Pelo jeito geral não curtiu muito o psvr, rs.
Tive a oportunidade de pagar 300 dólares na versão 1 do headset com a câmera e já possuía um move. Comprei outro no olx e saí comprando tudo que era jogo vr que me interessava.
De fato, a resolução do headset é 1080p, mas 1080p colado nos seus olhos, então quem está preocupado com crispy graphics provavelmente vai incomodar-se um pouco.
Outra característica de jogos vr é que texturas e contagem de políginos vão ser sempre menores do que um jogo rodando na tv. Isso por conta de que o mesmo console/aparelho precisa renderizar constantemente não só os 1080 pontos que você está vendo em dado momento, mas todas as outras "telas" dentro do campo de visão possível do jogo, por exemplo.
Então quem espera jogar algo no vr que seja 1x1 com o que estamos acostumados na tv, talvez só tenha suas vontades atendidas daqui umas duas gerações de consoles/aparelhos.
Dito isso, vamos aos detalhes interessantes.
Desde minha adolescência, numa feira de computadores onde fiquei um bom tempo em uma fila para jogar heretic (pc) com um headset vr da época, fiquei imaginando como seria ter um daquilo em casa.
Comecei testando os demos que vinham junto com o bundle e achei bem interessante a imersão do london heist. Ficar olhando pros lados/cantos e pra detalhes fora do ponto principal de visão me deixou de boca aberta.
Dei uma brincada com o playroom vr e com o psvr demo disc 1 e 2. Gostei do que vi e decidi enfiar o pé na jaca e comprar todo jogo que me interessasse.
Seguem pequenos reviews dos jogos, em ordem alfabética:
Archangel:
Você controla um mech gigante que anda on rails. Cada psmove é um braço com armas e escudos. Implementeção muito boa do que um jogo vr pode ser. Historinha ok e valeu a grana investida. Terminado.
Bound:
Jogo-arte desenvolvido pela "plastic" (turma de demosceners das antigas) que retrata de uma forma bem peculiar um assunto que em outra situação passaria como algo normal da vida. Utilização bacana do psvr aumentou bastante a imersão na "viagem" que é esse jogo. Terminado.
Dirt rally:
Talvez a melhor implementação de vr em um jogo de corrida. Dentre Driveclub vr, Gran turismo sport e este. Dirt rally ganha disparado na questão gráficos e jogabilidade. Nem de longe terminado por conta de ter bastante conteúdo.
Doom vfr:
Sonho molhado. Jogar Doom em vr. Implementação ficou bem boa (desligando-se todas as opções de conforto) e os gráficos não deixaram a desejar. Não fiz mais nada enquanto não terminei. Único defeito é ser curto.
Driveclub vr:
Segundo lugar em jogos de corrida vr. Gráficos e texturas um pouco piores que o Dirt, mas um jogo mais completo do que o modo vr do Gran turismo sport. Não estou nem na metade ainda.
Endspace:
Cockpit de nave espacial dando tiros e soltando mísseis + vr, outro lance que esperei anos pra poder experimentar. Jogo bem simples que entrega o que propõe. Tropes clássicos de jogos do tipo (mate toddo mundo, defenda a nave gigante, passe escondido, etc). Mais simples e ágil do que Eve valkyrie. Ainda não terminado.
Eve valkyrie warzone:
Muito parecido com o Endspace, mas com um ritmo mais lento. O jogo foca mais no online multiplayer e os menus não ajudam muito. Em contrapartida, tem uma história melhor. Joguei menos que Endspace, mas pretendo terminar.
Farpoint:
Fps interessante com história bacana. A implementação do dual shock enquanto "held gun" é bem interessante. Você segura o controle como se fosse a arma que usa no jogo. A princípio é estranho mas logo acostuma-se e a coisa fica bem dinâmica. Apesar de todos os atrativos, pode ficar um pouco chato devido à falta de variedade de inimigos e tem uma história com um final que achei bem meia boca.
Gran turismo sport:
Com um modo vr que permite apenas correr no modo arcade contra somente um outro carro, o atrativo fica na possibilidade de poder ver os carros por dentro e ficar pirando no console, bancos, etc (mesmo que em baixíssima resolução). Tudo o que dava pra ser jogado em vr, já joguei. E fiquei de fato, querendo mais.
Gunjack (eve):
Um dos jogos vr que mais me prendeu. Você é um operador de turret de nave espacial e deve eliminar os inimigos que vem em waves pra cima da nave. Pense num GALAGA, só que vr. Recomendo fortemente. Terminado com força.
Hustle kings vr:
Fã se sinuca que sou, peguei a versão vr do Hustle kings que já jogava na tv. Achei a implementação bem fraquinha e joguei umas duas vezes apenas. Caso sobre tempo, darei atenção mais pra frente.
Mortal blitz:
Fps on rails que lembra os jogos arcade de tiro da Sega (gunblade, virtua cop, etc). Uma das constantes no vr são os jogos com uma levada mais arcade. Mortal blitz é um deles. Use dois psmoves, cada um sendo um braço com uma arma. Powerups, explosões, bichos mutcho locos pra encher de tiro. Achei bacana mas ainda não terminei. Acredito que seja o próximo da lista pra ganhar uma atenção especial.
Rec room:
Esse aqui não é bem um jogo. Está mais para um hub recreativo online em vr. Trocentas pessoas conectadas com seus avatares num lugar com trocentas coisas/atividades/jogos para se realizar sozinho ou com amiguinhos. Brinquei duas vezes apenas (por não ser muito fã de interação online) mas achei impressionante todas as possibilidades que o universo do aplicativo oferece. Revisitarei quando possível.
Rez infinite:
O que é melhor que rez? Rez vr! Jogar o original mirando com o headset, não tem preço. Depois disso ainda tem um modo novo, feito exclusivamente pro vr que é ainda melhor que o jogo original. Recomendo fortemente. Terminado com um sorriso no rosto.
Rigs:
Esporte com robô gigante. Gráficos bonitos, mechs, historinha leve. Caso uma hora eu consiga me acertar com os controles, volto aqui e faço um review que preste. (Sério, eu perco todas as partidas por que simplesmente não consigo me acertar com a jogablididade.)
Starblood arena:
Pense em descent, remova os objetivos, junte outras naves numa arena. Um skirmish de naves malucas com piotos malucos em arenas malucas num jogo com gráficos excelentes (um dos melhores gráficos do psvr). Proposta extremamente interessante com uma curva de aprendizado não muito rasa, mas que é garantia de diversão. Está na minha fila de "a terminar".
Superhot vr:
Um dos mais festejados títulos vr, que não me agradou muito. Escape de situações dignas de filmes de ação. Use armas, móveis, itens de decoração e o que mais estiver ao seu alcançe para impedir que os "bad guys" cheguem até você. A idéia é excelente, mas um pouco mal executada. Talvez um dia eu tente jogar de novo.
The last guardian vr demo:
Um pequeno demo de last guardian onde você pode ver o trico do ponto de vista do guri do jogo. Achei válido pela possibilidade de ver o mundo do jogo à partir de outro ponto de vista.
The solus project:
Se esse jogo não fosse vr, seria um point and click à la The dig (mas com um orçamento muito menor). Gráficos meia boca e falta de intuitividade colocaram ele em segundo plano até sabe-se lá quando.
Trackmania turbo:
Achei uma pena o modo vr não ter a opção de visão de dentro do carro. Você continua com a visão de fora, mas pode olhar pros lados, num jogo onde se você perde um segundo, ferra tudo. Não está mais nem no meu hd.
Unearthing mars:
Como o solus project, um adventurezinho. Só que mais feio e mais chato. Vai ser o último dos últimos a ser revisitado.
Until dawn rush of blood:
Jogo de "pistola" on rails. Excelente implementação e execução em vr. Eu que não tenho muita frescura com jogo de terror cheguei a ter uns dois momentos de cagaço forte. Bons gráficos e ambientação. Terminado. Recomendo.
Zoe mars (demo):
Esse tem um review mais completo aqui:
https://forum.outerspace.com.br/ind...-na-ps-store-brasileira.516303/#post-15921392
E é isso.
Eu me diverti bastante com a coisa toda e achei que valeu a grana. Mesmo tendo dado um azar com meu modelo 1 do psvr (algumas unidades possuem um problema que quando você está no theater mode/vendo conteúdo não vr numa tela virtual, a tela vai "fugindo" pra esquerda, necessitando ser re-centralizada segurando-se o botão options do controle) ainda achei que valeu a pena. (Dizem que o modelo 2 não tem esse problema).
Outro ponto que vale ser mencionado é que vr não é pra todo mundo. Muita gente fica tonta (mesmo com opções de conforto ligadas) ou não consegue perceber as coisas, ou sua um monte (embaçando as lentes), etc.
Então acho que vai mais de ter muita curiosidade e decidir investir a grana na pira, ou de já ter dado uma brincada e achar que vale o investimento.
No meu caso, espero que o vr se mantenha no mercado e evolua junto com computadores e consoles. Se depender de mim, acompanharei jogando enquanto me for possível.