Funchal reuniu equipe e disse que era questão de princípio manter o teto de gastos
Secretário especial do Tesouro e Orçamento disse a auxiliares que foi até o limite na defesa da política fiscal e do teto de gastos, segundo apurou o 'Estadão'
Segundo fontes relataram ao
Estadão, não se tratava apenas de uma questão de legalidade para flexibilização do teto, mas de convicção da importância da regra fiscal para o controle das despesas. A saída de Funchal já tinha sido gestada nas reuniões de final de semana e de segunda-feira com o presidente Jair Bolsonaro, quando ficou clara a ruptura da política fiscal com a finalidade eleitoral. Há quase um mês, conforme relatou o
Estadão/Broadcast, Funchal garantiu a um grupo de investidores que não assinaria qualquer medida que extrapolasse o teto de gastos.
alguns dos seus principais auxiliares também seguiram o mesmo pensamento. Conforme informou o
Ministério da Economia, além de Funchal, estão deixando a pasta a adjunta do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas; o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto Rafael Araújo.
A intenção era esperar a mensagem modificativa do orçamento, mas os últimos acontecimentos e o atropelo do grupo político, que pressionou pelas mudanças no teto de gastos, sem uma defesa contundente e pública do ministro da Economia,
Paulo Guedes, foram a gota d'água.
A expectativa é que seja feita uma transição suave. Conforme nota do Ministério da Economia, "os pedidos foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos".