‘Eleição não foi sobre economia’, diz Guedes após vitória de Bolsonaro
Assessor econômico é o nome do presidente eleito para cuidar das finanças do novo governo; segundo ele, população votou em princípios e valores
O economista Paulo Guedes, escolhido por Bolsonaro como seu ministro da Fazenda
Escolha de
Jair Bolsonaro para comandar a economia a partir de 1º de Janeiro, o economista
Paulo Guedes afirmou depois da vitória do candidato do PSL que o tema economia não foi o foco desta eleição. O tema é apontado por uma série de especialistas como a grande prioridade para o avanço do país.
“Essa eleição não foi sobre economia. A economia foi muito pouco importante, foram valores e princípios que ele defende. A corrupção na política e a violência que têm que acabar. A população brasileira votou em princípios, não votou em economia”, disse a VEJA.
O economista não quis informar qual será sua primeira medida para a economia no novo governo. “Vamos atacar tudo. Prioridade são os gastos públicos em excesso”, disse, sem entrar em detalhes.
Guedes acompanhou a apuração dos votos ao lado de Jair Bolsonaro em sua casa. Por volta de 21h30, deixou o condomínio do capitão para encontrar com as lideranças da campanha no hotel Windsor, próximo ao local.
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Bebianno deixa presidência do PSL horas depois da eleição de Bolsonaro
Luciano Bivar (PSL-PE) reassume o cargo do qual se afastou para cuidar da campanha que o levou a mais um mandato de deputado federal
Gustavo Bebianno, presidente nacional do PSL, em vídeo postado na conta oficial do partido no Twitter - 05/10/2018
O advogado Gustavo Bebianno deixou a presidência do PSL horas depois de o partido
eleger Jair Bolsonaro para a Presidência da República. O posto voltará a ser ocupado por Luciano Bivar (PSL-PE), que havia se afastado da direção da sigla para cuidar da campanha que lhe garantiu mais um mandato como deputado federal.
A saída de Bebianno do cargo foi publicada no
Diário Oficial desta segunda-feira 29. “Pelo presente instrumento, venho informar que estou retornando às atividades partidárias nesse dia, reassumindo a Presidência Nacional do PSL”, diz um trecho da nota assinada por Bivar, datada de sexta 26. A remoção da presidência não acarretará na desfiliação de Bebianno.
Após a confirmação da vitória de Bolsonaro, o advogado afirmou à imprensa que sua saída do posto era dada como certa. Ele declarou que só mantinha relações com Bolsonaro e que poderia até mudar de partido caso o presidente eleito decidisse procurar outra legenda.
Bivar vinha manifestando o interesse de reassumir o controle partidário há algumas semanas. Quando Bolsonaro decidiu que o PSL abrigaria sua candidatura à Presidência, em março, o deputado concordou em se afastar do cargo para se dedicar exclusivamente à campanha para Câmara. Braço-direito de Bolsonaro e um dos responsáveis por negociar a ida do capitão reformado ao partido, Bebianno foi escolhido para substituí-lo neste período.
Havia o temor de que o advogado poderia tentar se efetivar no cargo com a conclusão das eleições. Bivar, portanto, julgou que o momento ideal para reassumir as atividades partidárias era após a vitória de Bolsonaro sobre o petista Fernando Haddad. O partido deverá realizar em novembro uma eleição para reconduzir Bivar a um novo mandato como presidente.
O deputado esboçou uma estratégia para se candidatar à presidência da Câmara, mas Bolsonaro barrou a iniciativa ao julgar que perderia governabilidade caso o PSL formalizasse o interesse de também controlar as esferas Legislativas. O presidente eleito vem acenando favoravelmente à manutenção de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no posto.
O futuro de Bebianno está indefinido. O advogado foi cotado para ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas seu nome perdeu força nas últimas semanas. No domingo, ele citou a ex-ministra do STJ Eliana Calmon e o juiz Sergio Moro como bons nomes para chefiar a pasta. Questionado sobre qual cargo terá na futura administração, Bebianno se esquivou da pergunta e disse que só servirá café no gabinete. Segundo a
coluna Radar, uma possibilidade é o Gabinete de Segurança Institucional, pasta que receberia mais atribuições, inclusive o comando da Polícia Federal.
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