Terminei esses dois jogos nos últimos dias e, por serem de PC-Engine, achei que seria legal postar essas reviews que fiz aqui também.
Shubibinman
Essa série Shubibinman tem 3 jogos no PC-Engine e um no SNES, a maioria deles exclusivos pro Japão. Esse foi um dos primeiros jogos feitos pela Masaya (empresa que depois fez GleyLancer, um dos meus shmups favoritos) e a inexperiência dos devs é perceptível aqui.
Shubibinman é um jogo de plataforma com jogabilidade bem básica. Primeiro você pode escolher entre um cara (Tasuke) ou uma garota (Kiyapiko), não há nenhuma diferença entre os dois na jogabilidade. Também é possível jogar com 2 players simultâneos. Você ataca com uma espada e pula, mais tarde pode usar um ataque que dispara uma estrela se segurar o botão de ataque. A física do personagem é meio estranha, longe de ser das melhores.
As fases em si não tem nada de mais, é só chegar até o final e entrentar o chefe, que geralmente não exige muita estratégia pra vencer. O diferencial dele está num pequeno world map onde é possível escolher diferentes caminhos pra chegar na última fase, e nesse mapa também se pode comprar ou receber upgrades ao terminar as fases. É possível chegar no último chefe terminando apenas umas 3 ou 4 fases, mas você será aniquilado por ele. Quanto mais fases terminar, mais upgrades vai pegar e terá mais chances contra o final boss.
A dificuldade do jogo é baixa/média durante a maior parte do tempo, mas fica alta nos últimos chefes que tem ataques praticamente impossíveis de esquivar.
As músicas são legalzinhas, nada muito especial mas elas tem aquele certo carisma e charme de jogo japonês antigo.
Nota 6,5
Shubibinman 2
O único jogo da série lançado no ocidente, aqui tendo o nome alterado para Shockman, e a semelhança com Rockman não está só no nome. Mesmo jogando com os mesmos protagonistas do primeiro, dessa vez eles usam um canhão de mão ao invés de espadas. E tem até tiro carregado.
Melhorando muito em relação ao seu antecessor, porém piorando em algumas coisas, os gráficos estão muito melhores, as músicas soam melhores e mais limpas. As fases são mais variadas, com segmentos verticais, partes de shmup, e bosses que exigem que você aprenda os padrões de ataque deles. Agora o jogo tem mais história, mais personagens, mais diálogos, e até umas cenas comoventes.
Controlar o personagem está um pouco melhor, mas ainda existe uma certa estranheza. Diferente do primeiro jogo, onde o personagem parecia meio pesado de controlar, nesse ele parece um pouco leve demais. As vezes parece que ele está flutuando ou deslizando pelo cenário, o que torna algumas partes de plataforma meio desajeitadas.
Outra coisa estranha é que você não dispara os tiros quando aperta o botão, mas sim quando solta. E não falo só do tiro carregado, o tiro normal também é assim. Imagine você segurando uma arma e pressionando o gatilho pra disparar, mas nada acontece porque o tiro só sai quando você soltar ele. Bem estranho, mas depois de algum tempo eu me acostumei.
Outro ponto negativo é que aquela coisa toda de world map, comprar e ganhar upgrades sumiu aqui. Agora as fases tem uma ordem determinada e você começa uma nova fase assim que eu termina a anterior. E obviamente o seu personagem é exatamente o mesmo do início ao final. Não há nenhum tipo de power-ups, evolução. Isso foi o que mais senti falta, a ausência do world map e dos upgrades tornou o jogo mais raso de certa forma.
Sobre dificuldade, esse é bem mais difícil que o primeiro.
Nota 6,7
Pretendo jogar os outros dois jogos da série durante a próxima semana, dizem ser os melhores.