Vou começar a colocar um lembrete no meu celular pra sempre que zerar um jogo vir aqui comentar hahaha sempre esqueço. Aqui vão os últimos que zerei:
God of War 3 Remastered (PS4)
Continuando minha maratona God of War, resolvi fechar a trilogia antes de ir para os "spin off's" de psp e o Ascension, que foram os que eu ainda não joguei.
Antes de mais nada eu preciso falar: O gráfico desse jogo não é desse mundo, PQP! hoje 10 anos depois ainda impressiona e dá uma surra em muito jogo atual! Lembro que na época foi um dos primeiro jogos que joguei de ps3 e obviamente eu fiquei de boca aberta com o poder da nova geração da época, então é surreal que ainda hoje ele consiga se destacar. A textura da pele do Kratos é um negócio que muito jogo hoje não consegue alcançar em termos de modelagem de personagem, a parte técnica desse jogo é pura magia. (Essa versão remastered não muda quase nada, então considero o gráfico original mesmo). A adição do modo foto, embora limitado, é muito bem vinda. Segue algumas Screens em spoiler.
Agora sobre o jogo em si: Ele segue um padrão de evolução da série, melhorando tudo o que o
GOW 2 tinha de melhor e consertou o que tinha de falha. A jogabilidade é de longe a mais fluída e variada, e um ponto que contribui muito pra isso é a possibilidade de trocar de arma durante os combos, uma pequena adição que faz uma diferença enorme no gameplay.
É extremamente prazeroso controlar o Kratos; usar a combinação da bota do Hermes com a asa de Ícaros para se esquivar no ar; usar os agarrões para sair atropelando os inimigos; os QTE foram aprimorados e estão muito mais intuitivos, com cada botão aparecendo no canto que é de praxe no controle e a possibilidade de "domar" alguns inimigos é muito bacana. Tirando a cabeça do Hélios, que eu achei quase inútil, todas as armas tem suas vantagens e desvantagens, além do jogo te incentivar a usar elas, como por exemplo a Claws of hades, que é parecido com a blades of Chaos (Exiles aqui, na verdade, mas dá no mesmo), mas tem uma esquiva rápida e a possibilidade de summonar almas, usei muito justamente por conta da esquiva excelente. Insisto nessa parte das armas pq o 1 e o 2 eram fraquinhos nesse sentido, com a troca entre elas sendo pouco fluida e os benefícios de se usá-las bem discretos. Enfim, a jogabilidade aqui atingiu o ápice possível desse estilo antigo (duvido que o ascension vá melhorar muito). A câmera fixa continua atrapalhando às vezes, mas beeem menos que nos anteriores e sinceramente achei que atingiu o máximo que se pode fazer com esse estilo de câmera.
Outro ponto que queria destacar é o design de som, que teve um salto gigantesco também, muito foda ouvir as correntes do Kratos balançando, o som ambiente, o "zum" no ar quando vc dá uma porrada com o Nemean Cestus e por aí vai.. tudo isso te deixa muito mais imerso se você estiver jogando com um bom Headset. A trilha sonora continua impecável, embora eu considere menos marcante que a dos anteriores.
As Boss Battles... Ah, as boss battles... ÉPICO! Acho interessante como essa trilogia teve a tradição de começar o jogo perfeitamente, mostrando praticamente o que te espera ao jogar
GOW, com um batalha épica e um setting absurdo, esse aqui o maior, com você logo de cara enfrentando o fodendo Poseidon enquanto sobe o monte Olimpo nas costas de um Titã. Absurdo. Esse padrão de qualidade se mantém durante todo o jogo, com a exceção do Hélios, que é uma decepção justamente por não oferecer nenhum luta em termos de gameplay praticamente, e o Hermes é limitado tbm. No fim das contas, pRa mim são as melhores boss battles da trilogia, e o destaque fica pro Hades e pro Hercules.
Por fim, a história... e aqui o ponto mais baixo da trilogia, seguindo tbm o padrão de declínio entre um e outro... Continuo não comprando as motivações para toda essa fúria do Kratos. Aí o Kratos quer ir até as chamas do olimpo pra ter o poder de matar um Deus quando na verdade você já matou uns 10 hahaha estranho. A mudança de comportamento da Athena tbm achei uma solução pobre... A questão da "esperança" ficou meio brega, mas no fim das contas, achei o final bem decente e conseguiram usar essa tal esperança para amarrar um final até bom, o problema tá nos meios mesmo.
Balanço final: Melhor jogo da trilogia (e possivelmente de toda a saga antiga, já que estou duvidando da capacidade do Ascension pelos comentários...), principalmente em função da jogabilidade refinada, da "epicidade" tradicional potencializada, dos gráficos a frente do seu tempo e por proporcionar uma experiência incrível mesmo tantos anos depois. A história é fraca e acho que as mecânicas, embora muito boas, atingiram seu limite de evolução, o que escancara a necessidade do que a Santa Monica fez com o
GOW 2018.
Jogaço!
Unto the End (PS4)
Joguinho Indie feito apenas por duas pessoas.
É um jogo de ação e plataforma 2D, com elementos de exploração e um combate baseado em timing e reflexos, com um clima bem legal e uma clara inspiração em Dark Souls. Você controla um pai em uma jornada para voltar para a casa e para a sua família depois que uma caçada dá errada e ele acaba se perdendo, tendo que sobreviver em ambientes hostis.
A arte desse jogo é muito charmosa, com uma paleta de cores bonita e animações muitíssimo bem feitas, embora eu acho que a beleza do jogo fica um pouco escondida por conta da pouca variedade de cenário e do constante uso de ambientes escuros. O jogo tem belíssimas ideias, como a possibilidade de oferecer algum item para passar pelo inimigo sem luta, ou para que ele te dê algum item, quase como um sistema de trocas rústico, além disse você tem opções de salvar pessoas no caminho o que eu acredito que altera o final. O combate é inteligente e divertido, com o uso do analógico para bloquear em diversas direções, masssss.... é EXTREMAMENTE desbalanceado, esse jogo é difícil pra c***lho! Mas é um tipo de dificuldade artificial, infelizmente
Acho que na tentativa desesperada de parecer um Dark Souls 2d, pesaram a mão loucamente, usando de artifícios baratos. É irritante o move set da máquina e o quão frequente ela adivinha seus movimentos na cara de pau, cada batalha é certeza de morrer umas 10x mesmo tendo dominado os controles do jogo. De longe é o ponto mais negativo e que na minha opinião tira o brilho do que poderia ser mais um Indie fodão. De qualquer forma, o combate é muito bacana e recheado de boas ideias para um jogo 2D.
O clima do jogo é bacana, a trilha sonora quase não existe, mas por escolha, a qual eu acho que foi acertada, já que os sons ambientes são bem bacanas e dão uma atmosfera surpreendentemente pesada ao jogo. Os gráficos são bonitos, a arte é linda e o jogo tem bastante sangue.
Por último, vale destacar um sisteminha simples de evolução de armadura através da coleta e uso de itens, bem como elementos discretos de sobrevivência que dão uma tensão bacana ao jogo. Achei que poderia ter mais puzzles e coisas assim, mas no geral a exploração é bem legal, com vários caminhos a sua frente, paradas na fogueira para curar suas feridas e tudo mais.
Enfim, vale à pena experimentar! Acho que está no gamepass. O preço na PSN é ridículo, 133 pila... Eu pagaria no máximo 30 reais. No caso, eu joguei pq ganhei uma Key da produtora.
The Order 1886 (PS4)
Eu entrei de mente aberta nesse jogo, disposto a gostar dele e pensando que ele não seria tão medíocre quanto as análises e os jogadores pregam, mas saí decepcionado. Os defeito são óbvios e saltam aos olhos imediatamente, com um excesso absurdo de QTE e o pior é que estes são extremamente mal elaborados e colocados de forma totalmente aleatória. Isso foi especialmente sofrido pra mim sendo que tinha acabado de zerar um jogo que usa QTE de forma magistral, o
GOW.
O jogo é um constante desperdício de potencial.
Tem um universo super interessante, com uma trama de cavaleiros, lobisomens e tudo mais -- mas você praticamente não enfrenta as criaturas, ao invés disso o jogo se limita a jogar mobs humanos burros pra c***lho em cima de você, o tempo todo, como qualquer shooter genérico.
Complementando o ponto acima, o jogo tem tudo pra oferecer um enredo incrível -- mas faz um básico clichê rebeldes x governo e possui um final incompleto e preguiçoso, acredito que imaginando uma sequência (que provavelmente nunca virá).
Tem uma ambientação, gráficos e uma direção de arte pra lá de foda -- mas você é limitado a andar em áreas extremamente apertadas que pouco valoriza esses atributos.
Tem as tais armas científicas, que são MUITO legais -- mas você utiliza durante uma sessão de 5 minutos e depois nunca mais.
O jogo te mostra o laboratório do Tesla, você pode andar e experimentar alguns itens, chegando a parecer que você vai poder ter vários apetrechos -- Mas na verdade isso não serve pra nada, você passa a maior parte do tempo com armas simples pré estabelecidas e acessórios que se escoram em QTE.
Então é foda... Fiquei decepcionado mesmo não esperando grandes coisas. A parte de não enfrentar criaturas no estilo Van Helsing (e nas raras vezes que enfrenta, é algo extremamente limitado e sem graça) foi o que mais matou o jogo pra mim.
O jogo chega a ser ruim? Até que não, as partes de tiroteio fazem o básico e até que divertem e, como eu disse, o universo é incrível, a direção de arte é linda, a dublagem e atuação são excelentes. Os gráficos são maravilhosos com o plus de poder lockar os tweaks que você faz no modo foto para poder jogar com eles, uma ideia super legal que poderiam ser usado mais vezes por aí.
Enfim... eu não gosto de dar nota a jogos, mas esse seria um 5/10 que só vale a pena se vc pegar bem baratinho e tiver a fim de uma distraçãozinha.