso ocorreu pq a quantidade de likes e comentários caiu nos últimos dias. Mas ainda assim, fomos muito mais longe do que esperávamos nas nossas melhores estimativas.

Hoje, a ecos 7 conta com esses números:
552 leituras
74 votos
61 comentários.

Nossa escalada desde a ecos 5 é impressionante.
Como o conto do joe foi lançado hj, vou dar um prazo pra enviar as estatísticas do conto dele.

*estou meio off na leitura pq to sem net em casa e com tempo meio curto pra ler, mas vou atualizar as minhas opiniões em breve dos contos que não li.

Atá a próxima ecos.:kjoinha
 

JoeFather

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Update ecos 7
@JoeFather
Lançamos o seu conto:

https://www.wattpad.com/305434763-mostra-ecos-7ª-edição-jonas
A ecos 7 desde ontem saiu do ranking de contos, mas deixei pra avisar isso hoje. Acho que isso ocorreu pq a quantidade de likes e comentários caiu nos últimos dias. Mas ainda assim, fomos muito mais longe do que esperávamos nas nossas melhores estimativas.

Hoje, a ecos 7 conta com esses números:
552 leituras
74 votos
61 comentários.

Nossa escalada desde a ecos 5 é impressionante.
Como o conto do joe foi lançado hj, vou dar um prazo pra enviar as estatísticas do conto dele.

*estou meio off na leitura pq to sem net em casa e com tempo meio curto pra ler, mas vou atualizar as minhas opiniões em breve dos contos que não li.

Atá a próxima ecos.:kjoinha
Fala meu amigo!
Como divulguei hoje em tudo quanto é canto o conto do @Guastinha, daqui a alguns dias divulgo o meu também.
Farei um comentário geral, sobre a Mostra, amanhã de madruga.
Abs.,
 

Guastinha

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Fala gente que gosta de ler e escrever, como vão?
Como disse, li o espetaculoso conto do amigo @Guastinha...
Em geral eu vou lendo e fazendo anotações, algumas correções (que já envie para o amigo @fsaraujo), mas esse conto foi diferente, nem precisei anotar nada!
O conto, muito bem escrito do início ao fim, retrata o apocalipse que prevejo para o Rio de Janeiro se nada for feito de imediato, para conter a guerra civil que toma conta de diversos locais do Estado.
Achei interessantíssima a ideia de colocar um cara da paz para fazer a narrativa da história e que, sem sombras de dúvidas alguma, fundamentou de forma brilhante a sua necessidade de portar uma arma de fogo, que deixou de ser, dentro do enredo, uma exceção, para um objeto obrigatório, em si tratando de questões de segurança.
O autor conseguiu dar voz e explicar minuciosamente, num conto longo e em nenhum momento cansativo, diga-se de passagem, todas as etapas que transformaram o Rio que conhecemos hoje em sua versão ainda mais violenta do futuro, começando com a formação dos condomínios com suas próprias regras excludentes, o efeito das armas de forma legal na mão das pessoas civis, o comparativo entre o passado e o futuro sendo contado por quem o presenciou, o surgimento de uma nova e destrutiva droga para competir com as já existentes e legalizadas, culminando com o surgimento dos grupos de extermínio, tudo isso com um pano de fundo alicerçado em ações desastrosas do Governo, como vista grossa, leis mal feitas, olho grande somente nas receitas e, claro, nossa grande conhecida corrupção.
É um conto que, sem sombras de dúvidas, como a maioria dos que encontrei nessa Edição da ECOS, vou compartilhar, pois esse especificamente tem todos os ingredientes que uma boa história precisa, pois literalmente possui um começo, meio e fim, aqui do nosso maravilhoso Rio de Janeiro.
Penso eu que o retrato pintado pelo @Guastinha infelizmente tem tudo para se tornar um dia realidade, caso aqueles que detêm o poder não comecem a fazer uma verdadeira reviravolta em todo o sistema existente atualmente. Vou além, como costumo frequentemente dizer: quando as pessoas de bem se tornarem minoria numa sociedade, eis que as leis deverão ser invertidas, legalizando o que é imoral, pois a maioria será aquela que ditará as regras. Se eu estiver vivo nesse dia, e claramente fizer parte da minoria, muito provavelmente não fugirei dos meus princípios, muito provavelmente me vestirei do espírito de Carlos Eugênio.
Em suma, um conto que faz pensar, refletir sobre as falhas humanas e o costume exacerbado das autoridades em brincarem com assuntos sérios e que um dia podem se voltar contra eles mesmos...
Abs.,

Puxa cara... :kvergonha

muito obrigado pelo seu comentário.
Você pegou o âmago do texto, capitou a ideia que eu quis passar.

Este texto foi para mim um exercício de futurologia, e como você concluiu, infelizmente tem tudo para se tornar realidade.
Esperamos que não, que essa realidade que agora vivemos perdure por mais muitos e muitos anos, mas infelizmente, acho que a evolução vai ser por aí mesmo.
Como disse o @Agito no comentário sobre este conto, o que se esperar quando não existe mais punição?

Acho que é mais ou menos isso aí que eu escrevi quando a punição é minima. Você é obrigado a se defender por conta própria, a se proteger por conta própria, e acaba que ficamos cada vez mais egoístas e insensíveis com as questões humanas. Como um dos personagens do conto concluiu: Avançamos muito em tecnologia mas regredimos socialmente. E acho que essa regressão já começou, estamos nos tornando cada vez mais bestiais.

Valeu mesmo por ter gostado e pela sua divulgação.
Muito obrigado.
 

JoeFather

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Puxa cara... :kvergonha

muito obrigado pelo seu comentário.
Você pegou o âmago do texto, capitou a ideia que eu quis passar.

Este texto foi para mim um exercício de futurologia, e como você concluiu, infelizmente tem tudo para se tornar realidade.
Esperamos que não, que essa realidade que agora vivemos perdure por mais muitos e muitos anos, mas infelizmente, acho que a evolução vai ser por aí mesmo.
Como disse o @Agito no comentário sobre este conto, o que se esperar quando não existe mais punição?

Acho que é mais ou menos isso aí que eu escrevi quando a punição é minima. Você é obrigado a se defender por conta própria, a se proteger por conta própria, e acaba que ficamos cada vez mais egoístas e insensíveis com as questões humanas. Como um dos personagens do conto concluiu: Avançamos muito em tecnologia mas regredimos socialmente. E acho que essa regressão já começou, estamos nos tornando cada vez mais bestiais.

Valeu mesmo por ter gostado e pela sua divulgação.
Muito obrigado.
Sou eu quem agradece meu amigo, foi um prazer enorme ler seu texto.
Abs.,
 

Guastinha

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Acabei de ler, ou melhor reler Rio 2099

De acordo com o proposto, vou comentar o conto que escrevi falando das minhas inspirações para ele.

Vou colocar nos spoilers para não comprometer a diversão de que não leu.


Este texto tem diversas inspirações, que vão desde o titulo até sua conclusão. Ele foi baseado em outras historias que eu queria contar num futuro tomado pela violência urbana. Eu já tinha pensando nas historias do Condomínio, da Malu e do Carlos Eugênio, aqui eu dei uma resumida neles e sintetizei tudo dentro de um contexto só. Rio 2099 é uma espécie de Sin City, onde varias historias acontecem e se cruzam neste futuro distópico.

A historia do condomínio foi inspirada num filme mexicano que vi que se chama La Zona, aqui saiu com o titulo Zona do Crime, não é exatamente a ideia que eu escrevi, mas flerta bastante com ela. Recomendo.

A Historia da Malu surgiu como produto da mente, foi a ultima que escrevi. Eu queria mostrar que toda aquela violência estava afetando também os ricos, inclusive, sempre afetou, ainda mais para aqueles que não existem limites. Que colocam a diversão acima de tudo. Malu é uma sociopata, que mata por prazer, e naquele futuro, ela é bem aceita, ou pelo menos tolerável. Junto com ela, eu tinha escrito sobre um rapaz que gosta de turbinar carros com o propósito de causar acidentes, uma espécie de Burnout ( o jogo) com Death Proof ( o filme) mas o texto ia ficar ainda maior do que já estava.

A historia da Emotox foi inspirada num texto que eu tinha começado para participar da ECOS 1, sobre um assassino que gosta de matar viciados em drogas. Eu fiz algumas mudanças e trouxe um elemento mais ficcional para o texto, para tirar um pouco o peso de realidade cruel.

Carlos Eugênio também foi um texto que iniciei algum tempo atrás, e me inspirei neste texto. A ideia surgiu depois que passei a almoçar com minha mãe e assistir aqueles noticiários mundo cão. Por diversos rompantes de indignação imaginava alguém escondido em algum lugar, atirando no bandido que sacaneava a vitima. Carlos Eugênio também é inspirado no personagem Justiceiro, só que sem o glamour do personagem dos quadrinhos. Carlos Eugênio é um produto de seu próprio meio.

Juntei todas essas ideias e tinha criado um final um tanto quanto estranho, tentei criar uma reviravolta, porem não tive capacidade de desenvolve-la, ainda mais na linha narrativa que eu já tinha desenvolvido. Aí por uma “sugestão editorial” concluir o texto, como se fosse uma justificativa de um pacifista se adaptando aquele mundo.

Quanto ao titulo, não tenho nada contra o Rio,só sei que é uma cidade muito perigosa, mas aproveitei as olimpíadas e me inspirei numa antiga série da Marvel ( a série 2099) para dar titulo. Tanto que no texto hora nenhuma cito a cidade do Rio de Janeiro.

Pretendo dar continuidade neste “universo “ contando mais historias tanto destes personagens quantos de outros, mas mantendo este mesmo background. Foi um dos textos que mais gostei de escrever, até porque, infelizmente é uma visão convicta de um possível, bem possível futuro.
 
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De acordo com o proposto, vou comentar o conto que escrevi falando das minhas inspirações para ele.

Vou colocar nos spoilers para não comprometer a diversão de que não leu.


Este texto tem diversas inspirações, que vão desde o titulo até sua conclusão. Ele foi baseado em outras historias que eu queria contar num futuro tomado pela violência urbana. Eu já tinha pensando nas historias do Condomínio, da Malu e do Carlos Eugênio, aqui eu dei uma resumida neles e sintetizei tudo dentro de um contexto só. Rio 2099 é uma espécie de Sin City, onde varias historias acontecem e se cruzam neste futuro distópico.

A historia do condomínio foi inspirada num filme mexicano que vi que se chama La Zona, aqui saiu com o titulo Zona do Crime, não é exatamente a ideia que eu escrevi, mas flerta bastante com ela. Recomendo.

A Historia da Malu surgiu como produto da mente, foi a ultima que escrevi. Eu queria mostrar que toda aquela violência estava afetando também os ricos, inclusive, sempre afetou, ainda mais para aqueles que não existem limites. Que colocam a diversão acima de tudo. Malu é uma sociopata, que mata por prazer, e naquele futuro, ela é bem aceita, ou pelo menos tolerável. Junto com ela, eu tinha escrito sobre um rapaz que gosta de turbinar carros com o propósito de causar acidentes, uma espécie de Burnout ( o jogo) com Death Proof ( o filme) mas o texto ia ficar ainda maior do que já estava.

A historia da Emotox foi inspirada num texto que eu tinha começado para participar da ECOS 1, sobre um assassino que gosta de matar viciados em drogas. Eu fiz algumas mudanças e trouxe um elemento mais ficcional para o texto, para tirar um pouco o peso de realidade cruel.

Carlos Eugênio também foi um texto que iniciei algum tempo atrás, e me inspirei neste texto. A ideia surgiu depois que passei a almoçar com minha mãe e assistir aqueles noticiários mundo cão. Por diversos rompantes de indignação imaginava alguém escondido em algum lugar, atirando no bandido que sacaneava a vitima. Carlos Eugênio também é inspirado no personagem Justiceiro, só que sem o glamour do personagem dos quadrinhos. Carlos Eugênio é um produto de seu próprio meio.

Juntei todas essas ideias e tinha criado um final um tanto quanto estranho, tentei criar uma reviravolta, porem não tive capacidade de desenvolve-la, ainda mais na linha narrativa que eu já tinha desenvolvido. Aí por uma “sugestão editorial” concluir o texto, como se fosse uma justificativa de um pacifista se adaptando aquele mundo.

Quanto ao titulo, não tenho nada contra o Rio,só sei que é uma cidade muito perigosa, mas aproveitei as olimpíadas e me inspirei numa antiga série da Marvel ( a série 2099) para dar titulo. Tanto que no texto hora nenhuma cito a cidade do Rio de Janeiro.

Pretendo dar continuidade neste “universo “ contando mais historias tanto destes personagens quantos de outros, mas mantendo este mesmo background. Foi um dos textos que mais gostei de escrever, até porque, infelizmente é uma visão convicta de um possível, bem possível futuro.
Ao ler a sua história da história, principalmente quando citou o Carlos Eugênio, eu me recordei de um projeto de livro que tive anos atrás, mas que engavetei com o passar do tempo, pois acredito que não conseguiria dar vazão à ideia sem ir contra os meus princípios e por outros motivos que cito abaixo, o que você entenderá melhor ao ler ESTE texto, que escrevi em 2010, e que também pode ser encontrado AQUI, no meu blog. O título seria algo parecido a "Assassino de malditos", onde o protagonista era um tipo de justiceiro intelectual, que motivado também por questões de ordem criminosa que ocorreram em sua vida, começou a executar assassinos que conseguiram se ver livres das garras da justiça, tal o famoso Dexter o fazia em sua estonteante série. A única diferença entre essa ideia e o seriado Dexter era que todas as mortes dos assassinos teriam um pano de fundo quase sobrenatural e esse também foi um dos motivos que me fez engavetar a ideia, pois, vou ser bem sincero, fiquei com medo dos enredos que a minha inventiva mente começou a criar para dar vazão a esses assassinatos.
Cara, a sua explicação dá ainda um sentido mais interessante para o seu trabalho, que facilmente daria um livro maravilhoso. A sua estratagema de unir diversas ideias ficou excelente e, pelo menos ao meu ver, não fica nítido no texto, o que significa que você conseguiu acertar em cheio na coesão das ideias, de uma forma a montar um thriller único.
Espero, sinceramente, que você continue dando vazão a essa ideia e que de fato no futuro daí saia uma obra completa, pois escrever bem você com certeza já o faz, de uma forma atual, natural e bem interessante, e inspiração, bom, infelizmente nos dias atuais, como você bem disse ao citar o Carlos Eugênio, existe de sobra nesse nosso violento mundo.
Grande abraço.
 
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San Fierro

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Alguns comentários no spoiler:

É um conto interessante, principalmente a forma como foi escrita. O autor apresenta vários personagens e suas histórias e mantém uma linha sutil conectando todos eles. Me lembrou um pouco filmes como Magnolia e Short cuts.

Achei que o plot poderia ser melhor trabalhado. A história é um pouco morna, na minha opinião esse formato teria muito mais força se fosse explorado em outro contexto. Achei aquelas situações de preconceito extremamente clichês, e o contexto político não poderia ser mais batido. Mesmo assim, curti a história... Vale muito a pena ler o conto, é curto e tem um formato muito legal...

Parabéns alef!
 

fsaraujo

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Li Rio 2099...
40.jpg

Mas primeiro, deixa eu falar uma coisa:
O sammie me enganou... Cade o twist que vc me falou que tinha? :p

Agora sim :D

Primeiramente: Wat?
O texto tava tão legal guasta, pq mexeu... :ksnif Pq faz issu comigu?:kcry

Apesar do hemotox ter sido um adendo muito bom...:kpensa (Antes não tinha hemotox, né?:kvergonha)
Mas tava muito bom como estava, ao terminar de ler essa versão minha expressão foi de WAT?
Daí fui ler a opinião da galera, fui ler a sua explicação, daí fui começando a entender.

Acho que muitas vezes o problema é a forma com que esperamos que o texto se desenvolva que atrapalha a leitura.

Vou comentar primeiro os pontos que precisam de atenção:
- Em vários trechos vc usa palavras mais do dia a dia, o que não é ruim de forma alguma, é bem legal, especialmente no contexto da história.

(...)As armas dos EUA são mais doidas e fáceis de manusear do que as que vendem por aqui, se quiser uma boa e barata, só no mercado paralelo.(...)
(...)Com a falta de punição, muita gente resolveu comprar um berro para se defender. (...)
(...)Ela vem numerada e
chipada. Caso seja particular, você tem que levar à delegacia para legalizar o seu uso. (...)


As duas primeiras vc não destacou já a última vc destacou tanto em itálico quanto com as aspas. Acho que teria que ter uma constância nisso, ou destaca tudo o que for gíria, ou não destaca nada.

- Na primeira parte do texto vc chama o capítulo de condomínio.
Nesta parte vc primeiro comenta sobre as armas daí mais adiante fala do condomínio. Olhando o conceito ficou legal, mas olhando o macro do texto, vejo que pulverizou informações em vários pontos dos outros capítulos. Seu que nas partes No passado e Coronel Carlos Eugênio, por falarem do passado da cidade teriam comentários sobre o condomínio, ok quanto a isso, mas poderia ter sido um pouco mais completo e ter feito uma ligação maior da primeira parte, a das armas, com a segunda que é do condomínio propriamente dito.
Ainda sobre o condomínio, notei que vc fala sobre ele de ordem inversa, pois primeiro fala sobre a nova empresa que o administra, para só lançar a ideia de que as pessoas, nascem, crescem e vivem nesses burgos mais pro final da parte.
Pensando de forma mais orgânica, acho que deveria ter feito uma ligação da primeira parte das armas comentando algo do tipo: em parte por causa da violência a população foi obrigada a criar sistemas de proteção cada vez mais sofisticados até que os bairros(ou condomínios) acabaram se transformando em burgos(e coisa e tal...)
Assim introduziria a ideia do burgo, e ao mesmo tempo deixaria espaço para que algumas coisas pudessem ser melhor explicadas nas partes que comentei acima.
Posso estar enganado mas acho que funcionaria melhor assim.

- Sobre o cap 2, Malu.
De longe o mais bem escrito, tem algumas inconsistências, mas mesmo assim é o melhor.
Esse comentário que vou fazer agora, me desculpe por não ter percebido antes, mas ele é meio influência do comentário que fiz do texto do Marcos...:kvergonha
Seguinte, no texto do Marcos, comentei que não era justificável o final por causa da construção anterior do personagem, pois nada do que foi nos mostrado antes no texto trazia alguma mudança que demonstrasse que o personagem tomaria de verdade aquela medida.
No seu caso algo semelhante ocorre, pois vc comenta que logo depois de Malu matar a primeira vez ela tomou gosto pela coisa. No início do capítulo vc já fala sobre a Malu atual, E adiante comenta sobre o que ela foi fazendo de tão terrível e tal.
Durante o assalto dela, em que ela mata pela primeira vez, vc comenta que ela, após furar o olho do meliante, fica tão assustada que acaba descarregando todas as balas no sujeito. Essa informação faz inferir que antes ela poderia ser uma menina normal, meiga e coisa e tal. Pois se ela já tivesse essa sociopatia instalada dentro de si, ou mesmo se ela fosse psicopata, ela não se assustaria, concorda?
Neste caso eu acharia mais justificavel que ela passasse por esse tipo de experiencia traumática pelo menos umas 3 vezes pra surtar, assim como a mulher do carlinhos surta mais adiante no texto, saca?

Ainda sobre essa parte pensei em uma coisa, nem é erro, é mais curiosidade mesmo, como é que a Malu saiu do condomínio, atravessou a cidade pra ir comprar drogas, e não foi atacada no meio do caminho? Pois pelo que comenta sobre a cidade é um verdadeiro cenário de guerra, não tem momentos sem bandidos ou ataques, é a toda hora! Oo
Ainda na mesma linha de pensamento, O ex namorado dela, como ele foi morto e a família dele ficou de boa? Pq não tentaram comer o fígado dela, tipo a galera do cara que olhou torto pra ela?

- Cap 3 No passado

Vc foi malando com o véio né?:ksafado
Especialmente depois de já termos comentado sobre isso antes.

Lembro que alguns anos atrás estavam comemorando os seus 150 anos. Atualmente, ele já deve estar chegando quase aos 160.
Seu Marcilio faz parte de um grupo de idosos conhecidos como os Novos Anciões. São pessoas que conseguiram passar bem dos 120 anos, com a ajuda dos avanços da medicina e de muito dinheiro.
Hoje vive em cima de uma cama, e a maioria dos seus órgãos tem próteses ou funcionam à base de aparelhos.

Esse senho pra ter 160 em 2099, ou algo perto disso, tem que ter nascido no mínimo em 1939!
Insisto:
Se hoje, em 2016, a nossa expectativa de vida é de algo em torno de 75 anos, bem longe dos 83 anos do japão, imagina de quem nasceu em 1939...
E outro ponto em 2016 ele já teria 77... Para ele ser um idoso centário em 2099 ele teria ao menos que ter nascido nas décadas de 70, 80 ou 90, ou seja, quando a maioria de nós da OS nascemos, tá ligado?
E outra cara, ele tá num ambiente de guerra, isso não é algo salubre. Fora que mesmo com os burgos a qualidade de vida não seria tão alta assim... Teriam dificuldades de abastecimento, de água, energia e por ai vai... Pense comigo, saquear caminhões de suprimentos seria muito mais lucrativo do que sair roubando e matando por aí.

Acho que já entendeu onde quero chegar né?
No todo o conto é bom, mas sua tentativa de criar histórias separadas mas ligadas por elementos não foi tão bem executado. Faltaram elementos de ligação, e estes mostraram os problemas de continuidade.
Tipo a primeira parte, a do condomínio, está ligada com a parte do passado e do coronel. Ok. Mas essas ligações surgem por informações que não foram introduzidas no começo.
A parte do hemotox, por ex, o ex namorado da Malu poderia ter sido acusado de usar hemotox, isso já daria uma ligação top entre as partes.
Outra coisa que daria um ponto de ligação e contribuiria muito pra continuidade, seria dar uma pincelada sobre o grupo armado criado pelo coronel, nas primeiras partes, isso seria demais.
Perceba que os 2 últimos pontos que citei, podem ser usados para ao mesmo tempo, contribuir com a continuidade do texto, criar suspense sobre informações que aparecerão depois e ainda tem potencial plotter twistico.

Não lembro se era o cara que morria, pq ele ficava doidão com a arma dele, ou se era a namorada, mas fiquei esperando um dos 2 entrarem nessa milícia armada e talvez matar o outro sem saber. Isso ia ser um plot twist e tanto.:kluv

Agora vou destacar um trecho que foi tão bem escrito que quase não consigo falar sobre ele:

(...)Com as pessoas armadas, bastava uma senhora ver um rapaz com cara de louco para ela sacar sua espingarda calibre doze e mandar chumbo. Muitos morreram assim, e seus assassinos alegavam que foram atacados e tiveram que reagir em legítima defesa.(...)
Essa parte é um exemplo perfeito de continuidade do texto, fora que também é uma boa justificativa. Veja bem, vc nesse trechinho cria o ciclo que gerou os burgos e que aumentou a violência de forma infinita, ao mesmo tempo que justifica a sua ideia de enredo.

Pode parecer que eu detestei o seu conto, mas o caso não é esse, a ideia geral é muito boa, e funcionou bem sua ideia de exercício de futurismo. A ideia dos burgos, do hemotox, mesmo da milícia criada pelo coronoel, que iniciou como um punisher, mas acabou se especializando e abrindo franquia.
Mas a execução, especialmente das partes novas me pareceu meio corrida... Tipo a parte do Coronel, especialmente dos assaltos a esposa dele foram meio corridas, faltou aquele feeling guastinha na hora da narração, aquele feeling do fim do mundo do texto passado.
 

fsaraujo

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Novamente trouxe uma grande ideia pro texto, não acho que os temas que abordou sejam batidos, neste ponto eu sempre discordo do sammie :p
O tema é atual. Coisas assim estão acontecendo neste momento.
A questão maior que coloco no texto é que é um tema muito grande e um conto não o comporta muito bem, especialmente um conto tão curto.
Temos a questão do preconceito, das ideias individuais, temos a questão da guerra e dos refugiados.
Foi uma boa ideia de texto alef. Leva adiante a ideia que tem na gaveta para aquele outro texto e faça uma boa execução pra próxima ecos, Pense no texto Here in heaven quando for escrever esse.:kjoinha
 

San Fierro

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Novamente trouxe uma grande ideia pro texto, não acho que os temas que abordou sejam batidos, neste ponto eu sempre discordo do sammie :p
O tema é atual. Coisas assim estão acontecendo neste momento.
A questão maior que coloco no texto é que é um tema muito grande e um conto não o comporta muito bem, especialmente um conto tão curto.
Temos a questão do preconceito, das ideias individuais, temos a questão da guerra e dos refugiados.
Foi uma boa ideia de texto alef. Leva adiante a ideia que tem na gaveta para aquele outro texto e faça uma boa execução pra próxima ecos, Pense no texto Here in heaven quando for escrever esse.:kjoinha

Não é batido no sentido de ultrapassado, é batido no sentido de já ter sido abordado tantas vezes que é uma tarefa bem difícil tentar abordá-lo de forma original num conto de 1,5k palavras... Se ele tivesse escolhido falar sobre algo mais simples, usando essa mesma estrutura, acho que a história ficaria menos corrida e superficial.

Mas pode discordar de mim, eu não vou chorar :klingua
 

fsaraujo

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Não é batido no sentido de ultrapassado, é batido no sentido de já ter sido abordado tantas vezes que é uma tarefa bem difícil tentar abordá-lo de forma original num conto de 1,5k palavras... Se ele tivesse escolhido falar sobre algo mais simples, usando essa mesma estrutura, acho que a história ficaria menos corrida e superficial.

Mas pode discordar de mim, eu não vou chorar :klingua
O sammie sempre morde a isca...:ksafado
 

_alef_

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Alguns comentários no spoiler:

É um conto interessante, principalmente a forma como foi escrita. O autor apresenta vários personagens e suas histórias e mantém uma linha sutil conectando todos eles. Me lembrou um pouco filmes como Magnolia e Short cuts.

Achei que o plot poderia ser melhor trabalhado. A história é um pouco morna, na minha opinião esse formato teria muito mais força se fosse explorado em outro contexto. Achei aquelas situações de preconceito extremamente clichês, e o contexto político não poderia ser mais batido. Mesmo assim, curti a história... Vale muito a pena ler o conto, é curto e tem um formato muito legal...

Parabéns alef!
assim vcs me conquistam
 

_alef_

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Acabei de ler Dominó

Não sei se pode ser chamado de conto. É mais um relato, um panorama, um comentário sobre um instante na situação macro e micro de um país.

O autor inicia o texto relatando situações de cotidiano como uma chuva e a interação das pessoas em detalhes bem próximos como um copo de café frio mas no parágrafo seguinte ele esta discutindo política internacional com a situação de uma imigração. Aí começa a falar sobre política e disputa eleitoral e sugere até mesmo um escândalo quando cita uma secretaria e depois volta para o micro ao falar de um jovem que perde sua oportunidade de emprego, pois não está vestido adequadamente. Por fim discute as opções de um possível eleitorado e um futuro que parece ser ainda mais sombrio. Mas tudo bem raso e distante.

É bem escrito, mas aparece do nada e para o nada vai. Parece mais uma introdução um breve prólogo para situar o leitor.

Li duas vezes e tentei buscar alguma referência alguma analogia com a situação do nosso pais, mas não encontrei nada. Acho que foi só uma breve viagem do autor.
e foi. Quando eu estiver em sã consciencia ( estou beubo) eu posto sobre o conto e sobre como escrevi.
 

Guastinha

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Ao ler a sua história da história, principalmente quando citou o Carlos Eugênio, eu me recordei de um projeto de livro que tive anos atrás, mas que engavetei com o passar do tempo, pois acredito que não conseguiria dar vazão à ideia sem ir contra os meus princípios e por outros motivos que cito abaixo, o que você entenderá melhor ao ler ESTE texto, que escrevi em 2010, e que também pode ser encontrado AQUI, no meu blog. O título seria algo parecido a "Assassino de malditos", onde o protagonista era um tipo de justiceiro intelectual, que motivado também por questões de ordem criminosa que ocorreram em sua vida, começou a executar assassinos que conseguiram se ver livres das garras da justiça, tal o famoso Dexter o fazia em sua estonteante série. A única diferença entre essa ideia e o seriado Dexter era que todas as mortes dos assassinos teriam um pano de fundo quase sobrenatural e esse também foi um dos motivos que me fez engavetar a ideia, pois, vou ser bem sincero, fiquei com medo dos enredos que a minha inventiva mente começou a criar para dar vazão a esses assassinatos.
Cara, a sua explicação dá ainda um sentido mais interessante para o seu trabalho, que facilmente daria um livro maravilhoso. A sua estratagema de unir diversas ideias ficou excelente e, pelo menos ao meu ver, não fica nítido no texto, o que significa que você conseguiu acertar em cheio na coesão das ideias, de uma forma a montar um thriller único.
Espero, sinceramente, que você continue dando vazão a essa ideia e que de fato no futuro daí saia uma obra completa, pois escrever bem você com certeza já o faz, de uma forma atual, natural e bem interessante, e inspiração, bom, infelizmente nos dias atuais, como você bem disse ao citar o Carlos Eugênio, existe de sobra nesse nosso violento mundo.
Grande abraço.

Muito obrigado Joe, pelos elogios e incentivos !!

Você pegou o espirito da coisa. São textos que funcionam independentes mas estão dentro de um mesmo universo, ou melhor dizendo, dentro de uma mesma cidade.
Vou explorar melhor essas ideias.

Nunca vi Dexter apesar de saber do que se trata, tenho vontade de conhecer melhor.
Acho que esse lance de justiceiro ou fazer justiça com as próprias mãos vem muito do sentimento de indignação pela falta de impunidade que julgamos o outro merecer. Acaba que isso se torna mais aflorado em uns do que outros. Isso também transparece muito em obras de entretenimento popular, como filmes, HQs, livros, etc...
É um campo rico, mas ao mesmo tempo batido. Se soubermos explorar ainda dar para tirar muita coisa interessante.

Não tenho aspirações de escritor, escrevo só para me entreter mesmo, mas fico motivado e trabalhar mais ideias dentro do contexto deste conto. Não sei se seria muita ambição para quem nem aprendiz de escritor é, mas quem sabe não trabalhe isso para um projeto maior.
 

Guastinha

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Valeu demais @fsaraujo , a sua atenção ao texto e a sua dedicação aos comentários.


Como você fez um comentário maior, vou tentar ir por partes;

Primeiramente: Wat?
O texto tava tão legal guasta, pq mexeu... :ksnif Pq faz issu comigu?:kcry

Apesar do hemotox ter sido um adendo muito bom...:kpensa (Antes não tinha hemotox, né?:kvergonha)
Mas tava muito bom como estava, ao terminar de ler essa versão minha expressão foi de WAT?
Daí fui ler a opinião da galera, fui ler a sua explicação, daí fui começando a entender.

Acho que muitas vezes o problema é a forma com que esperamos que o texto se desenvolva que atrapalha a leitura.

Realmente quando se cria uma expectativa com um conto, ou qualquer outra coisa, ficamos um pouco frustrados quando não somos correspondidos. Você teve dois pontos de expectativas aí, o plot, que fora mudado, e a leitura que você fez previamente antes de eu mexer no texto. Como você sugeriu, deixei a ideia maturando na cabeça, e quando retornei ao texto mudei algumas coisas.

Vou comentar primeiro os pontos que precisam de atenção:
- Em vários trechos vc usa palavras mais do dia a dia, o que não é ruim de forma alguma, é bem legal, especialmente no contexto da história.

(...)As armas dos EUA são mais doidas e fáceis de manusear do que as que vendem por aqui, se quiser uma boa e barata, só no mercado paralelo.(...)
(...)Com a falta de punição, muita gente resolveu comprar um berro para se defender. (...)
(...)Ela vem numerada e “chipada”. Caso seja particular, você tem que levar à delegacia para legalizar o seu uso. (...)


As duas primeiras vc não destacou já a última vc destacou tanto em itálico quanto com as aspas. Acho que teria que ter uma constância nisso, ou destaca tudo o que for gíria, ou não destaca nada.

Usei esse tipo de linguagem, pois o personagem é um jovem de vinte e poucos anos. Todo o conto se passa sob a ótica dele. Por isso alguns termos diferentes. Quanto aos destaques, foi uma falha de edição mesmo. Obrigado por me alertar, vou corrigi-los.


- Na primeira parte do texto vc chama o capítulo de condomínio.
Nesta parte vc primeiro comenta sobre as armas daí mais adiante fala do condomínio. Olhando o conceito ficou legal, mas olhando o macro do texto, vejo que pulverizou informações em vários pontos dos outros capítulos. Seu que nas partes No passado e Coronel Carlos Eugênio, por falarem do passado da cidade teriam comentários sobre o condomínio, ok quanto a isso, mas poderia ter sido um pouco mais completo e ter feito uma ligação maior da primeira parte, a das armas, com a segunda que é do condomínio propriamente dito.
Ainda sobre o condomínio, notei que vc fala sobre ele de ordem inversa, pois primeiro fala sobre a nova empresa que o administra, para só lançar a ideia de que as pessoas, nascem, crescem e vivem nesses burgos mais pro final da parte.
Pensando de forma mais orgânica, acho que deveria ter feito uma ligação da primeira parte das armas comentando algo do tipo: em parte por causa da violência a população foi obrigada a criar sistemas de proteção cada vez mais sofisticados até que os bairros(ou condomínios) acabaram se transformando em burgos(e coisa e tal...)
Assim introduziria a ideia do burgo, e ao mesmo tempo deixaria espaço para que algumas coisas pudessem ser melhor explicadas nas partes que comentei acima.
Posso estar enganado mas acho que funcionaria melhor assim.

Boa observação. Vou analisar melhor a troca de informações. Escrevi de acordo com o meu raciocínio, e na minha leitura, achei orgânica essa seguencia, pois ficou menos didática e menos chata, já que tem uma parte quando se fala do porte de armas que é mais assim.

- Sobre o cap 2, Malu.
De longe o mais bem escrito, tem algumas inconsistências, mas mesmo assim é o melhor.
Esse comentário que vou fazer agora, me desculpe por não ter percebido antes, mas ele é meio influência do comentário que fiz do texto do Marcos...:kvergonha
Seguinte, no texto do Marcos, comentei que não era justificável o final por causa da construção anterior do personagem, pois nada do que foi nos mostrado antes no texto trazia alguma mudança que demonstrasse que o personagem tomaria de verdade aquela medida.
No seu caso algo semelhante ocorre, pois vc comenta que logo depois de Malu matar a primeira vez ela tomou gosto pela coisa. No início do capítulo vc já fala sobre a Malu atual, E adiante comenta sobre o que ela foi fazendo de tão terrível e tal.
Durante o assalto dela, em que ela mata pela primeira vez, vc comenta que ela, após furar o olho do meliante, fica tão assustada que acaba descarregando todas as balas no sujeito. Essa informação faz inferir que antes ela poderia ser uma menina normal, meiga e coisa e tal. Pois se ela já tivesse essa sociopatia instalada dentro de si, ou mesmo se ela fosse psicopata, ela não se assustaria, concorda?
Neste caso eu acharia mais justificavel que ela passasse por esse tipo de experiencia traumática pelo menos umas 3 vezes pra surtar, assim como a mulher do carlinhos surta mais adiante no texto, saca?

Ainda sobre essa parte pensei em uma coisa, nem é erro, é mais curiosidade mesmo, como é que a Malu saiu do condomínio, atravessou a cidade pra ir comprar drogas, e não foi atacada no meio do caminho? Pois pelo que comenta sobre a cidade é um verdadeiro cenário de guerra, não tem momentos sem bandidos ou ataques, é a toda hora! Oo
Ainda na mesma linha de pensamento, O ex namorado dela, como ele foi morto e a família dele ficou de boa? Pq não tentaram comer o fígado dela, tipo a galera do cara que olhou torto pra ela?

Malu deveras é uma personagem interessante e me deu muito prazer em escrever ela. Quanto a inconsistência que você aponta, cabe ressaltar que o que é dito é um relato da Malu, pode ser que ela estivesse mesmo desesperada ou não. Lembrando que ela esconde sua vilania se passando por vitima. Nota-se também que o homem entrou em choque ao ser atacado, ela reagiu possivelmente em desespero ou não. Cabe a cada um interpretar, essa é a parte que você manda no texto.

Sobre o desenvolvimento da Malu, quem sabe em outro texto. Aqui ela não era o foco, já tinha desenvolvido o Carlos Eugênio, se eu fosse desenvolver a Malu também o conto ia ficar ainda maior do que ficou, e iria atrasar muito mais a entrega. Lembrando que tirei quase 10 paginas de texto da edição final.

- Cap 3 No passado

Vc foi malando com o véio né?:ksafado
Especialmente depois de já termos comentado sobre isso antes.

Lembro que alguns anos atrás estavam comemorando os seus 150 anos. Atualmente, ele já deve estar chegando quase aos 160.
Seu Marcilio faz parte de um grupo de idosos conhecidos como os Novos Anciões. São pessoas que conseguiram passar bem dos 120 anos, com a ajuda dos avanços da medicina e de muito dinheiro.
Hoje vive em cima de uma cama, e a maioria dos seus órgãos tem próteses ou funcionam à base de aparelhos.
Esse senho pra ter 160 em 2099, ou algo perto disso, tem que ter nascido no mínimo em 1939!
Insisto:
Se hoje, em 2016, a nossa expectativa de vida é de algo em torno de 75 anos, bem longe dos 83 anos do japão, imagina de quem nasceu em 1939...
E outro ponto em 2016 ele já teria 77... Para ele ser um idoso centário em 2099 ele teria ao menos que ter nascido nas décadas de 70, 80 ou 90, ou seja, quando a maioria de nós da OS nascemos, tá ligado?
E outra cara, ele tá num ambiente de guerra, isso não é algo salubre. Fora que mesmo com os burgos a qualidade de vida não seria tão alta assim... Teriam dificuldades de abastecimento, de água, energia e por ai vai... Pense comigo, saquear caminhões de suprimentos seria muito mais lucrativo do que sair roubando e matando por aí
.

Neste mundo as pessoas vivem fora dos condomínios, gente como eu, por exemplo, que não tem muitos recursos. Provavelmente andaria armado, pronto para matar ou morrer, mas não dentro de um condomínio. No caso da Malu e do protagonista, são pessoas ricas, eles entram e saem do Condomínio, inclusive frequentam faculdades, bares, , as ruas, vão nas favelas comprar drogas só não é seguro, mas fazem.

Malu continua sendo vigiada, mas não montaram um acampamento na porta da casa dela. Lembra que ela saiu fugida, talvez o pessoal do outro condomínio nem saiba onde ela esteja.

an>Aqui ela não era o foco, já tinha desenvolvido o Carlos Eugênio, se eu fosse desenvolver a Malu também o conto ia ficar ainda maior do que ficou, e iria atrasar muito mais a entrega. Lembrando que tirei quase 10 paginas de texto da edição final.


Acho que já entendeu onde quero chegar né?
No todo o conto é bom, mas sua tentativa de criar histórias separadas mas ligadas por elementos não foi tão bem executado. Faltaram elementos de ligação, e estes mostraram os problemas de continuidade.
Tipo a primeira parte, a do condomínio, está ligada com a parte do passado e do coronel. Ok. Mas essas ligações surgem por informações que não foram introduzidas no começo.
A parte do hemotox, por ex, o ex namorado da Malu poderia ter sido acusado de usar hemotox, isso já daria uma ligação top entre as partes.
Outra coisa que daria um ponto de ligação e contribuiria muito pra continuidade, seria dar uma pincelada sobre o grupo armado criado pelo coronel, nas primeiras partes, isso seria demais.
Perceba que os 2 últimos pontos que citei, podem ser usados para ao mesmo tempo, contribuir com a continuidade do texto, criar suspense sobre informações que aparecerão depois e ainda tem potencial plotter twistico.

Não lembro se era o cara que morria, pq ele ficava doidão com a arma dele, ou se era a namorada, mas fiquei esperando um dos 2 entrarem nessa milícia armada e talvez matar o outro sem saber. Isso ia ser um plot twist e tanto.

Você tem razão quanto a idade do velho. Fazendo as contas, o ideal seria que ele fosse contemporâneo a nos. Depois tenho que rever esse lance de cronologia.

Quanto a insalubridade do local, mais uma vez cai na interpretação. Você esta pensando em Mad Max. O mundo não este completamente bichado, estou tratando apenas de uma única cidade e mesmo assim não é um pós apolicapse.

Mas a ideia era não era criar ligações entre as historias, no máximo citar alguns elementos que identifique que aquela historia faz parte daquele universo. A ideia era fazer textos que funcionem em si próprios dentro de um contexto. Não sei se isso ficou bem executado, acredito que não, pois você entendeu que era tudo um texto só quando na verdade são pequenos textos dentro de um contexto. Mas gostei muito da sua ideia de ligar as historias reforçando o contexto entre elas e escrevendo uma única historia com descobertas e reviravoltas. Vou trabalhar nesta ideia, quem sabe para uma requentada.

Agora vou destacar um trecho que foi tão bem escrito que quase não consigo falar sobre ele:

(...)Com as pessoas armadas, bastava uma senhora ver um rapaz com cara de louco para ela sacar sua espingarda calibre doze e mandar chumbo. Muitos morreram assim, e seus assassinos alegavam que foram atacados e tiveram que reagir em legítima defesa.(...)
Essa parte é um exemplo perfeito de continuidade do texto, fora que também é uma boa justificativa. Veja bem, vc nesse trechinho cria o ciclo que gerou os burgos e que aumentou a violência de forma infinita, ao mesmo tempo que justifica a sua ideia de enredo.

Pode parecer que eu detestei o seu conto, mas o caso não é esse, a ideia geral é muito boa, e funcionou bem sua ideia de exercício de futurismo. A ideia dos burgos, do hemotox, mesmo da milícia criada pelo coronoel, que iniciou como um punisher, mas acabou se especializando e abrindo franquia.
Mas a execução, especialmente das partes novas me pareceu meio corrida... Tipo a parte do Coronel, especialmente dos assaltos a esposa dele foram meio corridas, faltou aquele feeling guastinha na hora da narração, aquele feeling do fim do mundo do texto passado.
Que bom que gostou do trecho, fico feliz em ter conseguido passar a ideia.

Na verdade foi um pouco corrido. Eu escrevi muita coisa, e depois tive que aparar as sobras. Como disse apaguei quase 10 páginas de texto e mesmo assim ficou bem grande. A ultima edição antes da entrega ainda dei umas mexidas, mas como era muita historia, eu não poderia me aprofundar muito senão ia ficar grande demais e cansativo. Por isso escolhi a do Carlos Eugenio para me dedicar.

OBS:
Praticamente escrevi outro conto para responder o Fabiano.
 

Guastinha

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Acabei de ler Jonas

Gostei muito do texto que fecha com sucesso a sétima edição da ECOS.

Uma fabula sobre o amor.
Gosto muito das historias que se desenvolve em cima de possibilidades. "E se..."

Lembro que tinha uma série de Historias em quadrinhos apresentadas pelo personagem Vigia que criava situações absurdas nos quadrinhos, como “ E se o Capitão America não tivesse ficado congelado na Segunda Guerra?” Um exercício de criatividade dos roteiristas para contar boas historias. A nossa vida também é cheia de “ E se(s)...” a cada importante decisão, tempos depois sempre pensamos: “ E se...” “ E se eu não tivesse me casado?” E se eu tivesse aceito aquela proposta de sociedade?” E se eu tivesse pedido aquele beijo?”

Tem um filme que adoro, alias, é o melhor filme na minha opinião. Ele se chama Mr. Nobody. E a principal questão do filme é E se...? O que torna o filme um curioso filme sobre física quântica, que também trata esta questão. A propósito, recomendo a todos que vejam.

Falando diretamente sobre o conto: é um texto muito bem escrito, um pouco detalhista, um pouco sentimental, um pouco meloso, o que o deixou um pouco grande, mas hora nenhuma, cansativo. O autor passa bem o sentimento daquele rapaz. Só que eu achei ele um pouco imaturo e sonhador demais pela idade que tem. Mas isso é uma opinião minha.

Acho que já falei demais fora dos spoilers;

Quem já não teve um amor impossível. A namorada do melhor amigo, a amiga casada, a gata da novela, enfim acho que esse tipo de paixão platônica acontece quando somos mais jovens. Pelo menos comigo, só me permito sentir atração quando existe alguma possibilidade.

O protagonista entrou na conhecida e famigerada friendzone. Ele era o psicólogo da moça. Mesmo tendo se declarado, ele sabia onde era o seu lugar. Quando tentava avançar ela falava bem do casamento, falava dos filhos. Patrícia gostava de ter um admirador. Toda mulher gosta, alias todo mundo gosta. Para mulher é admirador, para nós homens, é possibilidades.

Ele se permitiu sonhar, aí que entra a fábula.
Quem é o Dr. Barros?
Deus? Uma entidade que representa o Destino, que representa o Tempo? Um bruxo, como o próprio Jonas sugeriu ? Isso não importa muito, o importante aqui é o sonho que ele teve, um sonho de 13 anos passados em 13 horas de sono. Ele viveu um “se...” e viu que nem tudo é perfeito. Ressalto aqui uma máxima, “Cuidado com que desejas!” Na realidade alternativa de Jonas e Pati ele se tornou mais infeliz sendo o marido dela, do que estando na friendzone.

Um conto que chama o leitor para refletir com ele sobre destino e aceitação.

Achei o conto com uma temática mais voltado para o publico feminino, talvez por envolver muito a descrição de sentimentos. Gostei bastante da divisão em capítulos, deixou o texto mais estruturado e menos cansativo. Achei que você Joe, encheu um pouquinho de linguiça, mas isso não comprometeu a diversão. Gostei mais do final que ele se deu mal, que ele ficou viúvo, mas você buscou um final feliz. Não foi ruim também, é mais uma questão de gosto pessoal.

Eu fiquei com uma duvida: a menina do salão de dança era a Pati? Como ele não a reconheceu? Eles voltaram pouco mais de 10 anos no tempo, acredito que ela não teria mudado tanto. Outro ponto que achei “estranho” foi eles terem passados a primeira noite praticamente juntos e não trocaram nomes. Sei que a descoberta do nome foi um recurso narrativo, porem achei pouco inverossímil essa situação de ficarem tanto tempo juntos e não se apresentarem um ao outro. Apesar de que, isso acontece.

A sétima edição fechou em altíssimo nível! Gostei muito do texto e espero que o @JoeFather ather publique mais vezes na ECOS, gostei muito da sua historia.
 

fsaraujo

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Praticamente escrevi outro conto para responder o Fabiano.
Eu sou é assim.:kcool
Vamos comentar algumas coisas:

Realmente quando se cria uma expectativa com um conto, ou qualquer outra coisa, ficamos um pouco frustrados quando não somos correspondidos. Você teve dois pontos de expectativas aí, o plot, que fora mudado, e a leitura que você fez previamente antes de eu mexer no texto. Como você sugeriu, deixei a ideia maturando na cabeça, e quando retornei ao texto mudei algumas coisas.
Na verdade nem sei dizer se foi problema de expectativa, pois como mudou o texto eu estava esperando por algo que eu sequer fazia ideia que não existia mais...:klingua2

Boa observação. Vou analisar melhor a troca de informações. Escrevi de acordo com o meu raciocínio, e na minha leitura, achei orgânica essa seguencia, pois ficou menos didática e menos chata, já que tem uma parte quando se fala do porte de armas que é mais assim.
Acho que nem é uma questão orgânica. Se vc tivesse tido tempo pra fazer a revisão, assim como eu não tive, vc veria esse tipo de coisa. Já escreveu o suficiente para que eu possa afirmar isso com tranquilidade.:kjoinha

Malu deveras é uma personagem interessante e me deu muito prazer em escrever ela. Quanto a inconsistência que você aponta, cabe ressaltar que o que é dito é um relato da Malu, pode ser que ela estivesse mesmo desesperada ou não. Lembrando que ela esconde sua vilania se passando por vitima. Nota-se também que o homem entrou em choque ao ser atacado, ela reagiu possivelmente em desespero ou não. Cabe a cada um interpretar, essa é a parte que você manda no texto.

Sobre o desenvolvimento da Malu, quem sabe em outro texto. Aqui ela não era o foco, já tinha desenvolvido o Carlos Eugênio, se eu fosse desenvolver a Malu também o conto ia ficar ainda maior do que ficou, e iria atrasar muito mais a entrega. Lembrando que tirei quase 10 paginas de texto da edição final.

Nesta parte acho que não me entendeu bem...

O sammie vai rir de orelha a orelha quando ler isso... ¬¬
Eu falei desenvolvimento do ponto de vista plot. Lembre-se que vc fez em primeira pessoa, e neste tipo de narrador perde-se informações, por uma limitação física do narrador, ele não tem como saber de tudo, como no narrador em terceira pessoa onisciente. Este é um dos motivos de eu gostar muito mais de TP do que PP.
Só sabemos o que o cara conta. E veja bem, vc não mostra um momento que se oponha a essa ideia, seja por só abordar no trecho que comenta sobre a primeira morte, seja pq o foco não foi o desenvolvimento dela. E perceba que não disse que isso seria necessário, estou plenamente ciente que não teria espaço e tempo pra isso.
O namorado fala que ela é doidona, mas não é deixado nada que contrarie isso, e tenha em mente que ainda me lembro da primeira versão. :klingua
Acredito que pra deixar a interpretação aberta ele teria que ao mesmo tempo ser doidona matadora e as vezes mostrar traços contrários a isso, tipo ela poderia deixar um ou outro vivo um instante antes de executar, quando a pessoa estava se acabando de pânico, sei lá... Mas veja que isso são apenas comentários complementares ao que expus a pouco e não sugestões ao texto.

Você tem razão quanto a idade do velho. Fazendo as contas, o ideal seria que ele fosse contemporâneo a nos. Depois tenho que rever esse lance de cronologia.

Mas é logico que eu tenho razão.:kcool:kkong:ksafado

Quanto a insalubridade do local, mais uma vez cai na interpretação. Você esta pensando em Mad Max. O mundo não este completamente bichado, estou tratando apenas de uma única cidade e mesmo assim não é um pós apolicapse.

Não pensei em mad max. Vc é que não visualizou todo o potencial da violência e eu comentei isso antes. Só pelo fato de ainda haver governo, de existirem os burgos, estaria mais pra sociedade feudal do que mad max. Gerir esses burgos teria algum ponto de pressão muito grande, e acredito que seria nos suprimentos. Pois eles teriam que vir de algum lugar e que melhor forma de derrubar uma fortificação do que cortar os suprimentos? Por mais difícil que pudesse ser seria algo muito lucrativo derrubar um burgo desses. Pois eu sei que sua intenção não foi simplesmente de dizer que a cidade ficou violenta e ponto e que não tem algo a mais com isso, especialmente que o trecho do coronel. Sem organização, mesmo com a negliência do governo não iria tão longe assim.
 

JoeFather

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Meus caros amigos que gostam de ler, como vão?
Se for para responder com a qualidade das palavras que os amigos merecem, não conseguirei fazer agora, o tempo está curto, então deixarei para filosofar de madrugada.
Abs.,
 

JoeFather

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Muito obrigado Joe, pelos elogios e incentivos !!
Adoro ler meu amigo, sempre que tenho tempo, então, enquanto houverem pessoas dedicadas à arte da escrita com a sua desenvoltura, o agradecido sou eu, que acabo sempre olhando o lado positivo das coisas e citando-os.
Você pegou o espirito da coisa. São textos que funcionam independentes mas estão dentro de um mesmo universo, ou melhor dizendo, dentro de uma mesma cidade.
Vou explorar melhor essas ideias.
Como eu disse no comentário anterior sobre seu texto, para mim daria um livro muito bom, de fato vou além, é um roteiro pronto para se fazer um filme, imagine, sonhe com a ideia...
E falando nisso, você se recorda de ter visto um filme nacional abordando a temática que você escolheu? E continuando a falar nisso vou divagar: você conhece Raphael Draccon?
Tive a honra de participar de uma palestra do Raphael Draccon ano passado em minha cidade, no evento Viagem Literária promovido pela biblioteca, que era justamente voltada a incentivar os jovens alunos da rede pública a escreverem.
Neste evento Raphael contou a sua fórmula mágica que o ajudou a se tornar um escritor, a qual resumo aqui: ele tinha escrito o livro Dragões de Éter aos 22 anos e queria que seu trabalho fosse publicado, mas só levava portas na cara das editoras. Então fez uma ampla pesquisa para ver qual era o segredo do sucesso dos autores nacionais que ele conhecia e acabou chegando numa constante: todos eles haviam apostado em sonhos impossíveis de se realizar. Ele resolveu fazer a mesma coisa!
Estudante de faculdade de cinema, especializando-se em escrita cinematográfica, ele escreveu um roteiro para elaboração de um filme para um livro do escritor André Vianco e numa noite de autógrafos do mesmo, que ocorreu no Rio de Janeiro, no tempo em que o André levou para autografar um livro, Raphael metralhou um milhão de palavras sobre seu projeto e André gostou da ideia.
Com o roteiro na mão aprovado pelo André, seguiu atrás de um diretor da Rede Globo e numa reunião para discutir seu roteiro, estava presente o editor deste diretor. Ele não aceitou o roteiro, mas o estudou e achou excelente, contudo, este diretor tinha outro trabalho para filmar, mais a sua cara e da dramaturgia nacional na época, e descartou o roteiro. Mas Raphael tinha conseguido que um renomado autor da Globo avaliasse um trabalho seu como excelente e o editor deste autor não perdeu a oportunidade de perguntar se o aspirante a roteirista de cinema não pretendia escrever um livro e, olha que coincidência, ele já tinha um livro pronto: Dragões de Éter, que acabou sendo lançado e virou um sucesso...
Nunca vi Dexter apesar de saber do que se trata, tenho vontade de conhecer melhor.
Cara, perca um pouco mais de 43 horas e assista a temporada inteira do Dexter, do início ao fim, não vai se arrepender, tem tantas reviravoltas que tornam a trama imperdível. O legal do Dexter é que ele trabalha no meio policial investigando homicídios ao mesmo tempo que é um homicida justiceiro.
Acho que esse lance de justiceiro ou fazer justiça com as próprias mãos vem muito do sentimento de indignação pela falta de impunidade que julgamos o outro merecer. Acaba que isso se torna mais aflorado em uns do que outros. Isso também transparece muito em obras de entretenimento popular, como filmes, HQs, livros, etc...
É um campo rico, mas ao mesmo tempo batido. Se soubermos explorar ainda dar para tirar muita coisa interessante.
Realmente é um campo que muitos excelentes autores já dissertaram, mas que graças ao gosto das pessoas pelo tema, se haverá um brecha para exploração artística.
Não tenho aspirações de escritor, escrevo só para me entreter mesmo, mas fico motivado e trabalhar mais ideias dentro do contexto deste conto. Não sei se seria muita ambição para quem nem aprendiz de escritor é, mas quem sabe não trabalhe isso para um projeto maior.
Tenho algo comigo: para se jogar bem futebol, é preciso jogar e jogar e jogar. É treino em cima de treino! Para escrever a fórmula é a mesma, tem que rabiscar muito, viajar muito e ir colocando no papel, divulgando, recebendo feedback positivo com críticas construtivas, tal como estamos fazendo aqui na ECOS, e assim crescendo como escritores, dia após dia.
O amigo é modesto e eu também o sou e aprecio essa qualidade, mas para mim escritor não é somente aquele cidadão que escreveu vários e vários livros, este é um escritor famoso, que na grande maioria das vezes começou com contos. Um exemplo disto: Stephen King (que amanhã completa 69 anos e depois de amanhã eu completo 47), um escritor que todo ano eu compro um livro novo para degustar com calma. Ele iniciou com contos no jornal da escola que estudava. Não sei se conhece o filme Um sonho de liberdade, para mim um filme magnífico que já assisti inúmeras vezes e que foi baseado num conto do King.
Em suma na minha opinião, gostar de escrever é o ingrediente principal para se tornar um escritor, se vai ficar famoso fazendo isso, bom, aí entra a questão da sorte, do arriscar, do QI (quem indica) e assim vai, mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta, nenhum destes detalhes funciona se o carinha não for extremamente bom naquilo que faz e, principalmente, acreditar piamente nisso.
E, para encerrar essa minha viagem sobre a sua arte de escrita, se um dia você escrever um livro nesta temática do Rio 2099, eu compro!

Acabei de ler Jonas
Gostei muito do texto que fecha com sucesso a sétima edição da ECOS.
Uma fabula sobre o amor.
Gosto muito das historias que se desenvolve em cima de possibilidades. "E se..."
Lembro que tinha uma série de Historias em quadrinhos apresentadas pelo personagem Vigia que criava situações absurdas nos quadrinhos, como “ E se o Capitão America não tivesse ficado congelado na Segunda Guerra?” Um exercício de criatividade dos roteiristas para contar boas historias. A nossa vida também é cheia de “ E se(s)...” a cada importante decisão, tempos depois sempre pensamos: “ E se...” “ E se eu não tivesse me casado?” E se eu tivesse aceito aquela proposta de sociedade?” E se eu tivesse pedido aquele beijo?”
Tem um filme que adoro, alias, é o melhor filme na minha opinião. Ele se chama Mr. Nobody. E a principal questão do filme é E se...? O que torna o filme um curioso filme sobre física quântica, que também trata esta questão. A propósito, recomendo a todos que vejam.
Cara, vamos encerrar por aqui, você gostou do conto e pronto, nada mais a dizer! :viraolho
Também adoro essa temática do "E se...", sempre que possível a exploro, nunca assisti esta sua recomendação, Mr. Nobody, já está anotado.
Falando diretamente sobre o conto: é um texto muito bem escrito, um pouco detalhista, um pouco sentimental, um pouco meloso, o que o deixou um pouco grande, mas hora nenhuma, cansativo. O autor passa bem o sentimento daquele rapaz. Só que eu achei ele um pouco imaturo e sonhador demais pela idade que tem. Mas isso é uma opinião minha.
Cara, vou pegar as qualidades que você citou acima e colocar no meu perfil, pois sou eu escrito: detalhista, sentimental, meloso, imaturo e sonhador. Uma das minhas frases preferidas atribuídas a mim mesmo: O sonhador escreve o que o escritor sonha...
Vou comentar dentro do seu spoiler:
Quem já não teve um amor impossível. A namorada do melhor amigo, a amiga casada, a gata da novela, enfim acho que esse tipo de paixão platônica acontece quando somos mais jovens. Pelo menos comigo, só me permito sentir atração quando existe alguma possibilidade.

EU: Eu bem que gostaria de ter o meu "freio de mão sentimental' puxado de vez em quando, mas sou poeta, não consigo, quando vejo estou envolvido até a alma...

O protagonista entrou na conhecida e famigerada friendzone. Ele era o psicólogo da moça. Mesmo tendo se declarado, ele sabia onde era o seu lugar. Quando tentava avançar ela falava bem do casamento, falava dos filhos. Patrícia gostava de ter um admirador. Toda mulher gosta, alias todo mundo gosta. Para mulher é admirador, para nós homens, é possibilidades.

EU: Quase todos (99%) dos meus relacionamentos amorosos começaram com uma amizade, esta é uma filosofia minha, para que eu consiga me relacionar bem com alguém, preciso que primeiro esta pessoa consiga me atrair como pessoa e só tendo amizade para isso. O personagem em questão, baseado em mim mesmo, fez algo que eu fiz uma vez só e que me fez sofrer: confundir amizade com possibilidade. Depois desta passagem em minha vida, de vir a gostar de uma mulher casada, com certeza aprendi a lição, creio que acabei me tornando (finalmente) um pouco (bem pouco) mais maduro.

Ele se permitiu sonhar, aí que entra a fábula.
Quem é o Dr. Barros?
Deus? Uma entidade que representa o Destino, que representa o Tempo? Um bruxo, como o próprio Jonas sugeriu ? Isso não importa muito, o importante aqui é o sonho que ele teve, um sonho de 13 anos passados em 13 horas de sono. Ele viveu um “se...” e viu que nem tudo é perfeito. Ressalto aqui uma máxima, “Cuidado com que desejas!” Na realidade alternativa de Jonas e Pati ele se tornou mais infeliz sendo o marido dela, do que estando na friendzone.

EU: Agora foi você que me surpreendeu meu caro amigo, sobre a questão dos 13 (anos, horas... bruxo). Essa é a grande magia de escrever, um sonho, uma viagem no tempo, tudo pode ser, mas bem lembrado por ti, dependendo do que se deseja, o preço a ser pago é caro demais...

Um conto que chama o leitor para refletir com ele sobre destino e aceitação.

EU: Este também é um reflexo de mim mesmo no texto: aceitar que não se pode fazer com que alguém lhe ame da forma que você merece ser amado, levantar a cabeça e seguir em frente.

Achei o conto com uma temática mais voltado para o publico feminino, talvez por envolver muito a descrição de sentimentos. Gostei bastante da divisão em capítulos, deixou o texto mais estruturado e menos cansativo. Achei que você Joe, encheu um pouquinho de linguiça, mas isso não comprometeu a diversão. Gostei mais do final que ele se deu mal, que ele ficou viúvo, mas você buscou um final feliz. Não foi ruim também, é mais uma questão de gosto pessoal.

EU: A questão de detalhar demais é algo que preciso corrigir com o tempo, esse conto já foi lapidado pelos amigos da ECOS e que deixaram ele, a meu ver, muito mais apreciável. Creio que a continuação, que se sair na próxima edição da ECOS, já tem uma dinâmica um pouco mais enxuta. Esse conto escrevi em 2000 e a continuação em 2009, creio que mudei um pouco a maneira de escrever com o passar do tempo, apenas creio nisso...

Eu fiquei com uma duvida: a menina do salão de dança era a Pati? Como ele não a reconheceu? Eles voltaram pouco mais de 10 anos no tempo, acredito que ela não teria mudado tanto. Outro ponto que achei “estranho” foi eles terem passados a primeira noite praticamente juntos e não trocaram nomes. Sei que a descoberta do nome foi um recurso narrativo, porem achei pouco inverossímil essa situação de ficarem tanto tempo juntos e não se apresentarem um ao outro. Apesar de que, isso acontece.

EU: Hum, lembra que citei que 99% dos meus relacionamentos se iniciaram com base em amizades. Pois é, amei uma garota de 15 anos uma vez, amei muito, tinha 19 anos, queria casar com ela, viver o resto da minha existência ao seu lado. Para ela eu fiz versões musicais, ao meu ver, as mais lindas que consegui até hoje, creio que o amor que senti me inspirou muito.
Bom, por que disse isso... Eu me separei desta menina quando ela ainda tinha 15 anos, a vida correu seu destino, casei duas vezes, separei duas vezes, me apaixonei pela "Pati" e caí do cavalo, uma pessoal espetacular caiu de paraquedas na minha cabeça e casei pela terceira vez e isso já faz 14 anos, sou muito feliz. Quando namorava a Jack, minha atual esposa, em 2002, numa festa de aniversário de uma sobrinha minha, essa minha primeira paixão estava no salão e eu na a reconheci, por mais que a tenha amado tanto. só fiquei sabendo que era ela quando minha mana me contou: você viu quem está sentada ali?
Ela ainda era linda, mas não era a mesma pessoa, era alguém que eu jamais reconheceria na rua, pois ela seguiu seu caminho e eu o meu. Ela me reconheceu, na verdade, deixa eu me gabar um pouquinho, ela não tirava os olhos de mim. Lógico que aproveitei para fazer graça para minha Jack na festa e levei um safanão! :kops
Disse tudo isso acima para fundamentar a ideia de que eu acredito que sim, apesar de amarmos muito alguém podemos não a reconhecer e no caso da trama, Jonas conheceu Pati muito tempo antes dela se tornar a mulher que ele amararia. O resto é uso da linguagem e dos acasos, como não dizerem o nome um para o outro, mas isso é coisa minha também, já conheci pessoas com as quais falei muito e se elas não me perguntam meu nome no final da conversa, acabo nem me apresentando. E na época em que eu era jovem, no século passado, quando eu tirava uma garota para dançar a última coisa que eu fazia era perguntar seu nome, ficava só me perguntando o que poderia fazer depois, para quem sabe ganhar um beijo ao mesmo tempo que não ofender a garota com um atrevimento desnecessário. Coisa de cavalheiro que eu sempre fui e serei...
Ah, antes que eu me esqueça, ouvi uma frase da personagem Anna (que, acredite se quiser, é quase o mesmo nome da menina de 15 anos que amei) esses dias atrás, num capítulo da série Downton Abbey, que dizia mais ou menos o seguinte, em relação ao seu grande amor a deixou, por força de uma ex-mulher rancorosa: "Estou feliz, pois tive uma oportunidade que muitos não tiveram e nem vão ter, a oportunidade de amar, de saber, de sentir como é amar..."
A sétima edição fechou em altíssimo nível! Gostei muito do texto e espero que o @JoeFather ather publique mais vezes na ECOS, gostei muito da sua historia.
Cara, muito obrigado pelas suas palavras, pelas suas dicas, opiniões, elas são muito importantes, e com certeza me ajudarão a melhor formatar os meus escritos no futuro. E se depender de mim, eu cheguei na ECOS para ficar...
Abs.,
 

Guastinha

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Já li toda a Mostra, mas quero continuar comentando sobre esta edição da ECOS.
Lendo os reviews do pessoal, apareceu muita coisa que eu não tinha notado e me deu vontade de comentar.
Sendo assim, vou comentar alguns trechos de comentários do pessoal em determinados textos.
Começando do começo....

Sobre os comentários do Conto Carta aos Moradores de Pedra Velha.

@fsaraujo
Falando sério, você demonstrou algumas sacadinhas legais, que a maioria de nós demorou um tempo pra ter, como por exemplo comentar sobre o fato do protagonista ter sido ilusionista.
...
Mas acabou ficando pela chuva, nada de errado nisso, mas depois ele entra no sótão e não consegue ver nada, abre a janela e entra um pouco de luz? Estava chovendo lembra? A não ser que fosse noite de luar e a chuva tivesse passado e o céu estivesse limpo, mas vc não comentou isso.

Concordo com o Fabiano sobre a sagacidade do autor em usar informações já imputadas para solucionar os problemas apresentados. Já quando o Fabiano fala da claridade da janela, eu não vejo aí problema de descontinuidade, pode ser que esteja chovendo de dia e ainda exista claridade. Bom, se ele abriu a janela e iluminou o conto, logo deduzi que sim. Ainda era dia, independente da chuva.

@San Fierro
o monstro é cômico demais para isso, e sua aparência é muito fácil de se imaginar.
....

Ele é meio raso, sua motivação (curiosidade) não convence muito e ele tá ali apenas em função da história, quando deveria ser o contrário (claro, na minha opinião).
Comprei a ideia e sim, achei um pouco aterrador, imaginei um caraminhãozinho asqueroso e peludo, sem saber o que aquele bicho pode fazer. Remeteu-me muito a ideia de um enorme inseto. O asco e o medo de saber o que aquilo pode fazer me passou a ideia do terror que aquele idoso sentiu. Mas depois, lendo o seu review, não deixei de pensar no simpático diabinho da capa do álbum Burn Again do Black Sabbath.

Sobre a motivação, concordo contigo, acho que no tempo que ficou preso, ele poderia ter tentado investigar mais sobre aquele pequeno demônio, ou então tentando fugir e não aceitado tão abertamente o seu destino por tanto tempo.

@Marcos Melo
aí quando o bicho abriu os olhos eu fiquei "que que é isso, velho?!".
....
talvez um pouco mais de terror psicológico e ele questionando um pouco mais a sua sanidade
Tive a mesma sensação que você nesta hora, pensei: Mas que porra é essa??

Concordo com você que o autor poderia ter desenvolvido algo mais com o terror psicológico, como por exemplo, o velho sonhando que o pequeno diabo o possuía de todas as formas...

@Agito
gostei muito do primeiro parágrafo:

Concordo com você, ele abriu muito bem o texto questionando a si mesmo se o que iria relatar era passível de veracidade ou não.

Como o @JoeFather enumerou, é um conto que trás inúmeras perguntas e trás diversas possibilidades. Um texto que não termina no ponto final, mas continua na cabeça do leitor. Mesmo sendo uma historia redondinha, com começo, meio e fim bem definidos, a historia continua rendendo com seu final aberto e sua pontas apontadas pelo Joe.

@*L*
conseguiu me prender não só pela história, mas pela forma como escreve.
...
Bem, isso não é um defeito em si. Mas não gostei por que quando estava ficando bom, acabou. hahah. Parabéns.
O texto também me prendeu bastante e como você curti muito a forma como o autor escreve. Mais informal, como um caso a beira de uma fogueira, ou aqueles causos de roça aos pés de um fogão de lenha.

Também fiquei curioso sobre o tinhoso, como surgiu, porque estava ali? E quando esperava que o conto me respondesse essas perguntas, acabou com um gostinho de quero mais.
 

San Fierro

Ei mãe, 500 pontos!
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Só consegui ler o conto do @Guastinha inteiro ontem :klolz

Vou tentar acrescentar algumas coisas novas à discussão sobre o conto, mas a review do Fabiano foi bem completa.

Primeiro de tudo, acho que o que mais se destacou no seu conto foi a forma sutil que você cria a ambientação e como você insere as informações sobre os condomínios e sobre a sociedade no meio dos relatos. Você acertou demais no ritmo desse texto colocando essas explicações no meio das histórias que o protagonista conta, por isso a narrativa não ficou muito expositiva.

Mas ao mesmo tempo, em alguns trechos você acaba se estendendo nas explicações. Um exemplo é esse parágrafo:

Aqui no condomínio todo mundo tem uma. Atualmente, a gente completa 18 anos e em vez de querer tirar a carteira de motorista, queremos é tirar o porte de armas. Os mais ricos ganham sua primeira antes mesmo de completar os dezoito. Vou completar 21, já passou da hora de eu ter uma. Todo mundo que conheço tem e vivem me criticando porque não tenho. Apesar de que, eu acho que nunca farei uso dela, quase não saio daqui.

Um parágrafo desses poderia facilmente ser escrito em três linhas, com o dobro de impacto. E isso acontece muito no texto, e você acaba banalizando algumas informações e tirando um pouco o impacto que elas teriam se fossem reveladas apenas em um momento no texto. O capítulo 3 é outro exemplo disso. Tanta informação repetida ("tiveram que comprar armas para se proteger") acaba passando a impressão de que a história é superficial e o autor não tem mais nada de bom para acrescentar. Também senti falta de um toque mais humano nesses relatos, que abordasse não só a reação física à violência, mas algo mais psicológico, tipo uma análise mental de uma sociedade decadente e que com certeza está tomada pelo desespero.

A história da Malu é muito boa. Uma ótima personagem. Gostei muito daquelas partes em que você descreveu indiretamente o trabalho da polícia e a banalização da violência. Mas fiquei com dúvida sobre qual o lado bom da Malu? O narrador parece um cara de princípios, achei estranho ele namorar uma mulher tão doente.

O capítulo sobre o Hematox é perfeito, já disse isso. Muito bem bolado.

No geral, achei um ótimo conto. O mais "bem acabado" dos seus. Na minha opinião, faltou aqui uma linha narrativa mais consistente amarrando toda a história, mas dá pra relevar porque o seu conto não é bem a história de um personagem humano, mas de uma sociedade inteira.

E lendo agora pela terceira vez não deu pra evitar a comparação com Sombras de Reis Barbudos, do José Veiga... Já leu? Além do seu estilo ser muito parecido com o dele, tem várias metáforas semelhantes entre as duas histórias, principalmente a imagem dos muros sendo construídos ao redor das casas e as famílias sendo isoladas dentro dos labirintos. Você aproveitaria bastante esse livro, não só pela história (que é foda), mas para ver como o autor desenvolve e humaniza os personagens ao mesmo tempo em que descreve uma sociedade que só percebe que perdeu a liberdade quando vê que os muros estão cobrindo as janelas de suas casas.

É isso aí, acho que não tenho mais nada a acrescentar. Parabéns pelo conto, cara!
 

JoeFather

Bam-bam-bam
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Meus bons amigos que gostam de ler e escrever, como vão?
Fiz uma divulgação agora do último capítulo da mostra, Jonas.
Meu comentário final sobre o conjunto da obra é bem simples: tivemos muitas obras interessantes e surpreendentes nesta coletânea, foi um prazer ler cada trabalho e deixar que eles me emocionassem, cada qual à sua maneira, cada qual versando para uma categoria específica. O que senti que faltou foi somente um texto que carregasse um pouco para o lado do humor, adoro dar umas gargalhadas "de vez em sempre", mas isto é um gosto pessoal, não é uma crítica, pois a 7ª Edição, para mim, não ficou devendo em nada, cumpriu o que prometia. E novembro está longe...
Então pensando nisso, como adorei esse lance de ficar lendo e comentando textos dos amigos, por que não criamos um outro tópico, se é que ainda não tem, para postarmos pequenos trabalhos que já escrevemos e que não pretendemos colocar em mostras, só para ficar criticando no bom sentido, seria um laboratório bem interessante.
Também estou pensando em, como não o fiz, desencavar as mostras antigas e começar a tecer minhas impressões nestes trabalhos também, tenho certeza que existem trabalhos maravilhosos ali.
Bom, é isso, terminei meu café, volto ao trabalho.
Abs.,
 

fsaraujo

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@JoeFather
Li Jonas.

Desculpa aí a demora fera...:kvergonha

Vou tentar ser breve, acabei de chegar de viagem e se não escrever essa review agora, não farei nunca.:ksafado
Ao ler o conto me senti revendo esse filme:
Um-Homem-de-Fam%C3%ADlia.jpg

O conto assim como o livro é um What if, como o guasta mesmo disse antes.
Testar as possibilidades é um exercício muito legal de escrita, O homem do castelo alto(um dos meus favoritos do PKD), A segunda pátria(de um autor nacional) São exemplos de livros que exploram o E se.
O clima geral do texto é saudosista e melancólico, a medida que a leitura avança isso vai ficando cada vez mais forte.
O clima foi bem criado, a minha crítica em relação ao conto seria no ritmo. Não sei se seu ritmo de escrita é mais lento mesmo, ou se só escreveu assim neste conto. Acho que o texto teria muito a ganhar em velocidade e leveza se cortasse e simplificasse algumas coisas aqui e ali. Notei que é detalhista, e isso não é ruim para esse tipo de texto, mas como o tema já mais lento, somar uma forma de contar mais detalhada torna o ritmo ainda mais lento.

É impressão minha, ou eu li em algum lugar que vai ter um Jonas 2.0?
@Agito Fazendo escola:ksafado
 
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