#19 - 08/05 - Demon's Souls - Playstation 3
Terminar esse jogo mais do que aproveitar essa obra prima, foi uma missão. Tenho um carinho muito especial por esse game.
Em 2009 quando vi o primeiro trailer, fiquei maluco. Depois de alguns meses, tive a oportunidade e comprei o chinês.
Morri demais. Assim como todo mundo que acaba de descobrir a série, fascinado por esse mundo.
Mas aos trancos e barrancos, cheguei praticamente ao final. Quando esbarrei no King Allant. Jogava de templar knight full armor, pesadão. Morri muito pra ele hehe, mas muito mesmo. Acabei até desistindo do jogo porque na época acabei comprando outros jogos.
Nunca tirei esse jogo da cabeça e fiquei pensando que um dia eu finalizaria ele!!!
7 anos depois, em 2016, logo assim que saiu DS3, pensei, É A HORA!
Foi quando tirei ele da linda caixa da deluxe edition(agora versão americana) e coloquei ele no videogame.
Quando comecei, aos poucos fui lembrando de praticamente tudo. Os npcs, os eventos, as armas, os bosses.
Mas não lembrava da atmosfera. Que coisa incrível.
Sobre o jogo, talvez eu o tenha num pedestal por ele ter me marcado.
Mas é um jogo brilhante e diferenciado. E mudou a indústria.
Começando por Boletaria, e sua arquitetura, a decadência do reino, os inimigos e os npcs, Ostrava e sua covardia heróica, Biorr, Yuria e por aí vai. Tudo se encaixa, tudo em perfeita harmonia.
Alguns dos outros mundos são escrotos, como o pântano maldito e a Shrine of Storms 2 com aqueles esqueletos amarelos ignorantes e os Reaper. Mas muitas dessas fases são incríveis, e o melhor, com chefes memoráveis.
Astraea(no qual você questiona seus próprios valores pessoais na luta, é praticamente uma poesia), Penetrator, Dragon God, Storm King, Old Monk e a lista continua. É a cereja do bolo do jogo. Alguns deles são fáceis, outros exigem estudo como os malditos Maneater. Tudo isso com uma trilha sonora espetacular. As fases praticamente não tem música, onde um som ambiente deixa tudo macabro e tenso. Nos chefes, a trilha sonora muda completamente e são simplesmente, obras de arte.
O jogo tem algumas mecânicas que acabaram sendo abolidas da série como a World Tendency que de acordo com suas ações, você deixa o mundo "white" ou "black", cada qual com seus benefícios e malefícios, cada qual desencadeando uma série de eventos.
Os npcs aqui são riquíssimos. A Lore do jogo embora pequena, é composta por pequenos personagens secundários com uma profundidade anormal. Stockpile Thomas e o dilema de sua família, um aventureiro amargurado por sofrer tanto ao longo da vida e a enigmática e sempre amiga Maiden in Black são alguns exemplos.
Aqui estão os motivos pelo qual não recebe 10. O jogo conta com slowdowns terríveis em diversos momentos e a quantidade de equipamentos é muito pequena, te dando pouco espaço pra customizar. A magia é forte demais aqui e acaba tirando a graça. Joguei de Knight e sem dar um único ponto pra magia, matei vários chefes só no Soul Arrow, magia básica.
Por fim, quando cheguei no King Allant como escrevi acima, minhas pernas começaram a tremer. Um misto de frustração e medo me tomou nas primeiras tentativas onde a afobação tomou conta de mim. Depois de algumas mortes, padrão decorado, cabeça no lugar, fácil como tirar pirulito de boca de criança, em seguida alguns eventos e jogo terminado.
Foi uma sensação indescritível. Uma sentimento de dever cumprido e vitória, mas um gosto de, queria que esse jogo durasse mais umas 100 horas. No final, durou somente 20, fazendo alguns eventos.
O
@Jet Limão me chama de rusheiro, que eu não aproveito, mas 20 horas e 40 minutos foi tempo pra upar a arma +9 e o escudo +7, fazer a maioria das quests, enrolar e ainda finalizar. Só não fiz os eventos de pure black.
9.5/10 - Beira a perfeição.