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Governadores pedem reunião com Bolsonaro para diminuir tensão entre Poderes
Representantes de 24 estados e do Distrito Federal discutiram, em reunião, os ataques do presidente a ministros do Supremo Tribunal Federal.
23/08/2021 22h19 Atualizado há um dia
Governadores pedem reunião com Bolsonaro para diminuir tensão entre Poderes
Representantes de 24 estados e do Distrito Federal entraram em cena para tentar diminuir a tensão entre os Poderes provocada por ataques do presidente Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal.
A reunião foi em Brasília na sede do governo do DF. A maioria participou por videoconferência. Ao todo, 22 governadores, dois vices e um secretário estadual. Só os governadores do Amazonas, Wilson Lima, do PSC, e do Tocantins, Mauro Carlesse, do PSL, não compareceram nem mandaram representantes.
O encontro já estava marcado para discutir assuntos de interesse dos estados, como a reforma tributária, mas a crise entre os Poderes acabou dominando o debate.
Há três dias, o presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Senado um pedido de impeachment do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. No mesmo dia, o STF divulgou uma nota em que repudiou o ato de Bolsonaro e manifestou total apoio à independência e imparcialidade de Moraes.
O tom dos discursos foi de preocupação com o agravamento da tensão provocada pela postura de Bolsonaro, como ressaltou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB.
“Ele ataca todos os espaços de contestação. Ataca a imprensa, ataca o Parlamento, ataca o Judiciário, ataca os governadores. Nós estamos sob o constante ataque do presidente da República. Então, ele, infelizmente, dá demonstrações de não ter apreço pela democracia, de fato, porque, como eu falei, é sobre sabermos conviver com quem contesta a gente. Então, é grave, de fato, o que vivemos no Brasil, e acho que exige da nossa parte a união e a soma das partes, a soma dos estados”, disse Eduardo Leite.
Alvo constante de críticas do presidente, o governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, reforçou a importância da defesa da democracia.
“O país sofre uma ameaça constante em relação à democracia. Basta observar as manifestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que flerta com autoritarismo permanentemente. Isso afronta os princípios da liberdade, os princípios das instituições, os princípios da democracia e daquilo que nós defendemos. Não nos cabe silenciar diante de fatos que podem colocar em risco as liberdades e os princípios constitucionais do país”, afirmou Doria.
O governador da Bahia, Rui Costa, do PT, ressaltou que os conflitos do presidente da República com os demais poderes geram instabilidade política e afetam a economia do país.
“Além de ameaçar a democracia, ameaça e é uma tragédia para o emprego, para os investimentos, para renda. É notória a repercussão desse comportamento do presidente nos investimentos externos do Brasil e grande o prejuízo que isso trouxe para a economia dos estados”, disse Rui Costa.
A ideia inicial de alguns governadores era divulgar uma carta com a assinatura de todos os participantes repudiando as ameaças do presidente Bolsonaro ao STF, ao sistema de votação brasileiro e à democracia, mas governadores aliados a Bolsonaro acabaram convencendo os demais de que seria mais produtivo agendar encontros diretos com o presidente e com os chefes do Legislativo e do Judiciário.
“Todos nós trabalhamos por uma única coisa, o bem-estar comum, bem-estar da população, em especial ao mais carente. Somos a favor de um país que merece sim um tratamento melhor das suas instituições para que a gente entra na normalidade. É essa a intenção de todos os governadores”, disse o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
O coordenador do Fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, disse que o primeiro passo é pedir uma agenda de todos os governadores com Bolsonaro. Em entrevista à GloboNews, ele disse que o Brasil tem problemas que precisam ser resolvidos com urgência.
“Nós temos uma situação social em que cresceu a miséria, a fome, a pobreza. Qual é o plano que nós temos para cada um desses pontos? Então a partir daí é que se disse: olha, nós temos que sair de uma situação que tem uma carta aqui, outra carta ali, e temos que trabalhar uma pauta concreta. Então o objetivo é garantir que a gente venha para uma pauta realmente de interesse público, que possa melhorar a vida das pessoas no Brasil”, afirmou.
Pedido para audiência
Na noite desta segunda, os governadores entregaram o pedido oficial para audiência com o presidente Bolsonaro, os presidentes da Câmara e do Senado e do Supremo Tribunal Federal.
O Palácio do Planalto não quis se manifestar sobre as declarações dos governadores.