Depois de 90+ horas finalmente consegui completar o game!
999 a moons e todas as moedas roxas... só não vou ter tempo (ou saco) de comprar todas as roupas rs!
Pensei em ir postando ao longo do jogo mas depois de muitos anos sem videogame quis aproveitar esse jogo ao maximo aos poucos e sem pressão e interferência e spoilers. Como não acompanhei o tópico, pode ser que algumas coisas soem repetitivas, já ditas por outros users, então ignorem rs.
Pode ser que contenham spoilers de leve também, pelo menos praqueles que ainda não terminaram a primeira metade (ou seria terço?) do jogo, o confronto final com o Browser.
Acredito que esse jogo seja de longe o mais completo de todos os Marios. A Nintendo conseguiu colocar praticamente tudo de bom dos jogos anteriores e encaixou (em maior ou menor proporção) nesse jogo.
Considerado por muitos como o sucessor espiritual do Mario 64, o jogo trouxe de volta a exploração sandbox do jogo de 97 em fases maiores e muito bem elaboradas, além de belas. Obvio que era esperada uma grande evolução depois de 20 anos, mas acredito que foi feito um belo trabalho, com um design muito bom, que privilegia a exploração e a curiosidade (e em certos pontos, habilidade também). As fases são recheadas de coisas a se fazer. Existem aqueles elementos que se repetem, como as corridas, a busca pelo Captain Toad, as Art Hints, o chapéu que perdeu os amigos, a Peach e as ovelhas perdidas. Tem até algumas mini side-quest com NPCs.
As fases bonus proporcionam os desafios mais lineares e dificeis em momentos pontuais, aproveitam a liberdade de design; e vão ficando mais dificeis até o fim (aquela ultima fase dos infernos.)
As transições para as partes em 2D também não são novidade, mas estão lá e saceiam um pouco do nosso saudosismo.
Os inimigos que o Mario captura com o Cappy, apesar de não ser um conceito novo, também proporcionam uma variedade bacana na jogabilidade, e são bem encaixados nos designs nas respectivas fases.
Aliás, o Cappy em si trouxe uma gama de movimentos que expandiu a jogabilidade a um outro patamar. Depois que se domina os movimentos novos (e demorei um pouco pra conseguir, confesso) e entra nas fases que não se usa o Cappy a gente percebe o quanto ficou dependente deles. Não faço ideia de como vou me sentir nos proximos jogos, caso a Nintendo deixe o Cappy de lado rs.
O carinho e o respeito com os detalhes e as diversas homenagens e referências. Acho que não é spoiler dizer aqui que o festival foi um momento de ouro na história dos games. O Mushroom Kingdom também foi nostalgia pura. As musicas e a roupa do 64 ficaram demais.
Vi muita gente reclamando da (falta de) dificuldade do jogo. Sei que existem muitas luas que oferecem pouco desafio, principalmente as primeiras; mas acho que esse sentimento vai diminuindo ao longo do jogo, conforme vão sobrando as mais difíceis e menos obvias, pelo menos pra mim. E eu que acabei de terminar a ultima fase, posso dizer que foi um desafio muito bom, de habilidade, perseverança e paciência rs. Foi um sentimento muito bom depois que conseguir. Se levando em conta todo o publico que joga, isso foi o máximo que pode ser alcançado pra agradar a todos. Até as luas do Rope Jump e do vôlei, que a principio achei desnecessárias pela dificuldade, vi que muita gente se divertiu bastante, e se desafiou online e conseguiu resultados incriveis.
A trilha sonora achei bem razoável. De algumas eu nem lembro, outras achei incriveis. Destaque para a trilha do Cascade, do Wooded e o Metro Kingdoms.
Existem algumas ressalvas, mas que no fim das contas não passam de pequenos detalhes ou preferencias, não tiram o brilho do jogo.
Senti falta, por exemplo, das Power-ups do Mario. Sei que o Cappy e os inimigos que você possui suprem muito bem essa falta. Mas o Mario mesmo poderia ter algum poder a mais em algum momento. Por exemplo, aquele item que o Mario ganha no final, caso fosse usado durante a jornada poderia criar situações interessantes. Talvez mais pelo saudosismo mesmo rs.
O Yoshi também poderia ser montado pelo Mario, e não dominado pelo Cappy, inclusive com a mudança na trilha como no Mario World. Seria incrível rs.
A batalha contra o Bowser também achei pouco marcante. Talvez a decisão de enfrentar o Bowser interrompendo um casamento não criou um um clima de tensão suficiente rs. Comparando por exemplo com aquelas fases que antecediam a batalha do Mario 64. Em compensação o pós batalha sim, foi surpreendente!
Enfim, meu
Switch só teve o Mario como jogo single-player até agora. E o jogo é tão bom que desde março quando comprei não senti necessidade nenhuma de ter outra coisa pra jogar. E se tivesse mais objetivos pra cumprir (tirando farmar coins) continuaria jogando feliz por um bom tempo, mas como toda jornada tem um fim, o jeito é comprar o Zelda agora. Fazer o que né rs.
Nota 10!