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Tópico dos desabafos - Desabafe sobre o que quiser.

rizabr

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Eu estou vendo com meu advogado. Acabei criando uma relação ruim com meu útero. Sabe aquelas mulheres que usam coletor menstrual e regam as plantas com o sangue? Tudo natureba, meu sangue é uma dádiva, etc? Sou dessas não. Tira logo essa zorra que eu não tô usando.

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Nunca entendi isso de usar potinho pra menstruação

Não basta doer feito o inferno, eu preciso coletar e usar isso?
Q nojo
 

sailormoonn

Bam-bam-bam
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Sou complexado com esse negócio de DST. Ela me disse que poderia fazer até exames para eu relaxar mais. O que é um PA? Parceiro afetivo? A questão não é só camisinha... eu gosto de preliminares e ela também. Sou fumante e vez ou outra fico com gengivite porque tomo muito café, fumo muito, me alimento mal e não escovo os dentes - não é sempre dessa forma, mas acontece. Preliminar é arriscado e não tem como usar camisinha na boca.
PA é pau amigo, amizade colorida. Quando você se relaciona com uma amiga mas não chega a namorar.
Mas se você é complexado, não faça mesmo, só com quem confia realmente. Se eu fosse sua amiga fora do fórum te daria uns petelecos. Hahaha.
 

konata

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Reclamei posteriormente aqui do meu trampo e hoje consegui uma entrevista em outra empresa por indicação, vou até comprar uma caixinha de cerveja amanhã pra comemorar :ksorriso
 

sailormoonn

Bam-bam-bam
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Essa foi boa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

PA é aquela coisa que não vai para frente nunca? Acho que só fui PA (parceiro afetivo) de 3 e essa foi uma delas. Eram mulheres que não queriam namorar. Eu me sentia um psicólogo ouvindo os problemas delas. Teve uma que chorou na minha frente falando das traições do namorado dela. Não sei o que passou na minha cabeça... mas chamei ela para ir num motel de quinta categoria e ela aceitou. A energia do ambiente estava péssima e só aguentei ficar meia hora lá. Não era só o ambiente... era o que ela estava passando: o namoro ia e voltava, tinha problemas na universidade e no emprego. Ela parecia muito desesperada. Engravidou 1 ano depois disso... do mesmo namorado que fez ela chorar.
Guri, você tá sendo PA das pessoas erradas. Hahahaha. É pra ser divertido, prazeroso, tipo um relacionamento só que sem as partes ruins.

P.S: vou começar a chamar PA de parceiro afetivo, bem mais educado.
 

Landstalker

Lenda da internet
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Tem horas que dá vontade de ficar escutando histórias assombradas sem parar!

Não sei como é que tem gente que tem medo e diz que nunca quer se deparar com algo sobrenatural. Eu já falo: "fio e fia, vocês têm que perder a virgindade sobrenatural, é tão bom, lhe faz questionar se você é maluco ou se essas coisas realmente existem, mesmo".

:kawaii
 


jackjone

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Eu estava em casa sem fazer nada e ela me chamou para ver um filme. A gente decidiu ver Akira. Eu sou bem preocupado e tinha em mente que não iria rolar nada. Me aproximei dela e senti um cheiro tão bom vindo de um colarzinho que ela estava usando. Ela me disse que era um difusor de óleo essencial.

Era um aroma de cravo. Fiquei cheirando várias vezes e aquilo tirou minha preocupação - me senti muito relaxado. Terminou rolando algo depois de 1 hora de filme. Depois ficamos comentando o filme para não perder o clima de amizade. Perguntei se ela queria ver outro filme e ela disse que podia ser. A gente já estava com sono e só vimos o começo de Princesa Mononoke. Fechei os olhos e fiquei só escutando a música do filme - muito boa. Ela desligou a TV depois de um tempo e dormimos.
Tenho amizade com essa menina desde 2015 e conheço ela desde 2013.

A gente já saiu muitas vezes. Exemplo: de 10 vezes que a gente sai, só em 2 rolam sexo. O que geralmente rola é um abraço e um selinho - carinho entre amigos. Decidimos há bastante tempo que não deveríamos fazer sexo, sendo que vez ou outra acontece e fica um clima chato no outro dia. A impulsividade não parte só de mim.

Resumindo: eu não quero deixar de ser amigo dela. A companhia dela me faz muito bem. Tenho medo dela deixar de querer sair comigo se eu deixar isso muito claro. Como eu deveria falar isso para ela?


Aquele cheiro de mulher no ar deixa o cara doido.

Eu ia comentar sobre a aparência dela. Tem o cabelo pintado de ruivo e ondulado. A cor natural é um loiro escuro ou é castanho claro. O estilo dela é parecido com o da Dread Hot.
A pele é mais clara que a da Dread Hot. Ela não tem dreads. Ela alisa o cabelo com botox.

Alisa cabelo com botox? Botox nao eh aquele negocio que veia coloca na cara pra querer ser novinha?


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Baneman

Discípulo de São Jorge
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c***lho fiquei com inveja do clone, não tenho namoradinha para assistir Akira junto (se bem que esse filme é muito bom pra assistir com mulher [emoji276])

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jackjone

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Meu dia foi uma m**** completa kkkkkkkkkkkkkkkk

Que quinta feira mais b*sta essa

Dá até vontade de chorar

Eu nao sabia nem que hoje era quinta feira. To totalmente perdido em relacao a tempo. Pense pelo lado bom, porem, mais um dia e tu teras dois de descanso disso.


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Bloodberry

Ilusão e Teatralidade
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Nunca entendi isso de usar potinho pra menstruação

Não basta doer feito o inferno, eu preciso coletar e usar isso?
Q nojo

Acho nojento tbm
meter um copo, que deve incomodar (até ob incomoda um pouco) e depois tirar e jogar aquela zorra de sangue esquisito nas plantas. Tem gente que cultua o sangue no potinho. Umas amigas meio espiritualizadas (as bruxas que não conseguiram queimar) fazem isso.
 

rizabr

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Acho nojento tbm
meter um copo, que deve incomodar (até ob incomoda um pouco) e depois tirar e jogar aquela zorra de sangue esquisito nas plantas. Tem gente que cultua o sangue no potinho. Umas amigas meio espiritualizadas (as bruxas que não conseguiram queimar) fazem isso.
Daí nasce aquelas plantas mutantes igual dos filmes :kkk
 

sailormoonn

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Acho nojento tbm
meter um copo, que deve incomodar (até ob incomoda um pouco) e depois tirar e jogar aquela zorra de sangue esquisito nas plantas. Tem gente que cultua o sangue no potinho. Umas amigas meio espiritualizadas (as bruxas que não conseguiram queimar) fazem isso.
Eu adoro a frase "somos as netas das bruxas que vocês não conseguiram queimar".
Imagino as avós lendo tipo: :facepalm
 

Bloodberry

Ilusão e Teatralidade
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@rizabr @sailormoonn @Caronte

TEM UMA MATÉRIA FALANDO SOBRE SANGUE NAS PLANTAS CARAIO

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Plantar a Lua: o polêmico ritual com sangue de menstruação


Prática de regar as plantas com mistura de sangue menstrual e água tem sido adotada por mulheres de diferentes Estados no Brasil

Todos os meses, desde dezembro de 2018, os mais de 25 mil seguidores de Laura Mocellin Teixeira podem acompanhar, no Instagram, o que ela chama de "conexão".

No apartamento onde vive, em São Paulo, a médica gaúcha de 27 anos pega o sangue da menstruação, passa parte do líquido no rosto e rega as plantas com o restante, diluído em água.

O ritual - que transforma em fotos, stories e textos explicativos - é parte de um movimento que cresce no Brasil e se espalha nas redes sociais com o nome de "Plantar a Lua".

O movimento se inspira em "tradições ancestrais" em que o sangue menstrual é celebrado e visto como símbolo de fertilidade.

O ato também é apresentado como forma de combate a preconceitos.

"Nojo"
"Eu acho que aqui no Brasil a maior forma de preconceito é o nojo (do sangue) por parte da sociedade e na vergonha ou desconforto que as mulheres ainda sentem ao estarem menstruadas ou ao mostrarem seu sangue menstrual", observa Laura.
A empresária Ana Oliveira, de 28 anos, diz que tal preconceito fica evidente no nojo que alguns homens expressam pelas parceiras menstruadas, no sexo, mas também "na falta de compreensão no mercado de trabalho sobre a cólica; em brincadeiras de mau gosto de homens e mulheres com o tema ou na forma como a Tensão Pré-Menstrual (TPM) chega a ser tratada, como se a mulher estivesse 'louca' nesse período".
"Eu e muitas mulheres já vivemos essas experiências e o que o movimento faz é tentar mostrar como menstruar é algo biológico. É um processo pelo qual o corpo passa mensalmente que não é sujo e que devemos tratar com mais leveza", diz Ana.
Ela planta a lua desde agosto de 2018.

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Plantar a Lua
Discussões sobre menstruação e Plantar a Lua se espalham em posts, comentários e hashtags no Brasil, com traços de movimentos feministas que emergiram no passado e até da arte.
Estudos antropológicos mostram que o sangue menstrual é visto como sujo, impuro e até "perigoso" na história de diversas sociedades.
Também existem, no entanto, registros de culto a esse período.
"Diversas tradições ancestrais narram ritos e mencionam a importância da menstruação", diz a terapeuta corporal e escritora Morena Cardoso, que pesquisa o tema. Ela testemunhou rituais e compartilha o que aprendeu com 32 mil seguidores no Facebook e 68 mil no Instagram - onde aparece com sangue no rosto.
Aos 34 anos, ela é fundadora do projeto DanzaMedicina - que define como de empoderamento feminino - e criadora do Dia Mundial do Plante Sua Lua, que em 2018 reuniu cerca de 2 mil participantes e em 2019 terá nova edição em 4 de agosto.
O objetivo, diz, é "fomentar a ideia de que o sangue menstrual, assim como o ser mulher, não deve ser motivo de vergonha, nojo ou insatisfação, mas sim de orgulho, poder e magia!". As participantes do evento plantam a lua juntas, em espaços públicos.
Diversos recipientes de vidro e plástico contendo sangue de menstruação usado no ritual chamado de Plantar a Lua

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL ANA OLIVEIRA
Legenda da foto,
O movimento de dar visibilidade ao sangue cresce nas redes sociais, mas também movimenta espaços públicos no Brasil: no Dia Mundial "Plante a Sua Lua", várias mulheres levaram sangue para "plantar", no ano passado, em uma praça de Belo Horizonte
Como exemplos de tradições incorporadas ao movimento Morena cita práticas identificadas entre indígenas da América do Norte e em países como México e Peru.
Segundo essas tradições, diz ela, o sangue menstrual era depositado na terra para torná-la mais fértil, era celebrado como período de confraternização e trabalho espiritual das mulheres, ou ainda em ritos de passagem de meninas na primeira menstruação - "com uma simbologia sobre a honra de se tornar mulher".
No Chile e no Brasil, essas tradições também são difundidas atualmente a partir de estudos da Ginecologia Natural, que defende o autoconhecimento e tratamentos alternativos para a mulher.
As adeptas têm encontrado diferentes formas de fazer o ritual - nem todas, por exemplo, passam o sangue no corpo.
Elas chamam menstruação de "lua" por ser um processo com fases e cíclos e enxergam nele diferentes significados.
Gotas de sangue sobre folha caída na terra, simbolizando um ritual chamado Plantar a Lua

CRÉDITO,MEL MELISSA PARA DANZAMEDICINA
Legenda da foto,
Seguidoras mostram diferentes formas de fazer o ritual, uma das coisas que apontam em comum é a conexão com o ciclo da natureza
No caso de Laura, o sangue que usa é retirado do "copinho" coletor menstrual, uma alternativa que escolheu a absorventes descartáveis.
Ao jogar o fluido nas plantas, ela repete 'sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata' - um momento que define como de conexão com o próprio corpo e com a natureza. "Eu mentalizo que as plantas vão crescer lindas, e recebendo muitos nutrientes".
Já quando usa o sangue em si, ela apenas fecha os olhos, agradece e diz sentir a energia.
Alvoroço
A gaúcha explica que, para ela, o fluido na pele simboliza "o resgate do feminino".
É assim que aparece na página do Instagram que mantém. E foi assim que, no início de junho, um post seu no Twitter provocou "um alvoroço".
Era uma selfie, com o rosto e parte do colo cobertos de menstruação.
"Como tinha 300 seguidores, esperava que fosse mais um post comum e apenas que pudesse ajudar alguma mulher que já estivesse interessada no assunto e que quisesse desconstruí-lo dentro de si".
Quatro dias depois, entretanto, recebeu o print de um perfil "de memes" do Instagram com sua foto e a pergunta: "quanto tempo falta para essa galera começar a passar m**** na cara?".
O apresentador e comediante Danilo Gentili, com mais de 17 milhões de seguidores no Twitter, também compartilhou a imagem e afirmou: "Sangue menstrual é normal (...) o anormal é passar ele na cara".
A maioria dos 2,3 mil comentários no post do apresentador e outros mais enviados diretamente à Laura concordavam com a visão de Gentili. Outros, falavam em nojo; diziam que ela deveria "procurar um psiquiatra" ou simplesmente a xingavam e ofendiam.
Poucos defenderam a gaúcha dizendo que ela tem direito de fazer o que bem entende com seu corpo. Poucos também acharam que a foto é uma maneira de "causar reflexão".
"As pessoas pensam que o que não é comum para elas é aberração, não têm conhecimento da fisiologia do corpo e pensam que podem usar palavras de ódio para ferir qualquer um atrás da tela do celular", disse ela à BBC News Brasil.
"Esse é um fluido do meu corpo e eu decido o que é anormal ou não já que não estou interferindo diretamente na vida de ninguém", acrescenta. "Anormal deveria ser difamar pessoas, propagar energias negativas e ódio".
A BBC News Brasil tentou entrevistar Danilo Gentili, mas ele não respondeu ao contato.
Laura diz que o episódio "só comprova o tabu que ainda existe em torno da menstruação".
Morena Cardoso, terapeuta e escritora de 34 anos, com o rosto coberto com sangue de menstruação.

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL
Legenda da foto,
Morena Cardoso: "Algumas mulheres, como eu, acreditam que seja um movimento de enfrentamento e luta"
Tabus
Tabu é definido no dicionário como algo "proibido por crença supersticiosa, censurado por crença ou pudor ou, por exemplo, de caráter sagrado".
Um estudo global com 1,5 mil entrevistadas de 14 a 24 anos - 300 delas do Brasil e as demais da Índia, África do Sul, Filipinas e Argentina - mostra um retrato disso no caso da menstruação: "preocupação na hora de descartar o absorvente usado no lixo, porque outras pessoas podem ver; medo de levantar da cadeira durante a aula; o absorvente escondido a caminho do banheiro e pedir um absorvente emprestado como se fosse um segredo".
Tais preocupações foram manifestadas pela maioria das entrevistadas brasileiras, em nível maior que nos outros países.
Os dados foram levantados pela linha de produtos femininos Sempre Livre, da marca Johnson & Johnson, em parceria com a KYRA Pesquisa & Consultoria. Eles foram colhidos em março de 2018 e lançados, segundo a empresa, "para reforçar seu novo posicionamento baseado em um diálogo que reforça a naturalidade deste assunto".
O documentário Absorvendo o Tabu, que ganhou o Oscar em 2019, ressalta que o estigma da menstruação persiste, usando uma região da Índia como exemplo.
O filme mostra a visão de uma mulher sobre a menstruação como sendo algo impuro do qual o corpo se livra: "o sangue impuro que sai". Um homem define o sangramento como um tipo de doença feminina e mulheres menstruadas são proibidas de entrar no templo para rezar por serem vistas como sujas.
Nesse contexto e com difícil acesso a absorventes, elas têm vergonha de falar a respeito e uma admite que até largou a escola.
Brasil
Nas sociedades ocidentais, como é o caso da brasileira, a "visão eminentemente negativa" sobre menstruação também existe, segundo a antropóloga e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Daniela Tonelli Manica, que estuda o tema há 20 anos.
"Existe a visão da menstruação como sangria inútil e também da alocação dela na mesma categoria de excrementos como fezes e urina - como algo com que você tem que lidar no banheiro, algo que tem de estar absolutamente fora de vista", diz.
Movimentos feministas do final dos anos 60 são apontados como cruciais para lançar luz sobre a questão.
É nesse período que a menstruação começa a aparecer em espaços públicos "de forma mais incisiva e com um efeito político importante", diz a antropóloga, citando grupos de mulheres que se juntavam já nessa época para fazer o que ganha força agora online: falar sobre os próprios corpos e questões como gravidez e menstruação, "em espaços de mais autonomia, fora de consultórios".
As novas manifestações, segundo ela, amplificam esses debates com as redes sociais e tentam resgatar "a especificidade, a importância da experiência de menstruar e do quanto ela é forte para as mulheres".
"Essa ressignificação da menstruação e a evocação que muitos grupos contemporâneos fazem em relação a essa memória ancestral falam de um efeito de silenciamento somático que a biomedicina e o capitalismo produziram nas mulheres, como se esse aspecto do corpo (o sangue) não pudesse aparecer porque (por exemplo) a trabalhadora precisa ir cumprir as suas 8 horas de trabalho".
Professora Daniela Manica

CRÉDITO,ANTONINHO MARMO PERRI / UNICAMP
Legenda da foto,
Para a antropóloga Daniela Tonelli Manica, "a importância desse movimento de valorização do sangue menstrual, de visibilidade, de produção de outros destinos para esse substrato corporal é a valorização do corpo feminino e da sua diferença".
No artigo (In)visible blood: menstrual performances and body art (Sangue invisível: performances menstruais e arte corporal) - que publicou em 2016 com Clarice Rios, do Instituto de Medicina Social da UERJ - a professora lista exemplos de artistas que usam "o potencial simbólico do sangue menstrual" como elemento central e "expressão estético-política" - incentivando debates sobre saúde, causas ambientais, sexualidade e relações de gênero.
A menstruação aparece nessas performances em pinturas, nos corpos das artistas e, por exemplo, como o 'batom' de 12 mulheres retratadas numa exposição fotográfica.
O movimento, segundo as pesquisadoras, tem como uma das causas e efeitos a preocupação de tornar a experiência da menstruação mais positiva, assim como o sangue mais visível.
"Em um pé de manjericão"
A relações públicas Renata Ribeiro segurando um vaso com um pé de manjericão

CRÉDITO,SOFIA RIBEIRO
Legenda da foto,
Renata: "Nunca tinha imaginado o meu sangue como algo sagrado, nem a devolução dele para a natureza como ritual de gratidão"
Foi na internet que a relações públicas pernambucana Renata Assis Ribeiro, de 43 anos, entrou no debate sobre o assunto e viu espaço para dizer: "Eu planto minha lua num vaso com manjericão".
Ela colhe o sangue debaixo do chuveiro e, com o fluido dissolvido em água, vai até a varanda e rega em especial essa planta.
A menstruação é vista por ela como algo sagrado, e oferecê-la à natureza como ritual de gratidão. "O ritual me abriu os horizontes para enxergar a terra como um útero gigante, que germina assim como nosso ventre. E eu achei justo e perfeito devolver a ela o que nos oferece".
Trinta anos antes, quando menstruou pela primeira vez, ela acharia a cena "estranha". É que ouviu na época "agora você virou mocinha, vai sangrar todos os meses e ninguém precisa saber".
Os períodos que chegariam foram encarados então como "uma parte chata de todos os meses".
"Até inveja dos homens, por não passarem por isso", ela sentia.
"Agora, com outra consciência, sinto esse período de forma diferente", diz.
Tal mudança de pensamento a levou a apresentar o ritual à filha, mas deixar por conta dela decidir se vai querer aderir ou não.
Fertilizante?
E regar as plantas com sangue, que diferença faz?
No caso de Renata, a explicação é dada com um pé de hortelã.
"Eu não planto a lua nele e o bichinho é tão jururu", brinca, para dizer que é "desnutrido". Segundo ela e outras mulheres, o sangue deixa as plantas "mais viçosas" e crescendo mais rápido.
A doutora em ciências e professora de agroecologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Anelise Dias, não é adepta da prática e desconhece estudos sobre o uso do sangue menstrual como fertilizante.
Mas, considerando as propriedades do líquido, confirma que ele "funciona por conter nitrogênio, fósforo e potássio", nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas.
"Mas esse ritual é mais simbólico do que necessariamente de fertilização", pondera a professora, acrescentando que para a agricultura propriamente dita outras fontes de adubação orgânica "são mais interessantes, disponibilizadas em maior quantidade e respondem às necessidades de fertilização das culturas".
"Entendimento"
A empresária Ana Oliveira já fez o ritual em árvores de Belo Horizonte (MG), onde vive, em jardins de flores da mãe e da avó, e também em uma cachoeira e no mar, fora do Brasil.
Ela transfere o sangue do coletor menstrual para um potinho de vidro e guarda.
Normalmente na lua nova, que interpreta como tempo de recomeço, de um novo ciclo, o leva para "plantar.
Nesses momentos, diz que só respira fundo, agradece pelo último ciclo, e joga o fluido.
"Fazer esse ritual é um entendimento de que o meu sangue não é lixo, não é descartável, e de que tem um porque por trás dele", diz.
Morena Cardoso, que menstruou pela primeira vez aos 13 anos e descreve a experiência como "perturbadora" na época, diz que quando ouviu sobre Plantar a Lua chegou a sentir "repulsa".
O ponto de virada, afirma, foi quando começou a usar coletores e absorventes ecológicos e pôde criar uma relação mais próxima com o sangue. "Me percebi mais saudável, mais íntegra em mim mesma, em apropriação do meu corpo, saúde e sexualidade".
Imagem mostra mão de mulher segurando pote de vidro repleto de sangue, com imagem do mar ao fundo

CRÉDITO,CEDIDA ANA OLIVEIRA
Legenda da foto,
"Fazer esse ritual não foi uma revolução, mas um entendimento", diz a empresária Ana Oliveira, de 28 anos
Natural?
Morena apresenta o movimento como forma de combate à "normatização, invisibilização e controle do corpo e da natureza feminina". E defende que o tema seja tratado com mais naturalidade.
A doutora em antropologia social Cecilia Sardenberg, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, também.
"Embora traga a questão da menstruação como algo 'natural', nossa sociedade não trata a menstruação de forma natural", diz.
A antropóloga tem 71 anos e há mais de 20 pesquisa o tema. "Quando era jovem e começou a menstruar, pouquíssimo se falava abertamente sobre o assunto".
Agora, diz que o movimento de "não ter vergonha de menstruar" é "muito importante" para ajudar a acabar com o estigma.
No artigo De sangrias, tabus e poderes, que escreveu 25 anos atrás - ou seja, quando as redes sociais nem de longe existiam - ela dizia que a menstruação estava deixando de ser assunto reservado a conversas íntimas entre mulheres, ou restrita a consultórios médicos, para ocupar espaços públicos na sociedade brasileira".
"Seja devido às campanhas publicitárias dos absorventes femininos, seja pelo debate que se instaura em torno da questão dos direitos reprodutivos das mulheres, a temática vem extrapolando esses limites", escreveu na época.
Outdoors que surgiam com a propaganda de absorventes internos prometendo fazer a mulher "nem sentir que estava menstruada" e pontuando: "Incomodada ficava a sua avó", serviram de inspiração para o texto.
"O discurso é (até hoje) de você esconder a menstruação", diz a professora.
Mas no que depender das mulheres que plantam a lua, a oposição a essa narrativa vai continuar.
"Estamos aos poucos arranhando essas estruturas. Existe muito a ser desmistificado", diz Morena Cardoso.
Morena Cardoso, uma das principais difusoras no Brasil do ritual chamado de Plantar a Lua

CRÉDITO,SALINÊ SAUNDERS
Legenda da foto,
Morena Cardoso: "Estamos aos poucos arranhando essas estruturas. Existe muito a ser desmistificado"
No post que lhe deixou na mira dos críticos, Laura também olha adiante: "Só paro no dia em que o sangue menstrual for normal e a aberração for o preconceito", escreveu.
Uma seguidora comentou em uma foto sua no Instagram que a menstruação é "um momento muito íntimo". E perguntou: "A exposição é realmente necessária?".
A quilômetros de distância, a professora e estudante de mestrado em história, Jessica Guedes, de 27 anos, diz à BBC que "sim!"
Ela não planta a lua, mas está a par do movimento online e acha que menstruação "tem que ser mostrada mesmo".
Só vê, porém, o risco de o discurso que quer retirar estigmas da questão "fazer com que mulheres que sentem dor, não gostam, não podem ou não querem menstruar se sintam culpadas" por não estarem vivendo essa experiência de forma tão positiva.
"Eu acho saudável que as pessoas vejam o que somos, que menstruamos", diz Jessica.
"E esses processos de aceitação são importantes para tirar um pouco essa estigmatização. Mas outras mulheres existem e eu acho que todas deveriam estar representadas nesse clamor de reconexão com o corpo. Nem sempre isso acontece".
 

sailormoonn

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TEM UMA MATÉRIA FALANDO SOBRE SANGUE NAS PLANTAS CARAIO

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Plantar a Lua: o polêmico ritual com sangue de menstruação


Prática de regar as plantas com mistura de sangue menstrual e água tem sido adotada por mulheres de diferentes Estados no Brasil

Todos os meses, desde dezembro de 2018, os mais de 25 mil seguidores de Laura Mocellin Teixeira podem acompanhar, no Instagram, o que ela chama de "conexão".

No apartamento onde vive, em São Paulo, a médica gaúcha de 27 anos pega o sangue da menstruação, passa parte do líquido no rosto e rega as plantas com o restante, diluído em água.

O ritual - que transforma em fotos, stories e textos explicativos - é parte de um movimento que cresce no Brasil e se espalha nas redes sociais com o nome de "Plantar a Lua".

O movimento se inspira em "tradições ancestrais" em que o sangue menstrual é celebrado e visto como símbolo de fertilidade.

O ato também é apresentado como forma de combate a preconceitos.

"Nojo"
"Eu acho que aqui no Brasil a maior forma de preconceito é o nojo (do sangue) por parte da sociedade e na vergonha ou desconforto que as mulheres ainda sentem ao estarem menstruadas ou ao mostrarem seu sangue menstrual", observa Laura.
A empresária Ana Oliveira, de 28 anos, diz que tal preconceito fica evidente no nojo que alguns homens expressam pelas parceiras menstruadas, no sexo, mas também "na falta de compreensão no mercado de trabalho sobre a cólica; em brincadeiras de mau gosto de homens e mulheres com o tema ou na forma como a Tensão Pré-Menstrual (TPM) chega a ser tratada, como se a mulher estivesse 'louca' nesse período".
"Eu e muitas mulheres já vivemos essas experiências e o que o movimento faz é tentar mostrar como menstruar é algo biológico. É um processo pelo qual o corpo passa mensalmente que não é sujo e que devemos tratar com mais leveza", diz Ana.
Ela planta a lua desde agosto de 2018.

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Plantar a Lua
Discussões sobre menstruação e Plantar a Lua se espalham em posts, comentários e hashtags no Brasil, com traços de movimentos feministas que emergiram no passado e até da arte.
Estudos antropológicos mostram que o sangue menstrual é visto como sujo, impuro e até "perigoso" na história de diversas sociedades.
Também existem, no entanto, registros de culto a esse período.
"Diversas tradições ancestrais narram ritos e mencionam a importância da menstruação", diz a terapeuta corporal e escritora Morena Cardoso, que pesquisa o tema. Ela testemunhou rituais e compartilha o que aprendeu com 32 mil seguidores no Facebook e 68 mil no Instagram - onde aparece com sangue no rosto.
Aos 34 anos, ela é fundadora do projeto DanzaMedicina - que define como de empoderamento feminino - e criadora do Dia Mundial do Plante Sua Lua, que em 2018 reuniu cerca de 2 mil participantes e em 2019 terá nova edição em 4 de agosto.
O objetivo, diz, é "fomentar a ideia de que o sangue menstrual, assim como o ser mulher, não deve ser motivo de vergonha, nojo ou insatisfação, mas sim de orgulho, poder e magia!". As participantes do evento plantam a lua juntas, em espaços públicos.
Diversos recipientes de vidro e plástico contendo sangue de menstruação usado no ritual chamado de Plantar a Lua

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL ANA OLIVEIRA
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O movimento de dar visibilidade ao sangue cresce nas redes sociais, mas também movimenta espaços públicos no Brasil: no Dia Mundial "Plante a Sua Lua", várias mulheres levaram sangue para "plantar", no ano passado, em uma praça de Belo Horizonte
Como exemplos de tradições incorporadas ao movimento Morena cita práticas identificadas entre indígenas da América do Norte e em países como México e Peru.
Segundo essas tradições, diz ela, o sangue menstrual era depositado na terra para torná-la mais fértil, era celebrado como período de confraternização e trabalho espiritual das mulheres, ou ainda em ritos de passagem de meninas na primeira menstruação - "com uma simbologia sobre a honra de se tornar mulher".
No Chile e no Brasil, essas tradições também são difundidas atualmente a partir de estudos da Ginecologia Natural, que defende o autoconhecimento e tratamentos alternativos para a mulher.
As adeptas têm encontrado diferentes formas de fazer o ritual - nem todas, por exemplo, passam o sangue no corpo.
Elas chamam menstruação de "lua" por ser um processo com fases e cíclos e enxergam nele diferentes significados.
Gotas de sangue sobre folha caída na terra, simbolizando um ritual chamado Plantar a Lua

CRÉDITO,MEL MELISSA PARA DANZAMEDICINA
Legenda da foto,
Seguidoras mostram diferentes formas de fazer o ritual, uma das coisas que apontam em comum é a conexão com o ciclo da natureza
No caso de Laura, o sangue que usa é retirado do "copinho" coletor menstrual, uma alternativa que escolheu a absorventes descartáveis.
Ao jogar o fluido nas plantas, ela repete 'sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata' - um momento que define como de conexão com o próprio corpo e com a natureza. "Eu mentalizo que as plantas vão crescer lindas, e recebendo muitos nutrientes".
Já quando usa o sangue em si, ela apenas fecha os olhos, agradece e diz sentir a energia.
Alvoroço
A gaúcha explica que, para ela, o fluido na pele simboliza "o resgate do feminino".
É assim que aparece na página do Instagram que mantém. E foi assim que, no início de junho, um post seu no Twitter provocou "um alvoroço".
Era uma selfie, com o rosto e parte do colo cobertos de menstruação.
"Como tinha 300 seguidores, esperava que fosse mais um post comum e apenas que pudesse ajudar alguma mulher que já estivesse interessada no assunto e que quisesse desconstruí-lo dentro de si".
Quatro dias depois, entretanto, recebeu o print de um perfil "de memes" do Instagram com sua foto e a pergunta: "quanto tempo falta para essa galera começar a passar m**** na cara?".
O apresentador e comediante Danilo Gentili, com mais de 17 milhões de seguidores no Twitter, também compartilhou a imagem e afirmou: "Sangue menstrual é normal (...) o anormal é passar ele na cara".
A maioria dos 2,3 mil comentários no post do apresentador e outros mais enviados diretamente à Laura concordavam com a visão de Gentili. Outros, falavam em nojo; diziam que ela deveria "procurar um psiquiatra" ou simplesmente a xingavam e ofendiam.
Poucos defenderam a gaúcha dizendo que ela tem direito de fazer o que bem entende com seu corpo. Poucos também acharam que a foto é uma maneira de "causar reflexão".
"As pessoas pensam que o que não é comum para elas é aberração, não têm conhecimento da fisiologia do corpo e pensam que podem usar palavras de ódio para ferir qualquer um atrás da tela do celular", disse ela à BBC News Brasil.
"Esse é um fluido do meu corpo e eu decido o que é anormal ou não já que não estou interferindo diretamente na vida de ninguém", acrescenta. "Anormal deveria ser difamar pessoas, propagar energias negativas e ódio".
A BBC News Brasil tentou entrevistar Danilo Gentili, mas ele não respondeu ao contato.
Laura diz que o episódio "só comprova o tabu que ainda existe em torno da menstruação".
Morena Cardoso, terapeuta e escritora de 34 anos, com o rosto coberto com sangue de menstruação.

CRÉDITO,ARQUIVO PESSOAL
Legenda da foto,
Morena Cardoso: "Algumas mulheres, como eu, acreditam que seja um movimento de enfrentamento e luta"
Tabus
Tabu é definido no dicionário como algo "proibido por crença supersticiosa, censurado por crença ou pudor ou, por exemplo, de caráter sagrado".
Um estudo global com 1,5 mil entrevistadas de 14 a 24 anos - 300 delas do Brasil e as demais da Índia, África do Sul, Filipinas e Argentina - mostra um retrato disso no caso da menstruação: "preocupação na hora de descartar o absorvente usado no lixo, porque outras pessoas podem ver; medo de levantar da cadeira durante a aula; o absorvente escondido a caminho do banheiro e pedir um absorvente emprestado como se fosse um segredo".
Tais preocupações foram manifestadas pela maioria das entrevistadas brasileiras, em nível maior que nos outros países.
Os dados foram levantados pela linha de produtos femininos Sempre Livre, da marca Johnson & Johnson, em parceria com a KYRA Pesquisa & Consultoria. Eles foram colhidos em março de 2018 e lançados, segundo a empresa, "para reforçar seu novo posicionamento baseado em um diálogo que reforça a naturalidade deste assunto".
O documentário Absorvendo o Tabu, que ganhou o Oscar em 2019, ressalta que o estigma da menstruação persiste, usando uma região da Índia como exemplo.
O filme mostra a visão de uma mulher sobre a menstruação como sendo algo impuro do qual o corpo se livra: "o sangue impuro que sai". Um homem define o sangramento como um tipo de doença feminina e mulheres menstruadas são proibidas de entrar no templo para rezar por serem vistas como sujas.
Nesse contexto e com difícil acesso a absorventes, elas têm vergonha de falar a respeito e uma admite que até largou a escola.
Brasil
Nas sociedades ocidentais, como é o caso da brasileira, a "visão eminentemente negativa" sobre menstruação também existe, segundo a antropóloga e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Daniela Tonelli Manica, que estuda o tema há 20 anos.
"Existe a visão da menstruação como sangria inútil e também da alocação dela na mesma categoria de excrementos como fezes e urina - como algo com que você tem que lidar no banheiro, algo que tem de estar absolutamente fora de vista", diz.
Movimentos feministas do final dos anos 60 são apontados como cruciais para lançar luz sobre a questão.
É nesse período que a menstruação começa a aparecer em espaços públicos "de forma mais incisiva e com um efeito político importante", diz a antropóloga, citando grupos de mulheres que se juntavam já nessa época para fazer o que ganha força agora online: falar sobre os próprios corpos e questões como gravidez e menstruação, "em espaços de mais autonomia, fora de consultórios".
As novas manifestações, segundo ela, amplificam esses debates com as redes sociais e tentam resgatar "a especificidade, a importância da experiência de menstruar e do quanto ela é forte para as mulheres".
"Essa ressignificação da menstruação e a evocação que muitos grupos contemporâneos fazem em relação a essa memória ancestral falam de um efeito de silenciamento somático que a biomedicina e o capitalismo produziram nas mulheres, como se esse aspecto do corpo (o sangue) não pudesse aparecer porque (por exemplo) a trabalhadora precisa ir cumprir as suas 8 horas de trabalho".
Professora Daniela Manica

CRÉDITO,ANTONINHO MARMO PERRI / UNICAMP
Legenda da foto,
Para a antropóloga Daniela Tonelli Manica, "a importância desse movimento de valorização do sangue menstrual, de visibilidade, de produção de outros destinos para esse substrato corporal é a valorização do corpo feminino e da sua diferença".
No artigo (In)visible blood: menstrual performances and body art (Sangue invisível: performances menstruais e arte corporal) - que publicou em 2016 com Clarice Rios, do Instituto de Medicina Social da UERJ - a professora lista exemplos de artistas que usam "o potencial simbólico do sangue menstrual" como elemento central e "expressão estético-política" - incentivando debates sobre saúde, causas ambientais, sexualidade e relações de gênero.
A menstruação aparece nessas performances em pinturas, nos corpos das artistas e, por exemplo, como o 'batom' de 12 mulheres retratadas numa exposição fotográfica.
O movimento, segundo as pesquisadoras, tem como uma das causas e efeitos a preocupação de tornar a experiência da menstruação mais positiva, assim como o sangue mais visível.
"Em um pé de manjericão"
A relações públicas Renata Ribeiro segurando um vaso com um pé de manjericão

CRÉDITO,SOFIA RIBEIRO
Legenda da foto,
Renata: "Nunca tinha imaginado o meu sangue como algo sagrado, nem a devolução dele para a natureza como ritual de gratidão"
Foi na internet que a relações públicas pernambucana Renata Assis Ribeiro, de 43 anos, entrou no debate sobre o assunto e viu espaço para dizer: "Eu planto minha lua num vaso com manjericão".
Ela colhe o sangue debaixo do chuveiro e, com o fluido dissolvido em água, vai até a varanda e rega em especial essa planta.
A menstruação é vista por ela como algo sagrado, e oferecê-la à natureza como ritual de gratidão. "O ritual me abriu os horizontes para enxergar a terra como um útero gigante, que germina assim como nosso ventre. E eu achei justo e perfeito devolver a ela o que nos oferece".
Trinta anos antes, quando menstruou pela primeira vez, ela acharia a cena "estranha". É que ouviu na época "agora você virou mocinha, vai sangrar todos os meses e ninguém precisa saber".
Os períodos que chegariam foram encarados então como "uma parte chata de todos os meses".
"Até inveja dos homens, por não passarem por isso", ela sentia.
"Agora, com outra consciência, sinto esse período de forma diferente", diz.
Tal mudança de pensamento a levou a apresentar o ritual à filha, mas deixar por conta dela decidir se vai querer aderir ou não.
Fertilizante?
E regar as plantas com sangue, que diferença faz?
No caso de Renata, a explicação é dada com um pé de hortelã.
"Eu não planto a lua nele e o bichinho é tão jururu", brinca, para dizer que é "desnutrido". Segundo ela e outras mulheres, o sangue deixa as plantas "mais viçosas" e crescendo mais rápido.
A doutora em ciências e professora de agroecologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Anelise Dias, não é adepta da prática e desconhece estudos sobre o uso do sangue menstrual como fertilizante.
Mas, considerando as propriedades do líquido, confirma que ele "funciona por conter nitrogênio, fósforo e potássio", nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas.
"Mas esse ritual é mais simbólico do que necessariamente de fertilização", pondera a professora, acrescentando que para a agricultura propriamente dita outras fontes de adubação orgânica "são mais interessantes, disponibilizadas em maior quantidade e respondem às necessidades de fertilização das culturas".
"Entendimento"
A empresária Ana Oliveira já fez o ritual em árvores de Belo Horizonte (MG), onde vive, em jardins de flores da mãe e da avó, e também em uma cachoeira e no mar, fora do Brasil.
Ela transfere o sangue do coletor menstrual para um potinho de vidro e guarda.
Normalmente na lua nova, que interpreta como tempo de recomeço, de um novo ciclo, o leva para "plantar.
Nesses momentos, diz que só respira fundo, agradece pelo último ciclo, e joga o fluido.
"Fazer esse ritual é um entendimento de que o meu sangue não é lixo, não é descartável, e de que tem um porque por trás dele", diz.
Morena Cardoso, que menstruou pela primeira vez aos 13 anos e descreve a experiência como "perturbadora" na época, diz que quando ouviu sobre Plantar a Lua chegou a sentir "repulsa".
O ponto de virada, afirma, foi quando começou a usar coletores e absorventes ecológicos e pôde criar uma relação mais próxima com o sangue. "Me percebi mais saudável, mais íntegra em mim mesma, em apropriação do meu corpo, saúde e sexualidade".
Imagem mostra mão de mulher segurando pote de vidro repleto de sangue, com imagem do mar ao fundo

CRÉDITO,CEDIDA ANA OLIVEIRA
Legenda da foto,
"Fazer esse ritual não foi uma revolução, mas um entendimento", diz a empresária Ana Oliveira, de 28 anos
Natural?
Morena apresenta o movimento como forma de combate à "normatização, invisibilização e controle do corpo e da natureza feminina". E defende que o tema seja tratado com mais naturalidade.
A doutora em antropologia social Cecilia Sardenberg, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, também.
"Embora traga a questão da menstruação como algo 'natural', nossa sociedade não trata a menstruação de forma natural", diz.
A antropóloga tem 71 anos e há mais de 20 pesquisa o tema. "Quando era jovem e começou a menstruar, pouquíssimo se falava abertamente sobre o assunto".
Agora, diz que o movimento de "não ter vergonha de menstruar" é "muito importante" para ajudar a acabar com o estigma.
No artigo De sangrias, tabus e poderes, que escreveu 25 anos atrás - ou seja, quando as redes sociais nem de longe existiam - ela dizia que a menstruação estava deixando de ser assunto reservado a conversas íntimas entre mulheres, ou restrita a consultórios médicos, para ocupar espaços públicos na sociedade brasileira".
"Seja devido às campanhas publicitárias dos absorventes femininos, seja pelo debate que se instaura em torno da questão dos direitos reprodutivos das mulheres, a temática vem extrapolando esses limites", escreveu na época.
Outdoors que surgiam com a propaganda de absorventes internos prometendo fazer a mulher "nem sentir que estava menstruada" e pontuando: "Incomodada ficava a sua avó", serviram de inspiração para o texto.
"O discurso é (até hoje) de você esconder a menstruação", diz a professora.
Mas no que depender das mulheres que plantam a lua, a oposição a essa narrativa vai continuar.
"Estamos aos poucos arranhando essas estruturas. Existe muito a ser desmistificado", diz Morena Cardoso.
Morena Cardoso, uma das principais difusoras no Brasil do ritual chamado de Plantar a Lua

CRÉDITO,SALINÊ SAUNDERS
Legenda da foto,
Morena Cardoso: "Estamos aos poucos arranhando essas estruturas. Existe muito a ser desmistificado"
No post que lhe deixou na mira dos críticos, Laura também olha adiante: "Só paro no dia em que o sangue menstrual for normal e a aberração for o preconceito", escreveu.
Uma seguidora comentou em uma foto sua no Instagram que a menstruação é "um momento muito íntimo". E perguntou: "A exposição é realmente necessária?".
A quilômetros de distância, a professora e estudante de mestrado em história, Jessica Guedes, de 27 anos, diz à BBC que "sim!"
Ela não planta a lua, mas está a par do movimento online e acha que menstruação "tem que ser mostrada mesmo".
Só vê, porém, o risco de o discurso que quer retirar estigmas da questão "fazer com que mulheres que sentem dor, não gostam, não podem ou não querem menstruar se sintam culpadas" por não estarem vivendo essa experiência de forma tão positiva.
"Eu acho saudável que as pessoas vejam o que somos, que menstruamos", diz Jessica.
"E esses processos de aceitação são importantes para tirar um pouco essa estigmatização. Mas outras mulheres existem e eu acho que todas deveriam estar representadas nesse clamor de reconexão com o corpo. Nem sempre isso acontece".
Cara, eu odeio ficar menstruada, odeio a cólica, odeio meu peito inchado, odeio não ter posição pra dormir, odeio tomar hormônio pra regular a menstruação, odeio sair da cama quando tô menstruada, odeio ter que ficar escolhendo a roupa certa pra esses dias.
Odeio mais ainda aquele mimimi de "ain, porque você deve aprender a gostar da sua menstruação, faz parte do corpo feminino". Sim, vou mesmo adorar algo que me faz sofrer.
 

sailormoonn

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Eu sou muito monogâmico. Faço de tudo com a pessoa sabendo que ela só fica comigo. Não tenho medo de ser trocado. Não acho que a poligamia seja algo problemático... o problema são as pessoas e o nível de confiança que isso exige.
Quer me deixar por outro? Sem problema. Todos somos livres! O problema da traição é o seguinte... Buscamos nos outros aquilo que falta na gente. Um dos parceiros pode se sentir mais do que completo e o outro pode não se sentir totalmente completo. A situação fica ruim quando a pessoa não quer perder os benefícios de estar com a pessoa X, mas quer ter outras emoções com uma pessoa Z. Eu não consigo ser desonesto.

É super chato botar a mão no fogo por alguém e ser traído. Quem segue esse tipo de conduta deveria procurar poliamor. Infelizmente, as pessoas usam máscaras. Não dá para conhecer alguém 100%.
Também sou muito monogâmica. Eu vejo tantos casais vivendo um relacionamento aberto e não consigo, de forma alguma, me imaginar assim. Eu sempre ficaria imaginando se o cara estaria com outra mulher, se ele me deixaria para ficar só com ela, se prefere outra, se ela faz melhor, etc.

Não que eu seja MUITO insegura, mas sou o suficiente para não suportar isso. Vivo falando pra todos os cantos que ninguém é de ninguém mas, no fundinho, adoro falar que sou só de alguém e que alguém é só meu. :kawaii
 

jackjone

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Credo, regar planta com sangue de menstruacao, que bizarro....e eu achando que ja tinha visto de tudo.

Eu nao tenho nojo de sangue nao, quando tive que tirar um dente extra numerario (aquele que cresce no meio de 2 e nao era pra existir), achava ate legal a aparencia que ficava minha boca com sangue e os outros dentes e o gosto de sangue nem eh ruim tb. Mas dai a jogar sangue em planta ja eh maluquice demais.


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Ulisses Seventy Eight

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Sou complexado com esse negócio de DST. Ela me disse que poderia fazer até exames para eu relaxar mais. O que é um PA? Parceiro afetivo? A questão não é só camisinha... eu gosto de preliminares e ela também. Sou fumante e vez ou outra fico com gengivite porque tomo muito café, fumo muito, me alimento mal e não escovo os dentes - não é sempre dessa forma, mas acontece. Preliminar é arriscado e não tem como usar camisinha na boca.

Cara, eu não sei ao certo se quero parar. Não vou mentir: eu gosto da coisa. O problema é que não posso namorar ela. Levamos estilos de vida bem diferentes. Eu iria terminar sofrendo mais com a casualidade dessa relação. Também não veria problema no fato dela ficar com outras pessoas. O problema é ela pegar uma DST com outro e passar para mim.
Não te julgando mas suas atitudes demonstram que é um belo patife aproveitador, e infelizmente me da nauseas ler o que posta. Espero que um dia você mude, por vc mesmo. Eu prefiro ser sincero.
 

Ulisses Seventy Eight

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c***lho fiquei com inveja do clone, não tenho namoradinha para assistir Akira junto (se bem que esse filme é muito bom pra assistir com mulher [emoji276])

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Eu ja nao tenho esse sentimento. Eu n curto brincar com o sentimento das pessoas, é baixo e imoral pra mim.
 

jackjone

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Fui pesquisar quem é Dread Hot. Achei bonita não.
Eu acho sangue sexy, tipo homem com marca de briga, mas não na minha boca.

O estilo doido dela de dread meio que acaba com ela, fica parecendo uma hippie fedorenta. Mas ela ajeitadinha da um bom caldo:

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Fora que ela eh bem malandrinha, entao isso deixa ela mais bonita tb [emoji57]


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sailormoonn

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Única marca de briga que tenho é o meu desvio de septo nasal resultante de um murro que levei na sétima série. Espirrei até sangue. Tenho medo de fazer a cirurgia corretiva porque não é tão visível o desvio e o benefício seria mínimo. A cirurgia que eu iria fazer era uma para melhorar a respiração. O próprio otorrino faz... não muda a aparência em nada.
Como você conseguiu levar um murro na sétima série?
O estilo doido dela de dread meio que acaba com ela, fica parecendo uma hippie fedorenta. Mas ela ajeitadinha da um bom caldo:

dd0400547f0dbc008b0223ca18c7e0a4.jpg



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Nessa foto ela tá bonitinha mesmo, mas não achei nada muito UAU.
 

rizabr

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Fui pesquisar quem é Dread Hot. Achei bonita não.
Eu acho sangue sexy, tipo homem com marca de briga, mas não na minha boca.
Tem cara de maluca natureba
Cara, eu odeio ficar menstruada, odeio a cólica, odeio meu peito inchado, odeio não ter posição pra dormir, odeio tomar hormônio pra regular a menstruação, odeio sair da cama quando tô menstruada, odeio ter que ficar escolhendo a roupa certa pra esses dias.
Odeio mais ainda aquele mimimi de "ain, porque você deve aprender a gostar da sua menstruação, faz parte do corpo feminino". Sim, vou mesmo adorar algo que me faz sofrer.
Eu sempre tive cólicas fortes
Daquelas q vc vomita de dor na adolescência
O c***lho q vou gostar disso

E homens também tem sangue, não tem nada de especial nele pra virem com esse discurso de auto afirmação feminino
E sangue transmite doenças, não é algo q vc sai espalhando por aí sem cuidado

Bando de irresponsáveis :kclassic
 

PSO

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E se uma gostosa, tipo a Dread Hot, jogasse sangue na tua boca?
Iria sentir nojo? Acho que eu nunca mais escovaria os dentes.
A parte de não escovar os dentes é brincadeira.


É um saco fazer exame de urina e fezes - imagina coletar sangue de menstruação? Algumas vezes mijo no jardim por preguiça. É bom porque não precisa gastar água de descarga e ainda nutre a graminha.
Com a descrição que tu fez no outro post, tu tem mó cara de quem se amarra em doidinha alternativa.

@topic

Minha vida amorosa tá o luxo, tô num romance aí e tá tudo fluindo muito bem, meu problema tá no profissional, tô trabalhando horrores.

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-Saint-

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Foi uma briga bem violenta para minha idade. Fiquei tonto depois do murro e tudo ficou meio escuro. Instintivamente, continuei batendo nele e ele continuou batendo em mim. No final... dei um empurrão nele e falei para ele parar. Eu só lembro que ele ficou com um galo enorme na cabeça. Fui para casa me sentindo vitorioso até o momento em que espirrei umas gotas de sangue.

Sobre a Dread Hot... eu acho ela bonita, mas não é uma beleza fora do comum. O que chama atenção é o charme dela.
Ela tem cara de Zé droguinha, se eu passo na rua seguro minha carteira no bolso de medo!

Não se preocupe você ganhou a briga, ele arrancou sangue mas você deixou um coágulo na cabeça dele, isso levou ele a morte, hoje a mãe dele mora debaixo da ponte com depressão!
 
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Coffinator

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O estilo doido dela de dread meio que acaba com ela, fica parecendo uma hippie fedorenta. Mas ela ajeitadinha da um bom caldo:

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Do nariz talvez.
 

sailormoonn

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Gosto mesmo. Curto viajar muito, beber e fumar maconha esporadicamente. É entediante demais levar mulher para barzinho. Bom mesmo é dirigir bêbado na BR. Tem até abridor de garrafa no meu carro. O pobre do HB20 só fede a cigarro e maconha.

Minha aparência:

padrerobson.jpg


As mulheres que gosto:

dreadhot.jpg
Cê não parece padre não, guri. Hahahaha
 
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