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[Discussão] A CLT precisa mudar ou ser extinta?

Cafetão Chinês

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FGTS, INSS e Aviso Prévio - um assalto ao trabalhador, disfarçado de direito

2042.png

Todo político adora falar que defenderá "os direitos" dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os "benefícios conquistados".
A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou há apenas ônus?
Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas — todos eles custeados pelo próprio trabalhador, como será mostrado mais abaixo —, o governo está dizendo que sabe administrar melhor o dinheiro do que o próprio trabalhador.
Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus "direitos", então ele não tem um direito, mas sim um dever.
Os tais "direitos trabalhistas" nada mais são do que deveres impostos pelo governo ao trabalhador. E, para arcar com esses deveres, a maior parte do salário do trabalhador é confiscada já na hora do pagamento.
Somente para bancar os benefícios básicos — férias, FGTS, INSS, encargos sobre aviso prévio — são confiscados R$ 927 mensais de um trabalhador que recebe em suas mãos salário mensal de R$ 1.200.
Um funcionário trabalhando em regime CLT, com um salário contratado de R$ 1.200, custará efetivamente ao seu empregador 80% a mais do que o seu salário. (Há ocasiões em que chega a custar até 3 vezes mais).
Confira a tabela abaixo:
Ou seja, por causa dos encargos sociais e trabalhistas impostos pelo governo, o patrão tem um gasto de R$ 2.127 com o trabalhador, mas o trabalhador recebe apenas R$ 1.200. Toda a diferença vai para o governo (exceto o item férias, o qual, por sua vez, será disponibilizado apenas uma vez por ano, e que seria mais bem aproveitado pelo trabalhador caso tal quantia fosse aplicada).
E há quem acredite que isso configura uma "conquista trabalhista" e um "direito inalienável do trabalhador".
Mais ainda: esses não são os únicos custos para o patrão. Em primeiro lugar, os custos podem variar ainda mais conforme o sindicato de classe, o regime de apuração da empresa e o ramo de atividade. Há ocasiões em que os encargos sociais e trabalhistas podem chegar a quase 102% do salário. Adicionalmente, a empresa também tem de ter uma reserva para gastar em tribunais, pois sempre há funcionários saindo e acionando a empresa na Justiça do Trabalho. Há também os custos de recrutamento de funcionários, os quais aumentaram muito em decorrência da política de seguro-desemprego e bolsa- família. E quem paga todos esses custos são os trabalhadores.
Eu mesmo, na condição de empresário, preferiria pagar R$ 2.200 por mês para um funcionário em um país sem encargos e leis trabalhistas do que R$ 1.200 no Brasil. Com esse salário mais alto eu teria, no mínimo, funcionários mais motivados. Mas, como não sou uma fábrica de dinheiro, não tenho condições de fazer isso.
Mas a espoliação do trabalhador é ainda pior do que parece. Veja, por exemplo, o que acontece com o FGTS. Essa quantia, que poderia ser incorporada ao salário do trabalhador, é desviada para o governo e só pode ser reavida em casos específicos (ou após a aposentadoria).
Na prática, o governo "pega emprestado" esse dinheiro do trabalhador e lhe paga juros anuais de míseros 3%. Dado que a caderneta de poupança rende 7% ao ano, e a inflação de preços está em 7,2% ao ano, o trabalhador não apenas deixa de auferir rendimentos maiores, como ainda perde poder de compra real com a medida.
E para onde vai o dinheiro do FGTS? Uma parte vai para subsidiar o BNDES e a outra vai para financiar a aquisição de imóveis — algo completamente sem sentido, pois a aplicação desse dinheiro na caderneta de poupança já permitiria ao trabalhar obter o dobro do rendimento e, com isso, ter mais dinheiro para comprar imóveis.
E vamos aqui dar de barato e desconsiderar as cada vez mais frequentes notícias de uso indevido desse dinheiro. (R$ 28 bilhões de reais do FGTS foram investidos pelo BNDES em várias empresas, mas não há nenhuma informação sobre quais empresas receberam o dinheiro, quanto receberam, e quais as condições de pagamento).
No caso do INSS, R$ 398,46 são confiscados mensalmente com a promessa de que o trabalhador irá receber saúde (SUS), seguro de vida e previdência. Não irei aqui comentar sobre a qualidade e a confiabilidade destes três. Irei apenas dizer que, caso o trabalhador tivesse a opção de ficar com este dinheiro, ele poderia recorrer ao mercado privado e voluntariamente contratar um plano de saúde, um seguro de vida e previdência por R$ 300 e ainda receber um serviço melhor do que o do SUS.
(E, se o governo eliminasse os impostos sobre esses setores, bem como abolisse toda a regulamentação, o valor poderia baixar para R$ 200, e o trabalhador poderia obter um serviço de maior qualidade.)
Por fim, o aviso prévio faz com que muitas empresas demitam os funcionários sem necessidade. Por exemplo, se uma empresa está passando por uma fase difícil e não tem certeza de que poderá manter o funcionário por mais de um mês, será mais racional demitir para não correr o risco de mantê-lo por mais tempo e, consequentemente, não poder honrar suas obrigações trabalhistas depois.
O aviso prévio também trava as empresas, que podem se ver obrigadas a demitir um funcionário produtivo, mas que ainda está no período de experiência, e ao mesmo tempo manter um funcionário improdutivo, mas que já cumpriu o período de carência. Tudo isso só para não pagar o aviso prévio.
Esse custo da improdutividade será descontado de todos os funcionários.
E tudo isso para não mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira sua capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Adicionalmente, há também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta. Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal. Não tente fazer a conta, pois você irá se apavorar.
O custo de todo esse sistema para o trabalhador é muito maior do que as eventuais vantagens que ele possa oferecer (se é que há alguma).
Dado o atual arranjo, seria muito mais proveitoso tanto para o trabalhador quanto para as empresas dobrar o salário-mínimo e eliminar os encargos sociais e trabalhistas. Haveria mais dinheiro nas mãos de cada trabalhador, haveria uma mão-de-obra mais motivada, e ainda atrairíamos muito mais empresas para o país, o que naturalmente forçaria ainda mais o aumento natural dos salários. Isso, por si só, tornaria obsoleta a lei do salário-mínimo, levando à sua extinção.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2042
 

Sora O alquimista de fogo

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Então, como as pessoas vão começar a escravizar umas a outras se nenhum político escrever num papel que isso não pode (falo sério). É melhor focamos nos parágrafos perigosos da CLT, a principal é a Unicidade Sindical que diz que não importa o quão ruim seja o serviço de um sindicato você ter que escolher ele, não pode haver concorrência fazendo com que os sindicatos nunca se desenvolvam como um serviço ou sequer precisem se importar se você ficou desempregado pela burrice dele.
 

mig29gsxr

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Consolidação das Leis do Trabalho, o nome já diz tudo, é só mudar essas leis para que se adequem a realidade.
- Trocar salário mensal + 13º por hora trabalhada, assim ganha-se mais nos meses mais longos e menos nos mais curtos;
- Acabar com FGTS, INSS e cada um que gaste o dinheiro aonde quiser, com opção para o funcionário fechar uma conta de aposentadoria mandando X% de acordo com o seu interesse para o banco de sua preferência;
- Férias: acho que o funcionário tem direito a ter quanto tempo quiser de férias desde que esteja previamente acordado com a empresa, e se trabalhar mais (menos férias), tem que ser remunerado por isso. Se quiser mais férias (dentro da possibilidade operacional na empresa), fica mais tempo de férias e ganha menos também.
- Horário de trabalho: definido por livre iniciativa de quem oferece o cargo, afinal se existe uma demanda de trabalho para um período específico, que pague-se por ela.
- Benefícios, plano de saúde, vale transporte, refeição, etc. Que esses valores sejam todos incorporados em dinheiro no salário, e o funcionário gasta aonde mais lhe interessa, seja em putas, cachaça, médico, carro, gasolina, comida, etc.
Fora disso, mas na parte tributária, instituir imposto de renda linear, por ex. 15% do salário é IR pra todo mundo, ganhando 0 ou 1 milhão, sem rebote, sem retenção na malha, etc. Ganhou X, toma X.15% na folha e já era.
 

♈he Øne

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Cara não é pra generalizar, mas a realidade do Brasil é que maioria não sabe gerenciar. Na minha casa por exemplo, (mãe, irmã e pai), nenhum deles guardam e/ou tem dinheiro guardado, vivem com tudo financiado.... O problema real, é o juros ser menor que inflação, isso sim é absurdo.
Cara, as pessoas não guardam dinheiro por que são ensinadas assim. O estado te ensina que não precisa guardar dinheiro para aposentadoria, para caso ser demitido entre diversos outros exemplos. Se dúvida, basta perguntar para alguma pessoa se ela tem alguma reserva caso seja demitida - se muito, será um mês de salário-, de resto vão falar FGTS e seguro desemprego.
 

♈he Øne

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Umas das principais coisas que deveria acabar é a m**** do FGTS e seguro desemprego. Já trabalho a 5 anos CLT e em todas as empresas que trabalhava junto de alguém sempre tem um que tá de saco cheio do trabalho e não pede as contas por causa dessas merdas, e a empresa fica de cu doce para mandar embora e fica aquele clima insuportável. Seria muito mais fácil, cansou pede as contas ? A empresa não quer mais o funcionário ? Demite, sem ônus.
 


Aoshi

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Isso tudo pode ser previsto via contrato prévio. E quanto ao acidente, se ficar provado que foi culpa da empresa, então ela deve pagar indenização para o empregado. Não precisa de lei trabalhista pra isso, basta a justiça comum.
Esse tanto de lei trabalhista simplesmente cria insegurança jurídica. A empresa não sabe quando será processada por qualquer motivo fútil ou por um fiscal que queira ferrá-la.

E o que isso causa? Desemprego, impossibilidade de aumentos salariais, baixa produtividade, preços altos. É ruim para a empresa e é ruim para o empregado.
As empresas sempre tem de gastar um alto valor com RH e processos, para lidar com toda burocracia. Isso afeta os custos dos salários e impede aumentos.
É só ver que países com menos leis trabalhistas, tem salários nominais muito maiores.

Uma carta de leis trabalhistas de inspiração fascista como a brasileira, só serve para empregar os inúteis dos fiscais e juízes do ministério do trabalho e afins. Com seus poupudos salários. Para fazerem absolutamente nada.

E sim, já trabalhei de carteira assinada. E obviamente perdi meu dinheiro mandando FGTS para o governo, rendendo ridículos 3%, e também perdi meu dinheiro na pirâmide chamada previdência.
Não o faria de novo, meus últimos anos como empregado, eu trabalhei como PJ. Salário bem maior, não foi nada pro governo, e eu mesmo administrei. Hoje em dia eu sou autônomo.

E para aqueles que defendem CLT. Vocês ficam felizes com leis trabalhistas como: FGTS, Aviso Prévio, INSS, décimo terceiro? Qual a opinião de vocês a respeito do governo estar administrando metade do salário de vocês?


Cafetao, tenho uma grande estima por você lá no tópico do bolsonaro, mas na boa, você vive no fantástico mundo de Bob.

Cara, vc realmente acredita que existe negociação entre o empregador e o empregado? Você realmente acredita nessa falácia?

Uma coisa eh o cara com graduação e pós graduação, outra coisa eh o peão de fábrica que sequer vai conhecer o dono, que vai vir um contrato pronto do Rh e se ele quiser discutir alguma coisa o cara do Rh vai dizer que esse eh o contrato e deu.

Sério cara, sai dessa tua bolha, desse mundo fantástico de Bob e vai conhecer a realidade das pessoas.


Mesma coisa esse pessoal que fala de PJ isso e PJ aquilo. Sério que vcs acham que se não existisse justiça do trabalho as empresas seriam tão boazinhas assim? Muitos contratam por PJ e aceitam algumas coisas do trabalhador pq sabem que se magoarem/humilharem (ou qualquer outra coisa) o trabalhador vai entrar na jt.

Ainda, agora utilizando um exemplo pessoal. Minha esposa trabalha há 10 anos na emergência de um hospital, sendo uma das melhores enfermeiras do setor.

Esse ano tivemos um acidente de carro (que sequer foi nossa culpa) e ficamos dois meses afastados. Soma-se ao fato de minha esposa estar agora com uma gravidez de risco e também teve que se afastar no final da gravidez.

Então tu tem uma funcionária que trabalhou por longos 10 anos, quase nunca apresentou atestado (já vi ela trabalhar com pedras nos rins) e agora por uma infelicidade do destino ele teve que colocar dois atestados no mesmo ano.

Sabe o que sabemos? Que já contrataram alguém no lugar (teoricamente provisório) mas que há um grande risco de quando acabar a licença dela ela seja demitida.

E sabe o pq disso? Pq o diretor do hospital não conhece nenhum dos dois mil funcionários que o hospital tem (tirando o alto escalão). Então mesmo ela sendo super elogiada pela chefia dela e considerada umas das melhores enfermeiras do setor, para o diretor ela eh apenas um número e que atualmente, por conta de dois atestados, está dando prejuízo.

Mais uma vez, saía dessa tua bolha em que tu acha que trabalhador peão tem faculdade de discutir o contrato de trabalho com o chefe.

Ainda, como eu sei que tu vai me quotar, antes de fazer isso, te lanco um desafio. Entreviste 10 peões de empresas grandes e faça algumas dessas perguntas:
- foi contratado pelo dono da empresa ou por um gerente e/ou um Rh?
- pode discutir as cláusulas do contrato?
- há compensação de horas? Eles gostam disso ou preferem ganhar o valor das horas extras? Eles puderem discutir isso no momento da contratação?
- gostou de todas as cláusulas do contrato? Se não gostou, pq aceitou o emprego?

Sério, se você fizer essa entrevista vai servir de um enorme crescimento para você ver como a banda toca aqui no nosso país.

E já te adiantando, sou de fato advogado trabalhista, já defendi empregador e empresa, defendo de certa forma a extinção da justiça do trabalho (por alguns motivos alheios aos tratados aqui no tópico).
Meu pai eh empresário e já foi fazendeiro.

Então amigo, tenho muito conhecimento de como ocorrem as contratações, tanto como patrão tanto quanto empregado.

FGTS, INSS e Aviso Prévio - um assalto ao trabalhador, disfarçado de direito

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Todo político adora falar que defenderá "os direitos" dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os "benefícios conquistados".
A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou há apenas ônus?
Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas — todos eles custeados pelo próprio trabalhador, como será mostrado mais abaixo —, o governo está dizendo que sabe administrar melhor o dinheiro do que o próprio trabalhador.
Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus "direitos", então ele não tem um direito, mas sim um dever.
Os tais "direitos trabalhistas" nada mais são do que deveres impostos pelo governo ao trabalhador. E, para arcar com esses deveres, a maior parte do salário do trabalhador é confiscada já na hora do pagamento.
Somente para bancar os benefícios básicos — férias, FGTS, INSS, encargos sobre aviso prévio — são confiscados R$ 927 mensais de um trabalhador que recebe em suas mãos salário mensal de R$ 1.200.
Um funcionário trabalhando em regime CLT, com um salário contratado de R$ 1.200, custará efetivamente ao seu empregador 80% a mais do que o seu salário. (Há ocasiões em que chega a custar até 3 vezes mais).
Confira a tabela abaixo:
Ou seja, por causa dos encargos sociais e trabalhistas impostos pelo governo, o patrão tem um gasto de R$ 2.127 com o trabalhador, mas o trabalhador recebe apenas R$ 1.200. Toda a diferença vai para o governo (exceto o item férias, o qual, por sua vez, será disponibilizado apenas uma vez por ano, e que seria mais bem aproveitado pelo trabalhador caso tal quantia fosse aplicada).
E há quem acredite que isso configura uma "conquista trabalhista" e um "direito inalienável do trabalhador".
Mais ainda: esses não são os únicos custos para o patrão. Em primeiro lugar, os custos podem variar ainda mais conforme o sindicato de classe, o regime de apuração da empresa e o ramo de atividade. Há ocasiões em que os encargos sociais e trabalhistas podem chegar a quase 102% do salário. Adicionalmente, a empresa também tem de ter uma reserva para gastar em tribunais, pois sempre há funcionários saindo e acionando a empresa na Justiça do Trabalho. Há também os custos de recrutamento de funcionários, os quais aumentaram muito em decorrência da política de seguro-desemprego e bolsa- família. E quem paga todos esses custos são os trabalhadores.
Eu mesmo, na condição de empresário, preferiria pagar R$ 2.200 por mês para um funcionário em um país sem encargos e leis trabalhistas do que R$ 1.200 no Brasil. Com esse salário mais alto eu teria, no mínimo, funcionários mais motivados. Mas, como não sou uma fábrica de dinheiro, não tenho condições de fazer isso.
Mas a espoliação do trabalhador é ainda pior do que parece. Veja, por exemplo, o que acontece com o FGTS. Essa quantia, que poderia ser incorporada ao salário do trabalhador, é desviada para o governo e só pode ser reavida em casos específicos (ou após a aposentadoria).
Na prática, o governo "pega emprestado" esse dinheiro do trabalhador e lhe paga juros anuais de míseros 3%. Dado que a caderneta de poupança rende 7% ao ano, e a inflação de preços está em 7,2% ao ano, o trabalhador não apenas deixa de auferir rendimentos maiores, como ainda perde poder de compra real com a medida.
E para onde vai o dinheiro do FGTS? Uma parte vai para subsidiar o BNDES e a outra vai para financiar a aquisição de imóveis — algo completamente sem sentido, pois a aplicação desse dinheiro na caderneta de poupança já permitiria ao trabalhar obter o dobro do rendimento e, com isso, ter mais dinheiro para comprar imóveis.
E vamos aqui dar de barato e desconsiderar as cada vez mais frequentes notícias de uso indevido desse dinheiro. (R$ 28 bilhões de reais do FGTS foram investidos pelo BNDES em várias empresas, mas não há nenhuma informação sobre quais empresas receberam o dinheiro, quanto receberam, e quais as condições de pagamento).
No caso do INSS, R$ 398,46 são confiscados mensalmente com a promessa de que o trabalhador irá receber saúde (SUS), seguro de vida e previdência. Não irei aqui comentar sobre a qualidade e a confiabilidade destes três. Irei apenas dizer que, caso o trabalhador tivesse a opção de ficar com este dinheiro, ele poderia recorrer ao mercado privado e voluntariamente contratar um plano de saúde, um seguro de vida e previdência por R$ 300 e ainda receber um serviço melhor do que o do SUS.
(E, se o governo eliminasse os impostos sobre esses setores, bem como abolisse toda a regulamentação, o valor poderia baixar para R$ 200, e o trabalhador poderia obter um serviço de maior qualidade.)
Por fim, o aviso prévio faz com que muitas empresas demitam os funcionários sem necessidade. Por exemplo, se uma empresa está passando por uma fase difícil e não tem certeza de que poderá manter o funcionário por mais de um mês, será mais racional demitir para não correr o risco de mantê-lo por mais tempo e, consequentemente, não poder honrar suas obrigações trabalhistas depois.
O aviso prévio também trava as empresas, que podem se ver obrigadas a demitir um funcionário produtivo, mas que ainda está no período de experiência, e ao mesmo tempo manter um funcionário improdutivo, mas que já cumpriu o período de carência. Tudo isso só para não pagar o aviso prévio.
Esse custo da improdutividade será descontado de todos os funcionários.
E tudo isso para não mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira sua capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Adicionalmente, há também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta. Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal. Não tente fazer a conta, pois você irá se apavorar.
O custo de todo esse sistema para o trabalhador é muito maior do que as eventuais vantagens que ele possa oferecer (se é que há alguma).
Dado o atual arranjo, seria muito mais proveitoso tanto para o trabalhador quanto para as empresas dobrar o salário-mínimo e eliminar os encargos sociais e trabalhistas. Haveria mais dinheiro nas mãos de cada trabalhador, haveria uma mão-de-obra mais motivada, e ainda atrairíamos muito mais empresas para o país, o que naturalmente forçaria ainda mais o aumento natural dos salários. Isso, por si só, tornaria obsoleta a lei do salário-mínimo, levando à sua extinção.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2042

Já rebati essa matemagica by Dilma usada nesse texto lá no tópico do Bolsonaro, depois vou procurar de novo para colocar aqui.
 

♈he Øne

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Cafetao, tenho uma grande estima por você lá no tópico do bolsonaro, mas na boa, você vive no fantástico mundo de Bob.

Cara, vc realmente acredita que existe negociação entre o empregador e o empregado? Você realmente acredita nessa falácia?

Uma coisa eh o cara com graduação e pós graduação, outra coisa eh o peão de fábrica que sequer vai conhecer o dono, que vai vir um contrato pronto do Rh e se ele quiser discutir alguma coisa o cara do Rh vai dizer que esse eh o contrato e deu.

Sério cara, sai dessa tua bolha, desse mundo fantástico de Bob e vai conhecer a realidade das pessoas.


Mesma coisa esse pessoal que fala de PJ isso e PJ aquilo. Sério que vcs acham que se não existisse justiça do trabalho as empresas seriam tão boazinhas assim? Muitos contratam por PJ e aceitam algumas coisas do trabalhador pq sabem que se magoarem/humilharem (ou qualquer outra coisa) o trabalhador vai entrar na jt.

Ainda, agora utilizando um exemplo pessoal. Minha esposa trabalha há 10 anos na emergência de um hospital, sendo uma das melhores enfermeiras do setor.

Esse ano tivemos um acidente de carro (que sequer foi nossa culpa) e ficamos dois meses afastados. Soma-se ao fato de minha esposa estar agora com uma gravidez de risco e também teve que se afastar no final da gravidez.

Então tu tem uma funcionária que trabalhou por longos 10 anos, quase nunca apresentou atestado (já vi ela trabalhar com pedras nos rins) e agora por uma infelicidade do destino ele teve que colocar dois atestados no mesmo ano.

Sabe o que sabemos? Que já contrataram alguém no lugar (teoricamente provisório) mas que há um grande risco de quando acabar a licença dela ela seja demitida.

E sabe o pq disso? Pq o diretor do hospital não conhece nenhum dos dois mil funcionários que o hospital tem (tirando o alto escalão). Então mesmo ela sendo super elogiada pela chefia dela e considerada umas das melhores enfermeiras do setor, para o diretor ela eh apenas um número e que atualmente, por conta de dois atestados, está dando prejuízo.

Mais uma vez, saía dessa tua bolha em que tu acha que trabalhador peão tem faculdade de discutir o contrato de trabalho com o chefe.

Ainda, como eu sei que tu vai me quotar, antes de fazer isso, te lanco um desafio. Entreviste 10 peões de empresas grandes e faça algumas dessas perguntas:
- foi contratado pelo dono da empresa ou por um gerente e/ou um Rh?
- pode discutir as cláusulas do contrato?
- há compensação de horas? Eles gostam disso ou preferem ganhar o valor das horas extras? Eles puderem discutir isso no momento da contratação?
- gostou de todas as cláusulas do contrato? Se não gostou, pq aceitou o emprego?

Sério, se você fizer essa entrevista vai servir de um enorme crescimento para você ver como a banda toca aqui no nosso país.

E já te adiantando, sou de fato advogado trabalhista, já defendi empregador e empresa, defendo de certa forma a extinção da justiça do trabalho (por alguns motivos alheios aos tratados aqui no tópico).
Meu pai eh empresário e já foi fazendeiro.

Então amigo, tenho muito conhecimento de como ocorrem as contratações, tanto como patrão tanto quanto empregado.



Já rebati essa matemagica by Dilma usada nesse texto lá no tópico do Bolsonaro, depois vou procurar de novo para colocar aqui.
Eu discordo da parte de estar acidentada ou doente a algo que não esteja ligado ao trabalho. Porque tipo que culpa tem o chefe se aconteceu um acidente e você vai ficar fora um mês ?
Só porque ele tem dinheiro ele tem que te pagar sem receber nada em troca ? Sei lá, esse argumento soa muito errado.

Infelizmente é triste, não é uma situacao fácil, mas se a pessoa não tem seguro, não tem poupança, alguém tem que pagar por isso ?
 

Deus-da-Destruição

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Extinta não.. mas opcional ou com módulos.
A CLT deve ser um dos "modelos" de contratação.
O governo deve OBRIGAR as empresas a apresentar mais de um modelo de contratação e explicar quais os benefícios de se escolher cada um deles, ficando por conta do trabalhador escolher o que mais lhe interessa.
Tem gente que não quer saber de Previdência... ou de FGTS... ou não tem problema outros direitos trabalhistas...
Tem gente interessada só em ganhar mais...


E o que tem haver os módulos?
Tipo, uma ideia minha tá, mas a CLT ser FLEX e que possa por exemplo... retirar a contribuição com o FGTS, mas manter o INSS e vice&versa.
 

Aoshi

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E adiantando a discussão sobre o fim da CLT.

Como muitos sabem, houve a reforma trabalhista no ano passado e, entre as mudanças, se introduziu os contratos denominados zero hora inspirados na legislação trabalhista da Inglaterra.

Referida espécie contratual foi bastante criticada aqui no Brasil.

No entanto eu resolvi estudar alguns dados destes contratos lá na Inglaterra. Em diferentes fontes eu obtive a informação que a média salarial destes contratos é de 188 libras (uma das fontes) e em outra fonte seria de 510, enquanto que o salário mínimo eh de 313 libras por semana (considerando uma carga de 40 horas semanais).

Ou seja, mesma havendo discrepância nos dados, temos que a média salarial desse tipo de contrato eh próximo (ou até mesmo maior) que o salário mínimo.

No entanto, estamos falando de um país em que há uma qualidade de vida enorme, em que não se precisa gastar com educação, segurança e etc.

Em que os produtos no valor unitário são baratos.

Ou seja, em outras palavras, em um país decente temos que um contrato zero hora pode proporcionar o mínimo de qualidade de vida para as pessoas.

No entanto, aqui no Brasil, provavelmente pagarão o valor hora do salário mínimo. Ou seja, como será pago somente quando for chamado, a pessoa provavelmente receberá menos que um salário mínimo.

Aqui no nosso país, tu acha que alguém vive decentemente com menos que um salário mínimo?

Por isso antes de mexer na CLT, temos que mexer na estatura inteira do país, acabar com a corrupção, melhorar as instituições (saúde, segurança, educação, etc) diminuir com os impostos (principalmente para os empresários) para aí sim o cidadão ter um salário digno e uma vida decente e finalmente não precisarmos mais da CLT para defender o trabalhador.
 

Aoshi

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Eu discordo da parte de estar acidentada ou doente a algo que não esteja ligado ao trabalho. Porque tipo que culpa tem o chefe se aconteceu um acidente e você vai ficar fora um mês ?
Só porque ele tem dinheiro ele tem que te pagar sem receber nada em troca ? Sei lá, esse argumento soa muito errado.

Infelizmente é triste, não é uma situacao fácil, mas se a pessoa não tem seguro, não tem poupança, alguém tem que pagar por isso ?
Mas o empregador não paga por isso.

Quem paga por isso eh a previdência. O empregador só tem que contratar alguém temporário e/ou ficar com um funcionário a menos.

Mas isso gera uma certa despesa a mais.

E outra, vc fala isso de que culpa tem o empregador pensando da mesma forma que o cafetao, em empresas pequenas (até uns 50-100 funcionários) em que os chefes/donos sabem quem são os funcionários e sabem o que eles representam na empresa.

Mas saíam dessa realidade, vão para empresas com mil, dois mil funcionários e vejam como a banda toca por lá.

Mais uma vez, no caso da minha esposa, ela já foi trabalhar com pedras nos rins, e, se não fosse a gravidez (por causa do bebê) tenho certeza que ela daria um jeito de trabalhar. Repetindo, em empresas pequenas as pessoas sabem quem eh cada funcionário, mas em empresas grandes quem manda não sabe nada sobre os funcionários.

Então, neste caso, a atual diretoria vê um funcionário que ficou afastado por longos períodos em um ano e já quer demitir.

Em tempos, vc sabia que a licença maternidade eh de dois anos na Alemanha? Claro, mas que culpa tem a empresa que a funcionária fica gravida neh?
 

Lost Brother

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Deve ser modificada para entrar em equilíbrio entre a demanda do empregador e a do funcionário. Sem direitos trabalhistas não teríamos férias, descanso semanal remunerado, licença maternidade, limitação da jornada de trabalho, horas extras, obrigação do uso de EPI, obrigação de remunerar atestados médicos e etc.

Enviado de meu Moto C Plus usando o Tapatalk
 

♈he Øne

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E adiantando a discussão sobre o fim da CLT.

Como muitos sabem, houve a reforma trabalhista no ano passado e, entre as mudanças, se introduziu os contratos denominados zero hora inspirados na legislação trabalhista da Inglaterra.

Referida espécie contratual foi bastante criticada aqui no Brasil.

No entanto eu resolvi estudar alguns dados destes contratos lá na Inglaterra. Em diferentes fontes eu obtive a informação que a média salarial destes contratos é de 188 libras (uma das fontes) e em outra fonte seria de 510, enquanto que o salário mínimo eh de 313 libras por semana (considerando uma carga de 40 horas semanais).

Ou seja, mesma havendo discrepância nos dados, temos que a média salarial desse tipo de contrato eh próximo (ou até mesmo maior) que o salário mínimo.

No entanto, estamos falando de um país em que há uma qualidade de vida enorme, em que não se precisa gastar com educação, segurança e etc.

Em que os produtos no valor unitário são baratos.

Ou seja, em outras palavras, em um país decente temos que um contrato zero hora pode proporcionar o mínimo de qualidade de vida para as pessoas.

No entanto, aqui no Brasil, provavelmente pagarão o valor hora do salário mínimo. Ou seja, como será pago somente quando for chamado, a pessoa provavelmente receberá menos que um salário mínimo.

Aqui no nosso país, tu acha que alguém vive decentemente com menos que um salário mínimo?

Por isso antes de mexer na CLT, temos que mexer na estatura inteira do país, acabar com a corrupção, melhorar as instituições (saúde, segurança, educação, etc) diminuir com os impostos (principalmente para os empresários) para aí sim o cidadão ter um salário digno e uma vida decente e finalmente não precisarmos mais da CLT para defender o trabalhador.
Nessa parte eu concordo. Por mais que tenha diversos impostos o patrão sabe quanto vai pagar o ideal e diminuir outras coisas mais pesadas e incertas.
Desburocratização, diminuir incerteza jurídica e etc vai crescer a economia mais que alguns direitos da clt(Que sou contra fique claro), mas que dá priorizar mais a frente.
 

Aoshi

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Deve ser modificada para entrar em equilíbrio entre a demanda do empregador e a do funcionário. Sem direitos trabalhistas não teríamos férias, descanso semanal remunerado, licença maternidade, limitação da jornada de trabalho, horas extras, obrigação do uso de EPI, obrigação de remunerar atestados médicos e etc.

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Nessa parte eu concordo. Por mais que tenha diversos impostos o patrão sabe quanto vai pagar o ideal e diminuir outras coisas mais pesadas e incertas.
Desburocratização, diminuir incerteza jurídica e etc vai crescer a economia mais que alguns direitos da clt(Que sou contra fique claro), mas que dá priorizar mais a frente.

Acho que esses dois posts acima resumem tudo.

E, ainda que o lost brother não concorde, eu espero profundamente que o governo Bolsonaro comece a encontrar esse equilíbrio.

Temos que ser uma grande potência, país de primeiro mundo, com salários dignos e com qualidade de vida (segurança, saúde e educação).

E a CLT e a justiça do trabalho? Tendo aquilo acima, que essas coisas vão para o inferno. Mas, infelizmente, enquanto não for assim, eh um mal necessário
 

♈he Øne

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Mas o empregador não paga por isso.

Quem paga por isso eh a previdência. O empregador só tem que contratar alguém temporário e/ou ficar com um funcionário a menos.

Mas isso gera uma certa despesa a mais.

E outra, vc fala isso de que culpa tem o empregador pensando da mesma forma que o cafetao, em empresas pequenas (até uns 50-100 funcionários) em que os chefes/donos sabem quem são os funcionários e sabem o que eles representam na empresa.

Mas saíam dessa realidade, vão para empresas com mil, dois mil funcionários e vejam como a banda toca por lá.

Mais uma vez, no caso da minha esposa, ela já foi trabalhar com pedras nos rins, e, se não fosse a gravidez (por causa do bebê) tenho certeza que ela daria um jeito de trabalhar. Repetindo, em empresas pequenas as pessoas sabem quem eh cada funcionário, mas em empresas grandes quem manda não sabe nada sobre os funcionários.

Então, neste caso, a atual diretoria vê um funcionário que ficou afastado por longos períodos em um ano e já quer demitir.

Em tempos, vc sabia que a licença maternidade eh de dois anos na Alemanha? Claro, mas que culpa tem a empresa que a funcionária fica gravida neh?
A funcionária tem culpa sim oras '-'
A não ser que ela tenha sido estuprada, ela estava consciente do fato. E, eu, acharia melhor que a pessoa simplesmente conversasse com o chefe e tentasse ver uma melhor data para isso, ou o chefe tem que se responsabilizar pela gravidez da funcionária também ?

Sobre a previdência, realmente sou leigo nesse assunto e estava errado. Mas, também não acho que o chefe esteja errado de contratar outra pessoa e provavelmente demitir a outra se ele simplesmente não precisa de mais uma pessoa para exercer a função.

No caso, como disse não preciso sair para realidade, pois vivo nela. Já fui peão de logística, atendente de telemarketing e etc... E é exatamente por ter tido esses cargos que sei como as pessoas abusam, distorcem direitos. Lembro na época da eleição da Dilma tinha gente que trabalhava seis meses pedia para ser demitido e ficava 6 meses em casa, ou seja, trabalhava só meio ano e fazia isso com orgulho.
 

Aoshi

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A funcionária tem culpa sim oras '-'
A não ser que ela tenha sido estuprada, ela estava consciente do fato. E, eu, acharia melhor que a pessoa simplesmente conversasse com o chefe e tentasse ver uma melhor data para isso, ou o chefe tem que se responsabilizar pela gravidez da funcionária também ?

Sobre a previdência, realmente sou leigo nesse assunto e estava errado. Mas, também não acho que o chefe esteja errado de contratar outra pessoa e provavelmente demitir a outra se ele simplesmente não precisa de mais uma pessoa para exercer a função.

No caso, como disse não preciso sair para realidade, pois vivo nela. Já fui peão de logística, atendente de telemarketing e etc... E é exatamente por ter tido esses cargos que sei como as pessoas abusam, distorcem direitos. Lembro na época da eleição da Dilma tinha gente que trabalhava seis meses pedia para ser demitido e ficava 6 meses em casa, ou seja, trabalhava só meio ano e fazia isso com orgulho.
Sim, mas aí eh problema da justiça do trabalho.

Ainda, te digo que tem pessoas que abusam, mas a grande maioria não abusa. Então não podemos retirar o direito de muitos pq alguns poucos são joselitos.

Quanto a justiça do trabalho, por ser um advogado trabalhista direitista, sou um crítico ferrenho destas distorções que a justiça faz (apesar que sim, entendo que ela de certa forma deve ser em prol do trabalhador).

Mas, lembrando, uma coisa eh a justiça do trabalho e outra coisa eh a CLT.
 

Lost Brother

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Acho que esses dois posts acima resumem tudo.

E, ainda que o lost brother não concorde, eu espero profundamente que o governo Bolsonaro comece a encontrar esse equilíbrio.

Temos que ser uma grande potência, país de primeiro mundo, com salários dignos e com qualidade de vida (segurança, saúde e educação).

E a CLT e a justiça do trabalho? Tendo aquilo acima, que essas coisas vão para o inferno. Mas, infelizmente, enquanto não for assim, eh um mal necessário
O problema é encontrar o equilíbrio sem atender apenas um dos lados da moeda. Não tem como ficar inventando direitos desnecessário pq vão onerar demais o empregador.

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Epaminombas

Habitué da casa
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adianta nada acabar com a CLT e o governo com seus fiscais de bostas ficarem fechando comércio porque a fachada não é da cor que o fiscal quer.

Ou o governo não dando licitação pra multinacional se fixar no Brasil.

CLT é um dos problemas, ainda tem a m**** do governo impedindo que empresas abram
 

Cafetão Chinês

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Cafetao, tenho uma grande estima por você lá no tópico do bolsonaro, mas na boa, você vive no fantástico mundo de Bob.

Cara, vc realmente acredita que existe negociação entre o empregador e o empregado? Você realmente acredita nessa falácia?

Uma coisa eh o cara com graduação e pós graduação, outra coisa eh o peão de fábrica que sequer vai conhecer o dono, que vai vir um contrato pronto do Rh e se ele quiser discutir alguma coisa o cara do Rh vai dizer que esse eh o contrato e deu.

Sério cara, sai dessa tua bolha, desse mundo fantástico de Bob e vai conhecer a realidade das pessoas.


Mesma coisa esse pessoal que fala de PJ isso e PJ aquilo. Sério que vcs acham que se não existisse justiça do trabalho as empresas seriam tão boazinhas assim? Muitos contratam por PJ e aceitam algumas coisas do trabalhador pq sabem que se magoarem/humilharem (ou qualquer outra coisa) o trabalhador vai entrar na jt.

Ainda, agora utilizando um exemplo pessoal. Minha esposa trabalha há 10 anos na emergência de um hospital, sendo uma das melhores enfermeiras do setor.

Esse ano tivemos um acidente de carro (que sequer foi nossa culpa) e ficamos dois meses afastados. Soma-se ao fato de minha esposa estar agora com uma gravidez de risco e também teve que se afastar no final da gravidez.

Então tu tem uma funcionária que trabalhou por longos 10 anos, quase nunca apresentou atestado (já vi ela trabalhar com pedras nos rins) e agora por uma infelicidade do destino ele teve que colocar dois atestados no mesmo ano.

Sabe o que sabemos? Que já contrataram alguém no lugar (teoricamente provisório) mas que há um grande risco de quando acabar a licença dela ela seja demitida.

E sabe o pq disso? Pq o diretor do hospital não conhece nenhum dos dois mil funcionários que o hospital tem (tirando o alto escalão). Então mesmo ela sendo super elogiada pela chefia dela e considerada umas das melhores enfermeiras do setor, para o diretor ela eh apenas um número e que atualmente, por conta de dois atestados, está dando prejuízo.

Mais uma vez, saía dessa tua bolha em que tu acha que trabalhador peão tem faculdade de discutir o contrato de trabalho com o chefe.

Ainda, como eu sei que tu vai me quotar, antes de fazer isso, te lanco um desafio. Entreviste 10 peões de empresas grandes e faça algumas dessas perguntas:
- foi contratado pelo dono da empresa ou por um gerente e/ou um Rh?
- pode discutir as cláusulas do contrato?
- há compensação de horas? Eles gostam disso ou preferem ganhar o valor das horas extras? Eles puderem discutir isso no momento da contratação?
- gostou de todas as cláusulas do contrato? Se não gostou, pq aceitou o emprego?

Sério, se você fizer essa entrevista vai servir de um enorme crescimento para você ver como a banda toca aqui no nosso país.

E já te adiantando, sou de fato advogado trabalhista, já defendi empregador e empresa, defendo de certa forma a extinção da justiça do trabalho (por alguns motivos alheios aos tratados aqui no tópico).
Meu pai eh empresário e já foi fazendeiro.

Então amigo, tenho muito conhecimento de como ocorrem as contratações, tanto como patrão tanto quanto empregado.
Os contratos não funcionam justamente porque existe tanta burocracia pra contratar, que todo mundo fica na ilegalidade. Óbvio, quem é que vai contratar com essa burocracia soviética que existe aqui?

E sim, existem empregos ruins. Simplesmente porque estamos na porra de um país pobre e subdesenvolvido.
Vive no fantástico mundo de Bob quem nega isso. Como parece ser seu caso. Enquanto o Brasil for um país pobre e subdesenvolvido, sim existirão empregos ruins e pessoas pobres. E um dos motivos é justamente a burocracia soviética e a relação socialista de trabalho que o Brasil tem. Um dos países mais fechados do mundo para se contratar.
Ao que parece, pessoas como você preferem pessoas desempregadas a estarem em um emprego ruim.

Quer negar isso? OK. Mas entenda que esse é um dos grandes motivos de várias pessoas estarem desempregadas e na miséria, dependendo de bolsa do governo.
A burocracia e a justiça socialista do trabalho só atrapalham e impedem as pessoas a sair da informalidade. A realidade é que essa burocracia nunca passou de desculpa para os fartos salários e regulações dos juízes, funcionários públicos e políticos que controlam o trabalho (que também favorecem as grandes empresas, que podem lidar com essas regulações e burocracia, eliminando as pequenas empresas da concorrência). Esse monte de inútil dizendo que se preocupa com o trabalhador, mas no fundo querem garantir suas boquinhas e que metade do pagamento do trabalhador fique nas mãos deles para "administrarem".

E não, você não refutou o texto que eu mandei. Eu lembro bem do outro tópico. Simplesmente porque você parte de uma falsa premissa. A de que salários são definidos por decreto do estado e pela vontade. E eu demonstrei logicamente que isso é impossível de acontecer.

Me diga, porque os países com relações mais livres tem as melhores condições de trabalho?
 
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Ares1521

Bam-bam-bam
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Eu discordo da parte de estar acidentada ou doente a algo que não esteja ligado ao trabalho. Porque tipo que culpa tem o chefe se aconteceu um acidente e você vai ficar fora um mês ?
Só porque ele tem dinheiro ele tem que te pagar sem receber nada em troca ? Sei lá, esse argumento soa muito errado.

Infelizmente é triste, não é uma situacao fácil, mas se a pessoa não tem seguro, não tem poupança, alguém tem que pagar por isso ?
É aquilo, ninguém quer assumir essas tretas pq não é culpa de nenhum dos lados... então pega e chega a um acordo no contrato de como vai ser a bagaça.
Tem profissões em outros países que te proíbem de fazer algumas estupidezas e pagam um seguro para outros casos, tipo "olha, se o machucado for oriundo de esporte radical, acidente de carro causado por imprudência ou coisas assim, o problema é só seu, já caso for algo de força maior, como uma doença que veio do nada ou um acidente que você não for culpado, nós pagamos um seguro que cobre o prejuízo".

Deixa o pessoal se acertar, vai ter no máximo alguns anos de algumas pessoas se fodendo pois não tem experiência em fazer contrato bem feito, mas rapidão o pessoal vai começar a perceber de "ou, o João se fodeu que no contrato dele não falava nada dele ficar doente, bora no mínimo contratar um seguro para doença no meu próximo emprego e não se foder"
 

Cafetão Chinês

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No entanto, aqui no Brasil, provavelmente pagarão o valor hora do salário mínimo. Ou seja, como será pago somente quando for chamado, a pessoa provavelmente receberá menos que um salário mínimo.

Aqui no nosso país, tu acha que alguém vive decentemente com menos que um salário mínimo?
É por esse tipo de coisa que a discussão fica impossível. Vocês favoráveis a CLT e esse monte de burocracia e controle, não querem entender nem o básico sobre economia e de como os salários são formados. Ficam apenas repetindo esse discursinho decorado das faculdades de direito. (que obviamente tem um viés bastante socialista e paternalista, dada a nossa constituição semi-soviética)

Pouco importa se alguém vive ou não decentemente com um salário. A formação dos salários não está alheia a vontade de ninguém. |Isso é ridículo cara. Fosse assim, porque não defender logo um salário de dez mil? Isso é puro apelo a emoção.

É como o Bolsonaro mesmo disse: o salário é muito para quem paga, e pouco para quem recebe.
 
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IcE_WiNd

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Pouco importa se alguém vive ou não decentemente com um salário. A formação dos salários não está alheia a vontade de ninguém. |Isso é ridículo cara. Fosse assim, porque não defender logo um salário de dez mil? Isso é puro apelo a emoção.
Concordo.
Se a atividade que você exerce rende 1 salário mínimo ou menos então não é o universo ao seu redor que tem que mudar pra se submeter à você e suas necessidades, é você quem tem que mudar.

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Mr Magoo

Supra-sumo
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O que acho interessante é gente dizer que o brasil não tá "preparado" pra diminuir direitos, e que temos que primeiro superar a desigualdade, ter mais cultura e educação pra depois pensar nisso, mas não seria o caminho inverso?
Sei lá, é tipo: primeiro vc compra uma BMW e depois você fica rico :kzonzo..não faz muito sentido
 

Aoshi

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Os contratos não funcionam justamente porque existe tanta burocracia pra contratar, que todo mundo fica na ilegalidade. Óbvio, quem é que vai contratar com essa burocracia soviética que existe aqui?

E sim, existem empregos ruins. Simplesmente porque estamos na porra de um país pobre e subdesenvolvido.
Vive no fantástico mundo de Bob quem nega isso. Como parece ser seu caso. Enquanto o Brasil for um país pobre e subdesenvolvido, sim existirão empregos ruins e pessoas pobres. E um dos motivos é justamente a burocracia soviética e a relação socialista de trabalho que o Brasil tem. Um dos países mais fechados do mundo para se contratar.

Quer negar isso? OK. Mas entenda que esse é um dos grandes motivos de várias pessoas estarem desempregadas e na miséria, dependendo de bolsa do governo.
A burocracia e a justiça socialista do trabalho só atrapalham e impedem as pessoas a sair da informalidade. A realidade é que essa burocracia nunca passou de desculpa para os fartos salários e regulações (que favorecem as grandes empresas, que podem lidar com isso). E um monte de inútil dizendo que se preocupa com o trabalhador, mas no fundo querem garantir suas boquinhas e que metade do pagamento do trabalhador fique nas mãos deles para "administrarem".

Ao que parece, pessoas como você preferem pessoas desempregadas a estarem em um emprego ruim.
E não, você não refutou o texto que eu mandei. Eu lembro bem do outro tópico. Simplesmente porque você parte de uma falsa premissa. A de que salários são definidos por decreto e pela vontade. E eu demonstrei logicamente que isso é impossível de acontecer.

Me diga, porque os países com relações mais livres tem as melhores condições de trabalho?
Cara, não estou entendendo esse teu início de empregos ruins, estaria se referindo pq eu mencionei peão? Quando eu disse isso não estava me referindo a empregos ruins, mas sim dos trabalhadores que são considerados "descartáveis" nas empresas grandes.

Quanto a emprego ruim por si só, conheço uma galera que tem graduação e vai para Miami lavar privada, e sabe o pq disso? Pq justamente lá eles tem salário digno e qualidade de vida, coisas que faltam aqui no Brasil.

Quanto a várias pessoas estarem desempregadas tem muito mais a ver com a falta de dinheiro das empresas do que a regulamentação trabalhista. Convenhamos, vc já disse que eh empresário, vc sabe muito bem que vc paga muito mais de impostos do que com encargos trabalhistas (e se não paga só se for micro empresa ou tá na hora de rever a tua empresa).

No governo do PT que tinha crédito a rodo e a economia girava (em uma bolha, mais girava) tinham muitos mais empregos do que agora (e se disser que eu estou defendendo o PT ou sendo petista eu vou partir para a ofensa, pois isso eh quase uma ofensa para mim, só estou tentando exemplificar aqui).

Quanto a pessoas "admistrarem", cara você está fazendo uma confusão do c***lho aqui hein?

Primeiro que existem duas coisas somente que não vão para o trabalhador diretamente, que eh o FGTS e o INSS.

O INSS eh direito previdenciário e não tem NADA A VER com direito do trabalho e/ou CLT, então não misture alhos com bugalhos (pelo menos não eh o tema DO Tópico).

Quanto ao FGTS, concordo em extinguir pois eh um dinheiro que não vai para o trabalhador diretamente e esse dinheiro sim, o governo administra e paga um juros ridículo.

Mas faço a ressalva que sou a favor de extinguir desde que haja uma certa garantia que esse dinheiro seja revertido para o trabalhador. Aqui utilizo do mesmo exemplo que eu fiz lá no tópico do Bolsonaro quando discutimos a matemagica daquele texto, se o empregador reverte as coisas para o trabalhador e o 13 salário não deveria existir, não seria muito mais fácil o empregador pagar o 13 parcelado em todos os meses, visto que não há qualquer empedimento ou norma que obrigue necessariamente que o 13 seja pago no final do ano (somente a obrigatoriedade que metade dele seja pago até novembro e a outra metade, obviamente, no final do ano, mas se parcelar em todos os meses já terá pago isso no final do ano).

Mas sabemos que na prática nenhum empregador, por mais liberal que ele seja (auqi incluindo provavelmente você) vai fazer isso.

Quanto a refutar você, eu acho que você confundiu com outra pessoa, jamais parti da premissa que o salário eh defenido por decreto e pela vontade, acredito até que uma coisa seria antagônica e/ou contraditória a outra, ou eh por decreto ou eh pela vontade, mas enfim, não entendi nada que tu disse aí.

Quanto a países com relações mais livres tem melhores condições de trabalho - concordo plenamente, mas justamente esses países tbm possuem desburocratização nas empresas como um todo, no comércio, nos impostos.

E estou falando no tópico o tempo inteiro, melhorando as condições das empresas, passamos a pensar em acabar com o direito do trabalho.

Pegando a China como exemplo (como adoram utilizar nesse fórum) hoje o salário médio do chinês eh maior que o do brasileiro. Mas isso ocorre por conta das empresas terem crescido, enriquecido e podem pagar melhores salários.

Mas antes disso os trabalhadores chineses eram análogos a escravidão. Ou seja, ou teremos que passar por um momento que nem a China com trabalhadores sendo sugados ao máximo para as empresas crescerem, ou acreditamos em um meio termo em que começa por cima desburocratizando outras medidas e depois acaba com o direito do trabalho.

Obviamente que quem está por cima da carniça (leia-se tem graduação e empresa) vai preferir a primeira opção, mas se põem no lugar das outras pessoas que não terão condições de um salário digno.
 

Cafetão Chinês

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O INSS eh direito previdenciário e não tem NADA A VER com direito do trabalho e/ou CLT, então não misture alhos com bugalhos (pelo menos não eh o tema DO Tópico).
Faz parte da ideia paternalista de trabalho. Não tem nada de "direito" nisso.
E antes que você diga que é a empresa que paga. Você de fato acredita que um salário é definido pela vontade.
Patrão é burro e não sabe fazer a conta de quanto irá arcar antes de contratar um empregado, não é mesmo?

INSS é o "direito" de você ter 11% do seu salário assaltado pelo governo, e torcer para poder se aposentar com um salário de fome (isso se a previdência, que é um esquema de pirâmide, não quebrar). Enquanto sustenta a casta de nababos do setor público e suas previdências magnânimas.
Mas faço a ressalva que sou a favor de extinguir desde que haja uma certa garantia que esse dinheiro seja revertido para o trabalhador. Aqui utilizo do mesmo exemplo que eu fiz lá no tópico do Bolsonaro quando discutimos a matemagica daquele texto, se o empregador reverte as coisas para o trabalhador e o 13 salário não deveria existir, não seria muito mais fácil o empregador pagar o 13 parcelado em todos os meses, visto que não há qualquer empedimento ou norma que obrigue necessariamente que o 13 seja pago no final do ano (somente a obrigatoriedade que metade dele seja pago até novembro e a outra metade, obviamente, no final do ano, mas se parcelar em todos os meses já terá pago isso no final do ano).

Mas sabemos que na prática nenhum empregador, por mais liberal que ele seja (auqi incluindo provavelmente você) vai fazer isso.
Aqui você demonstra que não entende bulhufas de como o salário é formado. E continua acreditando que a vontade do empregador ou do empregado, ou do governo, é o que define um salário.
O empregador não precisa ser "liberal" para incluir o valor do décimo-terceiro no salário do empregado. Pois quem determina o que poderá ser pago não é ele. É o mercado.
Você sabe como se calcula o salário do empregado? Tenho 2000 reais para pagar pelo salário de um trabalhador, que precisará me render no mínimo 2500 para que seja lucrativo e sustentável. E esses 2000 não foram aleatórios. O salário não é formado por um chute. É calculado de acordo com o que o trabalhador pode produzir e o valor de mercado. É por esse motivo que os salários são diferentes. Pois partindo da premissa que o empregador vai sempre pagar aquilo que ele "quer", então não deveria existir nenhum salário maior que o mínimo decretado pelo governo. (e quando um trabalhador não produz acima do mínimo, obviamente ficará desempregado, pois o governo impede de uma empresa contratá-lo por um salário menor que o mínimo)

Ora, se o governo diz que eu tenho que tirar décimo terceiro, férias, FGTS, INSS etc. Eu simplesmente vou descontando de quanto terei desse valor bruto. E no fim das contas o que sobra é o "salário".
Se antes eu podia pagar 2000 a ele, para me render 500 de lucro. Agora eu poderei pagar 1000. E os encargos vão para o governo administrar.

Sim, você insiste em chamar essa aberração de "direito".
Quanto a refutar você, eu acho que você confundiu com outra pessoa, jamais parti da premissa que o salário eh defenido por decreto e pela vontade, acredito até que uma coisa seria antagônica e/ou contraditória a outra, ou eh por decreto ou eh pela vontade, mas enfim, não entendi nada que tu disse aí.
Sim, continua partindo dessa premissa. Incluindo nesse mesmo post, como eu demonstrei.
Quanto a países com relações mais livres tem melhores condições de trabalho - concordo plenamente, mas justamente esses países tbm possuem desburocratização nas empresas como um todo, no comércio, nos impostos.

E estou falando no tópico o tempo inteiro, melhorando as condições das empresas, passamos a pensar em acabar com o direito do trabalho.
Melhorar as condições das empresas e dos trabalhadores não é apenas baixar impostos, e diminuir regulações, mas também diminuir a burocracia nas regras trabalhistas. Que criam insegurança jurídica, custo adicional com burocracia e não tem nada de benéfico ao trabalhador.

Repetindo: "Direitos trabalhistas" não são benéficos ao trabalhador. Você continua repetindo essa mentira insistentemente.
Direitos trabalhistas só são benéficos a casta de burocratas, funcionários públicos e políticos que vivem do direito trabalhista e de toda burocracia criada para sustentá-la.

Mas antes disso os trabalhadores chineses eram análogos a escravidão. Ou seja, ou teremos que passar por um momento que nem a China com trabalhadores sendo sugados ao máximo para as empresas crescerem, ou acreditamos em um meio termo em que começa por cima desburocratizando outras medidas e depois acaba com o direito do trabalho.
Um trabalho ruim não é "análogo a escravidão". Ou é escravidão (coação e violência) ou não é.
Isso é outra aberração criada pela esquerda e pelo paternalismo do estado brasileiro por aqui.

E outra, os chineses antes da pouca abertura de mercado que tiveram. Ou morriam de fome ou eram literalmente escravos do governo. Obrigados a trabalhar de forma forçada. Aí sim era escravidão. Então a situação deles melhorou imediatamente após a abertura.

Você fala como se os trabalhadores chineses vivessem numa Suíça antes da abertura. E olha que as regras trabalhistas chinesas passam longe de serem tão livres como é dito. O país com menos regras e regulações é Cingapura, mas por muito tempo foi os EUA. E foram assim desde que eram países pobres. Sempre sempre foram países livres no que tange a regras de trabalho.

Obviamente que quem está por cima da carniça (leia-se tem graduação e empresa) vai preferir a primeira opção, mas se põem no lugar das outras pessoas que não terão condições de um salário digno.
Obviamente quem vive desse sistema, seja por ser um advogado trabalhista, ou um funcionário público do Ministério do Trabalho. E está por cima da carne seca, e tem seu sustento mantido por esse arranjo, vai preferir que as coisas continuem como estão.
Porém, se coloque no lugar das pessoas desempregadas ou que tem empregos ruins e salários baixos, que nunca serão melhorados enquanto esse modelo falido e disfuncional existir.
 
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goemon

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Qualquer país civilizado vc não tem CLT...

Resumiu tudo. E como o Brasil não é civilizado, logo deve ter CLT.
Primeiro tem que haver uma reforma ética e educacional na sociedade. Depois relaxamento das leis.
O que o futuro governo quer é começar de trás pra frente. Não deve dar certo.
 

Cafetão Chinês

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Resumiu tudo. E como o Brasil não é civilizado, logo deve ter CLT.
Primeiro tem que haver uma reforma ética na sociedade. Depois relaxamento das leis. O que o futuro governo quer é começar de trás pra frente. Não deve dar certo.
Resumindo seu post: brasileiro é burro e não sabe administrar o próprio dinheiro. Lula, Renan e Sarney são administradores melhores.
 

mig29gsxr

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Cafetao, tenho uma grande estima por você lá no tópico do bolsonaro, mas na boa, você vive no fantástico mundo de Bob.

Cara, vc realmente acredita que existe negociação entre o empregador e o empregado? Você realmente acredita nessa falácia?

Uma coisa eh o cara com graduação e pós graduação, outra coisa eh o peão de fábrica que sequer vai conhecer o dono, que vai vir um contrato pronto do Rh e se ele quiser discutir alguma coisa o cara do Rh vai dizer que esse eh o contrato e deu.

Sério cara, sai dessa tua bolha, desse mundo fantástico de Bob e vai conhecer a realidade das pessoas.


Mesma coisa esse pessoal que fala de PJ isso e PJ aquilo. Sério que vcs acham que se não existisse justiça do trabalho as empresas seriam tão boazinhas assim? Muitos contratam por PJ e aceitam algumas coisas do trabalhador pq sabem que se magoarem/humilharem (ou qualquer outra coisa) o trabalhador vai entrar na jt.

Ainda, agora utilizando um exemplo pessoal. Minha esposa trabalha há 10 anos na emergência de um hospital, sendo uma das melhores enfermeiras do setor.

Esse ano tivemos um acidente de carro (que sequer foi nossa culpa) e ficamos dois meses afastados. Soma-se ao fato de minha esposa estar agora com uma gravidez de risco e também teve que se afastar no final da gravidez.

Então tu tem uma funcionária que trabalhou por longos 10 anos, quase nunca apresentou atestado (já vi ela trabalhar com pedras nos rins) e agora por uma infelicidade do destino ele teve que colocar dois atestados no mesmo ano.

Sabe o que sabemos? Que já contrataram alguém no lugar (teoricamente provisório) mas que há um grande risco de quando acabar a licença dela ela seja demitida.

E sabe o pq disso? Pq o diretor do hospital não conhece nenhum dos dois mil funcionários que o hospital tem (tirando o alto escalão). Então mesmo ela sendo super elogiada pela chefia dela e considerada umas das melhores enfermeiras do setor, para o diretor ela eh apenas um número e que atualmente, por conta de dois atestados, está dando prejuízo.

Mais uma vez, saía dessa tua bolha em que tu acha que trabalhador peão tem faculdade de discutir o contrato de trabalho com o chefe.

Ainda, como eu sei que tu vai me quotar, antes de fazer isso, te lanco um desafio. Entreviste 10 peões de empresas grandes e faça algumas dessas perguntas:
- foi contratado pelo dono da empresa ou por um gerente e/ou um Rh?
- pode discutir as cláusulas do contrato?
- há compensação de horas? Eles gostam disso ou preferem ganhar o valor das horas extras? Eles puderem discutir isso no momento da contratação?
- gostou de todas as cláusulas do contrato? Se não gostou, pq aceitou o emprego?

Sério, se você fizer essa entrevista vai servir de um enorme crescimento para você ver como a banda toca aqui no nosso país.

E já te adiantando, sou de fato advogado trabalhista, já defendi empregador e empresa, defendo de certa forma a extinção da justiça do trabalho (por alguns motivos alheios aos tratados aqui no tópico).
Meu pai eh empresário e já foi fazendeiro.

Então amigo, tenho muito conhecimento de como ocorrem as contratações, tanto como patrão tanto quanto empregado.



Já rebati essa matemagica by Dilma usada nesse texto lá no tópico do Bolsonaro, depois vou procurar de novo para colocar aqui.
Meio off, eu concordo contigo Aoshi, pq existe um desgaste da pessoa no trabalho também, principalmente em licença médica e maternidade, é um imprevisto total, e a empresa tem que participar disso, já que em muitos casos direciona a vida do funcionário. Pode até contratar alguém temporariamente mas tem que entender o que acontece com o funcionário também.
Mas faço uma observação, estávamos analisando alguns casos de administradores bem sucedidos na minha família, e embora eu não seja assim, vejo que todos eles são pessoas frias, que não se importam com problemas alheios, eles querem saber mesmo só da grana. Embora eu não concorde com esse ponto de vista, de ver o funcionário só pelo custo, infelizmente vi eles se darem bem justamente por não dar a mínima para o esforço individual.
Não interessa para eles o quanto sua esposa trabalhou e se dedicou no longo prazo, a ideia deles é mandar um embora para reduzir custos que podem ocorrer no futuro, não procuram saber minuciosamente de cada caso.
É um caso parecido de quando a pessoa fica doente com frequência, mesmo que seja competente e capaz, na visão de gerentes de alto nível, isso é custo. É raro ver o administrador que sabe medir a importância positiva.
Me lembro de uma pizzaria excelente que tinha no interior paulista, o pizzaiolo era enrolado, perdia horário, faltava, etc, aí só deixava a massa preparada e tinha que sair. O dono (era amigo do meu pai) mandou ele embora e contratou um cara mais dedicado, chegava no horário, etc, só que o cara não era tão bom pizzaiolo, e aí o movimento caiu, e precisou chamar o atrapalhado de volta. Mas é um caso peculiar, a maioria infelizmente vê o funcionário apenas como custo, e às vezes acaba perdendo por conta dessa miopia. Mas tem gente que se dá bem "descartando" os outros; não é incomum.
 
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goemon

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Resumindo seu post: brasileiro é burro e não sabe administrar o próprio dinheiro. Lula, Renan e Sarney são administradores melhores.
Burro eu não digo. Diria mais que o brasileiro não tem educação financeira nem pensa a longo prazo.
Mas o governo brasileiro é uma bela b*sta tb. Talvez seja melhor o dinheiro ficar com a pessoa mesmo..
 

Cafetão Chinês

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Onde roubo torna-se "direito"?
Resposta: países social-democratas (socialismo democrático), socialistas, comunistas, mais estatistas, ...etc.

FGTS, 13º , auxílio-doença, insalubridade, férias remuneradas, INSS, PIS, e por ai vai. Tudo isso faz parte e é retirado do salário que o empregador paga para o empregado. O empregador simplesmente não pode lhe dar diretamente, pois o governo não deixa. Se o fizer, vai para cadeia.

Quando uma empresa fecha, o empreendedor perde tudo o que levou uma vida toda para construir. Enquanto o empregado, perde somente seu salário. Os riscos e incertezas estão todos em cima do empreendedor. Por isso ele ganha mais que o trabalhador assalariado.

Nunca me esqueci do dia em que vi meu contracheque e descobri meu salário real, enquanto trabalhava com carteira assinada. Quase morri de raiva. Jurei para mim mesmo que nunca mais iria trabalhar de carteira na minha vida outra vez.
Depois disso faço qualquer coisa para ganhar meu dinheiro sem ter a organização crim... governo, no meu pescoço.

Pobre coitado daquele que ainda vive na escuridão. Seu futuro e de suas famílias estão comprometidos até que consigam enxergar a verdade.
 

Goris

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Cafetão Chinês, cara, eu consigo concordar com quase tudo que você escreve, cara, em termos de conceito, mas acho sua forma de se dirigir às pessoas meio grosseira (no sentido de bruta, não de mal-educada).

Será que você não teria mais a ganhar explicando seus pontos com um pouco mais de delicadeza?

Hua Hua Hua

Parece piada, mas estou falando sério. Uma pessoa pode discordar se você porque ela não consegue entender um ponto, mas você quase que confrontando a pessoa só vai fazer ela - instintivamente - te rechaçar e aos seus argumentos.
 

fernandy

Bam-bam-bam
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Meu irmão trabalhava em uma mini fábrica de bijuterias. O dono pagava acima do salário mínimo e ainda oferecia outros benefícios. Só que ele não assinava a carteira.
Horas extras mesmo não tinham bem um limite. Lembro que meu irmão botou na cabeça que queria um carro e fazendo horas extras, conseguiu uns 7 mil reais em poucos meses. Ele trabalhava das 8 as 21h por mera vontade, pois ele poderia ir embora as 18h. Tanto que o dono dava a chave para ele fechar o local quando ele quisesse. O dono sempre bancava lanches, então era quase como uma grande família.
Fiscalização bateu lá, mandou fichar todo mundo. O dono teve que reduzir o salário para o mínimo. Não teve mais tanta horas extras. Ele não conseguia mais produzir tanto como antes e perdeu mercado.
Ele fechou e mandou todos embora menos de 1 ano depois.

Historinha muito comum. Eu mesmo vivo isso... assim como o Arthur eu poderia contar muitas historinhas trabalhistas...
 
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