Mystic King
Bam-bam-bam
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Last of Us 2
Oh, loco! Esse game é uma epopeia, de tão grande: por três vezes achei que o game tinha terminado, mas, depois nessa terceira, ainda tinha mais 6h de game... kkkkk
Eu joguei bem devagar, terminando em 45h, caçando recursos,colecionáveis, passeando em todo o cenário, jogando no stealth, que nesse game é mais recompensador do que no AC e tão bom quanto no jogo do Sam Fischer, pois é necessário ser mais preciso e a IA dos inimigos é melhor.
Gostei da trama/enredo, gostei da coragem em tirar um personagem icônico (Joel) e criar outro, a Abby (personagem mais interessante do que a Ellie), com uma construção de personalidade e contexto excelente.No meio da história, já detestei a Ellie e a Abby tornou-se minha personagem favorita, lembrando que como antagonista, ela é, no máximo, uma anti-heroína. A Ellie é cheia de historinha, pena de si mesma, indecisa, mas não posso negar que, por isso, o final da minha preferida foi satisfatório. A Abby é decidida, sem lero-lero e direta nas suas convicções. Por conta disso, não me senti desconfortável nas situações as quais as críticas gerais do povo tanto chamaram atenção. Gostei dos personagens contrapontos serem femininas, mostrando o impacto que isso merece, quebrando todos os clichês que as narrativas medianas constroem por aí, em filmes, séries, livros. No cinema, por exemplo, há vários filmes que tem macho alfa X macho alfa e batem vários recordes de bilheteria. O Druckman tem meu apoio em seguir essa linha de narrativa, gostei demais.
Da mesma maneira que pra Ellie e pra Abby essa trajetória é extenuante, pra os jogadores também: tirei um peso das costas quando terminei o jogo, mas não por ser ruim. Na verdade, a verossimilhança das cenas emocionais somado ao gameplay tenso com infectados e soldados caçando as protagonistas, deixa o jogador no mesmo nível de tensão. Isso é um absurdo de imersão na obra artística.Pra mim, esse game é uma obra-prima/obra de arte, pois choca, reverte as expectativas, impressiona, tem simbolismos icônicos, silêncios que levam a narrativa adiante, envolve o player de uma maneira que me lembra o filme História Sem Fim, na qual o menino entra, literalmente, na história do livro que lê. Teve momentos que eu xingava a Ellie e ficava impressionado com as decisões dos personagens. Ainda no início do game, ainda com Ellie e a Dina, elas param em uma casa e Ellie toca, no violão uma música do A-ha: "Take on me". Mano, comecei a chorar sem traços físicos, simplesmente chorei, vendo a cena e escutando aquela versão incrível dessa música. Era o timbre que titubeava, porém continuava, quase uma confissão para Dina de que se sente deslocada no mundo. Vale lembrar que a Ellie não é minha personagem favorita, mas a cena era incrível pelo minimalismo. Simples e tocante.
Quanto aos gráficos, há um primor técnico acima da média e nem sei como um jogo tão grande e lindo é de PS4, provando que ND sabe usar todos os recursos da máquina na qual está trabalhando. Esse game acerta onde o The Order errou. LoU2 tem gráficos incríveis, cinemáticas na duração certa, primando pelo gameplay farto e duradouro, todavia equilibra os momentos de luta com momentos de paz, silêncios, paisagens, sempre mostrando os contrastes sejam nas emoções, cenários e personagens.
Podia ficar horas escrevendo sobre esse game, no entanto posso encerrar dizendo que, pra mim, foi uma jornada longa, envolvente, emocionante. Esse game é uma obra-prima dessa mídia que tanto gostamos. Todos devem jogar sem preconceitos, pois serão surpreendidos.
Poxa, queria me expressar assim, os créditos estão subindo aqui... soh quero ficar refletindo sobre toda trajetória...
A maioria ficou put* pela decisão da Ellie de escutar o Tommy e não ter feito oq tinha ido fazer... enfim, belíssimo jogo 10/10