Bitcoin é usado por argentinos para fugir da inflação
07/06/2022
A inflação na Argentina atinge atualmente seu maior patamar dos últimos 30 anos. Segundo informou o Instituto Nacional de Estatística de Censos (Indec), o índice de preços ao consumidor registrou de abril de 2021 ao mesmo período deste ano um aumento de 58%. Com a alta recorde do índice no país, cerca de 37,3% da população está no nível abaixo da linha da pobreza.
Com a desvalorização da moeda, o Peso argentino, a população tem se interessado cada vez mais pelas criptomoedas. É o que mostra um relatório intitulado "Inteligência de Mercado das Américas", divulgado pela Reuters nesta segunda-feira (30). De acordo com a agência de notícias britânica, o Bitcoin tem atraído os argentinos que buscam escapar da inflação. O levantamento aponta crescimento de 12% no interesse dos hermanos pelo ativo digital, o dobro do nível do México e do Peru.
Um estudo realizado em 2021 pela Triple A, Aliança Anticomunista Argentina, mostrou que cerca de 3% da população do país utiliza criptomoedas no dia a dia. Esse número indica um total de mais de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o relatório, a moeda digital DAI, uma stablecoin (moeda estável cujo valor é pareado ao dólar) foi a preferida na hora de transformar pesos argentinos em dólares americanos.
Inflação na Argentina tem levado ao empobrecimento da população. Bitcoin atua como reserva de valor, ante a forte desvalorização da moeda do país (Imagem: Reprodução/Envato-Puhimec)
Interessado no crescimento das moedas digitais, o Galicia, maior banco do país, anunciou no último dia 2 de maio que seus clientes poderiam negociar criptomoedas. Contudo, poucos dias depois, em 6 de maio, o Banco Central argentino (BCRA) obrigou o Galicia a interromper as operações envolvendo criptos, alegando que era necessário "mitigar os riscos associados com as operações envolvendo ativos digitais".
O BCRA também proibiu que instituições financeiras do país oferecessem essa modalidade de investimento aos seus clientes. No entanto, a busca por opções rentáveis para compensar a desvalorização do Peso argentino segue em alta. Ainda é cedo para dizer o governo vai ceder ao movimento do mercado, mas a tendência de procura pelo Bitcoin e outras alternativas indica que as criptomoedas devem seguir aquecidas entre nossos vizinhos.
Com inflação em nível recorde e mais de 37% da população abaixo da linha da pobreza, argentinos usam Bitcoin para fugir da desvalorização da moeda local
canaltech.com.br
Preço dispara e províncias já racionam diesel na Argentina
Problemas de distribuição afetam 19 das 24 províncias do país, segundo a Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Carga (Fadeeac)
07/06/2022
A escassez de diesel é generalizada na Argentina e o combustível está racionado na maior parte do país. Os preços dispararam e problemas de distribuição afetam 19 das 24 províncias do país, segundo a Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Carga (Fadeeac).
O estudo da entidade mostra também que os preços dispararam e, em alguns lugares, o litro chega a custar 250 pesos — o equivalente a R$ 9,70, levando em conta a cotação do dólar blue (paralelo) e R$ 5,60 pelo dólar oficial.
Na maior parte do país, 26,9% dos caminheiros têm se submetido a esperas superiores a 12 horas para abastecer.
“O quadro está ficando mais complicado a cada dia”, alertou Roberto Guarnieri, presidente da federação. “A produção agrícola e industrial, que já sofre com atrasos, será ainda mais afetada se a situação atual não for revertida”, completou.
Segundo um mapa elaborado pela Fedeeac, 14 províncias estão em vermelho, ou seja, há pouquíssimo ou nenhum combustível nos postos. Estão nessa situação as Província de Buenos Aires — incluindo o distrito federal —, Entre Ríos, Corrientes, Misiones, Santa Fé, Córdoba, Santiago del Estero, Tucumán, Salta, Jujuy, Formosa, San Juan e Mendoza. Estes pontos registram as esperas mais longas.
As Províncias de San Luis, La Rioja, Catamarca e Chaco estão em laranja — indicando que há pouco combustível e venda racionada, limitada a 20 litros por veículo.
Em La Pampa, a indicação é amarela, com o limite de abastecimento a a venda máxima é de 100 litros por veículo. Apenas as províncias do sul aparecem em verde.
Os locais mais afetados são províncias que abrangem os destinos de demanda no norte do país.
“A demanda por esse combustível continuará aumentando, pois a escassez de gás implicará em diesel adicional para atender às necessidades da indústria e do campo”, diz o comunicado da Fedeeac.
Problemas de distribuição afetam 19 das 24 províncias do país, segundo a Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Carga (Fadeeac)
valorinveste.globo.com
Governo argentino quer "capturar" parte da "renda inesperada" obtida pelas grandes empresas com a guerra na Ucrânia
Enquanto o presidente Alberto Fernández afirma que lucro extraordinário deve ser usado para gerar igualdade e justiça social, os empresários advertem sobre as consequências nos investimentos e veem na iniciativa uma forma de o governo cumprir a meta com o FMI sem fazer um ajuste fiscal.
07/06/2022
Enquanto o presidente Alberto Fernández afirma que lucro extraordinário deve ser usado para gerar igualdade e justiça social, os empresários advertem sobre as consequências nos investimentos e veem na iniciativa uma forma de o governo cumprir a meta com o FMI sem fazer um ajuste fiscal.
O governo argentino anunciou o envio ao Congresso de um projeto-lei que cria o chamado "imposto sobre a renda inesperada" sobre as grandes empresas beneficiadas pelo aumento dos preços internacionais devido à guerra na Ucrânia, uma iniciativa rejeitada pelos principais empresários do país.
"Esta guerra nos submete a duas realidades: que milhões de seres humanos entrem em risco enquanto poucos ganham muitíssimo com os efeitos dessa guerra. Essa é a imoralidade que não podemos permitir. Estamos aqui para equilibrar aquilo que foi desequilibrado", disse na noite desta segunda-feira (6) o presidente Alberto Fernández, acompanhado pelo ministro da Economia, Martín Guzmán, na Casa Rosada.
O projeto-lei procura implementar uma alíquota de 15% sobre o lucro extraordinário das companhias. Essa nova alíquota soma-se ao vigente imposto de renda do ano em exercício de 2022.
As empresas atingidas serão aquelas que tiverem um lucro líquido superior a um bilhão de pesos argentinos (US$ 8,2 milhões). No ano passado, 3,2% das empresas do país superaram esse montante.
As rendas dessas companhias serão taxadas se forem atingidas por uma das duas condições: margem de lucro contábil em 2022 superior a 10% ou aumento da margem de lucro em 2022 em relação a 2021 de, pelo menos, 20%.
"O destino do que for arrecadado será um fundo a ser proporcionalmente distribuído à União e às províncias para a implementação de políticas públicas, visando maior equidade social", argumentou o ministro Martín Guzmán.
Lucro compartilhado
Pela lógica do governo, a alta dos preços internacionais, devido à invasão russa na Ucrânia, gera uma "renda inesperada" para as empresas que exportam commodities sem que tenham aumentado investimentos para produzir mais.
"A única forma de sustentar um crescimento que signifique progresso é se esse crescimento for partilhado entre todos", apontou Guzmán.
"Estamos trazendo igualdade e construindo justiça social", concluiu o presidente Alberto Fernández, dando como exemplo medidas semelhantes adotadas no Reino Unido e na Itália. Nesses países, no entanto, o novo imposto recai apenas sobre as empresas petrolíferas.
Semanas atrás, o ministro Martín Guzmán foi criticado quando indicou que o governo preparava um novo imposto para "capturar parte da renda extraordinária". Desta vez, o ministro evitou o verbo "capturar". Usou "administrar a renda inesperada" enquanto fazia um gesto de captura ao fechar as duas mãos como garras.
Empresários advertem
A Argentina é uma das maiores exportadoras de produtos agrícolas, incluindo os produtos mais afetados na Rússia e na Ucrânia como milho, girassol e trigo. No entanto, além do imposto de renda, os produtores já pagam um imposto extra sobre a exportação agropecuária de até 35%. Apenas seis países no mundo aplicam imposto sobre as exportações.
"A criação de novos impostos como esse anunciado de 'renda inesperada' vai contra o estímulo aos investimentos e ao emprego. Na Argentina, estão em vigência 165 impostos e a carga tributária sobre o setor formal é muito elevada, superando amplamente a média dos países da região", criticou a Associação Empresarial Argentina (AEA) através de uma nota.
A União Industrial Argentina (UIA) também emitiu uma nota para expressar a sua "preocupação com os efeitos de uma alíquota adicional sobre o setor produtivo e advertiu que o aumento da pressão tributária terá impacto negativo na atividade econômica e no emprego".
Desde que assumiu o cargo, o presidente Alberto Fernández subiu ou criou 20 impostos, enquanto os países da região diminuíram a carga tributária para compensar as perdas com a pandemia e para incentivar a retomada do crescimento.
A consultora econômica Sarandí calcula que o novo imposto argentino arrecade o equivalente a 0,41% do Produto Interno Bruto e ajude o governo a reduzir o atual déficit fiscal primário de 3% a 2,5% do PIB,
conforme a meta estabelecida no acordo financeiro com o FMI.
O novo imposto precisará passar pelo Congresso, onde o governo ainda não conta com todos os votos necessários.
"Pedimos e valorizaremos profundamente o acompanhamento do Congresso nestas circunstâncias tão difíceis para todo o mundo, para evitar injustiças e para que a Argentina avance numa trilha de progresso", pediu o ministro da Economia, Martín Guzmán.
Nos primeiros quatro meses do ano, a Argentina acumula uma inflação de 23,1% e o relevamento do mercado emitido pelo Banco Central projeta uma taxa de 72,6% no ano. Desde março, a inflação mensal tem superado os 6%.
Enquanto o presidente Alberto Fernández afirma que lucro extraordinário deve ser usado para gerar igualdade e justiça social, os empresários advertem sobre as consequências nos investimentos e veem na iniciativa uma forma de o governo cumprir a meta co
noticias.uol.com.br
Presidente da Argentina fará doação para encerrar ação sobre festa na pandemia
Justiça aceita que Alberto Fernández e a esposa transfiram R$ 121 mil a centro de desenvolvimento de vacinas
A Justiça da
Argentina encerrou nesta segunda-feira (23) um processo contra o presidente do país, Alberto Fernández, ao aceitar uma doação como forma de compensar potenciais danos causados pelo descumprimento de protocolos sanitários durante a pandemia de Covid-19.
Num momento em que argentinos enfrentavam uma quarentena rígida, Fernández
recebeu na residência oficial ao menos 13 pessoas para comemorar, em 2020, o aniversário da primeira-dama, Fabíola Yañez.
Foto vazada à imprensa registrou todos sorrindo, sem máscara e descumprindo orientações de distanciamento social.
Alberto Fernández (à esq.), presidente da Argentina, participa de festa nos meses iniciais da pandemia, quando esse tipo de evento estava proibido no país - @gonziver no Twitter
Como parte do acordo com a Justiça anunciado nesta segunda, Fernández e a esposa deverão doar 3 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 121 mil) ao Instituto Malbrán, centro de pesquisas e elaboração de vacinas e soros. A proposta foi feita pelo próprio presidente, que, segundo a imprensa local, tomará um empréstimo bancário para fazer a transferência.
"Não há controvérsia alguma entre as partes quanto à qualificação jurídica do fato, ao funcionamento da instituição invocada, à extensão do dano e à proporcionalidade da oferta", escreveu o juiz ao aprovar o acordo. A promotoria estimou que
o valor "cobriria o preço de um respirador" de terapia intensiva e quatro dias de internação de um paciente com Covid.
"Os cidadãos têm o direito de propor uma compensação econômica para extinguir a ação, e eu fiz isso. Usei um direito que tenho como cidadão, não uma prerrogativa como presidente", disse Fernández ao defender sua proposta, criticada pela oposição.
Como parte do acordo com a Justiça anunciado nesta segunda, Fernández e a esposa deverão doar 3 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 121 mil) ao Instituto Malbrán, centro de pesquisas e elaboração de vacinas e soros. A proposta foi feita pelo próprio presidente, que, segundo a imprensa local, tomará um empréstimo bancário para fazer a transferência.
"Não há controvérsia alguma entre as partes quanto à qualificação jurídica do fato, ao funcionamento da instituição invocada, à extensão do dano e à proporcionalidade da oferta", escreveu o juiz ao aprovar o acordo. A promotoria estimou que
o valor "cobriria o preço de um respirador" de terapia intensiva e quatro dias de internação de um paciente com Covid.
"Os cidadãos têm o direito de propor uma compensação econômica para extinguir a ação, e eu fiz isso. Usei um direito que tenho como cidadão, não uma prerrogativa como presidente", disse Fernández ao defender sua proposta, criticada pela oposição.
O caso veio à tona em agosto do ano passado e ficou conhecido como Olivos-gate, por ter acontecido na residência oficial de Olivos. Em um primeiro momento, o presidente chegou a sugerir que a foto era uma manipulação ou o registro de um encontro realizado em data anterior à pandemia.
Depois, outra imagem divulgada comprovou que os convidados estavam comemorando os 39 anos de Yañez, com bolo, jantar e garçons, sem deixar dúvidas de que a reunião foi na residência oficial e na data indicada. Fernández, então, recuou e pediu desculpas.
Ainda em agosto, o político foi indiciado e acusado de ter violado decreto assinado por ele mesmo. Em sua defesa, alegou que, como não houve contaminações no encontro, não houve delito. "Não foi infringida nenhuma medida sanitária, afinal não houve propagação do vírus Sars-Cov-2."
Naquela fase da quarentena, os habitantes da Grande Buenos Aires não podiam se reunir na casa de outras pessoas, e só trabalhadores essenciais podiam circular. O comércio e as escolas estavam fechados e, para ir a mais de 500 metros de casa ou usar transporte público, era necessário mostrar um certificado.
Justiça aceita que Alberto Fernández e a esposa transfiram R$ 121 mil a centro de desenvolvimento de vacinas
www1.folha.uol.com.br
Mais um left hipócrita
politico sendo cretino. No vídeo abaixo vemos outro!