Bom, não foi pelas serem 100% livres que o Brasil se tornou o que é. Não que eu seja anarco-capitalista/anarquista, mas o que o Brasil não teve durante a história inteira da República foi liberdade de fato.
Cheguei até a comentar antes.
Segundo Império: Brasil com tendências liberais, poucos impostos, Estado atuando em segurança pública, várias obras públicas ou financiamento do obras privadas (financiamento para ser pago, não estilo BNDES de parcelar em 200 anos) e superávit. Superávit após superávit.
Embora o livro não seja exatamente monarquista, já que o autor realmente não tem os melhores elogios para Pedro II,
Mauá - Empresário do Império (acho que de Jorge Caldeira) - foi um de meus livros preferidos de todos os tempos. Por tudo que posso dizer, mesmo criticando o Império o autor teve que admitir, o país tava indo (lento como sempre) no rumo certo, e os vários superávits comerciais mostravam isso (superávit é a diferença entre o que o país gasta e do que ele arrecada), que o governo imperial era bem administrado. Até porque o Imperador sabia que o dinheiro que ele economizasse ia ser o dinheiro que ele ia ter para usar numa emergência futura.
O golpe da República já começou logo virando Ditadura (e, de novo, bem violenta, com muitas mortes) e, por nossa marinha ter participado não de uma, mas de duas rebeliões, fez com que ela passasse de orgulho do Império para resto da República. Encontrei mesmo esses dados (que nunca são conclusivos) que indicam que o Brasil tinha uma das maiores marinhas do mundo à época, mas sucatada nos primeiros anos da república.
A ditadura deu lugar a uma "democracia" dos fazendeiros. Ou da oligarquia. Que estava mais interessada em roubar o que pudesse do governo que em fazer qualquer coisa. Voltamos à outra Ditadura, de Vargas nessa vez. Admito que tenho sentimentos contraditórios sobre Vargas, ele aumentou ainda mais o tamanho do Estado em seu governo e era um Ditador. Mas vejo que o início da siderurgia no país foi importante e, sem ele, não sei quantos anos estaríamos atrasados na questão de depender de outros países para o aço.. Assim mesmo, o legado foi mais Estado, mais impostos, mais funcionários públicos e mais populismo. A democracia que se seguiu a ele foi efêmera e igualmente populista. Se Kubitschek trouxe grandes montadoras e aumentou a malha viária do país, ele fez isso às custas das ferrovias, encarecendo tudo que aqui fosse transportado e mudando um desenvolvimento que poderia ter sido mais benéfico.
Por fim, outra Ditadura estatista com inúmeras obras faraônicas mas poucas de real valor prático, inchaço do governo, desgoverno econômico (não no sentido de o governo tentar controlar tudo, mas no sentido de só fazer coisas erradas) e, finalmente a nova democracia cidadã, com Estado ainda mais inchado ao nível de quebrar o país várias vezes em pouco mais de duas décadas.
Não imagino como seria o Brasil no caso de a monarquia não ter acabado, mas acho que a base dos anos 1900 até 1930 teria sido menos conturbada. Não sei se resistiríamos ao período dos ditadores como Franco, Hitler, Hiroíto e cia sem tentarem implantar tbm aqui uma república nesses moldes mais "modernos" mas seria bem interessante haver uma máquina do tempo pra ver como as coisas se sairiam.