A "ciência nazista" não era ciência nazista. A eugenia era uma "ciência" válida e totalmente aceita em vários países do mundo. Tanto que os americanos disseram, certa vez "Poxa, os alemães estão nos ganhando na nossa própria matéria".
Sobre os nazistas terem feito marmelada, tbm não fizeram. O que eles fizeram foi usar uma teoria científica totalmente válida - para os valores da época - e aplicar os métodos em outros casos... Apenas o viés de confirmação deles (típico de esquerdistas atuais) os fazia continuar pensando igual.
Tipo, em 1900 os brancos anglo-saxões e germânicos eram as raças superiores no sentido que, de países minúsculos, dominaram mais da metade do mundo. Depois deles, vinham os brancos latinos (francos, italianos, espanhóis, portugueses), os eslavos (russos inclusos) já entravam como a última raça branca e, portanto, inferior. O Japão mesmo, ao resistir aos ocidentais, se mostraram superiores tbm (e tbm faziam experiências neste sentido com as raças inferiores da Ásia). Aí sim, vinham os asiáticos restantes, tbm inferiores, como chineses, malaios e cia, que tiveram grandes impérios no passado mas entraram em decadência. Finalmente, vinham os negros, conquistados, servindo como escravos e, nos países onde não havia escravidao, como trabalhadores sem qualificação.
Pra mentalidade da época, isso mostrava como havia uma hierarquia de raças.
E o resto, era ciência de 1900. Não se tinha quase nenhum conhecimento de genética sério, era tudo baseado em "Europeus são foda, logo a genética deles é foda", "Africanos são pobres e burros e isso, não o fato deles terem ferrado o próprio continente, uma demonstração de inferioridade". Aí se procurava traços físicos semelhantes que pudessem justificar essa inferioridade e se criava teorias em cima delas. Tipo, o tamanho do cérebro significava mais inteligência (uma idéia comum, mas sem relação com a realidade), o tamanho do órgão sexual (sim, se vc tem um penizão, você pensa com a cabeça de baixo e não com a de cima... Essa idéia inclusive era utilizada para justificar que não houvessem casamentos interraciais).
De novo, a ciência da época era bem menos avaçnada que a nossa, não precisava utilizar (intencionalmente) mentiras pra se justificar algo que todo mundo concordava. Inclusive, Giberto Freyre era quase um alienígena na época, já que ele considerava a miscigenação algo até desejável (que valeria um tópico algum dia).