Essa vida que tu vive é a vida que você quis?
Quando vc morrer será a vida que vc queria ter vivido? Essa biografia que está sendo escrita é consistente ou só são retalhos? Como anda os outros campos da tua vida? Espiritual, social, sentimental? Já está no ápice do emprego?
Nessa quarentena eu resolvi analisar isto na minha vida e percebi que o que eu fiz até agora são retalhos, inconsistência e mesmo que eu tenha um emprego lá frente ( daqui 2-4 anos) com um salário dito razoável pra bom eu realmente vou me sentir frustrado e inerte. Me senti mal e ainda me sinto por isto. A inércia e outras coisas podem nos dar uma falsa ilusão de estarmos bem de vida, mas no fundo é ao contrário, vivemos mal mesmo e tudo por culpa nossa. E a grande maioria vive neste ciclo, quando está a beira da morte percebe que a sua vida foi uma colcha de retalhos e não uma coberta vistosa e linda.
Aproveite este momento e reveja sua vida, olhe para si e veja se quer continuar nela e busque ferramentas para aprimora-la. A vida é maravilhosa, ela é a ferramenta para transformação da alma. Quem não tem mais brilho em viver, alguma coisa tem de errado. Não deixe que os outros te empurre pra baixo e falem o que você deve fazer e como deve se expressar.
Existem exercícios psicológicos que podem realmente mudar a vida. A primeira é uma transcrição em 3º pessoa do seu próprio eu, aonde vc descreve si próprio a outras pessoas ( por isto deve ser feito em 3º pessoa) e nesta transcrição vc tem que por o que vc gostaria de ter sido como pessoa. ( não estamos falando de profissão aqui, mas sim de pessoa real)
O outro exercício é que vc está em casa e abrirá a porta para o seu eu de 10 a frente. Ele estará lindo, maravilhoso com todas as skills aprimoradas e vc irá conversar com ele. Ele vai te dá dicas para vc melhorar o que anda uma porcaria na sua vida. Porque em geral sabemos o que temos que mudar, mas sempre achamos que é besteira. É o que o Santo Agostinho fala de intuição e diz tbm que temos que dá mais ouvidos a ela do que aos raciocínios, livros, etc presentes neste mundo.
Nem de perto é a vida que eu quis, acredito que como a maioria eu não tenho uma familia estruturada, perdi meu pai quando tinha 12 anos e fui abandonado pela minha mãe, infelizmente amor materno é algo que nunca vou saber como é, já me conformei.
Não tenho vida espiritual, nunca me interessei por nenhuma religião e sou muito averso a qualquer convite para conhecer essas comunidades, sei lá não sinto vontade... Quanto a vida social... Posso considerar que tenho (eu acho) três amigos, minha namorada, meu cunhado e um amigo da época de escola (amigo em comum do cunhado e namorada) mas a relação com o cunhado e namorada está mais para lá do que para cá, tenho uma estabilidade financeira e de trabalho consideradas boas, trabalho com desenvolvimento e tenho meu salário de 8k bruto + 2k de VR por mês, além dos rendimentos com renda váriavel/renda fixa (poupo 80% do salário por mês + 70% do VR convertido em R$).
O trecho acima descreve uma pessoa sem complicações financeiras, oque não quer dizer que não seja triste, eu sinceramente sou péssimo para fazer amizades, converso durante alguns dias com uma pessoa e perco o interesse, mesmo encontrando pessoas com hobbies semelhantes! No trabalho sou uma das pessoas mais "queridas" da equipe, dou risada, brinco, sou amigo de todos mas não sou amigo de ninguém, não consigo levar a relação para um nível de amizade, conhecer a pessoa realmente, conhecer suas dores e suas alegrias, conhecer ela fora do ambiente do qual conheci, travo total...
Gostei da reflexão de se descrever em terceira pessoa, vou refletir e volto a postar, obrigado amigo.
Me identifico mto, sinto isso mas em uma escala menor que vc... Eu ainda consigo não me importar tanto com isso. Oq eu sinto mesmo é uma ausência de propósito, às vezes parece que minha vida é sempre igual e não tem sentido, nem sei se vale a pena fazer oq eu faço... Tenho mto esses questionamentos.
Talvez oq te falte é ter um hobbie, sair, conhecer gente nova, arriscar, brincar consigo mesmo, rir dos próprios erros, rir de tudo... Ficar muito fechado nunca foi saudável.
Confesso pra você que gostaria de estar feliz, sem preocupações e voltar a sentir prazer nas pequenas coisas...
Gostava de jogar, perdi o interesse total, gostava de assistir series e animes, acabo que não tenho com quem conversar sobre isso e não assisto, minha vida virou uma rotina, levanto da cama dou dois passos e trabalho até 20:00h, deito, encosto o notebook do lado da cama, coloco algum documentário e durmo...
Você não é o único nessa situação, acredite. Eu adquiri uma fobia em que me afastei de todo mundo por vergonha de ver essa minha fase ruim, mas todo dia luto pra levantar e mostrar que tô melhor... engraçado que o tempo passa tão rápido que uma hora você tá na lá encima, outra lá embaixo.
Pode demorar o tempo que for, mas nunca desista de sair da fossa meu amigo, se curte música boa, escute:
Eu sinto muita pena de mim, de verdade!
Certa vez rolou um happy hour na empresa (antes do covid-19) daqueçes de sexta-feira, sentamos em uma mesa de bar, pedimos cervejas e petiscos e começaram a conversar.... Conversaram sobre os mais diferentes assuntos e eu simplesmente não tinha bagagem para falar! Falaram sobre experiências de vida, viagens, namoros, brigas, causos de festas familiares e eu não tinha absolutamente nada pra falar, tentaram passar o bastão duas vezes pra mim, como qualquer bocó murmurei "Éééhh, huuuum...." e alguem puxou o bastão da conversa e fiquei isolado em um canto, me sinto um m**** em QUALQUER INTERAÇÃO SOCIAL, inclusive SAINDO COM A MINHA NAMORADA (na real acho que ela só está comigo POR PENA).
Mas isso não é o maior dos ofensores para me deixar triste, fico triste por conta da minha vida mesmo, perdi as rédeas, cheguei em um ponto que não da para arrumar as coisas, me sinto feio, burro, fracassado, sem vontade de viver e fletarndo todos os dias, há meses, anos com a idéia de suicidio, tenho esse plano quase certo.
Comecei a escrever em um blog e deixei como anônimo apenas para servir como "diário", mas na realidade serve para ver os momentos de fracassos e de tristezas na minha vida e como combustível para fazer m****.