A muito tempo que não posto aqui por questão de tempo. De fato a rotina tem sido meio pesada, mas agora que tem um tempinho de sobra vou zerar minhas pendencias.
O primeiro da lista é
Alone in the Dark: Inferno para
PlayStation 3 terminado no dia 08 de outubro.
O jogo começa com o investigador paranormal Edward Carnby sendo levado para o telhado de um edifício para ser morto. No caminho, um guarda é morto por uma força invisível, permitindo que Edward Carnby fuja. Ele está com amnésia e não lembra de nada. Enquanto ele vagueia pelo edifício à procura de uma saída, ele testemunha várias pessoas sendo mortas ou possuídas por forças demoníacas. Durante sua busca por uma saída, ele conhece uma negociante de arte chamada Sarah Flores. Juntos, eles fazem seu caminho até a garagem onde encontram Theophile Paddington, um senhor que afirma saber o que está acontecendo.
Ele diz que o caos no edifício foi causado por uma pedra que, até recentemente, fora guardada por Edward. Ela tinha sido tirada de Edward por um homem chamado Crowley, que lançou o seu poder. Paddington tem a pedra agora e, finalmente, afirma que, a fim de acabar com o caos, Edward deve seguir o "Caminho da Luz", antes que seja tarde demais.
Os três entram em um carro e partem para a cidade encontrando no caminho o mesmo tipo de caos que viram no edifício que acabaram de sair. Depois de um terremoto apocalíptico com uma fissura gigante acabar com as ruas, eles se acidentam e vão parar no Central Park. Lá, Paddington afirma que não tem forças para continuar, entrega a pedra para Edward, pede que ele e Sarah se encontrem no museu e então se mata.
Alone in the Dark: Inferno é supostamente um jogo de sobrevivência ao horror, que segue o enredo proposto pela trilogia inicial da série. Ele negligencia Alone in the Dark: The New Nightmare, afinal, este é um reboot da série que infelizmente foi deixado de lado. Vale ressaltar que o jogo que terminei anteriormente foi exatamente este no meu Sega Dreamcast, logo, vai ficar fácil entender meu ponto de vista com
Alone in the Dark: Inferno. Essa versão para
PlaySation 3 supostamente traz melhorias em alguns pontos como a câmera e a jogabilidade por exemplo. Bom, isso foi o que eu li. Particularmente desconheço a versão para XBox 360, lançada alguns meses antes deste.
Agora vamos la. Pegando gancho no tópico que acabo de citar, tenho graves críticas. A jogabilidade é complexa e a câmera do jogo não ajuda em nada. Temos uma mecânica aonde o jogo nos proporciona uma perspectiva em terceira pessoa, porém, quando empunhamos nossa arma ou outros itens, a perspectiva muda para uma câmera em primeira pessoa. Também não temos um menu de itens comum como costumamos ver em outros jogos. Edward abre sua jaqueta e em uma perspectiva em primeira pessoa observamos o que ele tem em seus bolsos.
Parece inovador, mas eu particularmente achei essa suposta inovação horrível. O jogo se comportaria bem melhor sendo totalmente em terceira pessoa. Por diversas vezes me confundi nesse menu selecionando itens e equipamentos, pois, podemos utilizar um item em cada mão, porém, alguns itens em uma mão anulam outros. A questão da câmera então é outro caso bem sério. As vezes rotacionamos a câmera para observar o que tem nas costas de Edward, e por várias vezes havia a necessidade de se empunhar a arma devido a aproximação de algum inimigo. Acontece que quando fazemos isso, ao invés de ele apontar para onde direcionamos a câmera, a câmera se posiciona na posição de Edward, fazendo com que fiquemos de costas para o alvo. Sendo assim, o ideal é que sempre temos que virar Edward para que fique de frente com o alvo, mas isso tira todo o dinamismo da jogabilidade.
Vale ressaltar também que em alguns locais, temos, a câmera em posição pré-determinada, o que não seria problema se em alguns desses pontos não houvesse a necessidade de se identificar pontos específicos no mapa para fazer um avanço. Em uma parte cai diversas vezes em buraco por causa disso. Obrigatoriamente tive que entrar em modo de primeira pessoa e ficar igual um tonto procurando o ponto para liberar uma corda para avançar, e o detalhe é que esse ponto ficava inacessível e impossível de ser visto com a câmera fixa em angulo pré-determinado.
Tendo feito as devidas críticas aos principais pontos, vamos seguir com os gráficos e a física que tentou ser algo revolucionário mas que pra mim não passou de uma tentativa falha de reinventar a roda. Se o jogo fosse de 2006 ou quem sabe até meados de 2007, minha crítica não seria tão rígida, mas em ano que temos Uncharted 2, Gears of War 2, Metal Gear Solid 4, Fable II e muitos outros jogos tecnicamente impecáveis, o nível gráfico e de físicas apresentado por
Alone in the Dark: Inferno em se torna inaceitável. A modelagem dos personagens é pobre, e a física, muitas vezes sendo ponto chave para avançar no jogo, é medíocre no máximo.
Temos uma baixa variedade de inimigos que se comportam todos do mesmo jeito. Alguns mais fáceis e outros mais difíceis, mas que fica fácil de se resolver com um pouco de fogo. Aliás, o jogo não é difícil. Acontece que em certas parte ele é irritante. Devido a bugs e glitches que muitas vezes ocorrem com a física falha do jogo, as vezes avançar se torna um tanto quanto frustrante.
As músicas do jogo não me agradaram. Quiseram dar um clima meio obscuro com a trilha sonora mas na minha opinião falhou miseravelmente. O clima de suspense e obscuridade nativos da série não estão aqui. Temos uma mapa razoavelmente grande e com algumas coisas para serem feitas, mas sinceramente, chega uma hora que você só quer acabar o que começou e ir para o final. Existe um mecanismo para avançar a história automaticamente para o próximo ponto, como um filme de DVD, mas se o recurso é utilizado, o jogador é punido não recebendo o troféu referente ao término do capítulo. O jogos nos proporciona muitos itens em alguns locais, mas em outros acabamos por sofrer de certa escassez. Em uma parte me peguei seco de itens de vida e sem munições.
Devo mencionar também que achei o enredo do jogo uma porcaria. No inicio Edward esta como refém mas em momento nenhum do jogo é explicado como ele chegou ali. Só começa desse jeito e pronto. Fiquei imaginando que isso seria explicado em capítulos posteriores como vemos em outros jogos, mas não foi isso que aconteceu. O final do jogo também é uma porcaria. Fiz os dois e ambos são horríveis. O final não fica em aberto, porém não fecha a saga de forma satisfatória. Acaba por terminar pior do que começou.
Apesar de tantos aspectos negativos, nem tudo é ruim e vou listar o que achei interessante. Apesar dos gráficos ruins, temos uma ambientação bem variada e alguns quebra cabeças bem interessantes. O jogo nos permite fazer a combinação de todo tipo de item, e nos quebra cabeças que o jogo nos apresenta, temos que levar isso em consideração para que sejam resolvidos. Esqueci de mencionar, mas temos diversos carros abandonados pelo parque que podemos utilizar, e muitas vezes dentro deles encontramos alguns itens escondidos, como munições, itens de vida e etc. O fogo é parte essencial no jogo, então através dessas combinações podemos utilizá-lo de diversas maneiras, e para isso, necessitamos de combustível. Garrafas de bebidas e de água estão espalhadas pelo parque, sendo assim podemos utilizá-las para fazer um rastro inflamável para incendiar algo com segurança a distancia ou criar coquetéis molotov com a adição de panos encontrados pelo chão. As garrafas de água podem ser esvaziadas e serem preenchidas com gasolina roubada dos carros.
Meu verdito final é que se você tem tempo sobrando, experimente o jogo e tire suas próprias conclusões, mas se tempo escasso e a rotina pesada, é melhor deixar pra lá e gastar o tempo com uma experiência mais gratificante. Eu sinceramente não faço ideia de como esse jogo obteve sucesso comercial, ainda em um ano com tantos jogos grandiosos. Ainda assim, sou teimoso o suficiente para experimentar a versão de Wii, que apesar do enredo, é um jogo bem diferente deste.
O próximo da lista é
Enslaved: Odyssey to the West, terminado no dia 18 de novembro no
XBox 360
Enslaved se passa 150 anos no futuro, depois que uma guerra global devastou a Terra, destruindo a maior parte da raça humana e deixando o mundo atormentado por robôs, conhecidos como "mechs", que sobraram da guerra. Os mechs ainda seguem sua programação e procuram erradicar hostis, agora sobreviventes aos humanos.
O jogo começa com o protagonista Monkey despertando em uma célula de contenção a bordo de uma nave de escravos. Ele escapa e acidentalmente causa o acidente da embarcação. Ele chega a Trip deixando a nave usando uma cápsula de fuga, mas ela ejeta a cápsula sem permitir que ele entre. Quando Monkey recupera a consciência após o pouso, ele descobre que Trip colocou uma coroa escrava nele, o que o obriga a seguir as ordens dela. Devido a coroa escrava, se ela morrer ele também morre. Trip explica que ela quer voltar para sua vila e precisa da ajuda dele para chegar lá. Monkey fica bravo, mas não tem outra escolha. Enquanto viajam pela cidade de Nova York, falhas na faixa de cabeça expõem Monkey a visões do que parece ser a vida antes da guerra. Quando eles chegam à vila de Trip, no entanto, o lugar está deserto e cheio de mecânicos.
Depois de limpar a vila deles, Monkey e Trip descobrem que o pai de Trip está morto e nenhum outro aldeão pode ser encontrado. Assumindo que todos estão mortos, Trip se recusa a remover a faixa de cabeça de Monkey, explicando sua intenção de encontrar e matar a pessoa responsável. Trip então leva Monkey para encontrar um amigo de seu pai chamado Pigsy, que ela acredita que pode ajudá-los. Pigsy explica que uma base de mechs próxima tem o Leviathan, um mech gigante e incrivelmente poderoso.
Enslaved: Odyssey to the West é um jogo bem simples com pouca coisa a se falar. Se trata de um jogo de ação, focado em exploração e com jogabilidade Hack'n Slash. O jogo não nos apresenta nada de inovador, mas o básico que ele nos mostra funciona muito bem. Encontramos pela fase orbs, que também são liberados pelos inimigos quando derrotados, e servem para melhorar os atributos de Monkey, como força, energia, técnicas de batalha, dentre outros. Podemos também comandar Trip em pontos chave para resolução de quebra cabeças e coisas do tipo. Monkey também pode atirar com seu bastão, utilizando dois tipos de projéteis, sendo um deles para manter o inimigos imóvel por alguns instantes.
As fases do jogo são bem extensas, tem muito a se explorar, além de muito coloridas e bem detalhadas. Vale ressaltar que temos um limite para nos afastarmos de Trip, ou Monkey pode morrer. Os gráficos do jogo são bem agradáveis e a ambientação pós-apocalíptica é muito bem feita. O jogo também não é muito difícil, mas achei extremamente repetitivo, aliás, cansei de ver comentários enaltecendo esse jogo como uma grande obra de arte mas sinceramente não vida nada disso. Existem muitos jogos do gênero muito mais ambiciosos e bem executados que
Enslaved: Odyssey to the West. Temos um pequena quantidade de inimigos que se repetem a exaustão, nos atacando em forma de hordas. Como em beat'em-ups antigos, temos o mesmo inimigos em cores diferentes, apresentando maior resistência ou golpes específicos. Temos alguns chefes para quebrar o gelo, mas alguns deles acabam se repetindo depois como fazem com os inimigos.
No quesito sonoro, nos lembramos quando um jogo tem uma trilha sonora marcante. Também acabamos lembrando dela quando é bem ruim. O que tenho a dizer sobre a trilha sonora de
Enslaved: Odyssey to the West, é que apesar de bem feita, acaba não sendo marcante. Claro que falo isso do meu ponto de vista. Pode ser que outras pessoas analisem as faixas do jogo com mais cuidado. Pra mim não fede e nem cheira.
Basicamente, o que tenho a dizer sobre esse jogo, é que vale a pena conhece-lo de fato. Uma nova experiência é sempre bem vinda, mas não esperem um jogo nível Bayonetta ou God of War. A forma que o enredo se desenvolve é muito bem elaborado, mas nos pautando pela temática pós-apocalíptica, também temos melhores opções, claro, isso levando em conta que muitos nós também nos interessamos pelos jogos nos conduzindo pela sua temática, independente do estilo de jogo.
O ultimo da lista é
Battlefield Hardline para
PlayStation 4, terminado no dia 12 desse mês.
Em 2012, os detetives de Polícia de Miami, Nick Mendoza e Carl Stoddard fazem uma busca de drogas que acaba em um conflito violento. Depois de prender um suspeito em fuga, o capitão Julian Dawes fez com que Nick trabalhasse com a Khai Minh Dao para seguir uma pista do corretor de cocaína Tyson Latchford. Forçando o parceiro de Tyson a usar um grampo, eles encontram uma nova droga chamada "Tiro Quente" sendo vendida nas ruas de Miami e resgatam Tyson de um grupo de homens armados. No processo Khai é gravemente ferida, colocandos-a fora de ação por várias semanas. Depois de retornar a ativa, Dawes ordena que os dois tragam Leo Ray de Elmore Hotel, mas são forçados a confrontar homens armados ligados ao traficante Remy Neltz, que está distribuindo a droga Tiro Quente. Ao capturar Leo, Khai parte para acima dele por aparentemente estar a insultando.
A informação de Leo leva os dois detetives para os Everglades, onde os cargas de drogas estão sendo lançadas ao pantano. Investigando a área, eles descobrem várias operações de drogas de Neltz e o cadáver mutilado de Leo, que foi presumivelmente morto por cooperar com a Polícia de Miami. Eles acabam encontrando Neltz apenas para escapar de volta para Miami. Antes de sair, ele menciona que ele aceitou um acordo de Stoddard. Os policiais o encurralaram em um armazém de Miami, onde Stoddard chega e mata Neltz quando ele estava prestes a falar mais sobre seu acordo. Nick sai com desgosto depois que Stoddard e Khai pegam algum dinheiro antes que mais oficiais chegassem. Mais tarde, no meio de um furacão, Dawes envia Nick e Khai de volta à cena do crime para achar qualquer evidência incriminando Stoddard. Achando a gravação de Neltz envolvendo Stoddard, Nick encontra seu ex-sócio em uma reunião com outros negociantes, mas é forçado a trabalhar com ele para resgatar Khai de mais homens armados. Os três mais tarde se encontram com Dawes e o resto voces que joguem para descobrir o que acontece
Fugindo da temática militar de conflitos bélicos,
Battlefield Hardline nos coloca em uma realidade diferente, ambientando o jogo é um cenário de policiais contra criminosos. Apesar da mudança de direção que o jogo leva a série, diversos aspectos que conhecemos são os mesmos, mas também temos novidades no meio de tudo isso. Para começar, temos um scanner aonde podemos marcar os inimigos que estão na tela, além de inidicar o posicionamento de evidencias para solucionar casos policiais. Essas evidencias são os colecionáveis do jogo, e ao resolver os casos conseguimos novas armas para o arsenal, além do desbloqueio de itens para o modo multiplayer. Essa foi uma das novidades que mais gostei do jogo. Elas podem ser encontradas escondidas pela fase ou podem estar sob posse dos criminosos com mandado de busca de busca em aberto, e isso é outra novidade que o jogo traz.
Podemos sair igual um Rambo atirando pra todo lado, como também temos a opção de agir de forma furtiva e prender os inimigos que estão pela fase. Cada fase tem até 4 criminosos com mandado de busca em aberto, e estes também podem liberar itens colecionáveis, desbloquear novas armas e fornecer mais XP para o jogador. Vale ressaltar que a cada nível alcançado com essa XP, novos equipamentos para o modo multiplayer são liberados.
Voltando ao modo furtivo de jogo, nem sempre é fácil faze-lo. É importante não deixar que os inimigos nos vejam, e nem reparem que existem bandidos presos pela fase ou eles entram em alerta. O jogo nos apresenta uma mecânica de distratir o inimigos jogando uma cápsula vazia para fazer um barulho. Com isso o trabalho furtivo fica um pouco mais fácil de ser executado. Apesar da inteligencia dos inimigos de ver seus comparsas caídos e entrar em modo de alerta para encontrar quem o derrubou, nosso parceiro pode passar na cara dura na frente deles que parecem transparentes. Realmente não os fazem ter reação, mas ainda assim ajudam na troca de tiros.
Também temos algumas ferramentas interessantes para explorar as fases, como por exemplo um gancho para escalar locais mais altos e tirolesas para alcançar plataformas altas que estão a uma longa distancia. Como de costume, temos a disposição uma gama razoável de veículos em certas fases, como carros, motos até um tanque de guerra. Todas as armas disponíveis podem ser equipadas com acessórios como silenciadores, miras especiais, pentes de munição estendidos dentre muitos outros.
Não achei os gráficos melhores que os vistos em Battlefield 4, mas ainda assim estão bons. Acredito que o orçamento para esse jogo deve ter sido um pouco mais modesto, então, fica perceptível, que apesar do bom trabalho do estúdios, notamos que o mesmo não traz o mesmo nível de polimento. Também percebi que a possibilidade que a Frostbite traz de destruição do cenário aqui esta um pouco mais limitada. Pra mim esses aspectos não trouxeram pontos negativos ao jogo. Apenas temos um jogo um pouco mais simples.
A trilha sonora é ok e vi muitas pessoas reclamarem da dublagem brasileira do jogo, mas pra mim ficou boa. Não tenho do que reclamar, afinal, joguei jogos no idioma dos outros a vida toda. Pra mim ficou ok também.
Pra encerrar, achei o jogo muito bom no que se propôs e me divertiu bastante. Consegui coletar todas as evidencias e prender todos os bandidos. Me diverti bastante, e apesar do inicio achar meio frio em relação aos outros jogos da série, me adaptei as novas mecânicas em sua jogabilidade e acabei gostando bastante.
As screenshots acima foi eu mesmo quem gerou durante a campanha e postei
muitas outras aqui. Também gravei um vídeo bem legal do inicio da campanha abaixo: