eu sinceramente não conheço o criador, não posso defender ele... mas a galera em sua maioria que gostou e não gostou está justificando super de boas.
Tirando alguns que vem com generalização nesse tópico (não vi o oficial) ou coisas como "abby não serviu pra nada" de resto tá de boa.
Inclusive tenho aprendido mtos aspectos negativos e positivos que não peguei jogando, mas entendi lendo aqui.
Um paralelo interessante para ter uma certa noção da confusão mental do Druckman é comparar TLOU2 com Hellblade.
Hellblade toca um tema pesado, é uma saga opressiva, durante a jornada o fardo que a personagem carrega se mostra ainda maior...e Hellblade termina não com uma solução para o problema da protagonista. Mas ela vence...mesmo sem ela conseguir o que queria...ela sobrepuja o problema dela e ainda convida você (e ela olha para você neste momento) e diz: está pronto para participar comigo?
Tipo...o negócio é Dark, não resolve definitivamente no final...mas toda aquela solidão, aquela morbidez e tristeza mental...recebe um sopro de esperança no último minuto. O mundo é cão, a situação da protagonista é péssima, a jornada é triste...mas você vence. É um pedacinho de vitória...mas vence. O sentimento é este aqui “foi duro...mas ela merece que eu a acompanhe novamente quando ela voltar. E comercialmente...olha o produto: jogo praticamente índie feito por meia dúzia de pessoas, que não tinha dinheiro nem para pagar o lançamento em midia física. O conceito de gameplay do jogo apesar de coeso...é simplório. É básico. E o jogo se tornou praticamente um cult somente pela história. Pelo enredo. Pelo protagonista. E rendeu um belo novo contrato ao estúdio, como todos nós sabemos.
E agora TLOU2, o lançamento da geração , com todo o orçamento disponível, com todo o legado do jogo anterior...já sairia vendendo horrores logo de sola...não precisava nem fazer esforço..só copy paste...uma equipe monstra desenvolvendo...benchmark da indústria...mas por causa do ego inflado do diretor...que confusamente quis enfiar um monte de assunto sem razão de ser no jogo...e quis subverter expectativas com escolhas de gosto muito duvidoso...praticamente um banquete de escatologia, fazendo com que:
Você seja obrigado a matar uma mulher grávida?
Protagonizar a assassina do personagem ícone do jogo anterior que mentirosamente aparece nos trailers do jogo como companheiro de viagem?
Te obrigar a acabar a jornada mutilado e sem nada?
É uma lista considerável de ideias ruins e sem razão palatável de existir. Coisa que ninguém falou para si mesmo: “- Tomara que eu ainda mate uma mulher grávida em algum jogo...sempre quis fazer isso!”
E comercialmente...o que se ganhou com isso essa decisão confusa e escatológica? Vendeu 4 milhões logo de cara? E venderia 4 milhões sem essa porcaria de enredo mesmo assim. Veio no vácuo do primeiro jogo. Teve uma equipe monstruosa que trabalhou nos aspectos onde o jogo realmente brilha. E ele brilha...nos todos sabemos onde ele brilha. É óbvio que iria vender muito. Óbvio que logo de cara iria explodir.
Mas a parte que competeu ao Druckman...o que agregou para o futuro? Para o legado?
Sabe o que ele consegui? Conseguiu dividir a base sonista. Ele não agregou mais pessoas. Ele dividiu.
O cara estava confuso sobre o que um videogame significa. Ele estava tão obcecado pelo ego dele, pela “subversão de expectativas” e por agradar os amigxs da lacracao...que ele esqueceu a missão dele.
Ninguém compra um videogame para fazer parte de uma jornada decrépita...quem quer personificar um fodido nessa vida? Ninguém quer. Se aceita TLOU2, pelo amor ao legado...pela competência visual e pelo gameplay...mas a história...ao contrário de Hellblade...não agregou nada. Só empobreceu.
Em um videogame...uma história pode transformar cobre em ouro...e um filé num prato de boxta.