É, o Twitter ser assim até não é o problema.
O que me assusta é pensar que muita gente seja assim, e que as redes sociais podem estar potencializando este tipo de comportamento.
Por exemplo, nas décadas de 80, ou 90, uma criança ou um adolescente tinha que ir à rua pra brincar, pra se divertir. Não tinha "rede social" ou "jogo online". Entretenimento era, via de regra, na rua. Então sua "rede social" era o espaço geográfico em que você circulava: o condomínio em que morava, a rua, a quadra, o bairro no máximo. Então não tinha escolha. Tinha o branco, o preto, o pardo. Tinha o mais rico, o mais pobre. O que pensava A, ou o que pensava B. E você tinha que aprender a conviver com eles. Porque "era o que tinha". Isso era um importante exercício de aprendizado, de tolerância, de convivência.
Hoje em dia não há mais. Se a pessoa quer, ela monta um perfil que a agrada, e só se relaciona socialmente com pessoas que tenham este perfil.