A melhor versão de longe é a do Master System. A do Mega era feita para ser deslumbrante.
Mesmo quem jogar hoje o original talvez ainda consiga mensurar o quanto aquilo tudo era lindo e magnífico. Tanto artística quanto tecnicamente. Foi uma super produção para mostrar a força do console "16 bits" que era novidade para muita gente.
Aí que o remake escorrega. É um jogo mediano, sem grandes pretensões. Não é um remake à altura, pois não nasceu para impressionar. Não é tecnicamente avançado para deslumbrar. Parece projeto feito para hardwares modestos, fácil de portar para wii ou celular. Artisticamente, é um título com altos e baixos. A primeira fase parece um rascunho de tão inacabada. A Biblioteca já ficou lindíssima e bem elaborada.
A reclamação de inimigos previsíveis mostra como fazer remake exige escolhas e nelas nunca agradarão a gregos e troianos. Mexer demais ali seria fazer um jogo novo, com as novas possibilidades da tecnologia de hoje. Não seria um remake. Os chefes são releituras do game de 1990. Considero que fizeram um bom trabalho neles, pelo menos.
Sobre o jogo ser fácil, crítica recorrente a este game, discordo. Ficou mais difícil que o original. A diferença que deixa tudo um mar de tranquilidade são os saves e continues infinitos. Eu enfrentaria algumas telas de game over se fosse jogar à maneira antiga, recomeçando sempre e usando vidas limitadas.
Joguei no PC e não percebi esses problemas de colisão apontados. É possível jogar com as músicas originais, de longe as minhas preferidas ainda. E trazem parte da nostalgia que o remake teve dificuldade em conseguir provocar.
Um problema de projetos assim é que um game medíocre fica comparado com um projeto grandioso que fez história na indústria dos games. A diferença de qualidade, e a altíssima expectativa que vira frustração, fazem o remake parecer um lixo (quando é apenas medíocre). Dentro de suas limitações, foi um título que me divertiu, pois peguei já não esperando muita coisa.
Nem só de AAA se vive uma jogatina.