Passar pano é uma especialidade de petistas e esquerdistas, na verdade foi uma lona por 16 anos.
Lula declarou admirar Hitler e Khomeini
GUSTAVO KRIEGER ; ELVIS CESAR BONASSA E ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
Elogios feitos por Luiz Inácio Lula da Silva a Adolf Hitler e ao aiatolá Khomeini são uma das preocupações do comando da campanha presidencial do PT.
Lula declarou "admiração" pelos dois no início de sua carreira política.
Hitler foi o ditador alemão que comandou a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Khomeini liderou, em 1979, a revolução xiita (radicais mulçumanos) que derrubou o xá Reza Pahlevi do governo do Irã.
Em julho de 1979, quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e articulava a criação do PT, Lula deu uma entrevista à revista Playboy, na qual citou os dois líderes como duas figuras políticas pelas quais ele nutria admiração.
Dedicação
O então sindicalista elogiou a "disposição, força e dedicação" de Hitler e afirmou: "O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer".
Sobre Khomeini, Lula disse: "Eu não conheço muita coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do xá foi um negócio sério".
A lista de figuras admiradas por Lula em 1979 incluia ainda Tiradentes, Gandhi, Che Guevara, Fidel Castro e Mao Tsé-Tung. Ele afirmou que não era "coincidência" o fato de todos eles terem lutado para derrubar governos.
Este tipo de declaração, que mostra o Lula radical do movimento sindical, preocupa a direção do PT, empenhada em vender uma imagem mais moderada nas eleições.
Ontem em Palmas (TO), o candidato petista disse que não se lembra de ter feito essas declarações à revista Playboy.
Desconhecimento
"Eu desconheço que haja entrevista da Playboy em que eu falo isso", disse Lula. Mas prometeu que vai procurar o exemplar da publicação que ainda tem guardado em sua casa para se certificar sobre suas declarações dadas a uma pergunta sobre pessoas de renome que admirava.
O líder petista não quis comentar também uma entrevista prestada pelo cartunista Ziraldo à mesma revista, em 80, quando disse que ouviu Lula dizer que das feministas ele só queria o sexo.
"É só perguntar ao Ziraldo se eu disse isso e sobre o que disse em um debate com mais de 500 mulheres no Rio de Janeiro", afirmou Lula.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1...ASxfHiiLqyGdcxQfVphUW6QQMpxg5aDjSyIsFqvaG9eYg
PT adota estética stalinista em propaganda de 10 anos no governo federal
Capa do panfleto que exalta as realizações de Lula e Dilma traz os requisitos estéticos do realismo socialista, adotado na então União Soviética na década de 1930
20/02/2013 16:03
Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/pol...propaganda-de-10-anos-no-governo-federal.html
O PT, por meio do publicitário João Santana, recorreu ao estilo conhecido como realismo socialista, a estética artística oficial adotada pela União Soviética do ditador Joseph Stalin, no material de divulgação do ato que celebra os 10 anos do partido à frente do governo federal. O mesmo material traz uma frase do ex-presidente dos EUA Abraham Lincoln.
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Material de divulgação do ato que celebra os 10 anos do PT à frente do governo federal
A capa do panfleto com o texto principal do evento é composta por um desenho com os rostos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta
Dilma Rousseff em tamanho maior, fundidos como se fossem um só. Ao fundo uma bandeira do Brasil ladeada por um conjunto de casas populares, à direita, e uma grande cidade à esquerda.
Em primeiro plano, aparecem em tamanho menor, abaixo das imagens de Lula e Dilma, uma família pobre, um grupo de militantes do PT com camisas e bandeiras vermelhas e um trabalhador vestindo uniforme e capacete.
O desenho atende todos os requisitos estéticos do realismo socialista, segundo definições acadêmicas. Lula e Dilma surgem em imagens idealizadas como heróis nacionais coroados pela bandeira do Brasil. A família pobre, o trabalhador e os militantes petistas são apresentados também de forma idealizada, sorridentes e fisicamente vigorosos, numa representação de força e saúde.
Segundo fontes petistas, a família significa
projetos sociais como o Bolsa Família e o conjunto de casas populares representa o programa Minha Casa Minha Vida.
O realismo socialista foi adotado oficialmente pela União Soviética na década de 1930 como padrão estético para artes visuais, teatro e literatura e vigorou até meados da década de 1960. Seu principal objetivo era propagandear os feitos e personagens do governo.
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O conceito de uma arte “proletária e progressista realista na forma e socialista no conteúdo” foi elaborado por Andrej Zdanov, braço direito de Stalin para assuntos de cultura.
A ideia fundamental era passar mensagens claras e simples. O padrão gráfico, também usado no panfleto do PT, pressupunha letras grandes e textos curtos para facilitar a compreensão do povo, na maior parte semianalfabeto.
Artisticamente, o realismo socialista suplantou o movimento chamado Vanguarda Russa, responsável por grande parte do material de propaganda oficial nos primeiros anos do regime comunista, e foi alvo de críticas de importantes artistas comunistas como o pintor espanhol Pablo Picasso.
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Exemplo de pôster de propaganda da antiga União Soviética sob o comando de Joseph Stalin (1951)
Com a intensificação da polarização política e o início da Guerra Fria, o realismo socialista foi exportado para os países comunistas do Leste Europeu, China, Oriente Médio e passou a ser associado a regimes autoritários nacionalistas ou de esquerda.
No livro "A Revolução Traída", Leon Trotski classifica o realismo socialista como "uma espécie de campo de concentração das letras". "A arte da época stalinista entrará na história como a expressão mais espetacular do profundo declínio da revolução proletária", disse Trotski, então exilado no México fugido da ditadura stalinista. O poeta surrealista francês Andre Breton, também comunista, escreveu em 1937, sobre o realismo socialista, que considerava "errônea a concepção do realismo socialista que pretende impor ao artista, excluindo-se qualquer outra, a pintura da miséria proletária".
A vertente comunista conhecida como stalinismo, marcada pelo centralismo decisório, é o berço ideológico e político de várias lideranças petistas mas foi abandonada nos anos 1980, quando o PT surgiu com o objetivo de implantar no Brasil um modelo socialista com amplo respeito à democracia.
O contraponto à estética do realismo socialista é a frase “do povo, pelo povo, para o povo”, que também aparece na capa do panfleto petista. O trecho foi extraído do célebre Discurso de Gettysburg, feito por Abraham Lincoln em 1863, no final da Guerra da Secessão, considerado até hoje uma das mais concisas definições da democracia moderna. “A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo”.
Segundo o PT, o material foi elaborado pelo publicitário João Santana. Pessoas próximas ao núcleo dirigente do PT notaram que Santana já havia usado estética semelhante em algumas peças da campanha de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, no ano passado. Santana não foi encontrado para comentar o assunto.
https://ultimosegundo.ig.com.br/pol...propaganda-de-10-anos-no-governo-federal.html