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Tópico oficial do Ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro ( 2018-2022)

Qual será a moeda nova agora com Bolsonaro?

  • BOLSOS

    Votes: 104 12,4%
  • MITOS

    Votes: 188 22,4%
  • PITÚS

    Votes: 75 8,9%
  • BOLSONAROS

    Votes: 54 6,4%
  • TALKEIS

    Votes: 192 22,8%
  • NIÓBIOS

    Votes: 60 7,1%
  • HELENÕES

    Votes: 23 2,7%
  • COISOS

    Votes: 41 4,9%
  • JAIRES

    Votes: 12 1,4%
  • BONOROS

    Votes: 92 10,9%

  • Total voters
    841
  • Poll closed .

pwnds

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"Nada está tão ruim que não possa piorar"

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:kkk
 


Aion_

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Deputados votam por derrubar veto de Bolsonaro e, com isso, suspender despejos na pandemia
Parlamentares também rejeitaram veto a dispositivo que prevê ajuda financeira do governo para que escolas contratem banda larga e comprem tablets. Senadores ainda vão analisar.

Vetos presidenciais: entenda o novo desafio para o Congresso

Deputados votaram nesta segunda-feira (27), durante sessão do Congresso Nacional, pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que suspende despejos durante a pandemia. O veto ainda será analisado pelos senadores, em uma segunda etapa da sessão.

Cumprindo um acordo entre partidos que envolveu também outras matérias (leia mais abaixo), os parlamentares apoiaram a derrubada do veto com folga no placar. Foram 435 votos pela derrubada e apenas 6 pela manutenção.

A análise dos vetos presidenciais é feita durante sessão do Congresso, que costuma ser conjunta, com deputados e senadores presentes. No entanto, em razão da pandemia do novo coronavírus, as reuniões dos parlamentares estão sendo realizadas separadamente.

Os senadores vão se reunir às 16h. Caso também decidam pela derrubada do veto, o projeto barrado integralmente por Bolsonaro será promulgado e passará a valer.
A proposta, vetada pelo presidente em agosto, prevê a suspensão dos despejos para imóveis urbanos que servissem de moradia ou representassem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar até 31 de dezembro deste ano. A medida não vale para ocupações feitas após 31 de março de 2021.

O projeto também proíbe medidas preparatórias ou negociações para efetivar a remoção durante a pandemia.
Além disso, o texto suspende, até o fim deste ano, a concessão de liminares (decisões provisórias) para desocupação de imóvel urbano nas ações de despejo desde que o locatário justifique que, devido à pandemia, houve perda financeira que o impede de pagar o aluguel.

Debates

O presidente informou que a decisão de vetar a proposta se deu após serem ouvidos os ministérios da Economia e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo a justificativa apresentada por Bolsonaro, embora "meritória", a proposta "contraria o interesse público".

O presidente argumentou que o estado de calamidade pública se encerrou um ano antes da data limite (31 de dezembro de 2021) estabelecida pela proposta, e que a suspensão dos efeitos de decisões judiciais, extrajudiciais e autotutela de posse até um ano após o fim do estado daria um "salvo conduto para os ocupantes irregulares de imóveis públicos".

Segundo ele, a proposta poderia consolidar ocupações existentes e ensejar danos patrimoniais e ambientais.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) chamou de “lamentável” a decisão do presidente de vetar o projeto. Já a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou como cruel a medida.

“Vetar um projeto que proíbe os despejos em meio à pandemia, tem que ser muito cruel para fazer um veto desse”, disse a deputada. “É muito bom que a Câmara derrube esse veto”, acrescentou.

Para o deputado Afonso Florence (PT-BA) a retomada da suspensão dos despejos é uma “grande vitória dos movimentos sociais, no campo e na cidade, e dos nos movimentos de luta pela moradia”.

Vetos derrubados

Além do veto ao projeto do despejo, os deputados votaram pela derrubada dos vetos do presidente aos projetos:

Vetos mantidos

Na sessão do Congresso desta segunda, os deputados também votaram pela manutenção de uma série de vetos definidos por Bolsonaro.
Essa decisão é definitiva e nem precisa ser analisada pelos senadores. Basta que uma das Casas decida manter o veto para que a decisão presidencial seja respaldada.
A lista de vetos mantidos pelos deputados inclui:

  • trechos do projeto que busca incentivar pessoas físicas e jurídicas a contratar, com recursos próprios, leitos clínicos e de UTIs da rede privada para utilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Bolsonaro vetou pontos centrais do texto como a suspensão de cirurgias eletivas quando hospitais chegarem a 85% da ocupação de leitos, e limite de R$ 2,5 bilhões para o impacto orçamentário do programa;
  • a íntegra da proposta que prorrogava o prazo para declaração do IR deste ano, ano-calendário de 2020;
  • trecho do projeto que permite o pagamento proporcional de pedágios em rodovias à quilometragem percorrida. O trecho vetado dizia que o novo sistema de cobrança seria regulamentado pelo Poder Executivo dentro de 180 dias;
  • trecho que listava alguns tipos de vídeos publicitários na proposta que trata da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine);
  • pontos do projeto que prorroga até 2025 o prazo para o registro de imóveis rurais nas faixas de fronteira;
  • trechos do texto que aumenta o prazo de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis por pessoas com deficiência e por profissionais que atuam no transporte autônomo de passageiros. Deputados concordaram com a exclusão dos deficientes auditivos do projeto, que não serão beneficiados com a ampliação do período de isenção;
  • trechos da proposta com medidas para simplificar a abertura de empresas.
 

rom0333

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Deputados votam por derrubar veto de Bolsonaro e, com isso, suspender despejos na pandemia
Parlamentares também rejeitaram veto a dispositivo que prevê ajuda financeira do governo para que escolas contratem banda larga e comprem tablets. Senadores ainda vão analisar.

Vetos presidenciais: entenda o novo desafio para o Congresso

Deputados votaram nesta segunda-feira (27), durante sessão do Congresso Nacional, pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que suspende despejos durante a pandemia. O veto ainda será analisado pelos senadores, em uma segunda etapa da sessão.

Cumprindo um acordo entre partidos que envolveu também outras matérias (leia mais abaixo), os parlamentares apoiaram a derrubada do veto com folga no placar. Foram 435 votos pela derrubada e apenas 6 pela manutenção.

A análise dos vetos presidenciais é feita durante sessão do Congresso, que costuma ser conjunta, com deputados e senadores presentes. No entanto, em razão da pandemia do novo coronavírus, as reuniões dos parlamentares estão sendo realizadas separadamente.

Os senadores vão se reunir às 16h. Caso também decidam pela derrubada do veto, o projeto barrado integralmente por Bolsonaro será promulgado e passará a valer.
A proposta, vetada pelo presidente em agosto, prevê a suspensão dos despejos para imóveis urbanos que servissem de moradia ou representassem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar até 31 de dezembro deste ano. A medida não vale para ocupações feitas após 31 de março de 2021.

O projeto também proíbe medidas preparatórias ou negociações para efetivar a remoção durante a pandemia.
Além disso, o texto suspende, até o fim deste ano, a concessão de liminares (decisões provisórias) para desocupação de imóvel urbano nas ações de despejo desde que o locatário justifique que, devido à pandemia, houve perda financeira que o impede de pagar o aluguel.

Debates

O presidente informou que a decisão de vetar a proposta se deu após serem ouvidos os ministérios da Economia e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo a justificativa apresentada por Bolsonaro, embora "meritória", a proposta "contraria o interesse público".

O presidente argumentou que o estado de calamidade pública se encerrou um ano antes da data limite (31 de dezembro de 2021) estabelecida pela proposta, e que a suspensão dos efeitos de decisões judiciais, extrajudiciais e autotutela de posse até um ano após o fim do estado daria um "salvo conduto para os ocupantes irregulares de imóveis públicos".

Segundo ele, a proposta poderia consolidar ocupações existentes e ensejar danos patrimoniais e ambientais.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) chamou de “lamentável” a decisão do presidente de vetar o projeto. Já a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou como cruel a medida.

“Vetar um projeto que proíbe os despejos em meio à pandemia, tem que ser muito cruel para fazer um veto desse”, disse a deputada. “É muito bom que a Câmara derrube esse veto”, acrescentou.

Para o deputado Afonso Florence (PT-BA) a retomada da suspensão dos despejos é uma “grande vitória dos movimentos sociais, no campo e na cidade, e dos nos movimentos de luta pela moradia”.

Vetos derrubados

Além do veto ao projeto do despejo, os deputados votaram pela derrubada dos vetos do presidente aos projetos:

Vetos mantidos

Na sessão do Congresso desta segunda, os deputados também votaram pela manutenção de uma série de vetos definidos por Bolsonaro.
Essa decisão é definitiva e nem precisa ser analisada pelos senadores. Basta que uma das Casas decida manter o veto para que a decisão presidencial seja respaldada.
A lista de vetos mantidos pelos deputados inclui:

  • trechos do projeto que busca incentivar pessoas físicas e jurídicas a contratar, com recursos próprios, leitos clínicos e de UTIs da rede privada para utilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Bolsonaro vetou pontos centrais do texto como a suspensão de cirurgias eletivas quando hospitais chegarem a 85% da ocupação de leitos, e limite de R$ 2,5 bilhões para o impacto orçamentário do programa;
  • a íntegra da proposta que prorrogava o prazo para declaração do IR deste ano, ano-calendário de 2020;
  • trecho do projeto que permite o pagamento proporcional de pedágios em rodovias à quilometragem percorrida. O trecho vetado dizia que o novo sistema de cobrança seria regulamentado pelo Poder Executivo dentro de 180 dias;
  • trecho que listava alguns tipos de vídeos publicitários na proposta que trata da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine);
  • pontos do projeto que prorroga até 2025 o prazo para o registro de imóveis rurais nas faixas de fronteira;
  • trechos do texto que aumenta o prazo de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis por pessoas com deficiência e por profissionais que atuam no transporte autônomo de passageiros. Deputados concordaram com a exclusão dos deficientes auditivos do projeto, que não serão beneficiados com a ampliação do período de isenção;
  • trechos da proposta com medidas para simplificar a abertura de empresas.
Se suspender os despejos o setor de aluguel de imóveis vai pro saco.
 
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Como esse fórum não tem um bendito tópico de política externa, colocarei aqui.
O partido verde alemão trucidou o partido conservador. Pra maioria, é só o centrão alemão se coligar aos sojas e a minoria extrema-esquerda.
Quem diria que o país 100% bolado que tocou o terror em duas guerras mundiais terminaria seus dias dominado por hippies.
KKKKKKKKKKKKKKKK
E antes da eleição já falaram que não abrirão conversa em nenhuma frente com o Brasil enquanto o Biro estiver no poder. Acho que é até uma benção...

"Como esse fórum não tem um bendito tópico de política externa, colocarei aqui."





Berlim: plebiscito vai decidir expropriação de 200 mil apartamentos

Expropriação atingiria apenas empresas e grandes proprietários, que tenham mais de 3 mil unidades

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"Para que Berlim continue sendo nossa casa" - anúncios da campanha do plebiscito estão espalhados na capital alemã, onde preço do aluguel dobrou na última década | Sergio Utsch/SBT

Neste domingo, 26.set, os alemães não escolhem apenas os nomes que formarão um novo governo e apontarão o sucessor ou sucessora de Angela Merkel. No mesmo dia das eleições gerais, os berlinenses também vão tomar uma decisão que pode ter repercussões em toda a Europa. 226 mil apartamentos que hoje pertencem à iniciativa privada poderão ser estatizados.

Na capital onde mais de 80% das pessoas moram de aluguel, o assunto é discutido com tanta ênfase quanto as eleições gerais. A Associação de Inquilinos da cidade precisava de 175 mil assinaturas pra conseguir o referendo. Em poucos dias de campanha, obteve quase 350 mil.

Os preços de aluguel em Berlim ainda são menores se comparados aos de Londres e Paris mas, nos últimos 5 anos, houve um aumento de 42% para propriedades que tem entre 90 e 120 metros quadrados. Nenhuma cidade alemã teve uma alta tão grande.

-

Apesar de valores serem menores que em outras capitais europeias, preço do aluguel em Berlim teve a maior alta na Alemanha

O plebiscito deste domingo propõe a expropriação de imóveis de empresas e pessoas que tenham mais de 3 mil unidades. A estimativa dos defensores da campanha é de que o poder público gastaria cerca de de 8 bilhões de Euros (R$ 50 bilhões). Já as empresas privadas que seriam afetadas estimam um valor bem maior: 30 bilhões de Euros (R$ 187,5 bilhões).

A Deutsch Wohnem, maior empresa imobiliária da cidade e dona de 113 mil apartamentos, alega que a campanha não vai resolver o problema de falta de apartamentos e alta dos aluguéis em Berlim. "É inconstitucional e inviável financeiramente para os moradores de Berlim".

Em entrevista à rede Euronews, Kalle Kunkel, uma das ativistas da campanha, afirmou que "o crescimento da cidade é maior que o ritmo de construção de novos apartamentos. Há uma escassez real, o que ajudou a deixar os proprietários de imóveis incrivelmente poderosos".

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"Ninguém tem o direito de aumentar o aluguel", diz trecho da campanha sobre o plebiscito na capital alemã

Inquilinos de Berlim já tinham sofrido uma derrota em fevereiro deste ano, quando a Corte Constitucional da Alemanha julgou ilegal o mecanismo que congelava os preços de aluguéis na capital. A realização do plebiscito foi uma resposta popular à frustração gerada na época. Pesquisas recentes mostram que 47% dos berlinenses são a favor da expropriação e 43%, contra.

Ainda que a constituição alemã considere a estatização de bens da iniciativa privada "para o bem público", a idéia tem opositores até nos partidos mais progressistas, como o SPD. O partido de centro-esquerda deve ser o vencedor das eleições regionais de Berlim, que também ocorrem neste domingo. Se o "sim" vencer, tanto os políticos quanto a justiça terão pela frente uma situação inédita, que virá acompanhada da pressão de boa parte dos eleitores de Berlim.

Eleições gerais

A menos de 24 horas do início da votação, o quadro é cada vez mais incerto na Alemanha. O CDU, partido de Angela Merkel e agora liderado pelo candidato a chanceler Armin Laschet, reduziu a vantagem para o SPD, agremiação de centro-esquerda, liderada pelo ministro das Finanças, Olaf Scholz. Alguns institutos mostram uma diferença de apenas 2 pontos, dentro da margem de erro.

+ Alemanha: vitória da centro-esquerda pode piorar relação com o Brasil

A única certeza é que nenhum partido fará sozinho a maioria necessária pra formar um novo governo e que os Verdes deverão ampliar sua bancada e se consolidar como a terceira força do parlamento alemão. O partido que é focado em políticas ambientais e de controle das mudanças climáticas deverá ter um peso decisivo na formação da coalizão que governará a Alemanha.







Alemanha: Berlim vota ‘sim’ à expropriação dos grandes proprietários


Os berlinenses votaram favoravelmente a expropriação de grandes proprietários imobiliários da cidade, para a devolver aos próprios habitantes da cidade-estado. O referendo não é vinculativo, mas é politicamente expressivo.
Berlim.jpg


Além das eleições federais que decorreram em toda a Alemanha, a cidade-estado de Berlim votou também num referendo sobre se o governo local deve ou não expropriar os grandes proprietários, na tentativa de resolver o difícil problema da habitação. Os resultados confirmam a vitória do ‘sim’ a essas expropriações.

Os resultados já disponíveis mostram que os berlinenses votaram fortemente a favor de um plano para tirar milhares de unidades habitacionais das mãos dos grandes proprietários, numa tentativa de preservar as moradias populares na cidade, onde os preços dos alugueres dispararam nos anos mais recentes.

A votação não é vinculativa, mas pode forçar o governo da cidade-estado a debater a proposta.

A queda do Muro de Berlim em 1989 e a reunificação da República Democrática da Alemanha à Alemanha Federal no ano seguinte estabeleceram novas fronteiras para a cidade – que passou também a ser em muito pouco tempo uma geografia icónica, que chamou um número elevado de novos habitantes e investimento direto estrangeiro.

Em 2020, a cidade atingiu os 3,66 milhões de habitantes e uma densidade populacional de 4.048 habitantes por quilómetro quadrado, o que transformou Berlim na segunda cidade mais populosa na União Europeia. Um dos resultados foi a extrema carência de habitações, que um grupo denominado Expropriate Deutsche Wohnen & Co quer resolver de forma pouco ortodoxa: expropriando os grandes proprietários e atribuindo as casas assim conseguidas aos habitantes locais.

O grupo quer que as autoridades municipais comprem centenas de milhares de apartamentos e assim transformem um ativo muito lucrativo para os especuladores imobiliários num “bem comum” à disposição dos berlinenses.

No topo da lista dos potenciais expropriados está a empresa Deutsche Wohnen (cotada em bolsa), um dos maiores proprietários da cidade – que, depois de ter comprado cerca de 66 mil apartamentos de propriedade pública em 2004, responde agora por mais de 160 mil propriedades (das quais 120 mil em Berlim), avaliadas em 26 mil milhões de euros. O grupo quer que os alvos potenciais das expropriações sejam todos os proprietários que em Berlim possuam pelo menos três mil apartamentos.




Viva. Chile 2.0 aquecendo para entrar em campo? :kduvida

 

Akita

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Deputados votam por derrubar veto de Bolsonaro e, com isso, suspender despejos na pandemia
Parlamentares também rejeitaram veto a dispositivo que prevê ajuda financeira do governo para que escolas contratem banda larga e comprem tablets. Senadores ainda vão analisar.

Vetos presidenciais: entenda o novo desafio para o Congresso

Deputados votaram nesta segunda-feira (27), durante sessão do Congresso Nacional, pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que suspende despejos durante a pandemia. O veto ainda será analisado pelos senadores, em uma segunda etapa da sessão.

Cumprindo um acordo entre partidos que envolveu também outras matérias (leia mais abaixo), os parlamentares apoiaram a derrubada do veto com folga no placar. Foram 435 votos pela derrubada e apenas 6 pela manutenção.

A análise dos vetos presidenciais é feita durante sessão do Congresso, que costuma ser conjunta, com deputados e senadores presentes. No entanto, em razão da pandemia do novo coronavírus, as reuniões dos parlamentares estão sendo realizadas separadamente.

Os senadores vão se reunir às 16h. Caso também decidam pela derrubada do veto, o projeto barrado integralmente por Bolsonaro será promulgado e passará a valer.
A proposta, vetada pelo presidente em agosto, prevê a suspensão dos despejos para imóveis urbanos que servissem de moradia ou representassem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar até 31 de dezembro deste ano. A medida não vale para ocupações feitas após 31 de março de 2021.

O projeto também proíbe medidas preparatórias ou negociações para efetivar a remoção durante a pandemia.
Além disso, o texto suspende, até o fim deste ano, a concessão de liminares (decisões provisórias) para desocupação de imóvel urbano nas ações de despejo desde que o locatário justifique que, devido à pandemia, houve perda financeira que o impede de pagar o aluguel.

Debates

O presidente informou que a decisão de vetar a proposta se deu após serem ouvidos os ministérios da Economia e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo a justificativa apresentada por Bolsonaro, embora "meritória", a proposta "contraria o interesse público".

O presidente argumentou que o estado de calamidade pública se encerrou um ano antes da data limite (31 de dezembro de 2021) estabelecida pela proposta, e que a suspensão dos efeitos de decisões judiciais, extrajudiciais e autotutela de posse até um ano após o fim do estado daria um "salvo conduto para os ocupantes irregulares de imóveis públicos".

Segundo ele, a proposta poderia consolidar ocupações existentes e ensejar danos patrimoniais e ambientais.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) chamou de “lamentável” a decisão do presidente de vetar o projeto. Já a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou como cruel a medida.

“Vetar um projeto que proíbe os despejos em meio à pandemia, tem que ser muito cruel para fazer um veto desse”, disse a deputada. “É muito bom que a Câmara derrube esse veto”, acrescentou.

Para o deputado Afonso Florence (PT-BA) a retomada da suspensão dos despejos é uma “grande vitória dos movimentos sociais, no campo e na cidade, e dos nos movimentos de luta pela moradia”.

Vetos derrubados

Além do veto ao projeto do despejo, os deputados votaram pela derrubada dos vetos do presidente aos projetos:

Vetos mantidos

Na sessão do Congresso desta segunda, os deputados também votaram pela manutenção de uma série de vetos definidos por Bolsonaro.
Essa decisão é definitiva e nem precisa ser analisada pelos senadores. Basta que uma das Casas decida manter o veto para que a decisão presidencial seja respaldada.
A lista de vetos mantidos pelos deputados inclui:

  • trechos do projeto que busca incentivar pessoas físicas e jurídicas a contratar, com recursos próprios, leitos clínicos e de UTIs da rede privada para utilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Bolsonaro vetou pontos centrais do texto como a suspensão de cirurgias eletivas quando hospitais chegarem a 85% da ocupação de leitos, e limite de R$ 2,5 bilhões para o impacto orçamentário do programa;
  • a íntegra da proposta que prorrogava o prazo para declaração do IR deste ano, ano-calendário de 2020;
  • trecho do projeto que permite o pagamento proporcional de pedágios em rodovias à quilometragem percorrida. O trecho vetado dizia que o novo sistema de cobrança seria regulamentado pelo Poder Executivo dentro de 180 dias;
  • trecho que listava alguns tipos de vídeos publicitários na proposta que trata da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine);
  • pontos do projeto que prorroga até 2025 o prazo para o registro de imóveis rurais nas faixas de fronteira;
  • trechos do texto que aumenta o prazo de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis por pessoas com deficiência e por profissionais que atuam no transporte autônomo de passageiros. Deputados concordaram com a exclusão dos deficientes auditivos do projeto, que não serão beneficiados com a ampliação do período de isenção;
  • trechos da proposta com medidas para simplificar a abertura de empresas.
Esse país não tem jeito.

Olha esses deputados :kpuke
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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"Nada é tão ruim que não possa piorar", diz Bolsonaro sobre inflação e dólar
O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso nesta segunda-feira para comemorar 1.000 dias de governo. Ele admitiu que o aumento nos preços dos combustíveis e da inflação. Disse que preferia a gasolina a R$ 4 ou menos e o dólar a R$ 4,50 ou menos. “Não é maldade da nossa parte, e a realidade.” Por outro lado, afirmou que "não há nada tão ruim que não possa piorar".
Ele voltou a acenar com o fantasma dos governos de esquerda . “Se a facada fosse decisiva naquele momento, é só imaginar quem estaria no meu lugar, o perfil dessa pessoa e o alinhamento com outros países da América do Sul”, disse, referindo-se ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018, após citar a ruína econômica da Venezuela.

“O futuro do Brasil passa por quem vocês colocarem um dia para pilotar este país”, acrescentou, dizendo que os debates para 2022 foram antecipados.

Novamente mencionando a Venezuela, disse que a nação era “riquíssima” na década de 1990, o que não é verdade, e que o aconteceu com aquele país poderia acontecer com o Brasil. “Não pensem que certas coisas só acontecem com o vizinho ou com os outros. Infelizmente, essas coisas podem acontecer com cada um de nós. Quem diria nos anos 90 que a riquíssima Venezuela chegaria à situação que chegou? Assim acontece com outros países.”

“No Brasil, há milhares de pessoas melhores do que eu”, afirmou Bolsonaro. “Mas quis o destino que eu ocupasse essa cadeira em uma eleição atípica.”

Ele também disse que foi questionado por uma revista se trocaria o ministro da Economia, Paulo Guedes. Se fosse o caso, teria de ser por alguém diferente dele, ou seria “trocar seis por meia dúzia”, afirmou. “Em grande parte, o Auxílio Emergencial passou pelo coração do Paulo Guedes.”

-Jair Bolsonaro — Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR/Agência O Globo

Ninguém trabalha sob pressão, mas “com observações”, disse o presidente, citando como exemplo uma conversa que teria tido com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta segunda-feira, para discutir o que poderia ser feito para diminuir o preço dos combustíveis nos postos.

A conversa teve como objetivo entender onde está a responsabilidade pelo encarecimento dos combustíveis, afirmou. “Conversamos sobre o que podemos fazer para diminuir o preço na bomba. Nós temos que ter conhecimento sobre o que está acontecendo.”

Em diversos momentos de seu discurso, Bolsonaro reclamou do preço dos combustíveis. Disse que gostaria que o litro da gasolina estivesse custando R$ 4,00. Contou também ter recebido uma informação, não checada, de que o gás teria sido reajustado em 300% no Reino Unido.

Em outro momento, ele comentou que uma fala mal colocada sua pode mexer com a Bolsa e com o preço do dólar. E que, quando resolveu mudar o presidente da Petrobras, a empresa perdeu R$ 200 bilhões em valor de mercado e ele foi acusado de interferir na estatal. “Alguns acham que eu tenho poder de mexer as coisas dentro da Petrobras”, disse.

Bolsonaro também disse que as Forças Armadas estão sob seu comando, mas não devem cumprir “ordens absurdas” e precisam ser tratadas com respeito. “As Forças Armadas estão aqui. Ela está [sic] ao meu comando, sim, ao meu comando. Se eu der uma ordem absurda, elas vão cumprir? Não. Nem à minha [ordem absurda], nem a [de] governo nenhum. E as Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito.”

Nesse ponto do discurso, Bolsonaro referia-se a medidas adotadas por governadores e prefeitos para conter o avanço da covid-19 – que, embora recomendadas por autoridades de saúde e adotadas com sucesso por quase todos os países do mundo, ele considera arbitrárias.

Por outro lado, a fala ocorre 20 dias após os atos de 7 de Setembro, usados pelo presidente para ameaçar promover uma ruptura institucional em meio a um conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Por diversas vezes neste ano, Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas são um “poder moderador” entre Executivo, Legislativo e Judiciário – uma interpretação distorcida da Constituição usada como ameaça velada aos ministros do STF.

No discurso, o presidente voltou a criticar a criação do Ministério da Defesa, que teve seu voto contrário em 1999, quando era deputado federal. Para Bolsonaro, a medida “foi uma pressão política para tirar os militares deste prédio”, o Palácio do Planalto.

Ele admitiu ainda ter nomeado mais militares do que os governos de Castello Branco a João Figueiredo, o primeiro e o último da ditadura militar (1964-1985). “É verdade, é meu círculo de amizade”, afirmou.

Ao defender a “liberdade”, Bolsonaro voltou a criticar a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. “Não estou contra a vacina. Se estivesse contra, não teria assinado MP [medida provisória] ano passado destinando bilhões para comprar vacina”, disse. “Mas sou a favor da liberdade. A imunização não deve ser obrigatória", afirmou.

Ele também se queixou de ser acusado de patrocinar atos antidemocráticos, afirmando que “ninguém, mais do que eu, respeita a liberdade”. “Imagina se outro cara estivesse aqui”, voltou a dizer, em referência ao petista Fernando Haddad, seu rival no segundo turno da eleição de 2018. “Haveria passaporte da vacina, porque seus assemelhados em outros países fizeram o mesmo. Eu prezo pela liberdade.”

Bolsonaro ainda reclamou de ataques que o governo tem sofrido. Comentou que surgem novas investigações e inquéritos que, segundo ele, no fim das contas não revelam nada. “Cada processo que a gente vê é simplesmente tráfico de influência de terceiros para derrubar o governo”, acusou.

Ele disse que o governo permanecerá, pois acredita que nem ele nem seus ministros não fizeram “nada de errado”, mas que, depois disso, seu futuro é incerto. “Vai disputar a eleição ou não?" Eu não vou entrar nessa guerra ainda.”

Se ficar “fora de combate”, não há ninguém de perfil semelhante na disputa eleitoral, afirmou. E o desfecho é previsível. “O que ocorreu durante 14 anos pode voltar”, disse, em referência aos governos petistas, que duraram pouco mais de 13 anos. “Pode ter certeza: não serão mais 14 anos, serão pelo menos 50.”
 

GadoMuuuuu

Bam-bam-bam
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Se suspender os desejos o setor de aluguel de imóveis vai pro saco.
Já é um parto conseguir despejo no Brasil. Fico impressionado que tem gente que se meta com aluguel residencial nessa terra. Coloca uma caloteira que tenha criança pequena num imóvel teu, e tente conseguir o despejo dela depois. Boa sorte.

Houve uma época nos EUA que Nova Iorque aplicou leis bisonhas para dificultar despejo também.

A cidade, falida na época como Detroit é hoje, era governada por Abraham Beame (um dos piores prefeitos da história da cidade), que culpando os donos de imóveis pela cidade estar em abandono e cheia de imóveis vazios, começou forçar eles convertem as edificações vazias em habitações sociais financiadas pelo governo federal (o tal do Section 8 Housing).

O problema é que o quanto o governo federal pagava para os moradores de baixa renda não era baseado no valor do imóveis, e os donos de imóveis HONESTOS tinham zero incentivo para fazer a manutenção deles pois não compensava o que faturavam, então só ficou os DESONESTOS faturando com esse esquema que não colocavam um centavo no imóvel e deixava ele cair na cabeça dos moradores.

E para piorar, as leis tornavam quase impossível despejar um morador que estivesse recebendo esse auxilio mesmo em caso de comportamento destrutivo.

Resultado? Partes de cidades pegando fogo direito. Basicamente, os donos do imóvel botavam fogo nele no momento que o inquilino saia (ou as vezes com ele dentro...), e embolsava o seguro. Isso quando ele não pegava fogo sozinho por falta de manutenção e morador se esquentando no inverno com lata de álcool ou querosene dentro do apartamento.

Basta ver filmes da década de 70 e inicio dos 80 de Nova Iorque que lhe dará uma noção do que era a periferia dali.

Esse período se chama Decade of Fire e atingiu em cheio o Bronx. Em meados da década de 80, mais de 40% de South Bronx estava abandonado ou queimado.

Isso aqui abaixo é ali na década de 70:
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Já é um parto conseguir despejo no Brasil. Fico impressionado que tem gente que se meta com aluguel residencial nessa terra. Coloca uma caloteira que tenha criança pequena num imóvel teu, e tente conseguir o despejo dela depois. Boa sorte.

Houve uma época nos EUA que Nova Iorque aplicou leis bisonhas para dificultar despejo também.

A cidade, falida na época como Detroit é hoje, era governada por Abraham Beame (um dos piores prefeitos da história da cidade), que culpando os donos de imóveis pela cidade estar em abandono e cheia de imóveis vazios, começou forçar eles convertem as edificações vazias em habitações sociais financiadas pelo governo federal (o tal do Section 8 Housing).

O problema é que o quando o governo federal pagava para os moradores de baixa renda não era baseado no valor do imóveis, e eles tinham zero incentivo para manter eles com isso. E para piorar, as leis tornavam quase impossível despejar um morador que estivesse recebendo esse auxilio mesmo em caso de comportamento destrutivo.

Resultado? Partes de cidades pegando fogo direito. Basicamente, os donos do imóvel botavam fogo nele no momento que o inquilino saia (ou as vezes com ele dentro...), e embolsava o seguro.

Basta ver filmes da década de 70 e inicio dos 80 de Nova Iorque que lhe dará uma noção do que era a periferia dali.

Esse período se chama Decade of Fire e atingiu em cheio o Bronx. Em meados da década de 80, mais de 40% de South Bronx estava abandonado ou queimado.

Isso aqui abaixo é ali na década de 70:
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Boa contribuição... valeu
 

velhobiano

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Esse tipo de gás não rende nem de perto como GNV.

Nego comprando esses kits estão caindo em golpe e arriscando morrer para ter menos de 30 reais de economia (e olhe lá) em relação a Gasolina a cada 1000km rodado por mês.

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Pois é, além de tudo o gás de cozinha tá caro também. Mas falta de informação e desespero podem levar a isso.
 

Haagenti

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"Como esse fórum não tem um bendito tópico de política externa, colocarei aqui."





Berlim: plebiscito vai decidir expropriação de 200 mil apartamentos

Expropriação atingiria apenas empresas e grandes proprietários, que tenham mais de 3 mil unidades

181400.jpg

"Para que Berlim continue sendo nossa casa" - anúncios da campanha do plebiscito estão espalhados na capital alemã, onde preço do aluguel dobrou na última década | Sergio Utsch/SBT

Neste domingo, 26.set, os alemães não escolhem apenas os nomes que formarão um novo governo e apontarão o sucessor ou sucessora de Angela Merkel. No mesmo dia das eleições gerais, os berlinenses também vão tomar uma decisão que pode ter repercussões em toda a Europa. 226 mil apartamentos que hoje pertencem à iniciativa privada poderão ser estatizados.

Na capital onde mais de 80% das pessoas moram de aluguel, o assunto é discutido com tanta ênfase quanto as eleições gerais. A Associação de Inquilinos da cidade precisava de 175 mil assinaturas pra conseguir o referendo. Em poucos dias de campanha, obteve quase 350 mil.

Os preços de aluguel em Berlim ainda são menores se comparados aos de Londres e Paris mas, nos últimos 5 anos, houve um aumento de 42% para propriedades que tem entre 90 e 120 metros quadrados. Nenhuma cidade alemã teve uma alta tão grande.

-

Apesar de valores serem menores que em outras capitais europeias, preço do aluguel em Berlim teve a maior alta na Alemanha

O plebiscito deste domingo propõe a expropriação de imóveis de empresas e pessoas que tenham mais de 3 mil unidades. A estimativa dos defensores da campanha é de que o poder público gastaria cerca de de 8 bilhões de Euros (R$ 50 bilhões). Já as empresas privadas que seriam afetadas estimam um valor bem maior: 30 bilhões de Euros (R$ 187,5 bilhões).

A Deutsch Wohnem, maior empresa imobiliária da cidade e dona de 113 mil apartamentos, alega que a campanha não vai resolver o problema de falta de apartamentos e alta dos aluguéis em Berlim. "É inconstitucional e inviável financeiramente para os moradores de Berlim".

Em entrevista à rede Euronews, Kalle Kunkel, uma das ativistas da campanha, afirmou que "o crescimento da cidade é maior que o ritmo de construção de novos apartamentos. Há uma escassez real, o que ajudou a deixar os proprietários de imóveis incrivelmente poderosos".

20210925104815.jpeg

"Ninguém tem o direito de aumentar o aluguel", diz trecho da campanha sobre o plebiscito na capital alemã

Inquilinos de Berlim já tinham sofrido uma derrota em fevereiro deste ano, quando a Corte Constitucional da Alemanha julgou ilegal o mecanismo que congelava os preços de aluguéis na capital. A realização do plebiscito foi uma resposta popular à frustração gerada na época. Pesquisas recentes mostram que 47% dos berlinenses são a favor da expropriação e 43%, contra.

Ainda que a constituição alemã considere a estatização de bens da iniciativa privada "para o bem público", a idéia tem opositores até nos partidos mais progressistas, como o SPD. O partido de centro-esquerda deve ser o vencedor das eleições regionais de Berlim, que também ocorrem neste domingo. Se o "sim" vencer, tanto os políticos quanto a justiça terão pela frente uma situação inédita, que virá acompanhada da pressão de boa parte dos eleitores de Berlim.

Eleições gerais

A menos de 24 horas do início da votação, o quadro é cada vez mais incerto na Alemanha. O CDU, partido de Angela Merkel e agora liderado pelo candidato a chanceler Armin Laschet, reduziu a vantagem para o SPD, agremiação de centro-esquerda, liderada pelo ministro das Finanças, Olaf Scholz. Alguns institutos mostram uma diferença de apenas 2 pontos, dentro da margem de erro.

+ Alemanha: vitória da centro-esquerda pode piorar relação com o Brasil

A única certeza é que nenhum partido fará sozinho a maioria necessária pra formar um novo governo e que os Verdes deverão ampliar sua bancada e se consolidar como a terceira força do parlamento alemão. O partido que é focado em políticas ambientais e de controle das mudanças climáticas deverá ter um peso decisivo na formação da coalizão que governará a Alemanha.







Alemanha: Berlim vota ‘sim’ à expropriação dos grandes proprietários


Os berlinenses votaram favoravelmente a expropriação de grandes proprietários imobiliários da cidade, para a devolver aos próprios habitantes da cidade-estado. O referendo não é vinculativo, mas é politicamente expressivo.
Berlim.jpg


Além das eleições federais que decorreram em toda a Alemanha, a cidade-estado de Berlim votou também num referendo sobre se o governo local deve ou não expropriar os grandes proprietários, na tentativa de resolver o difícil problema da habitação. Os resultados confirmam a vitória do ‘sim’ a essas expropriações.

Os resultados já disponíveis mostram que os berlinenses votaram fortemente a favor de um plano para tirar milhares de unidades habitacionais das mãos dos grandes proprietários, numa tentativa de preservar as moradias populares na cidade, onde os preços dos alugueres dispararam nos anos mais recentes.

A votação não é vinculativa, mas pode forçar o governo da cidade-estado a debater a proposta.

A queda do Muro de Berlim em 1989 e a reunificação da República Democrática da Alemanha à Alemanha Federal no ano seguinte estabeleceram novas fronteiras para a cidade – que passou também a ser em muito pouco tempo uma geografia icónica, que chamou um número elevado de novos habitantes e investimento direto estrangeiro.

Em 2020, a cidade atingiu os 3,66 milhões de habitantes e uma densidade populacional de 4.048 habitantes por quilómetro quadrado, o que transformou Berlim na segunda cidade mais populosa na União Europeia. Um dos resultados foi a extrema carência de habitações, que um grupo denominado Expropriate Deutsche Wohnen & Co quer resolver de forma pouco ortodoxa: expropriando os grandes proprietários e atribuindo as casas assim conseguidas aos habitantes locais.

O grupo quer que as autoridades municipais comprem centenas de milhares de apartamentos e assim transformem um ativo muito lucrativo para os especuladores imobiliários num “bem comum” à disposição dos berlinenses.

No topo da lista dos potenciais expropriados está a empresa Deutsche Wohnen (cotada em bolsa), um dos maiores proprietários da cidade – que, depois de ter comprado cerca de 66 mil apartamentos de propriedade pública em 2004, responde agora por mais de 160 mil propriedades (das quais 120 mil em Berlim), avaliadas em 26 mil milhões de euros. O grupo quer que os alvos potenciais das expropriações sejam todos os proprietários que em Berlim possuam pelo menos três mil apartamentos.




Viva. Chile 2.0 aquecendo para entrar em campo? :kduvida
Eu vi de manhã, assustador.
Não acho que passará, já tentaram fixar preços de aluguel 3 anos atrás e não funcionou, acho difícil tentarem outra burrice novamente.
 

Witold Pilecki

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"Nada está tão ruim que não possa piorar", diz Bolsonaro, sobre inflação

um PRESIDENTE que sabe transmitir ESPERANÇA para população e mostra saber o que esta fazendo... :kronald

:klolwtf:klolwtf:klolwtf

O maior imbecil que já se sentou na cadeira da Presidência.
 

GadoMuuuuu

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Relaxa meu caro colaborador deste nobre fórum.

Nossos maravilhosos parlamentares já estão vindo com a receita para ajudar os Brasileiros apertados nesse momento difícil!!

Aquele excrementos... digo... nobres parlamentares acabaram de aprovar o projeto que permite o governo criar despesa baseado NA PROMESSA de projetos AINDA EM TRAMITAÇÃO gerarem receita.

Uma gigantesca pedalada fiscal. O Brasil está regredindo para o merco legal, criminal e financeiro dos anos 80.

É uma sinalização ótima para investidores colocando dinheiro nessa terrinha aqui. O dólar nem vai disparar mais um pouco. E não vai arrastar nem um pouquinho inflação, combustíveis, insumos da industria e agro, e todo resto para cima. Pode confiar!!!! Assim disse os nobres deputados.

 

Setzer1

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Com cenário conturbado no Brasil, exportadores deixam US$ 46 bilhões no exterior
Apesar das exportações recordes em 2021, as empresas têm mantido fora do País uma parte significativa do valor obtido com as vendas; especialistas dizem que vários fatores podem explicar o movimento

Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo
27 de setembro de 2021 | 17h14

RIO - Beneficiadas por alguns efeitos da covid-19 sobre a economia, as exportações brasileiras, com destaque para as vendas de soja e minério de ferro para a China, estão batendo recorde em 2021, mas uma parte dos bilhões de dólares levantados pelos exportadores está ficando no exterior, indicam os dados de fluxo cambial e da balança comercial.
As exportações somam US$ 260,6 bilhões no acumulado em 12 meses até agosto na balança comercial, maior valor na série histórica iniciada em 1995. O fluxo cambial em operações de exportação soma US$ 214,4 bilhões, no mesmo período. Essa diferença, de US$ 46,2 bilhões a mais para o valor registrado na balança, está no maior nível desde 1995, em recordes que vêm sendo renovados desde abril, mostra uma compilação dos dados do Ministério da Economia e do Banco Central (BC) feita pelo pesquisador Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
https://economia.estadao.com.br/not...rtacoes-de-calcados-para-a-regiao,70003843579

Os valores da balança comercial são registrados quando os produtos são embarcados para o exterior. Já o BC registra as operações de câmbio que internalizam no País o pagamento pelas exportações. O fato de os valores vendidos para fora estarem acima dos valores do fluxo cambial sugere que parte dos pagamentos aos exportadores está ficando no exterior.

Segundo economistas ouvidos pelo Estadão, múltiplos fatores podem estar por trás disso. Alguns são as diferenças entre as taxas de juros no Brasil e no exterior, as incertezas com a crise política e a política econômica, os rumos da reforma tributária, os efeitos da pandemia sobre a economia global e a estratégia específica de grandes empresas exportadoras, como a Petrobras.
Para Castelar, as incertezas em relação à política econômica, como o nível de desequilíbrio das contas públicas, e a crise política estão pesando mais. “Desde que o Banco Central (BC) começou a subir a Selic (a taxa básica de juros, hoje em 6,25% ao ano), o câmbio deveria ter valorizado mais (ou seja, o dólar deveria ter caído). Além do diferencial de juros, temos a perspectiva sobre até onde vai a taxa de câmbio. Se a perspectiva é que o câmbio vai andar mais ainda (ou seja, o dólar vai subir), é a crise política atrapalhando”, disse o pesquisador do Ibre/FGV.
Quando a diferença entre os valores das exportações na balança comercial e do fluxo cambial começou a chamar a atenção, a Selic estava em 2,75% ao ano, após uma alta de 0,75 ponto, em março de 2021. Mesmo com a elevação, os juros básicos vinham em 2,0% ao ano desde agosto de 2020, nas mínimas históricas. Esses níveis mínimos tornavam os investimentos em títulos de dívida brasileiros menos atrativos. Os juros por aqui são, tradicionalmente, mais elevados do que no exterior. Assim, o mercado nacional sempre atraiu investidores de fora em busca de títulos com taxas mais rentáveis. Com a queda da Selic, caiu o “diferencial de juros”, como os economistas chamam o tanto a mais que as taxas daqui oferecem na comparação com o exterior.
A questão apontada por Castelar é que, desde que a Selic passou a subir, em março, esse diferencial aumentou, se aproximando do padrão de antes. Só que não bastou para incentivar a entrada dos dólares das exportações no País.

Segundo a economista-chefe para o Brasil do JPMorgan, Cassiana Fernandez, não é possível explicar a diferença de valores apenas com base em variáveis macroeconômicas, como o desequilíbrio das contas públicas, a taxa de câmbio, o ritmo de crescimento econômico, ou a incerteza. As incertezas podem ajudar, mas as diferenças recordes podem estar ligadas a “decisões microeconômicas” das empresas. “Provavelmente, algumas empresas continuam um ciclo, que vimos desde 2019, de antecipar pagamento de dívida externa. Empresas exportadoras acabam deixando os recursos lá fora e já fazem um encontro de contas lá fora (pagando dívidas em dólar)”, disse.

A Petrobras é frequentemente citada como exemplo. Procurada, a companhia não respondeu ao pedido para comentar o assunto, mas, em 2020, conforme dados divulgados ao mercado, as exportações líquidas de petróleo e derivados saltaram 95% ante 2019. No segundo trimestre deste ano, a receita com exportações foi de R$ 33,6 bilhões, 47,2% superior ao registrado no primeiro trimestre. Ao mesmo tempo, para superar a crise financeira deflagrada pela Operação Lava Jato e pelas perdas com o controle dos preços de combustíveis, desde 2016, as gestões da petroleira vêm focando na redução da dívida, com pagamentos antecipados. A meta é chegar a US$ 60 bilhões de dívida bruta. No segundo trimestre, o valor ficou em US$ 63,7 bilhões, US$ 27,5 bilhões abaixo do segundo trimestre de 2020.
As incertezas em torno da reforma tributária também podem estar levando grandes exportadores a deixar parte dos dólares lá fora, disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A opção da Câmara dos Deputados em ir adiante com mudanças no Imposto de Renda, deixando de lado propostas de emenda à Constituição (PEC) mais amplas que já tramitavam, não tem sido bem vista pelo empresariado. “Há insegurança, porque a mudança no Imposto de Renda pode tributar lucro lá fora, o que desestimula o exportador a trazer o dinheiro para cá”, disse Castro.
Como consequência, a demora na internalização dos dólares das exportações traz uma pressão a mais para a elevação da taxa de câmbio. Embora a percepção de risco por parte dos agentes do mercado financeiro pese mais, um fluxo maior da moeda americana para o País tenderia a baixar as cotações, trazendo algum alívio para a inflação. Para Pedro Rossi, professor da Unicamp e autor do livro “Taxa de câmbio e política cambial no Brasil” (Ed. FGV), a opção por deixar dólares no exterior pode ter contribuído para o câmbio pressionado, mas não é determinante.

“O giro financeiro é muito maior e o câmbio segue sendo determinado pelos derivativos (títulos negociados no mercado financeiro que usam a taxa de câmbio como referência), cuja movimentação é muito alta. Então, o exportador tem um peso reduzido na determinação da taxa de cambio”, disse o professor.
Rossi pondera ainda que os exportadores podem estar oferecendo mais prazo para seus clientes - ou seja, estão embarcando os produtos, mas aceitando receber mais tarde do que o usual - e podem estar recebendo em contas bancárias no exterior, deixando os dólares um tempo lá fora. Assim, os recursos podem entrar, no fluxo cambial, via conta financeira e não comercial.

O BC informou, por meio da assessoria de imprensa, que não houve mudança regulatória recente que pudesse incentivar os exportadores a manter dólares lá fora. Desde 2006 os exportadores brasileiros podem manter os pagamentos recebidos em bancos no exterior. Embora esses recursos possam ser internalizados como operações financeiras, no momento do ingresso no Brasil, “é mais vantajoso ao exportador, inclusive considerando aspectos de ordem tributária, que a operação de câmbio seja realizada a título de exportação, observados os prazos regulamentares”.
 

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Relaxa meu caro colaborador deste nobre fórum.

Nossos maravilhosos parlamentares já estão vindo com a receita para ajudar os Brasileiros apertados nesse momento difícil!!

Aquele excrementos... digo... nobres parlamentares acabaram de aprovar o projeto que permite o governo criar despesa baseado NA PROMESSA de projetos AINDA EM TRAMITAÇÃO gerarem receita.

Uma gigantesca pedalada fiscal. O Brasil está regredindo para o merco legal, criminal e financeiro dos anos 80.

É uma sinalização ótima para investidores colocando dinheiro nessa terrinha aqui. O dólar nem vai disparar mais um pouco. E não vai arrastar nem um pouquinho inflação, combustíveis, insumos da industria e agro, e todo resto para cima. Pode confiar!!!! Assim disse os nobres deputados.

Calma que o novo lema do governo "Nada está tão ruim que não possa piorar" vai ser posto em prática. Aliás, hoje chegou minha conta de luz, uns 25% mais cara. Oh, Glória!

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velhobiano

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Selic já subiu 2% e não fez cócegas no dólar. Situação preocupante e que não pode perdurar por mais muito tempo. É insustentável para o país ambos nestes patamares.
Pior é que a Selic tá abaixo da inflação. Então, tecnicamente, ela tá negativa, do ponto de vista do investidor que busca rendimentos, não do ponto de vista de quem visa produzir.
 

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Selic já subiu 2% e não fez cócegas no dólar. Situação preocupante e que não pode perdurar por mais muito tempo. É insustentável para o país ambos nestes patamares.
Nem vai.

O governo não entendeu (alias, está se fazendo de desentendido) que o problema do fluxo cambial e da inflação não tem a mesma origem de sempre (excesso de importações e economia interna superaquecida). Nossa economia está tudo menos aquecida, e a fuga de dólares é crise de credibilidade do governo (aumento descontrolado de despesas públicas e reformas não saindo ou sendo mutiladas).

Esse efeito chama-se "Dominância Fiscal" e anula subir a SELIC. A bola já estava sendo cantada que isso poderia acontecer desde Março em alguns relatórios de analises macro econômicas que vi rodando por aí.

Ninguém em sã consciência lá fora acha que o governo Brasileiro não irá calotear as dividas como a Argentina para arriscar comprar títulos do governo de médio e longo prazo, simples assim. Os "títulos do tesouro" do governo Brasileiro valem o mesmo que papel higiênico na pratica neste momento.

A pergunta que você tem de se fazer como investidor é a seguinte: se esse governo mambembe e tosco mal está conseguindo pagar a própria divida com SELIC baixa, como ele pagará com ela alta se a policia fiscal está descasa com a monetária e o governo está expandindo os gastos?

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Com cenário conturbado no Brasil, exportadores deixam US$ 46 bilhões no exterior
Apesar das exportações recordes em 2021, as empresas têm mantido fora do País uma parte significativa do valor obtido com as vendas; especialistas dizem que vários fatores podem explicar o movimento

Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo
27 de setembro de 2021 | 17h14

RIO - Beneficiadas por alguns efeitos da covid-19 sobre a economia, as exportações brasileiras, com destaque para as vendas de soja e minério de ferro para a China, estão batendo recorde em 2021, mas uma parte dos bilhões de dólares levantados pelos exportadores está ficando no exterior, indicam os dados de fluxo cambial e da balança comercial.
As exportações somam US$ 260,6 bilhões no acumulado em 12 meses até agosto na balança comercial, maior valor na série histórica iniciada em 1995. O fluxo cambial em operações de exportação soma US$ 214,4 bilhões, no mesmo período. Essa diferença, de US$ 46,2 bilhões a mais para o valor registrado na balança, está no maior nível desde 1995, em recordes que vêm sendo renovados desde abril, mostra uma compilação dos dados do Ministério da Economia e do Banco Central (BC) feita pelo pesquisador Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
https://economia.estadao.com.br/not...rtacoes-de-calcados-para-a-regiao,70003843579

Os valores da balança comercial são registrados quando os produtos são embarcados para o exterior. Já o BC registra as operações de câmbio que internalizam no País o pagamento pelas exportações. O fato de os valores vendidos para fora estarem acima dos valores do fluxo cambial sugere que parte dos pagamentos aos exportadores está ficando no exterior.

Segundo economistas ouvidos pelo Estadão, múltiplos fatores podem estar por trás disso. Alguns são as diferenças entre as taxas de juros no Brasil e no exterior, as incertezas com a crise política e a política econômica, os rumos da reforma tributária, os efeitos da pandemia sobre a economia global e a estratégia específica de grandes empresas exportadoras, como a Petrobras.
Para Castelar, as incertezas em relação à política econômica, como o nível de desequilíbrio das contas públicas, e a crise política estão pesando mais. “Desde que o Banco Central (BC) começou a subir a Selic (a taxa básica de juros, hoje em 6,25% ao ano), o câmbio deveria ter valorizado mais (ou seja, o dólar deveria ter caído). Além do diferencial de juros, temos a perspectiva sobre até onde vai a taxa de câmbio. Se a perspectiva é que o câmbio vai andar mais ainda (ou seja, o dólar vai subir), é a crise política atrapalhando”, disse o pesquisador do Ibre/FGV.
Quando a diferença entre os valores das exportações na balança comercial e do fluxo cambial começou a chamar a atenção, a Selic estava em 2,75% ao ano, após uma alta de 0,75 ponto, em março de 2021. Mesmo com a elevação, os juros básicos vinham em 2,0% ao ano desde agosto de 2020, nas mínimas históricas. Esses níveis mínimos tornavam os investimentos em títulos de dívida brasileiros menos atrativos. Os juros por aqui são, tradicionalmente, mais elevados do que no exterior. Assim, o mercado nacional sempre atraiu investidores de fora em busca de títulos com taxas mais rentáveis. Com a queda da Selic, caiu o “diferencial de juros”, como os economistas chamam o tanto a mais que as taxas daqui oferecem na comparação com o exterior.
A questão apontada por Castelar é que, desde que a Selic passou a subir, em março, esse diferencial aumentou, se aproximando do padrão de antes. Só que não bastou para incentivar a entrada dos dólares das exportações no País.

Segundo a economista-chefe para o Brasil do JPMorgan, Cassiana Fernandez, não é possível explicar a diferença de valores apenas com base em variáveis macroeconômicas, como o desequilíbrio das contas públicas, a taxa de câmbio, o ritmo de crescimento econômico, ou a incerteza. As incertezas podem ajudar, mas as diferenças recordes podem estar ligadas a “decisões microeconômicas” das empresas. “Provavelmente, algumas empresas continuam um ciclo, que vimos desde 2019, de antecipar pagamento de dívida externa. Empresas exportadoras acabam deixando os recursos lá fora e já fazem um encontro de contas lá fora (pagando dívidas em dólar)”, disse.

A Petrobras é frequentemente citada como exemplo. Procurada, a companhia não respondeu ao pedido para comentar o assunto, mas, em 2020, conforme dados divulgados ao mercado, as exportações líquidas de petróleo e derivados saltaram 95% ante 2019. No segundo trimestre deste ano, a receita com exportações foi de R$ 33,6 bilhões, 47,2% superior ao registrado no primeiro trimestre. Ao mesmo tempo, para superar a crise financeira deflagrada pela Operação Lava Jato e pelas perdas com o controle dos preços de combustíveis, desde 2016, as gestões da petroleira vêm focando na redução da dívida, com pagamentos antecipados. A meta é chegar a US$ 60 bilhões de dívida bruta. No segundo trimestre, o valor ficou em US$ 63,7 bilhões, US$ 27,5 bilhões abaixo do segundo trimestre de 2020.
As incertezas em torno da reforma tributária também podem estar levando grandes exportadores a deixar parte dos dólares lá fora, disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A opção da Câmara dos Deputados em ir adiante com mudanças no Imposto de Renda, deixando de lado propostas de emenda à Constituição (PEC) mais amplas que já tramitavam, não tem sido bem vista pelo empresariado. “Há insegurança, porque a mudança no Imposto de Renda pode tributar lucro lá fora, o que desestimula o exportador a trazer o dinheiro para cá”, disse Castro.
Como consequência, a demora na internalização dos dólares das exportações traz uma pressão a mais para a elevação da taxa de câmbio. Embora a percepção de risco por parte dos agentes do mercado financeiro pese mais, um fluxo maior da moeda americana para o País tenderia a baixar as cotações, trazendo algum alívio para a inflação. Para Pedro Rossi, professor da Unicamp e autor do livro “Taxa de câmbio e política cambial no Brasil” (Ed. FGV), a opção por deixar dólares no exterior pode ter contribuído para o câmbio pressionado, mas não é determinante.

“O giro financeiro é muito maior e o câmbio segue sendo determinado pelos derivativos (títulos negociados no mercado financeiro que usam a taxa de câmbio como referência), cuja movimentação é muito alta. Então, o exportador tem um peso reduzido na determinação da taxa de cambio”, disse o professor.
Rossi pondera ainda que os exportadores podem estar oferecendo mais prazo para seus clientes - ou seja, estão embarcando os produtos, mas aceitando receber mais tarde do que o usual - e podem estar recebendo em contas bancárias no exterior, deixando os dólares um tempo lá fora. Assim, os recursos podem entrar, no fluxo cambial, via conta financeira e não comercial.

O BC informou, por meio da assessoria de imprensa, que não houve mudança regulatória recente que pudesse incentivar os exportadores a manter dólares lá fora. Desde 2006 os exportadores brasileiros podem manter os pagamentos recebidos em bancos no exterior. Embora esses recursos possam ser internalizados como operações financeiras, no momento do ingresso no Brasil, “é mais vantajoso ao exportador, inclusive considerando aspectos de ordem tributária, que a operação de câmbio seja realizada a título de exportação, observados os prazos regulamentares”.
Nem o agro confia no minto
 

soadrula

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Queria trazer aqui uma oportunidade de emprego para caminhoneiros e como o Zé Trovão deve acompanhar esse tópico, fica ai a dica.
Grato
 

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Nem vai.

O governo não entendeu (alias, está se fazendo de desentendido) que o problema do fluxo cambial e da inflação não tem a mesma origem de sempre (excesso de importações e economia interna superaquecida). Nossa economia está tudo menos aquecida, e a fuga de dólares é crise de credibilidade do governo (aumento descontrolado de despesas públicas e reformas não saindo ou sendo mutiladas).

Esse efeito chama-se "Dominância Fiscal" e anula subir a SELIC. A bola já estava sendo cantada que isso poderia acontecer desde Março em alguns relatórios de analises macro econômicas que vi rodando por aí.

Ninguém em sã consciência lá fora acha que o governo Brasileiro não irá calotear as dividas como a Argentina para arriscar comprar títulos do governo de médio e longo prazo, simples assim. Os "títulos do tesouro" do governo Brasileiro valem o mesmo que papel higiênico na pratica neste momento.

A pergunta que você tem de se fazer como investidor é a seguinte: se esse governo mambembe e tosco mal está conseguindo pagar a própria divida com SELIC baixa, como ele pagará com ela alta se a policia fiscal está descasa com a monetária e o governo está expandindo os gastos?

Visualizar anexo 215192

:kpensa esse infográfico que vc utilizou é da globolixo logo tudo que vc falou não procede, globo mente! Bibi mitoo myto Bibi
 
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