Queiroga'
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2011 é só 2 anos para 2013. Provavelmente tinham ideia sim do hardware.
Se uma empresa polonesa com apenas um jogo lançado pro X360 sabia o hardware do PS4 em 2011, então certamente esta mesma empresa, após o lançamento daquele que é considerado um dos melhores jogos da geração, tinha ideia do hardware do PS5 em 2016.
Até porque, como eu disse, consoles hoje em dia não são diferentes de computadores, não tem muito pra onde correr.
Em relação a todos esses outros jogos, temos que nos perguntar, qual o potencial de mercado deles?
Grandes lançamentos de franquias consolidadas das maiores empresas do mundo contra o terceiro jogo de uma desenvolvedora polonesa de uma franquia que sofria para vender um milhão de cópias.
Duvido que alguém em 2013 diria que The Witcher 3 venderia mais do que Far Cry 4, Dragon Age Inquisition, MGS V, etc. O que determinou o potencial de mercado do The Witcher foi ser um jogo next-gen, o que garantiu que ele continuasse vendendo bem até hoje.
E meio de 2015 é bem diferente de você lançar um game no lançamento de novos consoles. Já tem aí uma base de consumidores pra você vender.
Por isso que eu disse que deveriam colocar a data como TBA.
Cyberpunk não está pronto ainda. No máximo poderia ser um beta para quem comprasse na pré-venda no PC. Em 2022 já deve ter uma IA funcional, redução de bugs severos, rodar sem crashar os consoles, etc. Aí sim o jogo poderia ser lançado.
Em relação ao MGS V tem um outro fator. O jogo teve seu desenvolvimento iniciado bem cedo. Sua engine passou a ser desenvolvida logo depois do MGS 4, tem um desenvolvimento, não a pleno vapor, mas teve um desenvolvimento de 7 anos. O jogo foi prometido (e isso aqui importa muito) pra ps3 e 360. É uma questão ética, você não promete e volta atrás. Sei que tem empresas fdps aí que fazem isso, não preciso agora citar os casos, só pesquisar pra saber, mas é uma questão de você promete que um game vai sair para Ps4 o consumidor se sente ferido mesmo que ele vá comprar o Ps5 se o jogo não for lançado para Ps4. Apenas os istas ficam felizes com esse tipo de coisa porque pra eles toda decisão da empresa que eles adoram tá certa. Um game é anunciado pela primeira vez em 2012, tem notícia dele ao longo de uma geração, pessoas compram Ps4 e Xone pra jogar esse jogo, não é só o tamanho da base instalada e a questão econômica, é o compromisso ético que você tem com aquele consumidor. Algumas first, porque são first, tem condições aí de criar um damage control dessas violações éticas que elas cometem. Thirds se dão muito mal com isso. Porque os consumidores querem ter uma chance de jogar o jogo no hardware que elas tem. Elas não querem comprar tal hardware novo e poderoso. Elas não querem comprar o sucessor do console que tem porque amam a marca X ou Y, só querem ter a chance de jogar o jogo. Pra quem com lançamento ou não de Cyberpunk ou de qualquer outro exclusivo next gen, que, já vai comprar de todo jeito um Ps5 ou um Series X, é fácil falar que se esses jogos forem lançados exclusivamente pra next gen todo mundo vai agora pagar 500 dólares só pra jogar o jogo. São pessoas que comprariam esses consoles com 0 jogos lançados para eles, como é o caso de muita gente aqui deste fórum, sabe disso, compra console porque é da marca que ele gosta e pronto, cabou, não importa se tem 0 jogos para jogar, ele vai comprar day one. Quem tem essa visão não entende o consumidor que deixa pra comprar um console no terceiro, quarto ano, quando as coisas se assentam, preço cai, você tem ideia de qual console tá vencendo a geração e vai continuar tendo suporte. Todo console de grande empresa sempre teve esses entusiastas aí, montão de seguista foi comprar o Dreamcast só porque era o novo console da Sega. Vendeu 10 milhões, nenhum jogo no console vendeu mais de 8 milhões de unidades (que é o que Cyberpunk vendeu na pré-venda) e muito menos o console foi comprado por outros tantos mais 200 milhões de pessoas daquele mercado. O mercado de videogames não é só esses istões entusiastas que compram Dreamcast, Wii U, Gamecube etc. Eu sou apaixonado pela Nintendo mas do Wii U eu passei longe, tive uma boa oportunidade pra comprar e dropei. "Ah, lançou tal jogo lá que eu queria muito jogar, queria muito jogar esse Mario Maker". Não vou comprar o console só por isso não! E muita gente fez isso, tanto é que muito jogo do Wii U agora vende mais no Switch. É bem o caso de muita gente que quer jogar Cyberpunk mas não vai ter nos próximos meses, até mais de 1, 2, 3 anos, console pra rodar o jogo. Não tou dizendo que não vai ter gente que não vai comprar o videogame novo só pra jogar Cyberpunk. O que tou dizendo é que tem tantas outras mais que não são dispensáveis que não vão fazer isso. São pessoas que não tem 300 dólares na mão hoje, mas tem um Ps4 ou Xone e sessentão na mão.
Versão do Cyberpunk pra PS4 e Xone só foi confirmada em 2018, na mesma época do gameplay reveal de 50 minutos.
E esse foi o grade erro da CD Project. Dali em diante só havia duas opções: cancelar a versão oldgen (não apenas por capacidade técnica, mas também porque o jogo só ficaria pronto quando PS4 e Xone já estariam mortos) ou fazer um downgrade absurdo (não apenas dos gráficos, mas principalmente de features) do que foi mostrado. Nenhuma das duas é eticamente louvável.
Preferiram a segunda opção. Difícil agora é achar um dono de PS4 e Xone que esteja feliz com o que lhes foi entregue...