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Muito obrigado pelo seu comentário, me acrescentou bastante, atualmente também estou pensando que lutar para conseguir um concurso não é um plano viavel, a dificuldade de passar é grande e os retornos não são tão bons. Sobre a area expandir não vejo como isso pode significar melhoria, como você sabe area publica não é meritocrático e você não progride em nada lá dentro, a unica coisa que você acumula é tempo de serviço. Também tive um colega assassinado e um suicidou ano passado.
Pois é, eu tenho colegas estudando pra coisas tipo Auditor da RFB, Magistratura, Itamaraty há dez, doze anos, e não passam. O sarrafo fica alto demais.
Assim, e eu te falo como alguém que tem certo nível de acesso, que a área penitenciária deve passar por algumas mudanças importantes nos próximos anos. Tá muito claro pra todo mundo que os modelos de gestão atuais - se é que dá pra chamar as bostas que temos de "modelos de gestão" - são insustentáveis e novas alternativas estão sendo estudadas.
Se você de repente tentar estudar pra estar preparado pra essa mudança, pode ganhar muito ali na frente. Não tô falando de uma tendência, mas de uma realidade já em fase de construção.
Quando eu entrei nesse serviço me preparei pra algo muito mais barra pesada que isso, achei que entraria lá e seria tipo o carandiru, teria que bater em preso e dar tiro todo dia mas pelo menos eu seria unido com meus colegas de trabalhos, foi uma grande decepção entrar lá e perceber que é exatamente o contrario, os presos são o ultimo problema.
Como agente penitenciário você acha que os riscos legais que estamos sujeitos (não tenho medo de bandido) é equivalente a de outra área?
Cara, a gente foi preparado, basicamente, pra guerra. Por um lado foi bom por estarmos preparados, mas por outro foi muito difícil aprender a segurar a onda.
Entenda o seguinte: a menos que você traga amigos da infância, adulto não tem amigo, só tem colegas com grau maior ou menor de aproximação. As pessoas raramente se juntam em prol de qualquer coisa.
Uma piada que eu costumo fazer é que eu tô tentando passar raiva com preso desde 2006, sem sucesso. Já com os colegas é praticamente todo dia.
Não, não é equivalente. O risco é maior, mas tudo tem risco. Eu vivo atento, mas tento não viver pilhado, porque a única coisa que isso ia me trazer seria uma úlcera. Tenha outras atividades totalmente desconexas da profissão, isso ajuda.
O problema não é ser calouro, é ser o mais novo em idade, todo mundo que trabalha nisso é velho e eu fico deslocado e sem respeito lá dentro. Pessoal que entrou comigo muitos estão tranquilos.
Quando eu entrei, eu era o terceiro mais novo do concurso (primeira turma do primeiro concurso aqui). Os dois mais novos saíram, um pra Delegado do RS e outro, na época, pro TRE-RJ.
Hoje eu sou o mais novo no topo da classe e até quem não gosta de mim é obrigado a me respeitar por todo o trabalho que já fiz.
Respeito é algo que se conquista. Faça o seu trabalho e leve na boa.